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ILES/ULBRA

Aluno: José dos Reis Neto- 5º Período

Direito Empresarial

ATIVIDADE SEMIPRESENCIAL

Prazo impreterível de entrega: 25/03/2011


Pontos: 1,2

1 – João Roberto pretende transferir as cotas que possui da


sociedade limitada para seu filho menor, que atualmente
possui 14 anos. Consultado a respeito qual a orientação
jurídica e fundamentada você daria ao João Roberto?

A questão envolve vários pontos de vista, porém o caso aqui é de doação cabe
observarmos duas hipóteses o art.544 CC dispõe que essa doação importa como
adiantamento da herança, como a doação é um ato unilateral não cabe discussão
sobre a nulidade do negócio, já que o incapaz não tem participação ativa no
negócio, não se enquadrando na regra do art. 166, I CC.

Já referente à sociedade o negócio será válido se não houver oposição de titulares


com mais de um quarto do capital social conforme disposto no art.1057 CC, porém
o menor deverá ser representado na sociedade já que não possui capacidade civil
ainda, e não poderá exercer os atos a ele incumbidos, assim ditado pelo art.974 CC.

Logo poderá sim o Sr. João Roberto transferir suas quotas sociais a seu filho nos
moldes supracitados.

2 – Felisberto da Silva, casado em regime de comunhão


parcial de bens, pretende vender alguns bens de sua
sociedade, inclusive um imóvel, no entanto, sua esposa, não
concorda com a operação. Poderá ou não o Felisberto realizar
a venda? Justifique.

Poderá sim, conforme disposto pelo art. 978 CC.

3 – Crisonildo Martins, empresário individual do ramo de


doces pretende adotar como denominação de sua atividade a
seguinte expressão “DOCES FANTÁSTICOS LTDA”. Procurado
pelo Sr. Crisonildo para realizar o registro, qual a sua posição
sobre essa pretensão?

Nesse caso não será possível ao Sr. Crisonildo já que estamos tratando de um
empresário individual onde sua empresa deverá ser nomeada por firma constituída
pelo seu nome, segundo art. 1156 CC, poderia se chamar, por exemplo, Crisonildo
Martins, Crisonildo Martins Doceiro ou C. Martins Doceiro, constando
necessariamente seu nome completo sendo que o ultimo sobrenome não poderá
ser abreviado, no caso Martins, e poderá constar o gênero de sua atividade, não
sendo, porém essencial este ultimo.

4 – A sociedade “Santos e Silva Transportes” pretende


proteger seu nome empresarial em todas as unidades da
Federação, tendo em vista que trafega por todos os Estados.
O administrador da sociedade consultou um amigo que o
orientou a efetuar o registro do nome empresarial no INPI,
tendo em vista que o mesmo constitui um órgão federal e de
abrangência nacional. Em dúvida sobre o procedimento
orientado procura um advogado para esclarecimento. Qual o
seu parecer jurídico sobre ocaso?

Infelizmente o amigo estava errado, o INPI (Instituto Nacional de Propriedade


Industrial) é competente apenas para registrar marcas e este registro realmente
possui eficácia, ou melhor, proteção nacional, porém o nome empresarial é
registrado nas juntas comerciais, e estas possuem circunscrição estatal, logo se a
sociedade “Santos e Silva Transportes” quiserem proteção Nacional sob seu nome
empresarial terão de registrá-lo em cada junta comercial de cada unidade da
federação.

5 – Simplício Romeu pretende adquirir uma sociedade


empresária do ramo de pneus, para isso, consulta seu
advogado para saber de sua responsabilidade referente aos
débitos da sociedade realizados anteriormente ao trespasse.
Qual a sua orientação para este caso?

Cada sociedade tipo de sociedade estabelece um tipo de responsabilidade ao sócio


no que se refere a débitos, por exemplo, na sociedade limitada os débitos se
limitam ao patrimônio da sociedade e ao capital social nela investido (salvo
exceções previstas na lei), já na sociedade em nome coletivo respondem os sócios
solidária e ilimitadamente pelas dívidas por esta assumidas.

Mas não observado a responsabilidade atribuída ao sócio pelo tipo da sociedade, ao


perceber apenas ao âmbito da transferência o art. 1146 CC disciplina que o
adquirente do estabelecimento responde pelos débitos anteriores à transferência e
o devedor primitivo é solidariamente responsável ambos nos moldes deste artigo.

Por uma interpretação extensiva se o Sr. Simplício Romeu adquirir a sociedade ele
adquirirá o estabelecimento já que este é bem daquela, logo assumirá os débitos
nos moldes supracitados.

6 – A sociedade empresária “X” é locatária de imóvel


comercial há mais de 6 (seis) anos e vendo que seu contrato
de locação encontra-se perto de findar propõe ação
renovatória contra o proprietário. Você como proprietário do
imóvel, em face de não querer mais manter a locação em
razão de não gostar do inquilino poderá alegar o que na
contestação da ação renovatória?

A lei 8245/91 adita em seu art.72 alguns dos argumentos que podem ser alegados
na contestação de ação renovatória, tal como o art.52 incisos I e II da mesma lei,
porém não existe regulamentação legal que obsta a ação renovatória em face do
proprietário apenas não gostar do inquilino.

Manobras artificiosas têm até a possibilidade de serem realizadas, mas


caracterizarão fraude e se comprovada sua existência geram conseqüências penais
e civis a quem incorre na tipificação.

O objetivo real da ação renovatória está estampado aqui neste caso, que é o de
proteger o ponto comercial do locatário, se tudo fosse pacífico não seria necessária
a ação renovatória, tudo se faria sem intervenção judicial. Se esta existe é para
evitar que o poder que a propriedade do imóvel confere a seu titular não traga
prejuízos à parte que dele não goza.

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