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Índice
Bibliografia .................................................................................................................................................................................... 42
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Terceira idade e velhice
Objetivos:
✓ Identificar os principais conceitos associados à terceira idade e velhice.
Conteúdos
✓ Conceito de velhice e população idosa
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Terceira idade e velhice
A velhice aparece como uma desgraça: mesmo nas pessoas que consideramos conservadas, a
decadência física que ela traz salta aos olhos. A espécie humana é aquela em que as mudanças
causadas pelos anos são as mais espetaculares.
O envelhecimento é um processo;
Todo o ser vivo nasce, reproduz-se e morre… Ou seja, o ciclo vital começa com conceção e
termina com a morte!
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O aumento da esperança média de vida gerou um crescimento acentuado da população idosa,
o que criou problemas, devido à falta de preparação da sociedade para esta realidade. Como
se pode verificar, por exemplo, ao nível dos sectores – social e da saúde.
➢ Tarefas de desenvolvimento – são aquelas que a pessoa deve cumprir para garantir o
seu desenvolvimento e consequente ajustamento psicológico e social.
São tarefas com as quais as pessoas satisfazem as suas necessidades pessoais e garantem o
desenvolvimento e manutenção de padrões sociais e culturais. Desta forma dão sustentação
ao progresso social e cultural e em consequência ao bem-estar do indivíduo.
Segundo Netto, são “lições” que as pessoas devem aprender ao longo da sua existência para se
desenvolverem de forma satisfatória e terem êxito na vida.
As tarefas não são estanques em cada etapa, embora algumas sejam preferencialmente
típicas de uma determinada fase. Em cada fase todas se relacionam entre si e o prejuízo numa
das tarefas pode comprometer o desenvolvimento futuro dessa tarefa ou de outras.
Formação do casal
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Durante o envelhecimento, os principais fatores de influência da sociedade sobre o
indivíduo são:
➢ O afastamento do trabalho,
A vida do idoso é, portanto, dominada por um alto nível de stress, devido às expectativas e
obrigações formalizadas.
Determinar o início da velhice é, sem dúvida, uma tarefa complexa, pois é difícil a
generalização em relação à velhice e há distinções significativas entre diferentes tipos de
idosos e velhices.
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A velhice não é um processo, é um estado que caracteriza a condição de ser; O registo
corporal é aquele que fornece as características do idoso: cabelos brancos, calvície, rugas,
diminuição dos reflexos, compressão da coluna vertebral e outros.
Sociais (relativos às mudanças com origem nas forças sociais e nas respostas dadas
pelo indivíduo a essas forças).
É um processo diferencial, pois varia de indivíduo para indivíduo e assume ritmos diferentes,
porque na mesma pessoa podem-se processar tipos distintos de envelhecimento. · Processo
contínuo, que companha o indivíduo ao longo de toda a vida, tratando-se, portanto, de um
fenómeno normal e inerente ao ser humano.
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A nossa sociedade tem por norma ver a terceira idade como uma triste e penosa
decadência. Mas é possível encarar esta fase da vida como um momento oportuno para dar
um rumo melhor à existência e para superar todos os obstáculos que se vão acumulando ao
longo da vida.
➢ No que se refere ao trabalho, as pessoas idosas são menos produtivas do que os jovens;
➢ A maior parte dos idosos está doente e tem necessidade de ajuda para as suas
atividades quotidianas;
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Estudos de Havighurst, Neugarten & Tobin (1968): primeiros dados sobre a personalidade
nos idosos. Estes autores descobriram 4 grandes tipos de personalidade presentes em
indivíduos entre os 50 e os 90 anos.
Para estes autores, as pessoas diferem muito na forma como vivem os últimos anos das suas
vidas, acabando a sua personalidade por ser influenciada e modelada por fatores em linha
com aquilo que sempre foram as reações e os comportamentos ao longo da vida.
Passada a idade adulta, o ser humano enfrenta a terceira idade, etapa do ciclo vital na qual
há um número maior de perdas, colaborando para que o idoso pense mais sobre sua finitude
(KOVÁCS, 2005). A perda de amigos e familiares, perda da sua ocupação, de parte de sua força
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física, redução do aparelho sensório e, em alguns casos, perda do funcionamento cerebral são
comuns nesta idade (SILVA; CARVALHO; SANTOS; MENEZES, 2007).
Em decorrência da terceira idade ser uma fase constituída por perdas, a morte nessa
idade, pode ser vista como natural e aceitável. Diante disso, é possível perceber que o tema
morte é algo que acompanha frequentemente os indivíduos de terceira idade. Bee (1997) nos
diz que na velhice as pessoas tendem a pensar e falar mais sobre o assunto se comparadas a
pessoas de qualquer outra faixa etária. Porém, tal facto não quer dizer que a temam menos do
que pessoas de outras idades (ROSENBERG, 1992
Negatividades da velhice
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Outro dos aspetos relevantes é o número reduzido de vagas que é desproporcional ao número
elevado de idosos que fazem parte de infindáveis listas de espera, aguardando pela sua
entrada em lares de idosos ou centros de dia, onde poderão estar ocupados e na presença de
profissionais que contribuem para diminuir ou atenuar o estado de solidão muitas vezes
sentida por estes.
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➢ Compreender a causa da solidão e tratar pensamentos distorcidos associados a
sentimentos e atitudes negativas causadoras deste estado;
➢ A Terapia de grupo é considerada por alguns especialistas como uma forma eficaz de
tratamento de pessoas que identificam os mesmos sintomas e partilham os mesmos
sentimentos.
Acima de todos estes aspetos inerentes aos sintomas, causas e tratamento da SOLIDÃO cabe a
cada um de nós evitar e lutar contra este estado emocional que afeta e perturba uma grande
parte da população.
Urge prevenir situações de idosos abandonados que sobrevivem sem o mínimo de condições,
acabando por falecer, tendo como única companhia a SOLIDÃO.
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Desta forma podemos dizer que a geriatria não é um tratamento. A geriatria é uma
abordagem médica aos utentes idosos que visa estudar, prevenir e tratar doenças e
incapacidades permanentes ou não.
Após esta abordagem teórica, podemos com segurança afirmar que o objetivo da geriatria é
acompanhar o utente idoso no seu processo de envelhecimento, estudando, prevenindo e
tratando doenças, com o objetivo final de prolongar a sua vida e otimizar a sua qualidade de
vida, sem esquecer o bem-estar e a qualidade de vida dos cuidadores.
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O médico deve trabalhar junto também com outras especialidades não médicas para
melhores resultados no tratamento, como por exemplo, a enfermagem, a fisioterapia, terapia
da fala, entre outras áreas.
A geriatria e os cuidadores
O cuidador poderá então sentir um apoio mais técnico e científico por parte dos médicos.
É, assim, muito importante que o cuidador (e não apenas o utente) seja orientado pelo
geriatra, criando limites na sua responsabilidade e ajudando-o em momentos críticos de ação,
educando-o para as situações previsíveis.
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Não o deve fazer por diversos motivos, sendo o principal o facto de ser importante para o
médico ter um historial clínico do utente. Para além disso, como vimos anteriormente, o
médico pode atuar de forma preventiva, preparando o utente para a senescência.
Não sendo necessário procurar um médico especializado em geriatria por esses motivos, na
verdade o envelhecimento começa tão cedo como os 30 anos. A diminuição da capacidade
pulmonar, as alterações na audição e na visão, por exemplo, são sintomas do envelhecimento.
Longe de ser verdade. A geriatria é importantíssima para pessoas que querem manter a sua
independência e autonomia, sendo as consultas feitas sob uma forma preventiva e de
tratamento/controlo de patologias. A educação para a saúde é fundamental para o utente
adquirir hábitos de saúde que permitam a sua senescência.
Não existem patologias normais na terceira idade, apenas hábitos de saúde que levam a
patologias mais comuns entre determinadas populações. Por exemplo, a diabetes é uma
doença com elevada incidência em Portugal (matando 12 pessoas por dia em 2015). Não é,
por isso, considerada uma doença “normal” mas sim comum entre populações mais
envelhecidas e com educação para a saúde insuficiente que lhes permita ter cuidados de
saúde preventivos.
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A gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento humano com
atenção às necessidades físicas, emocionais e sociais que surgem com a idade. Com a
gerontologia pretende-se planear e organizar projetos que visem ao bem-estar do idoso e a
melhoria da sua qualidade de vida.
Este profissional serve como elo entre os médicos especialistas em geriatria e os que atuam na
atenção básica.
A importância dos serviços geriátricos cresce à medida que aumenta a população idosa nas
nossas comunidades, pois muitos dos idosos não dispõem de toda a ajuda que necessitam por
via da família e da sua rede social.
Ou porque requerem cuidados de saúde contínuos ou porque não têm condições de estar
sozinhos em casa sem se colocarem em risco, muitos idosos precisam do apoio de instituições
de suporte que prestam esses serviços de uma forma profissional.
Vejamos alguns exemplos das modalidades que o apoio aos idosos pode assumir e do tipo de
instituições que os presta.
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➢ Apoio Domiciliário
É frequente este tipo de apoio ser realizado sem custos ou a custos muito baixos para o idoso
por instituições particulares de solidariedade social (IPSS). Várias dessas instituições têm
uma natureza religiosa mas muitas outras são associações e cooperativas laicas de âmbito
local.
O profissional das unidades de saúde geriátrica devem estar cientes de que trabalham com
pessoas, todas elas diferentes, muitas delas com dificuldades de adaptação à mudança e a
quem o stress pode resultar no agravamento do estado de saúde.
Os funcionários dos hospitais estão tão habituados aos espaços e às rotinas que, por vezes,
esquecem como estes locais podem ser hostis para quem não os conhece e para quem tem
dificuldades em deslocar-se e orientar-se.
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MITO:
A velhice começa aos 65 anos; O reformado passou a uma fase de não produtividade;
FACTO:
A velhice não começa numa idade cronológica uniforme, mas sim variável e
individualizada; A não produtividade pode interpretar-se de diversas formas, dependendo das
circunstâncias de cada indivíduo;
MITO:
Progressivo afastamento dos interesses; Os mais velhos acham-se muito limitados nas
suas aptidões da vida;
FACTO:
Muitas pessoas não só continuam interessadas nos diversos planos sociais e familiares,
como também é nesta etapa que participam ainda mais; Os mais velhos têm muitas faculdades
vitais;
MITO:
FACTO:
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MITO:
FACTO:
O envelhecimento é uma etapa vital peculiar; Cada pessoa reflete a essência da sua
personalidade á medida que cumpre os seus anos; Com a idade não desaparece a sexualidade.
Ocorre redução da frequência, falta de interesse, de parceiros;
MITO:
O velho não aprende, é desatento, não presta atenção a nada; “ Caduco…” Velho não
tem futuro. Já deu o que tinha para dar; “ Isso já não é para a minha idade…”
FACTO:
➢ Não infantilizar;
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➢ O idoso deve ser interpretado como um sujeito singular dotado de inteligência e
vontade;
➢ A maior parte dos idosos é membro ativo na sociedade e deseja continuar a sê-lo;
A velhice é uma parte do período vital com valores e gratificações próprias; Não há fórmulas
milagrosas nem remédios para a eterna juventude; Chegar a esta etapa da vida pode ser
interpretado como voltar a começar, a realizar projetos que noutra etapa da vida não se
chegou a concretizar; A atitude que adotamos ao olhar para esta etapa marcará a forma
como a viveremos e a desfrutemos.
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Expressão médica utilizada para designar a fase dos 45 aos 65 anos de idade.
Senescência:
O envelhecimento do organismo como um todo está relacionado com o facto das células
somáticas do corpo irem morrendo e não serem substituídas por novas como acontece na
juventude.
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Em virtude das múltiplas divisões celulares que a célula individual regista ao longo do
tempo, para esse efeito, o telómero (extensão de ADN que serve para a sua proteção) vai
diminuindo até que chega a um limite crítico de comprimento, ponto em que a célula perde a
capacidade proliferativa, com a consequente diminuição do número de células do organismo,
das funções dos tecidos, das funções dos órgãos e das funções do próprio organismo.
Velhice:
Período da vida humana que se sucede à idade madura (em geral, considerada acima
dos 65 anos) e em que já se verifica alguma deterioração progressiva física e psíquica.
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O processo de envelhecimento: causas e
consequências
Tal como em todas as fases da vida, também a velhice implica perdas e ganhos.
➢ Queda de cabelo
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➢ Perda de memória
Principais desenvolvimentos:
➢ Dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e pais idosos pode causar stress;
➢ Para alguns, sucesso na carreira e ganhos atingem o máximo para outros ocorre um
esgotamento profissional
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Alguns aspetos visíveis:
➢ Rugas;
➢ Cabelos brancos;
➢ Redução da agilidade;
Aspetos psicológicos
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A definição do conceito de abuso de idosos não é consensual, nem social nem sequer
juridicamente, mas é, pelo menos, certo que se trata de um comportamento destrutivo
dirigido a um adulto idoso num contexto de confiança e cuja frequência (única ou regular)
provoca sofrimento físico, psicológico e emocional: Para além de constituir uma séria violação
dos direitos humanos. Esta é uma definição adotada pelo Conselho de Europa e pelas Nações
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Unidas. O conceito integra vários tipos de mau trato, do abuso físico, psicológico, material e
financeiro, à negligência ativa e passiva. Todos igualmente preocupantes e reprováveis.
Os idosos tendem, na incompreensão das atitudes a que são vetados mas na tentativa de
as aceitar, minimizando as expetativas de um culminar de vida com o sossego merecido, a
inculcar atitudes de culpa, de baixa autoestima, de isolamento social, de comportamentos
depressivos, reforçando as suas dependências e agravando o estigma social que sentem
gerado à sua volta.
Um país mede-se pela sua atitude para com as crianças, mas é bom que não nos esqueçamos
que se mede, igualmente, pela sua atitude para com os mais velhos. A quem devemos, nada
mais nada menos que a vida. Ou seja, muito do somos. A seu tempo, trataram-nos com enlevo
e dedicação. Hoje, chegou a nossa vez de retribuir. É um género de justiça distributiva de
afetos.
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complexo e multidimensional ponderando as principais causas que levaram à atual crise
económica, financeira e social. É preciso reconhecer que a institucionalização de uma vida
consumista e sem uma orientação clara e ética da economia para as pessoas contribuiu para
esta grande disparidade, agravada pela atual crise, entre muitos ricos e muito pobres, e em
que os idosos estão confrontados, como nunca, com condições de subsistência não
experimentadas por gerações anteriores.
O grande, grave, e talvez, maior, problema destes tempos críticos é ter permitido, em
termos globais, que as sociedades, nomeadamente, as gerações dos tais “filhos” se
endividassem face ao estímulo de um consumo incentivado pelo crédito fácil e que redundou
em enormes sacrifícios para as atuais e para as gerações vindouras. Com os idosos a sofrer de
permeio. Esta globalização (mercantil e não humana) agravou as desigualdades sociais,
orientada numa perspetiva agressiva de mercado, e, que se tendeu – muitas vezes,
conscientemente - a esquecer a pessoa humana como principal destinatária e centro principal
do progresso económico e social.
Foi sobretudo a partir da segunda metade do século XX que emergiu um novo fenómeno
nas sociedades desenvolvidas − o envelhecimento demográfico, ou seja, o aumento
significativo do número de pessoas idosas. Com isto, surgiu a necessidade, a nível
internacional, de caracterizar o fenómeno, de repensar o papel e o valor da pessoa idosa, os
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seus direitos e as responsabilidades do Estado e da sociedade para com este grupo específico
da população.
Como disse Kofi Anam (2002): “A expansão do envelhecer não é um problema. É sim uma das
maiores conquistas da humanidade. O que é necessário é traçarem-se políticas ajustadas para
envelhecer são, autónomo, ativo e plenamente integrado. A não se fazerem reformas radicais,
teremos em mãos uma bomba relógio a explodir em qualquer altura”.
Esta proposta, internacionalmente assumida, visa gerar ações que garantam e defendam o
direito que as pessoas idosas têm em envelhecer com segurança, protegidos da discriminação
e violência crescentes que lhes têm sido dirigidas. Esta missiva da ONU procura ainda
contribuir para o reconhecimento da importância do papel da pessoa idosa no seio da família
e da comunidade, e de alertar para a necessidade de combater os fatores determinantes de
doença e dependência.
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O envelhecimento ativo é um aspeto central, devendo ser promovido quer a nível individual,
quer a nível coletivo.
Em vários países da Europa (Espanha, Holanda, Reino Unido, Suécia, entre outros) estas
orientações têm sido implementadas, com particular relevo de programas de natureza inter-
geracional. Também em Portugal é defendida a importância destas iniciativas, sendo que as
escolas têm um papel importante a este nível. Há investigadores nacionais que defendem até a
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necessidade de “educar para a velhice” desde as idades mais precoces. Com efeito, na
abordagem da terceira idade, o encontro e convivência das várias gerações através de eventos
comemorativos de datas especiais, envolvimento no processo de pesquisa sobre as tradições,
costumes, depoimentos de memórias, transmissão de conhecimentos práticos (gastronomia,
artesanato, profissões em vias de extinção, saberes agrícolas…). Acima de tudo, há que
assumir e transmitir que a pessoa idosa tem uma vida de trabalho, experiência e sabedoria,
que não pode ser negligenciado e desperdiçado, em benefício da própria sociedade. Por outro
lado, educam-se os mais jovens para os afetos e valores de respeito, dignidade, solidariedade e
responsabilidade para com os mais vulneráveis. Um dia, também eles serão pessoas idosas −
necessariamente diferentes! − mas sempre iguais no valor de pessoa humana.
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Para Aurélio Buarque de Holanda, VELHO é uma pessoa muito idosa; de época remota; algo
antigo; os velhos tinham outros costumes; que tem muito tempo de existência; gasto pelo uso;
antiquado; obsoleto. Já Fraiman, diz que velho é "aquele que tem muitos anos de idade e uma
grande experiência acumulada que o diferencia dos demais".
A resposta a qualquer tipo de questão sobre velho e velhice depende a quem e como ela
é feita. Não existe uma resposta única, porque o próprio fenómeno da velhice tem muitos
significados contextualizados por fatores individuais, grupais e socioculturais. O
conhecimento científico, também contextualizado por esses fatores, desempenha um papel
fundamental na atribuição de significados a esses objetos, à medida que justifica, explica e
legitima determinadas práticas e atitudes em relação à velhice.
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O velho carrega, atualmente, como parte inerente à sua condição, estereótipos e classificações
pouco reveladoras da sua real condição; a sociedade tende a encará-lo como uma estrutura
rígida de personalidade, frente a qual nos paralisamos, e codificá-lo como "RABUGENTO,
CRIANÇA, ULTRAPASSADO, CHATO, CAQUÉTICO, etc.".
A falta de crédito em relação ao idoso faz parte de nossa cultura, onde tudo de bom é
para o jovem e o de mau é só para o velho. Quando algum idoso consegue sair do "padrão"
estipulado pela sociedade, as pessoas levam o caso com uma mistura de repulsa e
encantamento, geralmente reservadas só para o extraordinário e o bizarro.
O desenvolvimento humano não deveria ser dividido ou visto por fases ou etapas, mas
sim como próprio e contínuo do indivíduo, como um processo. Essas colocações feitas
implicam em novas conceções sobre a velhice e o processo de envelhecimento devem ser
amplamente divulgadas. É fundamental que seja feita a ampliação do currículo escolar, que se
pense e se proponha uma reforma na alteração curricular, onde sejam incluídas questões
relativas ao envelhecimento.
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➢ Doentes e Reformados
As dificuldades que o idoso enfrenta e a forma como envelhece, com maior ou menor
valorização, deve-se em muito ao estatuto que determinada sociedade lhe confere.
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Se em tempos mas longínquos o velho era considerado como um arquivo de saberes e
experiencias cuja transmissão era imprescindível para a sobrevivência da comunidade, hoje,
passamos a questionar o sentido, os custos deste aumento da longevidade (Barreto, 2005).
É com esta mudança que alguns projetos de vida ficam comprometidos. Existem idosos que
apresentam dificuldades neste processo de adaptação e que iniciam um ciclo de perdas
diversas que vão desde a condição económica ao poder de decisão, à perda de parentes e
amigos, da independência e da autonomia; de contactos sociais, da autoestima, à perda da sua
identidade.
Ao longo da idade média e idade moderna a velhice é tratada por estudiosos que se
propunham a descrever os processos associados às doenças, à anatomia, à fisiologia do
organismo dos adultos idosos. O conhecimento acumulado nesse período reuniu suposições
que embasaram pesquisas e estudos posteriores.
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Segundo Segundo Papaleo Netto:
➢ O envelhecimento é um processo;
➢ O envelhecimento é um processo;
A situação familiar das pessoas nesta fase da vida reflete o efeito acumulado de eventos
sócio-econômico-demográficos e de saúde ocorridos em etapas anteriores ao ciclo vital.
Eventos diversos ao longo do tempo, que podem colocar o idoso, do ponto de vista emocional
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e material, em situação de segurança ou de vulnerabilidade. Neste sentido é de extrema
importância conhecer em que estruturas familiares estão inseridos os idosos. Dado o fato de
que as relações do gênero marcam de forma distinta a trajetória de vida. Ficando evidenciado
em diversos estudos, que a maior incidência de abusos e/ou violência contra idosos ocorre na
própria família.
Para manter a saúde a qualidade de vida na terceira idade, é muito importante que o
envelhecimento seja acompanhado por condições que levem ao bem-estar físico, mental,
psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, saúde e educação.
➢ Estar de bem com a vida, cuidar da sua autoestima e realizar várias atividades que
tragam alegria e bem-estar;
Sendo assim, através de um modo de vida saudável, praticado por atitudes simples, o idoso
poderá manter sua saúde.
A reforma
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A reforma enquanto acontecimento:
A reforma é uma alteração social importante, mas não significa necessariamente uma crise
psicossocial grave;
Coabitação/conflito de gerações
Toda a gente sabe disso, mas parece que, quando se está na chamada "flor da idade", muitas
vezes, este facto é esquecido. Também não há quem não deseje ter as suas próprias
experiências, rejeitando pautar a sua vida com base no que os outros já viveram. A
convivência entre gerações diferentes, por isso mesmo, geralmente é repleta de
conflitos, que, talvez, fossem menores se existisse mais compreensão de ambas as partes.
Os mais velhos, quando na condição de pai ou mãe, consideram sempre os filhos como
crianças inexperientes. Na opinião de Olga, "é muito difícil, para eles, aceitarem que os filhos
crescem e, ao se tornarem adultos, podem ter a opção de seguir caminhos diferentes dos pais,
ou experimentarem tudo aquilo que foi uma experiência má para os pais".
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O diálogo é sempre o mais recomendado quando os conflitos aparecem. "Ele não impede que
os jovens procurem, apesar da experiência dos mais velhos, fazerem o que desejam, mas, pelo
menos, faz com que reflitam sobre o conhecimento que lhes é passado e, muitas vezes, que
sigam os conselhos dados. Mesmo que os jovens reconheçam e ouçam o que os idosos dizem,
isso não os impede de questioná-los e seguir seus próprios caminhos.
Haverá sempre mudanças e elas serão cada vez mais aceleradas. Quanto mais a idade avança,
mais difícil é mudar, porque os hábitos, que são a segunda natureza do homem, estão muito
mais arraigados e profundamente instalados. Os jovens, então, por assimilarem as mudanças
mais rapidamente do que os idosos, terão sempre o conceito de que estes estão
ultrapassados."
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Bibliografia
Ramilo Teresa, Manual de psicologia do idoso, Instituto Monitor, 2000
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