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Instituto de Transportes e Comunicações

Registo Académico

Contabilidade e Gestão

Relatório de Estagio Pré-Profissional Realizado na DINAME, E.E.

Relatório de Estágio do Curso de


Contabilidade e Gestão, entregue ao
Departamento de estágios e trabalhos
de fim de curso, para efeitos de
avaliação e defesa, para a obtenção do
grau de Técnico Médio em
Contabilidade e Gestão.

Discente Supervisor

Lúcia Jaime Zita

Maputo, Junho de 2020


Instituto de Transportes e Comunicações

Dados do Estagiário

Nome‫ ׃‬Lúcia Jaime Zita

Registo académico‫׃‬

Curso: Contabilidade e Gestão

Dados do Local do Estágio

Nome‫ ׃‬DINAME, E.E.

Supervisor‫ ׃‬Dulce Cossa

Contacto: (+258)

Telefax: (+258)

Período de Estágio

Início ‫׃‬21/07/2019

Fim‫ ׃‬21/12/2019

Maputo, Junho de 2020


Índice
Declaração de Honra ................................................................................................................... i
Agradecimento ou Dedicatória ..................................................................................................ii
Lista de Abreviaturas ............................................................................................................... iii
CAPÍTULO I ............................................................................................................................. 1
1.Introdução ............................................................................................................................... 1
1.1.Estrutura do relatório ....................................................................................................... 1
1.2. Objectivos ....................................................................................................................... 2
1.2.1. Objectivo Geral ........................................................................................................ 2
1.2.3. Objectivo específicos ............................................................................................... 2
1.3. Metodologia .................................................................................................................... 2
CAPÍTULO II ............................................................................................................................ 3
2.Caracteristicas da Empresa ..................................................................................................... 3
2.1.Localização geográfica .................................................................................................... 3
2.2.Historial da Empresa ........................................................................................................ 3
2.3.Missão .............................................................................................................................. 3
2.4. Visão ............................................................................................................................... 4
2.6. Funcionamento da instituição ......................................................................................... 4
2.7. A DINAME tem a função de: ......................................................................................... 4
2.8. Estrutura da DINAME. ................................................................................................... 4
2.8.1. Estrutura da direção de administração e finanças .................................................... 4
2.8.2. Organograma da DINAME ...................................................................................... 5
CAPÍTULO III ........................................................................................................................... 9
3.Referencial Teórico ................................................................................................................. 9
3.1. Contabilidade como sistema de informação ....................................................................... 9
3.2. A Contabilidade .............................................................................................................. 9
3.2.1. Definições ................................................................................................................ 9
3.3. Objectivos da contabilidade .......................................................................................... 10
3.4.A finalidade da contabilidade ........................................................................................ 10
3.5. Função da Contabilidade............................................................................................... 10
3.6. Princípios Contabilísticos ............................................................................................. 11
3.7.A Reconciliação bancária .............................................................................................. 11
3.3.Controlo Interno ............................................................................................................. 12
3.3.1.Tipos de Controlo Interno ....................................................................................... 12
3.3.2.Principais Áreas de Controlo Interno ...................................................................... 13
CAPÍTULO IV......................................................................................................................... 16
4. Actividades Realizadas Durante o Estágio .......................................................................... 16
4.1. 1° Mês de Estágio ......................................................................................................... 16
4.1. Recepção de Documentos contabilístico das delegações .............................................. 16
4.1.1. Organização de documentos contabilísticos nas pastas de arquivo ....................... 16
4.1.2.Classificação de Documentos ................................................................................. 19
4.2. 2° Mês de Estagio ......................................................................................................... 19
4.2. Lançamentos ................................................................................................................. 19
4.2.1.Sistema utilizado para os registos (Primavera) ....................................................... 19
4.2.2.Lançamentos de Receitas da Sede .......................................................................... 19
4.2.3.Lançamentos de Receitas das Delegações .............................................................. 20
4.2.4.Prestação de Serviços de Distribuição .................................................................... 20
4.2.5.Prestação de serviço de terceiro .............................................................................. 20
4.3. 3° Mês de Estagio ......................................................................................................... 22
4.3.2.Apuramento de IVA ................................................................................................ 24
4.3.3. Processamento de salários...................................................................................... 24
CAPÍTULO V .......................................................................................................................... 26
5. Conclusão, Recomendações e Bibliografia.......................................................................... 26
5.1. Conclusão...................................................................................................................... 26
5.2. Recomendações............................................................................................................. 26
5.3.Bibliografia .................................................................................................................... 27
Declaração de Honra

Eu Lúcia Jaime Zita, declaro por minha honra que o presente relatório de estágio, é da minha
autoria e reflecte a realidade da empresa e nunca foi apresentado em outra Instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Declaro ainda serem verdadeiras todas as informações que constam neste relatório.

Maputo, 20 de Junho de 2020

_____________________________________

(Lúcia Jaime Zita)

i
Agradecimento ou Dedicatória
Em primeiro lugar, agradecer a Deus por me ter dado força, saúde e por ter caminhado comigo
porque sem ele não teria aqui chegado.

Ao meu estimado pai Jaime Sassenta Zita que de forma incansável não mediu esforço para me
ajudar oferecendo seu apoio incondicional, suprindo as minhas necessidades básicas a todo
momento.

A minha querida mãe Lúcia Silvestre Macuvele pelo carinho e por ter acreditado em mim
ensinando-me a olhar para traz com gratidão e seguir em frente com fé. Ao meu irmão Moisés
Jaime Zita pelo apoio em vários momentos.

Aos colegas de curso pelo apoio, amizade, auxílio nas diversas etapas da caminhada, paciência
que tiveram e por terem criado ambiente óptimo para a nossa convivência.

A minha supervisora Dra. Dulce Cossa. Endereço a minha sincera gratidão, por ter me
supervisionado. Aos demais docentes do Instituto do Transporte e Comunicação, pelos
ensinamentos não apenas académicos, mas também sociais e pelo grande apoio moral.

Por fim, mais não menos importante, deixo uma palavra de gratidão a todas as pessoas que de
alguma forma tocaram meu coração e transmitiram força e confiança em mim durante a carreira
académica

A todos, o meu muito OBRIGADO

ii
Lista de Abreviaturas

IVA – Imposto de Valor Acrescentados

IRPS – Imposto de Rendimentos de Pessoas Singulares

INSS - Instituto Nacional de Segurança Social

VD – Venda a Dinheiro.

VTF – Valor Total da Factura

iii
CAPÍTULO I

1.Introdução

O Instituto de Transportes e Comunicações é uma instituição de ensino que tem como objectivo
capacitar os seus estudantes para o mercado de emprego, formando-os em médios e técnicos
profissionais.

Por isso que no último semestre do curso, o estudante tem o direito de fazer o estágio pré-
profissional como forma de aliar a teoria e a prática, ganhar mais experiência e implementar
na prática o que aprendeu durante o curso.

O estágio visa aperfeiçoar e desenvolver a capacidade de planificar, realizar e avaliar as tarefas


e também a ter sentido de responsabilidade.

O principal objectivo do estágio é de proporcionar ao estudante instrumentos de preparação


para a introdução e inserção no mercado de trabalho, mediante ambiente de aprendizagem
adequado e acompanhamento pedagógico supervisionado pelo professor em sala de aula. Desta
forma, o docente contribui como um facilitador do processo de aprendizagem e
profissionalização deste estudante, onde através do estágio, o mesmo se prepara para assumir
um papel importante na sociedade como profissional qualificado.

1.1.Estrutura do relatório

Capitulo I – Onde serão desenvolvidas as notas introdutórias, objectivos;

Capitulo II – Características da Empresa, Visão, Missão, Organização interna;

Capitulo III – Referencial teórico contribui para escrita do relatório;

Capitulo IV – Descrição das actividades desenvolvidas;

Capitulo V – Conclusão, recomendações e Bibliografia.

1
1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

 Aproximar o estudante da realidade de sua área de formação e compreender as


diferentes teorias que regem o exercício profissional;

1.2.3. Objectivo específicos

 Possibilitar o estudante a aplicação prática da teoria aprendida nas disciplinas,


permitindo assim a similação dos conteúdos;
 Atenuar o impacto da passagem da vida estudantil para a vida profissional do estudante.

1.3. Metodologia

O presente relatório, apresenta uma Analise profunda e clara sobre as tarefas práticas de
actividades laborais, métodos de observação directa, entrevistas e consultas utilizadas para a
elaboração do mesmo.

O Estagio na DINAME, E.E decorreu entre 21 de Julho e 30 de Dezembro de 2019, ao longo


deste tempo de estágio na empresa no Departamento de Contabilidade tive a oportunidade de
adquirir experiencia e aplicar alguns conhecimentos adquiridos no decorrer do curso na prática.

Onde no mesmo sector fui aprendendo durante o período de estágio as seguintes funções:

 Recepção de Documentos contabilístico das delegações;


 Organização de documentos contabilísticos nas pastas de arquivo;
 Classificação e Lançamento dos documentos no sistema primavera;
 Reconciliação Bancaria
 Apuramento de IVA
 Processamento de Salários;

2
CAPÍTULO II

2.Caracteristicas da Empresa

2.1.Localização geográfica

A empresa esta sedeada na cidade de Maputo, localiza se na avenida: Zedequias Manganhela,


nr 1278, Andar: R/C, Fax 21445, Telefone 4456.

2.2.Historial da Empresa

A DINAME, E.E. foi criada decreto nr 06/86 de 23 de Setembro pelo conselho de ministros. É
uma empresa estatal de âmbito nacional sob a superintendência do ministro da educação,
dotada de personalidade jurídica, autonomia financeira administrativa e financeira. É tutelado
pelo ministro da educação e desenvolvimento humano.

A DINAME, E.E. é uma empresa vocacionada para distribuição e comercialização de material


escolar sendo o seu objectivo principal do exercício a distribuição do livro gratuito.

A empresa esta expandida em delegações e postos de vendas, no acto da constituição a


DINAME apenas contava com três delegações em Maputo, Beira, Nacala e uma fábrica de
cadernos na Beira. Em 1997 a empresa expande as suas actividades criando mais duas
delegações designadamente em Tete, Quelimane e três postos de vendas em Nampula, Lichinga
e Cuamba.

Em 1995 através do diploma ministerial de 20 de Dezembro, é integrada a editora escolar na


DINAME.

Hoje a DINAME conta com 4 delegações Beira, Tete, Quelimane, Nacala e dois postos de
vendas Lichinga e Cuamba sendo que os postos vendas de Nampula e fábrica de cadernos
foram fechadas.

2.3.Missão

Tem a missão de distribuir livros escolares a nível nacional. Oferecer aos seus clientes os
melhores serviços.

3
2.4. Visão

Ser líder no segmento do material escolar mantendo a imagem de excelente qualidade


contribuindo para um ensino de qualidade.

2.6. Funcionamento da instituição

O período do funcionamento da Díname é das 08:00h às 16:00h de segunda a sexta-feira com


intervalo de 30minutos diários para o almoço dentro do intervalde12horas às 14horas.

2.7. A DINAME tem a função de:

 Proceder a distribuição do material a nível dos pais;


 Comercializar produtos e serviços a preços do mercado;
 Prestar serviços, como operador principal, no aprovisionamento, distribuição e
controlo da utilização do material escolar;
 Praticar outros actos inerentes ao exercício da sua actividade comercial.

2.8. Estrutura da DINAME.

A DINAME tem a seguinte estrutura orgânica:

 Gabinete do director geral


 Direcção de administração e finanças
 Direcção comercial
 Direcção editorial
 Delegações provinciais
 Direção de administração e finanças

2.8.1. Estrutura da direção de administração e finanças

 Departamento de Contabilidade;
 Departamento de Administração;

O departamento de Contabilidade subdivide-se em:

 Secção de Contabilidade;
 Secção de Tesouraria;

O departamento Administrativo subdivide-se em:

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 Secção do pessoal
 Secção de património

2.8.2. Organograma da DINAME

Director
Geral

Direcção Direcção Direcção Delegações


Comercial administraçã Editorial Provinciais
o e Finanças

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CAPÍTULO III

3.Referencial Teórico

3.1. Contabilidade como sistema de informação

Segundo IUDICIBUS (2006) “A confiabilidade é a característica que faz com que a informação
contábil seja aceita pelo usuário como base para suas decisões. As informações contabilísticas
para serem consideradas confiáveis devem ser íntegras, completas e baseadas em preceitos da
doutrina contabilística.”

Segundo Yamamoto e Salotti (2006), é aquela que altera o conhecimento de seu usuário em
relação aos aspectos económico-financeiro, físico e de produtividade da empresa. Para tal, as
informações devem ser compreensíveis, relevantes, confiáveis e comparáveis com o propósito
de reduzir a incerteza e se tornarem úteis no processo de tomada de decisão. Por fim, as
informações devem ser mensuradas e divulgadas aos diversos tipos de usuários.

Em suma a informação para ser confiável deve estar livre de erros ou relevantes e representar
adequadamente aquilo que se propõe a representar.

3.2. A Contabilidade

3.2.1. Definições

Segundo Hilário Franco (1996), “Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os
fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e
a revelação desses factos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do
patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza
patrimonial.”

Segundo MONOBE (1986).”Contabilidade é um sistema de processamento de informações


destinada a captar e medir a essência econômica dos eventos que afetam a entidade e relatar
seus efeitos econômicos sobre a mesma entidade para os tomadores de decisão.”

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Logo, pode-se afirmar que a Contabilidade é a ciência que tem por objectivo o estudo das
variações quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e
obrigações) das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um patrimônio)

3.3. Objectivos da contabilidade

Segundo ludícibus (1997), “O objetivo da Contabilidade, portanto, pode ser resumido no


fornecimento de informações para os vários usuários, deforma que propiciem decisões
racionais. ”

3.4.A finalidade da contabilidade

Segundo Lopes SÁ (1998).Diz que serve como Orientação para investidores e para o mercado
de capitais. Orientação para credores e instituições de crédito. Orientações sociais e
trabalhistas.
Análises científicas para modelos de comportamento da riqueza para ensejar decisões
administrativas. Modelos para a prosperidade. Controles governamentais de fiscalização e
auditoria fiscal. Previsões de ocorrências e efeitos orçamentários. Explicação de fatos
patrimoniais e análises contábeis. Investigação sobre a regularidade da gestão. Dados e
pesquisa social e econômica.

3.5. Função da Contabilidade

A função é registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fenômenos que ocorrem
no patrimônio das entidades, objectivando fornecer informações, interpretações e orientação
sobre a composição e as variações do patrimônio, para a tomada de decisões de seus
administradores.

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3.6. Princípios Contabilísticos

Os princípios de contabilidade geralmente aceites de modo a fornecer credibilidade da


informação financeira São os seguintes:

 Entidade

Princípio da Entidade considera o Patrimônio o objecto da contabilidade. O patrimônio da


Entidade é diferente do patrimônio de seus sócios. O patrimônio pertence à Entidade não ao
contrário, onde a Entidade pertenceria ao patrimônio.

 Continuidade

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro.

 Oportunidade

O Princípio da Oportunidade, o profissional contabilista deve identificar as transações no


primeiro momento em que tomar consciência de seu acontecimento.

 Competência

Princípio de Competência afirma que o produto deve ser registrado de acordo com o mês
executado pela compra. Ou seja, se o produto for adquirido no mês de março, o registro da
compra deve ser constado no mês de março, e assim respectivamente com outros meses,
independente se foi pago ou não.

 Prudência

Significa que é possível integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as estimativas
exigidas em condições de incerteza.

3.7.A Reconciliação bancária

Para De Sá (1995), reconciliação de contas é o restabelecimento dos registos de uma conta,


recomposição de uma conta através de documentos que originam os seus registos, confronto
de uma conta contra documentos e datas de modo a recompor uma situação com um extracto
de contas ou demonstração de terceiros. É um procedimento de controlo interno muito
importante que ajuda a detectar fraudes e erros e que por isso deve ser feito periodicamente.
Também trata-se de um processo obrigatório que deve ser realizado com uma frequência

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periódica e este processo consiste no confronte entre as quantias registadas em cada uma das
contas de depósito a ordem na entidade, como correspondente o extracto bancário.

Tal diferença resulta do facto de muitas operações bancárias serem contabilizadas pelo banco
e pela empresa em momentos diferentes, destacando-se pela sua frequência e importância os
pagamentos por cheque. Em quanto a empresa procede à sua contabilização na data da emissão,
o banco apenas considera quando apresentado o desconto (pagamento).

O mesmo autor assume que uma conciliação bancária pressupõe as seguintes fases de trabalho:

 Comparar as operações constantes do extracto bancário com as contabilizadas pela


empresa no período em analise, assinalando-as com (pico) ou indexando-as
numericamente;
 Identificar as operações que ficaram em aberto em qualquer dos registos;
 Analisar as operações em aberto e proceder as correcções que se mostrem convenientes.
Os autores são unânimes em afirmar que a reconciliação de contas é um procedimento de
controlo interno que consiste na comparação de movimentos da conta bancária com os
movimentos da entidade e deve ser feita com frequência periódica de modo a evitar erros e
fraude.

3.3.Controlo Interno

Segundo Sena (2002), O controlo interno é uma actividade que teve origem com o
aparecimento das primeiras organizações, embora na altura fosse muito deficitária. Na verdade
não havia mecanismos necessários que garantissem um controlo dinâmico e eficaz. Mas com
o passar do tempo surgiram novos instrumentos, que foram introduzidos nas organizações
contribuindo, assim, para o desenvolvimento do controlo interno dando mais consistência e
segurança às actividades da empresa.

3.3.1.Tipos de Controlo Interno

Pode-se dizer que existe dois tipos de controlo interno tanto de natureza administrativa como
de natureza contabilístico que passaremos a analisar.

 Controlo Interno Administrativo

Segundo Costa (2000) o controlo interno administrativo inclui todos os planos da organização
e os métodos relacionados com os processos de decisão que conduzem à autorização das
transacções pelo órgão da administração. Este tipo de controlo abrange todas as actuações e os
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procedimentos implementados pela administração que visam uma realização eficiente de todas
as operações da entidade.

 Controlo Interno Contabilístico

De acordo com Costa (2000), o controlo interno contabilístico compreende o plano de


organização, os registos e processos relativos a salvaguarda do património da entidade, a
confiança e integridade das informações financeiras. Tudo isso de modo que facultem uma
segurança razoável de que:

 As operações sejam realizadas conforme a autorização do órgão da gestão;


 Os factos acorridos sejam registados de modo que a preparação das demonstrações
financeiras estejam em conformidade com os princípios geralmente aceites;
 O acesso aos activos acontece quando for autorizado pelo órgão competente.

Efectivamente, o controlo interno contabilístico abarca todos processos e sistemas utilizados


em diversos sectores nos quais permitem a eficiente custódia de património da entidade e de
fazer com que as transacções ocorridas sejam registadas devidamente correctas.

3.3.2.Principais Áreas de Controlo Interno

Normalmente as organizações usufruem de diversas áreas conforme as suas necessidades que


compõem o seu todo. Dentro destas áreas é preciso de um controlo interno conforme a sua
dimensão e utilidade para a entidade. E em cada uma das suas áreas devem implementar as
medidas que lhes permitem de usufruir de controlo interno. De diversas áreas de controlo
interno neste trabalho iremos analisar os seguintes: na tesouraria; nas compras e contas a pagar;
nos stocks e nas vendas e nas contas a receber. Essas áreas de controlo interno praticamente
estão ligados um aos outros, portanto é necessário bastante atenção no controlo de um destes
para não afectar as outras áreas.

 Controlo interno na Tesouraria

Uma das principais áreas de controlo interno nas empresas é a tesouraria. E a essência deste
controlo está na prevenção, na redução ou na correcção de forma imediata eventuais erros ou
irregularidades que possivelmente poderão incorrer a fim de evitar prejuízos maiores para a
empresa.

Conforme Costa (2000) de todos os activos da empresa, as disponibilidades (nomeadamente


os meios monetários) são os mais susceptíveis de serem objecto de uso indevido por pessoas

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que nelas trabalham. Pois, a ocorrência desses factos indesejáveis e outros nesta área
normalmente acontecem devido a ausência de segregações de funções, como o caso em que
um funcionário responsável pelo recebimento, pagamento e registo ou ainda pela guarda do
activo.

 Controlo interno nas compras e contas a pagar


Todas as empresas precisam de realizar as compras para a execução de suas actividades
mediante as suas necessidades e a demanda do mercado.
Segundo Costa (2000) o processamento da compra constitui uma das principais medidas de
controlo interno a ter em conta nas compras. Este processamento vai desde da necessidade de
aquisição de bens ou serviços até ao seu pagamento após da sua recepção. Para tal a empresa
deverá dispor de procedimentos que permitem maior controlo durante a fase da compra. O
início de qualquer compra deve ser efectuado com o pedido de compra conforme o plano
definido ou também a constatação de eventuais necessidades.
Quando o pedido for enviado para o responsável pela de compra cabe a eles seleccionar os
fornecedores conforme a carência da empresa. Posteriormente, desta triagem devem fazer uma
ordem de compra, e este por sua vez precisa de ser aprovada tanto pelo responsável dessa
secção como tanto pelo responsável financeiro a fim deste último incluir o pagamento da
factura no seu plano de tesouraria. Além destas actuações é obrigatório a conferência da factura
do fornecedor, no sentido de confirmar se realmente foi recebido os bens conforme as
condições acordadas e averiguar se os cálculos da factura se estão correctos.

 Controlo interno nas vendas e contas a receber

A área de venda constitui uma das principais áreas que sustenta uma empresa. Normalmente
existem dois tipos de venda (venda a dinheiro e venda a prazo ou a crédito) que são realizadas
por ela. Enquanto a venda a dinheiro não exige muitos procedimentos de controlo interno a
venda a crédito esta sujeita a variedade de processos de controlo.

Na verdade, este último possui exigências maiores para a sua concretização envolvendo mais
elementos da empresa. A realização de vendas a prazo inicia-se com as encomendas feitas pelos
clientes.

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A secção de vendas após a recepção de ordem de compra, em primeiro de tudo antes da
aprovação deverá certificar se contém existências suficientes e posteriormente conceder o
consentimento de crédito.

 Controlo interno nos Stocks( Mercadoria)

Os stocks são constituídos por variedades de bens que podem ser vendidos ou utilizados na
produção de outros bens, como exemplo: matéria-prima, produtos acabados e subprodutos.
Assim, ele torna-se vital para muitas empresas, sobretudo as industriais e comerciais, pois, é
ele que sustenta todas as suas actividades operacionais.

Segundo Costa (2000) as principais medidas de controlo interno nos stocks são os seguintes: a
entrada nos armazéns das existências provenientes de compras; a armazenagem, o movimento
e saída de existências e o seu controlo físico.

Na verdade, dificilmente elas conseguem realizar as suas actividades sem as existências,


sobretudo as comerciais. Portanto, esses bens precisam de ser controladas não apenas evitar
fraudes mas também para impedir constrangimentos maiores como o caso daqueles bens que
são mais depreciáveis. As empresas comerciais e industriais devem ter bastante atenção nas
existências para além de ter bens para os seus próprios consumos também possuem bens para
venda.

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CAPÍTULO IV

4. Actividades Realizadas Durante o Estágio


O Estagio decorreu entre 21 de Julho e 30 de Dezembro de 2019, ao longo deste tempo de
estágio na empresa no Departamento de Contabilidade tive a oportunidade de adquirir
experiencia e aplicar alguns conhecimentos adquiridos no decorrer do curso na prática.

Onde no mesmo sector fui aprendendo durante o período de estágio as seguintes funções:

 Recepção de Documentos contabilístico das delegações;


 Organização de documentos contabilísticos nas pastas de arquivo;
 Classificação e Lançamento dos documentos no sistema primavera;
 Reconciliação Bancaria
 Apuramento de IVA
 Processamento de Salários;
 Cálculo de IRPS;
 Lançamento de INSS;
 Lançamento de Salários.

4.1. 1° Mês de Estágio

4.1. Recepção de Documentos contabilístico das delegações

A Empresa esta sedeada na cidade de Maputo e expandida em 6 postos de vendas nas províncias
da Beira, Tete, Quelimane, Nacala, Lichinga e Cuamba. Os processos contabilísticos são
lançados na sede e só acontecimentos patrimoniais ocorridos num mês são lançados no mês
seguinte, sendo assim ate dia 5 de cada mês os delegados de cada posto de venda enviam os
processos pelo portador diário para serem lançados na sede.

A recepcao de documentos é a primeira fase no processo contabilístico, os documentos são


entregues na contabilidade pela secretária, ao receber os documentos assino um protocolo que
confirma que recebi e ao receber organizo os documentos para o arquivo na pasta.

4.1.1. Organização de documentos contabilísticos nas pastas de arquivo

Os documentos são arquivados nas pastas de arquivo, a organização dos documentos


contabilísticos nas pastas de aquivo é a seguinte:

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Os documentos são separados por um separador que separa as receitas das despesas colocando
os documentos de direita para esquerda arquivando primeiro as receitas e depois as despesas.
Para arquivar os documentos usamos os seguintes materiais saca agrafos, agrafador e furador.

 Organização e arquivo das receitas

Primeiro arquiva-se as VD´s ou Facturas em seguida os Talões de depósitos, Resumo diário


das Vendas e o protocolo diário de tesouraria de cada dia respectivamente (dia por dia seguindo
a sequências) e no final de toda as vendas efectuados num mês arquiva-se o mapa de resumo
mensal de vendas. E quando o arquivo de receitas chega ao fim coloca-se um separador onde
vem escrito Receitas.

 Organização e arquivo das despesas

Nas despesas arquiva-se primeiro o tipo de despesa podendo ser: Despesas de Energia,
Combustível, Água, Pagamento de telefone, Aluguel, Quotas Sindicais, com transportadores,
sazonais, alojamento, alimentação entre outras despesas.

É de caracter obrigatório que cada despesa tenha justificativo podendo ser VD, Factura, recibo,
contratos entre outros.

Em seguida arquiva-se a requisição de fundos que requisitou-se para custear tais despesas, a
requisição contem o número de cheque e o banco que usou-se para passar o cheque e depois
arquiva-se o protocolo de tesoraria desse dia e assim sucessivamente arquiva-se
respectivamente as despesas de todo o mês, Arquiva se no fim de todas despesas de um mês
um separador onde vem escrito Despesas. Por cima das receitas e despesas já arquivadas na
pasta arquivo coloca-se um mapa onde vem a descrição das receitas e despesas (Cash Flow),
efectuado todo o mês.

Os documentos da sede são organizados e arquivadas nas pastas de arquivo pelo tesoureiro até
dia 01 de cada mês o tesoureiro entrega as pastas na contabilidade já organizadas devidamente
para serem lancadas.

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4.2.Classificacao e Lançamento dos documentos no sistema primavera

Apos o arquivo e organização os documentos são classificados e lançados usando-se o plano


de contas adaptando a empresa no sistema primavera.

No plano de contas da empresa cada conta que deduz o imposto este dividido, repartiu-se a
conta que deduz e outra que não deduz, por exemplo: A conta de Água fica sendo como mãe
criou- se as subcontas na conta de Água onde temos a conta de Água com direito a dedução e
outra conta de Água sem direito a dedução. Isso para todas contas que deduzem o imposto.

 Para Classificar primeiro abrimos a pasta de arquivo começamos a classificar e a lançar


os documentos de direita para esquerda.
 Primeiro classificamos e para classificar entramos no plano de contas identificamos a
conta referente a receitas ou despesas e escrevemos manualmente a conta na requisição
separado de uma linha horizontal onde a conta a debitar escrevemos por cima de linha
e por baixo da linha escrevemos a conta a creditar e apos a classificação manual
lançamos na primavera.
 Para lançar entramos nos movimentos adicionar o ano do exercício económico, o mês
e o ultimo dia do mês onde lançamos todos acontecimentos patrimoniais antes de lançar
temos que indicar os diários já vem descritos é só clicar onde vem diários e aparece
diário 001 Sede, 002 Beira, 003 Tete, 004 Quelimane, 005 Nampula, 006 Nacala, 007
Lichinga, 008 Cuamba e 010 Editora escolar… e onde vem escrito documentos de vem
indicar o documento, onde o documento 01 Sede, 02 Beira, 03 Tete, 04 Quelimane, 05
Nampula, 06 Nacala, 07 Lichinga, 08 Cuamba e 010 Editora escolar, esses números
representa os centros de custos de cada delegação após os procedimentos anteriores
começamos a fazer os lançamentos.

4.1.1.3.Arquivo de despesas

Arquivo que inclui como o próprio nome indica despesas premunais para o desenvolvimento
da empresa quer a nível de serviços prestados quer por fornecimento de produtos destinados
ao consumo, tais como, Agua, telecomunicações, internet, transporte, refeições, luz, portagens,
seguros, viagens, …

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A contabilização dos documentos que compõem um arquivo é concedida do início para o fim
do dossier.

4.1.2.Classificação de Documentos

É um processo aplicado para organizar informação por grupo de assunto (informação), a


facilitar a localização dos Documentos em papel e em formato digital. As empresas podem
aplicar seus próprios padrões para a classificação dos documentos movimentados no dia-a-dia.
Para o caso das Facturas pró-forma, Cotações e outros documentos que não justifiquem
nenhuma alteração quantitativa dos factos patrimonial não são classificados.

4.2. 2° Mês de Estagio

4.2. Lançamentos

4.2.1.Sistema utilizado para os registos (Primavera)

A PRIMAVERA Business Software Solutions é um Software Português que foi Criada em


1993 dedica-se ao desenvolvimento e comercialização de soluções de gestão e plataformas para
integração de processos empresárias num mercado global, disponibilizando soluções para as
pequenas, Medias, Grandes organizações e administração pública.

A PRIMAVERA BSS esta presente em Portugal, Espanha, Moçambique, Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau e S. Tome e Príncipe, sendo Líder de mercado em muitos destes países.

4.2.2.Lançamentos de Receitas da Sede

As vendas da sede são eletrónicas, quando efectua-se as vendas no sistema primavera o sistema
lança automaticamente isso na faturarão e no final de cada mês as vendas puxadas para a
contabilidade. Quando a venda é efectuada o valor entra no caixa da empresa depois é
depositada no banco por isso o lançamento que fizemos das vendas é:

Debito 11-caixa e Creditamos a conta de proveito que é 71-com o Iva 44331 Liquidado, quando
vamos depositar o valor

Debita-se a conta bancos 12- em contrapartida da conta de caixa recebimentos 11.

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4.2.3.Lançamentos de Receitas das Delegações

A empresa também vende material escolar básico que confere direito a dedução do imposto
excepto os livros ou seja os livros são mercadorias que não são tributáveis.

As vendas das delegações não eletrónicas são manuais sendo assim lançamos bancos a venda
de mercadorias.

Debita-se a conta bancos de receita 12110110 e credita-se a conta vendas de mercadorias 71 e


44331 o iva liquidado de operações gerais.

4.2.4.Prestação de Serviços de Distribuição

A empresa presta serviços de distribuição de livros e de várias coisas mas actividade principal
é a distribuição de livros. Por exemplo quando a empresa presta os seus serviços e emite uma
factura ao cliente o registo feito da seguinte Maneira:

 Quando não efectua o pagamento:

Debita-se a conta do cliente 41- em contrapartida a conta de prestação de serviços 72 e conta


iva liquidado 44331. Quando o cliente efectua o pagamento debita-se a conta 12-bancos e
credita-se cliente 41.

 Quando é pagamento parcial:

Debita-se o valor pago na conta bancos 12- credita-se a conta de prestação de serviços 72 no
valor total da factura e a conta do iva liquidado de operações gerais 44331 e a conta cliente no
valor em divida (que falta pagar). No acto de pagamento debitamos a conta bancos 12- em
contrapartida da 41.

 Quando o pagamento é na totalidade:

Debita-se a conta bancos 12- em contrapartida da conta de prestação de serviços 72 no valor


total da factura e a conta do iva liquidado de operações gerais 44331.

Neste caso não mexemos com a conta clientes.

4.2.5.Prestação de serviço de terceiro

No decorrer da sua actividade a empresa consome diversos serviços prestados por terceiros e
são contabilizados nas respectivas contas de fornecimento de serviços de terceiros. Onde dentre
os quais irei falar sobre o registo das despesas mas frequentes ou que ocorrem todos os meses.

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Alguns casos pertinentes na classificação e no lançamento inerentes aos factos patrimoniais da
empresa.

 Factura da EDM

A fatura da EDM a dedução não é total deduz se 62% de 17%. Onde primeiros efectuamos os
cálculos:

Eletricidade com direito a dedução = VTF- taxa de radio –O IVA*62%= valor de energia que
deduz o 17%

Eletricidade sem direito a dedução = VTF- taxa de lixo – taxa de radio – IVA-valor de energia
que deduz o 17%

= Valor que não deduz

Debita-se a conta com direito a dedução 632121- valor de energia que deduz o 17% no sistema
primavera e o iva dedutível aparece automaticamente a debito 4432 iva dedutível de outros
bens e serviços, debita-se a conta de imposto e taxas 6827 (taxa de lixo) e a conta 6828 (taxa
de radio fusão), debita-se a conta de eletricidade sem direito a dedução 632122- por
contrapartida da conta conta bancos 12.

 Factura de água

A factura de água deduz 75% de 17%. Primeiro efectuamos os cálculos

Agua com direito a dedução = VTF*IVA*75= valor que deduz17%

Agua sem direito a dedução = VTF-IVA-valor que deduz 17%

Debita-se a conta de água com direito a dedução 632111 e a conta de água sem direito a de
dedução 632112- por contrapartida da conta bancos 12.

 Combustíveis

A gasolina não dedeuz imposto, o gasóleo deduz o imposto parcialmente existe dois casos:

As viaturas ligeiras não deduzem o imposto e as viaturas pesadas deduzem mas não na
totalidade apenas 50% é deduz e outro não deduz.

Gasóleo com direito a dedução = VTvd/2/1.17

Gasóleo sem direito a dedução = VTvd/2

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Debita-se a conta de gasóleo com direito a dedução 63213121- valor de 50% que deduz o iva
e o iva aparece automaticamente a debito, o iva dedutível de outros bens e serviços 4432,
debita-se a conta de gasóleo sem direito a dedução 63213122- escrevemos o valor que não
deduz o iva, o 50% sem direito a dedução.

 Rendas e alugueres

A empresa paga renda da casa do delegado e arrenda alguns armazéns, no acto de pagamento
quando o locador emite uma fatura ou recibo deduzimos 17% mas quando não emite factura o
locatário (empresa) deduz 14% do valor a pagar.

Rendas e alugueres com direito a dedução = VTF/1.17 (quando tem se uma factura) ou

Rendas e alugueres com direito a dedução = VT a ser pago/0.86 (quando não tem factura).

Debita-se a conta de rendas e alugueres 632322- por contrapartida da conta bancos 12

 Deslocacoes e estadias

Regista-se despesas fora do local de trabalho ou despesas feitas nas viagens a trabalho como
despesas de passagem, alimentação, alojamento entre outras. Estas despesas não conferem a
dedução do iva.

Debita-se a conta de deslocações e estadias 632281 por contrapartida da conta bancos 12.

Ao fazer lançamentos quando fechamos cada diário no primavera, seguindo o protocolo de


tesouraria (cada protocolo representa 1 dia) e gravar temos de escrever o numero de lançamento
em cada documento no meio do documento para melhor organização e já feitos os lançamentos
escrevemos ao lado da pasta de arquivo o ano, mês e os números de lançamentos que foram
efectuados num mês para facilitar a localização da pasta mais tarde caso seja necessário.

4.3. 3° Mês de Estagio

4.3.1.Reconciliação das Contas Bancárias

Reconciliação bancária é a comparação dos saldos e dos movimentos da empresa e do banco,


ou seja, faz-se a reconciliação comparando o saldo do extrato bancário com o saldo da
contabilidade da empresa. Se o saldo do extrato do banco e do extrato da empresa não serem
iguais reconciliamos as contas.

 Para tal o primeiro passo é:

22
Pedir o extrato do banco de seguida imprimir o extrato dos registos da contabilidade da empresa
e comparar os saldos.

 Segundo passo:

Se os saldos forem iguais introduzimos os saldos finais da empresa e do banco no mapa de


reconciliação bancária.

Se os saldos forem diferentes fizemos a picagem para identificar os movimentos que são iguais
nos dois extratos. Após identificar os movimentos comuns, identificamos quais os movimentos
não se encontram em simultâneo nos dois extratos e decretamos os erros. Podendo ser o caso
de:

 O banco não ter descontado cheques;


 O banco não ter registado o valor corretamente;
 A empresa não ter tido feito o lançamento;
 A empresa não ter feito o lançamento no valor correto;
 Falha da empresa na digitação ou troca de contas na digitação (digitar conta do BIM
enquanto é conta do BCI).

E assim que decretamos os erros fizemos a perseguição dos valores pendentes no extrato do
banco e da empresa ou seja a perseguição dos valores que não picaram e os valores só ficarão
pendentes na reconciliação nestes casos:

 Valores pendentes no extrato do banco em casos de:

Para os valores no extrato bancário que não foram registados corretamente certificamos
primeiro nos nossos registos se é mesmo o caso e se for redigimos uma carta ao Banco para
assim retificar. E podemos ter alguns valores no extrato do banco por falta de desconto dos
mesmos essa situação acontece quando a empresa emite cheques no final do mês e quando é
assim, estes cheques são descontados no mês seguinte logo aparecem no extrato seguinte.

 Valore pendentes no extrato da empresa em casos de:

Para os lançamentos mal feitos a empresa faz a correção dos mesmos guiando-se com as pastas
de arquivo e só ficam pendentes na reconciliação cheques que serão descontados no mês
seguinte e valores referentes aos depósitos que foram depositados no mês seguinte.

23
E assim fizemos a reconciliação.

4.3.2.Apuramento de IVA

 4.4.3.5. IVA Apuramento


Revela a situação devedora ou credora do sujeito passivo perante o Estado.
 Esta conta é debitada por contrapartida das contas 4432 e 44341 e creditada por
contrapartida das contas 4433 e 44342 pelos valores do imposto delas constantes em
cada período de tributação.
 É debitada pelo saldo devedor da 4.4.3.8, respeitante ao valor do crédito do imposto
reportado do período anterior relativamente ao qual não tenha sido solicitado o pedido
de reembolso. O Saldo decorrente dos lançamentos descritos, será movimentado do
seguinte modo:
- a débito desta conta e a crédito da conta 4437, se o saldo for credor;
- a crédito desta conta e a débito da conta 4438, se o saldo for devedor.

4.3.3. Processamento de salários

Processar salário consiste em registar todos os valores que os trabalhadores auferem pelo
trabalho prestado.

Foi feita, no período de estágio, a emissão de folhas de pagamento de salário. Para o seu efeito,
em primeiro lugar, são canalizados os salários brutos para os trabalhadores, a partir desses
salários, são feitos os descontos do INSS e do IRPS, obrigatórios.

 Cálculo de IRPS
Primeiro Introduzimos o salario base dos trabalhadores juntos com os subsídios num mapa no
Excel onde obtemos o total das remunerações de cada trabalhador, efectuamos os cálculos se
o total das remunerações for no mínimo 20.249,99 caso não, não é efectuado o calculo.

1. De acordo com o total da remuneração do trabalhador vamos na tabela para verificar


em que intervalo se enquadra a remuneração do trabalhador na coluna;
2. Apos verificar em que intervalo se enquadra a remuneração do trabalhador dentro do
intervalo levamos o valor mínimo;

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3. De seguida subtraímos o total das remunerações com o valor mínimo que será igual a
um valor que chamamos de base tributável.

Base tributável = Remuneração – V. mínimo

4. A Base tributável é multiplicada pela taxa que retiramos na coluna C que será igual a
um valor e o valor apurado adicionamos com o valor retirado da coluna B consoante ao
número de dependentes do trabalhador que igual será igual ao IRPS a pagar.
IRPS = Base tributável* Taxa + Valor da Tabela

 Cálculo de rendimento de segunda categoria


Para o cálculo de rendimento de segunda categoria

Calculamos rendimentos empresariais ou profissionais quando há prestação de serviços de


trabalhadores independentes com sazonais etc. onde a taxa de imposto que incide sobre os
rendimentos auferidos por terceiros é de 20% conforme esta Fixado na legislação fiscal no Art.
64 Onde encontram se as taxas de IRPS.

 Lançamento de Salários
Para os lançamentos de Processamento é feita da seguinte maneira: Debita a conta 622-
remuneração com os trabalhadores e a conta 623-encargos com remuneração, em contrapartida,
das contas 442- Imposto retido na Fonte, conta 449- contribuição da INSS e a 4622-
remuneração a pagar. Feito esse processamento, segue-se a fase de pagamento em que se debita
a conta 4622-pagamento de salário, em contrapartida, da conta 11-caixa pagamento ou 12-
banco.

25
CAPÍTULO V

5. Conclusão, Recomendações e Bibliografia

5.1. Conclusão

O estágio realizado na DINAME, E.E foi de grande valor e agrado, pois o estágio é uma
forma do aluno conciliar a teoria e a prática.

Pude também ver como os funcionários devem se portar no seu local de trabalho, pois é
essencial que os funcionários tenham uma boa convivência no seu local de trabalho para uma
maior produtividade.

A realização do estágio pré-profissional alia o conhecimento académico com a experiencia


vivencial do ambiente de trabalho, porque elucida e complementa na prática os temas
abordados nas aulas pelo professor.

Assim, o estudante pôde reter melhor o conhecimento sobre a profissão escolhida, através da
experiência adquirida no período de estágio.

5.2. Recomendações

 Recomendo a contratação de mais técnicos que possam dar mais-valia ao sector de


contabilidade;
 Todos os movimentos sejam eles de caixa, banco devem ser registados numa planilha
para facilitar a sua interpretação.
 Deve ter controlo de Armazém, porque os livros todos estavam juntos e com maior
facilidade de roubo da parte dos trabalhadores.

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5.3.Bibliografia

 FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 18 ed. São Paulo: Atlas, 1996


 MONOBE, Massanori. Definição da Contabilidade. 1986. 183f.– Faculdade de
Economia e Administração, Universidade de São Paulo. 1986.
 YAMAMOTO, Marina Mitiyo; SALOTTI, Bruno Meirelles. Informação Contábil:
estudos sobre a sua divulgação no mercado de capitais. São Paulo: Atlas, 2006.
 IUDÍCIBUS, Sérgio de . Teoria da contabilidade.5“ ed. São Paulo: Atlas, 1997.
 IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
 De Sá. A. (1995). Dicionário de contabilidade revista e ampliada. São Paulo: Editor
Atlas SA.
 Costa, C. B. (2000). Auditoria Financeira - Teoria e Prática (éd. 7ª). Lisboa: Rei dos
Livros.
 PGC-NIRF – Plano Geral de Contabilidade – Normas Internacionais do Relato
Financeiro.
 LEGISLACAO FISCAL MOCAMBICANA- 5a ed. 2015/2016

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