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SEMINÁRIO

ESTRUTURAS DE FUNDAÇÕES E
CONTENÇÕES
MÓDULO II

Tubulões

Rodrigo Gustavo Delalibera


Engenheiro Civil – Doutor em Engenharia de Estruturas
dellacivil@gmail.com

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Tipos de tubulão INTRODUÇÃO

Tubulão a céu aberto. Tubulão a ar comprimido.

2
Propriedades geométricas GEOMETRIA
Diâmetro do fuste (d)  70 cm;
Altura total da base (H)  1,6 m;
Altura da base alargada (h0), entre 20 cm e 30 cm;
Ângulo de inclinação do alargamento () ≈ 60º.
Caso de tubulão a ar comprimido, camisas de concreto com segmentos com ≈ 4 m.

Seções típicas de tubulões, circular e falsa elipse.


3
GEOTECNIA

Propriedades geotécnicas
Para ser eficiente e econômico o tubulão deverá ter sua base assente sobre solo com
resistência mínima de 0,3 MPa (3 kgf/cm2).

SPTmédio
σs = + q (MPa)
50
S.P.T . ≥15

ATENÇÃO COM RECALQUES EM SOLOS ADENSÁVEIS (COESIVOS)

4
TUBULÃO A AR
COMPRIMEIDO
Tubulão a ar comprimido – características especiais.
Armação constituída por barras longitudinais e estribos transversais
(posicionadas na camisa de concreto);
Espessura mínima da camisa (hmín)  20 cm;
Câmara de trabalho com altura mínima de 2 m e diâmetro interno de 1 m
(nesta região a espessura da camisa tem 10 cm);
O fuste pode ser preenchido com concreto;;
A área de armadura longitudinal é determinada a partir dos esforços
solicitantes no fuste;
Os estribos são dimensionados de modo que a camisa suporte as pressões
internas provocadas pela ação do ar comprimido.

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TUBULÃO A AR
COMPRIMEIDO
A sw R st

2  R st  pi  ai  
fyk
Ado tan do :  s  p
1,15  1,5

ai
i

R st
tem  se : A sw 
s
R st

Pressão máxima (pi) = 3 atm ≈ 0,3 MPa


ℓ, comprimento de um segmento do tubulão.
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ESFORÇOS SOLICITANTES
1. Tubulão com grande comprimento enterrado.

Ações consideradas:
-Força horizontal (H0);
-Momento fletor (M0);
-Força normal (N0);
-Empuxo (Ea).

Podem ser curtos ou flexíveis (função do comprimento


enterrado do fuste).

Se: ℓ/L0 > 4  Tubulão com grande comprimento.

7
ESFORÇOS SOLICITANTES
Ec  I c
L0  5 Nomenclatura
kh
L0, fator de rigidez relativo;
Ecs   i  Eci Ic, inércia da seção transversal do fuste;

Eci   E  5600  f ck Ec, módulo de elasticidade longitudinal inicial do


cncreto;
 d4 Kh, coeficiente de reação lateral do solo.
Ic 
64
y(z) = f(L, kh)

H  L 3
M  L2

y  k ´´FH  0 0  k ´´M  0 0
Ec  Ic Ec  Ic
y  y FH  y M
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ESFORÇOS SOLICITANTES

Conhecendo-se a equação da linha deformada do tubulão, determina-se os valores


dos momentos fletores M(z) e forças cortantes V(z) ao longo do fuste, em função das
ações H0 e M0.

N0
y
M0
H0

Z M  k H  H0  L 0  k M  M
1
V  k ´H  H0  k ´M  M0
L0

9
ESFORÇOS SOLICITANTES

Os diagramas de y, M e V
ficam:

Esforços solicitantes, PFEIL (1979).

Os valores de kH, k´H, k”H, KM, K´M e K”M foram tabelados por Reese & Matlock em função de z/L0.
As tabelas estão reproduzidas no livro “Pontes de Concreto”, de autoria de W. Pfeil, Livros Técnicos
e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1979.
10
ESFORÇOS SOLICITANTES

2. Tubulão curto, com ou sem base alargada.

Se: ℓ/L0  4  Tubulão curto.

Os esforços solicitantes podem ser


calculados, considerando a superposição E c  Ic
dos efeitos.
L0  5
kh
E c  5600  f ck
  d4
Ic 
64

11
ESFORÇOS SOLICITANTES

PFEIL (1979).

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ESFORÇOS SOLICITANTES
Considerando os equilíbrios em relação às forças vertical e
horizontal e ao momento, tem-se:

 N 0 N0  k N   z  A  0

 H 0
L2 L3
H0  k H   y   k H     0 ** 
2 3
L3 L4 b
 M 0 M0  k H   y   k H     k H     w  0
3 4 2
Resolvendo o sistema, vem: 2
M0   H0  L
 3
k H  L3 k H  b  w

36 2
13
ESFORÇOS SOLICITANTES
As tensões na base do tubulão, por ação de N0, H0 e M0 são:

1,2  N0  M0


N0 b
1,2   kN   
A 2
2
M0   H0  L
N0 3
1,2  
A 1 k H L4
  w
18 k n b
N0 M´
1,2  
A w´

14
ESFORÇOS SOLICITANTES
Onde:

2
M´ M0   H0  L
3
1 k H L4
w´   w
18 k n b
  b3
w
32
Sendo:
M´, momento fictício na base;
w´, módulo de resistência fictício na base;
w, módulo de resistência da seção na base.

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ESFORÇOS SOLICITANTES
A força horizontal q, por unidade de comprimento, na superfície
lateral do tubulão, é obtida somando os efeitos de H0 e M0.

q  k H   y   z  k H    z 2

Da Equação (**)

 2 M´ k H  2  2  H0 4 L M´ k H 
q     z   2     z  
***

 b w´ k n   L 3 b w´ k n 

O valor de z0 é calculado com a expressão (***) fazendo q=0.


q(z0/L) é o valor da ordenada de q à profundidade z0/L e a
distribuição de q é suposta parabólica.
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ESFORÇOS SOLICITANTES
A distribuição de q ao longo da profundidade z é indicada na figura.

z 0 /2
z
z0

q
z0

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ESFORÇOS SOLICITANTES

O valor do momento fletor na seção transversal na profundidade z é


dado pela soma dos efeitos de M0, H0 e q.

M(z)

+ + + + - =
M máx

M0 H0 q

Mz   M0  H0  z  k 2  q z 
 z 2
0
 0
2 

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ESFORÇO SOLICITANTES

Onde k2 é determinado para o valor de z conforme tabela.

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ESFORÇO SOLICITANTES

A pressão lateral atuante no terreno não deve superar a pressão


admissível. Sendo m a pressão atuante, mmáx é obtida de:

 dq  2 H0 M´ 4 L k h
m     2    
 dz  z  0 L w´ 3 b k n

Sendo a pressão admissível dada por:   a  k p  k a 


Onde:
, massa específica do solo;
a, diâmetro do fuste;
Kp, coeficiente de empuxo passivo;
Ka, coeficiente de empuxo ativo.
20
ESFORÇO SOLICITANTES

21
ESFORÇO SOLICITANTES

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INVESTIGAÇÃO DO SOLO

SONDAGEM A PERCUSSÃO SIMPLES

Classificação, caracterização e interpretação das sondagens.

Classificação Diâmetro do grão (mm)


Pedregulho 4,8 a < 76
Areia grossa 2,0 a 4,8
Areia média 0,42 a 2,0
Areia fina 0,05 a 0,42
Silte 0,005 a 0,05
Argila < 0,005

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INVESTIGAÇÃO DO SOLO

SONDAGEM A PERCUSSÃO SIMPLES

NBR 7250:1982 – Tabelas que correlacionam a compacidade das areias e a


consistência das argilas com os valores de NSPT.

Compacidade das areias Consistência das argilas


NSPT Compacidade NSPT Compacidade
0a4 Muito fofa <2 Muito mole
5a8 Fofa 3a5 Mole
9 a 18 Medianamente 6 a 10 Média
compacta 11 a 19 Rija
18 a 40 Compacta > 19 Dura
> 40 Muito compacta

24
25
26
27
28
29
30
31
PILAR
Viga Baldrame

VAR.
Topo do tubulão

ø est
Viga Viga

VAR
baldrame baldrame

N2 - n ø 5,0 mm c/ 20 cm (VAR.)
N1

N2 - n ø 5,0 mm c/ 20 cm (VAR.)
VAR

db = VAR.

500 - 4 - ht (cm)
N1 - n ø 16 mm (512)
h = VAR

- 500
20

Db = VAR.

Tensão admissível
do solo maior ou igual
a 0,40 MPa.

db=VAR. ht
20
Db = VAR.

DETALHE TÍPICO DOS TUBULÕES


Armadura de fretagem
Detalhes típicos
ESC. 1:75 Armadura longitudinal e transversal
 1,10∙db

32
M0 M0
N0 N0
H0 H0

h1
Elemento de mola SUGESTÃO MODELAGEM
Horizontal, F = K h . w
NUMÉRICA

50
50
50
df
Lf

Cuidado com os deslocamentos

50
contrários à aplicação da força

50
horizontal (ou momento)!!!

50
50
50
h

ht

Placa rígida
20

Db

Elemento de mola
Vertical, F = K v . w
2,33.df
df

2 . df

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