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Curso: Contabilidade Geral p/ ICMS RJ

Teoria e Questões comentadas


Prof. Luciano Moura - Aula 01

Aula 01
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Professor: Luciano Moura

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Aula 01 – 2. Princípios contábeis e normas contábeis brasileiras


emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. 3. Componentes
do patrimônio: evidenciação.

Assunto Página

1. Normas Brasileiras de Contabilidade 4

2. Princípios Contábeis 4

3. Convenções Contábeis 14

4. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-


Financeiro 16

5. Componentes do Patrimônio (continuação) 22

6. Apuração do Resultado do Exercício 29

7. Balancete de Verificação 35

8. Questões Comentadas 37

9. Risco Exponencial 59

10. Lista de Questões 63

11. Gabarito 76

E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis nesta


aula:

Esquema 1 – Os Seis Princípios Contábeis .......................................................................... 5


Esquema 2 – Autonomia Patrimonial ................................................................................. 5
Esquema 3 – Princípio da Entidade .................................................................................... 6
Esquema 4 – Princípio da Oportunidade ............................................................................. 7
Esquema 5 – Princípio do Registro pelo Valor Original .......................................................... 8
Esquema 6 – Fatores de Variação do Custo Histórico ........................................................... 9
Esquema 7 – Princípio da Competência ............................................................................. 10
Esquema 8 – Princípio da Prudência ................................................................................. 12
Esquema 9 – Principais aspectos dos Princípios Contábeis ................................................... 14
Esquema 10 – Principais aspectos do CPC 00 – Estrutura Conceitual .................................... 17
Esquema 11 – Características Qualitativas da Informação Contábil-Financeira Útil.................. 20
Esquema 12 – Grupos de Ativos e Passivos ....................................................................... 23
Esquema 13 – Comparação Duplicata X Nota Promissória ................................................... 23
Esquema 14 – Subgrupos do Ativo Não Circulante.............................................................. 24
Esquema 15 – Comparação Balancete Inicial X Balancete Final ............................................ 36

Olá querido aluno,


Como vão seus estudos? Pronto para darmos início a nossa Aula 01 do
curso de Contabilidade Geral? Espero que sua dedicação esteja à altura da

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exigida para ocupar um cargo como o de Auditor Fiscal da Receita Estadual do
Rio de Janeiro. Lembre-se que as dificuldades sentidas por você durante essa
caminhada são as mesmas sentidas por seus concorrentes. O que o diferencia
deles, é que você está vencendo essas dificuldades e está aqui, se preparando
adequadamente para a prova. Então vamos lá, acomode-se na cadeira e vamos
continuar a nossa matéria!
Na aula de hoje, apresentaremos os Princípios Contábeis e a Estrutura
Conceitual da Contabilidade, falaremos sobre as normas do Conselho Federal de
Contabilidade e aprofundaremos nosso estudo nos componentes do Patrimônio.
Aos poucos, você irá notar que a matéria ficará mais clara na sua mente, e você
estará resolvendo os exercícios de forma mais fácil e rápida. Vamos nessa
então!?

Bons estudos! 

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1. Normas Brasileiras de Contabilidade

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é uma entidade


autônoma, formada por seis entidades1, e que tem o objetivo de emitir normas
técnicas contábeis com vistas à convergência da Contabilidade brasileira
aos padrões internacionais. Essas normas podem ser de três tipos:
 Pronunciamentos Técnicos (CPC), que são obrigatoriamente
submetidos a audiências públicas;
 Interpretações Técnicas (ICPC); e
 Orientações Técnicas (OCPC).
Por sua vez, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), uma das
entidades participantes do CPC, é uma Autarquia Especial Corporativa que tem
por finalidade orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil,
por meio dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC). Além disso, o CFC
também é responsável por manter as Normas Brasileiras de Contabilidade
(NBC), as quais são aprovadas e alteradas frequentemente por meio de
Resoluções do CFC.

2. Princípios Contábeis

Por princípio entendemos o início ou causa de alguma coisa. Em se


tratando de normas, princípio seria um mandamento diretor, que subordina
todos os mandamentos que o sucedem, visando a uniformização de conceitos e
a padronização de procedimentos.
A Resolução CFC nº 750/93, alterada pela Resolução nº 1.282/10, lista
seis Princípios da Contabilidade2, a saber:
I. Entidade
II. Continuidade
III. Oportunidade
IV. Registro pelo Valor Original
V. Competência
VI. Prudência
Importante: antes da reforma trazida pela Resolução nº 1.282/10, havia sete
Princípios Contábeis, os seis já citados e o Princípio da Atualização Monetária, o
qual deixou de ser tratado como princípio e passou a ser uma característica do
Princípio do Registro pelo Valor Original.

1 ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas); APIMEC NACIONAL (Associação dos
Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais); BOVESPA (Bolsa de Valores);
CFC (Conselho Federal de Contabilidade); FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis,
Atuariais e Financeiras); e IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) – não,
você não precisa decorá-los, rsrs.
2 Antes da Resolução nº 1.282/10, eles eram chamados Princípios Fundamentais da Contabilidade

e a reforma retirou tal adjetivo para eliminar a redundância da expressão.

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Entidade

Prudência Continuidade

Princípios de
Contabilidade
Competência Oportunidade

Revogado em Atualização Registro pelo


2010 Monetária Valor Original

Esquema 1 – Os Seis Princípios Contábeis

Para facilitar sua memorização, é só lembrar: A entidade tem


continuidade se tiver oportunidade de registrar pelo valor original com
competência e prudência.
Vejamos agora o que cada um dos princípios postula.

2.1. Princípio da Entidade

O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade
ou instituição.

PERTENCE
PATRIMÔNIO ENTIDADE

NÃO PERTENCE
ENTIDADE PATRIMÔNIO

Esquema 2 – Autonomia Patrimonial

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O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A
soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova
entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
Um exemplo que ilustra isso é a consolidação das contas de uma empresa
que possui várias filiais. Cada filial possui sua autonomia patrimonial, ou seja,
possui seu patrimônio, que não se confunde com o patrimônio da empresa
matriz. Ao consolidar as contas do grupo empresarial (matriz e filiais) não temos
a formação de uma nova entidade, mas apenas um relatório consolidado da
situação do grupo como um todo (uma unidade de natureza econômico-
contábil).

Patrimônio como o
objeto da
Princípio da contabilidade
Entidade patrimônio dos sócios

Autonomia
patrimonial
patrimônio da pessoa
jurídica

Esquema 3 – Princípio da Entidade

2.2. Princípio da Continuidade


O Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
Isso significa que, a menos que se tenham evidências do contrário, a
entidade exercerá suas atividades por um período indeterminado.

Vejamos nossa primeira questão de prova desta aula.

1- (FCC / TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário -


Contabilidade / 2010) O princípio contábil que se relaciona diretamente à
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, além
de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de
resultados é o Princípio
a) da Continuidade.
b) do Registro pelo valor original.
c) da Oportunidade.
d) da Entidade.

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e) da Prudência.
Resolução:
Como vimos, o Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade
continuará em operação no futuro (capacidade futura de geração de
resultado) e, portanto, a mensuração e a apresentação (quantificação) dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
Gabarito: A

2.3. Princípio da Oportunidade


O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação
da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação.

Princípio da Oportunidade

Processo de mensuração e apresentação dos


componentes patrimoniais para produzir

Informações íntegras e
tempestivas

Relevância da informação contábil

Esquema 4 – Princípio da Oportunidade

Pelo Princípio da Oportunidade, para seu útil (relevante), a informação


contábil deve ser íntegra (correta) e tempestiva (ser apresentada no momento
em que ocorre), caso contrário, ela perde a sua relevância.

2- (FCC / TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário -


Contabilidade / 2010) O princípio contábil da oportunidade estabelece que

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a) o patrimônio da entidade não se confunde com o patrimônio dos sócios ou
acionistas.
b) as despesas e as receitas da entidade devem ser registradas no período em
que forem incorridas e não no período em que ocorrer o desembolso ou o
recebimento.
c) os ativos devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor de
mercado, dos dois o menor.
d) deve-se adotar, havendo duas alternativas igualmente válidas para
mensuração do passivo, a de maior valor na escrituração contábil.
e) o registro da mutação patrimonial deve ser feito de imediato, de forma
integral, e na extensão correta de seus elementos quantitativos e qualitativos.
Resolução:
Pelo Princípio da Oportunidade, o processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais (registro da mutação
patrimonial) deve produzir informações íntegras e tempestivas, ou seja,
deve ocorrer de forma imediata e com correção.
Vimos, também, que a letra A refere-se ao Princípio da Entidade, pelo
qual o patrimônio da entidade não se confunde com o patrimônio dos
sócios ou acionistas. As demais assertivas, detalharemos em instantes.
Gabarito: E

2.4. Princípio do Registro pelo Valor Original


O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos
valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

devem ser inicialmente


registrados pelos valores
Princípio do originais das transações
componentes
Registro pelo
do patrimônio
Valor Original
expressos em moeda
nacional

Esquema 5 – Princípio do Registro pelo Valor Original

As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus


distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – Custo histórico.

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 Ativos: são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são
entregues para adquiri-los na data da aquisição.
 Passivos: são registrados pelos valores dos recursos que foram
recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos
valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários
para liquidar o passivo no curso normal das operações.
II – Variação do custo histórico.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e
passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

Ativo: valor que teria de ser pago se esse


ativo fosse adquirido na data das
demonstrações
Custo
Corrente
Passivo: valor que seria necessário para
liquidar a obrigação na data das
demonstrações

Ativo: valor o qual poderia ser obtido


pela venda em uma forma ordenada
Valor
Realizável Passivo: valor que se espera pagar pela
liquidação da obrigação no curso
normal das operações
Variação do
Custo Valor descontado dos fluxos futuros
Histórico de entrada/saída de caixa que se espera
Valor seja gerado pelo ativo ou necessário
presente para liquidação do passivo no curso
normal das operações da entidade

É o valor pelo qual um ativo pode ser


trocado, ou um passivo liquidado,
Valor Justo entre partes conhecedoras, dispostas
a isso, em uma transação sem
favorecimentos

É o ajustamento dos valores originais


Atualização dos componentes patrimoniais
Monetária decorrente da alteração do poder
aquisitivo da moeda nacional

Esquema 6 – Fatores de Variação do Custo Histórico

Exemplificando algumas situações, temos:


1) Aquisição de um bem por R$ 10.000,00 em 01/08/2013. Caso este bem fosse
adquirido no dia 31/12/2013 (data do Balanço Patrimonial), a entidade pagaria
R$ 8.000,00 por ele. Nesse caso, teríamos:
 Custo Histórico do ativo: R$ 10.000,00 (valor pago na data de
aquisição);

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 Custo Corrente: R$ 8.000,00 (valor na data do Balanço Patrimonial).
2) Suponhamos que o bem adquirido em 01/08/2013 fosse vendido por
R$ 9.000,00, incorrendo a empresa em R$ 500,00 de despesas relacionada à
venda. Nesta situação, teríamos:
 Valor Realizável: R$ 9.000,00 (valor obtido com a venda);
 Valor Realizável Líquido: R$ 8.500,00 (Valor Realizável menos as
despesas relacionadas à venda).
3) Por fim, suponhamos que o comprador do bem em questão tenha oferecido
R$ 8.000,00 à vista pela compra, sendo a oferta aceita pela empresa. Nesta
situação, teríamos:
 Valor Justo do ativo: R$ 8.000,00 (valor da troca sem
favorecimentos).
Repare, pois, que variando cada situação podemos ter diferentes valores
para o mesmo bem.

2.5. Princípio da Competência


Pelo Princípio da Competência, os efeitos das transações e outros
eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento. Ele pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
Significa dizer que receitas e despesas devem ser registradas no
momento em que ocorrerem, mesmo que não tenham sido efetivamente
recebidas e pagas, respectivamente. Veja o esquema abaixo:

Princípio da
Competência

Pressupõe a simultaneidade independentemente


da confrontação de receitas do recebimento ou
e de despesas correlatas pagamento

Os efeitos das transações e


outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a
que se referem

Esquema 7 – Princípio da Competência

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Por exemplo, na venda de mercadorias a prazo, a receita ocorre no
momento da entrega da mercadoria vendida ao comprador, mesmo que este só
venha a pagar por ela em um momento futuro.
O mesmo ocorre com a despesa de energia elétrica, por exemplo. A fatura
do mês de fevereiro deve ser registrada no mesmo mês, mesmo que a empresa
pague a conta somente na data do vencimento, geralmente em março.

3- (FCC / Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal


do Município / 2007) Em relação ao princípio contábil da Competência, é
correto afirmar que
a) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o efetivo
desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o gasto.
b) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de um ativo,
sem o concomitante desaparecimento de um passivo.
c) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força maior não
devem ser computadas na apuração do resultado do exercício, porque não estão
correlacionadas com a realização de receitas.
d) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com terceiros,
quando estes efetuarem o pagamento.
e) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é considerada realização de
receita.
Resolução:
Vamos analisar cada uma das alternativas:
a) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o
efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o gasto.
=> pelo Princípio da Competência, as despesas e receitas devem ser
reconhecidas no período em que ocorrerem, independentemente do
recebimento ou pagamento. Incorreta.
b) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de um ativo,
sem o concomitante desaparecimento de um passivo. => o reconhecimento de
uma despesa pode se dar pela baixa de um ativo ou pelo aumento de um
passivo, mas nunca pelo surgimento de um ativo. Incorreta.
c) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força maior não
devem ser computadas na apuração do resultado do exercício, porque não estão
correlacionadas com a realização de receitas. => todas as perdas de ativos
impactam negativamente o resultado do exercício, pois diminuem o ativo e têm,
como contrapartida, registro a diminuição do PL. Incorreta.
d) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com terceiros,
quando estes efetuarem o pagamento. => pelo Princípio da Competência, as

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despesas e receitas devem ser reconhecidas no período em que
ocorrerem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Incorreta.
e) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é considerada realização de
receita. => vimos na aula anterior que Receitas são aumentos nos benefícios
econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos
ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em
aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a
contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais (aumento de
capital). Assim, a diminuição de um passivo é considerada a realização de uma
receita. Correta.
Gabarito: E

2.6. Princípio da Prudência


O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Tal princípio pressupõe o emprego de certo grau de precaução no
exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de
incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e
que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior
confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais.

ATIVO ou
Menor valor Menor PL
Princípio RECEITA
da
Prudência PASSIVO ou
Maior valor Menor PL
DESPESA

*Sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das


mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido

Esquema 8 – Princípio da Prudência

Repare que o Princípio da Prudência busca sempre registrar, quando se


fizer necessário estimar incertezas, o menor valor para Ativos e Receitas e o
maior valor para Passivos e Despesas, de forma que o PL sempre tenderá
para menos. Por exemplo, se existirem estimativas igualmente válidas
apontando uma perda de um ativo a receber no montante entre 3% e 5%, a

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empresa deve constituir a perda provável (retificadora do ativo) à base de 5%,
pois, aplicando-se o maior percentual de redução, o valor que restará no ativo
será o menor possível.
No entanto, quando determinada situação for líquida e certa, baseada em
séries históricas, por exemplo, o profissional contabilista deve se basear única
e exclusivamente neste dado para fazer o registro do fato. No mesmo exemplo
anterior, se a empresa historicamente não consegue receber 3% de todo o
montante de suas vendas a prazo, não há motivos para se registrar uma
estimativa de perda à base de 5% se apoiando no Princípio da Prudência, uma
vez que neste caso não há duas alternativas igualmente válidas.

Vejamos mais uma questão de provas anteriores:

4- (FCC / TJ-PE - Analista Judiciário - Contabilidade /


2012) A adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio
líquido, é determinada pelo princípio
a) da entidade.
b) da continuidade.
c) do registro pelo valor original.
d) da prudência.
e) da competência.
Resolução:
Trata-se da reprodução exata da norma, não!? Por isso é importante a
leitura do texto normativo, pois não raro as bancas trazem a letra exata da
norma nas provas. Portanto, nossa resposta é Princípio da Prudência.
Gabarito: D

Por fim, a Resolução CFC nº 750/93 também postula que, na aplicação


dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a essência das
transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. É a famosa
essência sobre a forma, que significa que, independente das formalidades que
levaram à ocorrência da transação, ela deverá ser registrada de acordo com a
sua essência.
Por exemplo, um contrato de arrendamento mercantil, embora tenha esse
nome sob seus aspectos formais, será registrado da mesma forma que um
contrato de aluguel pois, em sua essência, o é. Outro exemplo é a conta
Duplicatas Descontadas, que até pouco tempo atrás era classificada como

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retificadora de Duplicatas a Receber (no Ativo), mas passou a integrar o Passivo
Circulante, já que em sua essência nada mais é que um empréstimo tomado
junto ao banco, dando como garantia o título de crédito3.

Resumindo, os Princípios Contábeis são:

Entidade Autonomia Patrimonial

Continuidade Continuará em operação no futuro

Oportunidade Informações Íntegras e Tempestivas

Registro pelo
Registrar pelo valor original da transação
valor original

Receitas e Despesas reconhecidas nos períodos a


Competência que se referem, independentemente de
recebimento ou pagamento

Menor valor para Ativo e Maior valor para Passivo


Prudência
em situações igualmente válidas

Esquema 9 – Principais aspectos dos Princípios Contábeis

3. Convenções Contábeis

As Convenções Contábeis são postulados que têm por objetivo restringir,


limitar ou mesmo modificar parcialmente os Princípios Contábeis, com vistas a
orientar e sistematizar a contabilização dos fatos, evitando erros. Elas quatro:
 Consistência;
 Conservadorismo;
 Materialidade; e
 Objetividade.

3.1. Convenção da Consistência


A Convenção da Consistência (ou Uniformidade) determina a adoção
de procedimentos padronizados no decorrer dos períodos, a fim de

3Atenção! A ESAF tem um posicionamento firmado em suas últimas provas (AFRFB-2012, por
exemplo) de que a conta Duplicatas Descontadas é classificada como retificadora do ativo.

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possibilitar a comparação dos diversos relatórios contábeis entre os períodos.
Por exemplo, se a empresa adota o método de depreciação linear, não convém
que ela mude de método com frequência, pois cada mudança afetará a
comparabilidade entre os períodos. Havendo mudanças significativas nos
procedimentos adotados na empresa, essas deverão ser indicadas aos usuários
da informação contábil.

3.2. Convenção do Conservadorismo


A Convenção do Conservadorismo (ou Neutralidade) está intimamente
ligada ao Princípio da Prudência, pois sistematiza que o profissional de
contabilidade deve adotar a conduta mais conservadora no tocante aos
resultados apresentados, com a finalidade de evitar interpretações erradas
ou inverídicas por parte dos usuários da informação. Assim, tal como orienta
o Princípio da Prudência, se houver duas alternativas igualmente válidas para
registro de um passivo, deverá se registrar o de maior valor.

3.3. Convenção da Materialidade


A Convenção da Materialidade é uma restrição à aplicação do
Princípio da Oportunidade. Restrição porque este determina o registro dos
fatos com tempestividade, ao passo que a convenção permite, em casos em
que o registro imediato traga muito trabalho e pouco resultado, que se
registrem os fatos por períodos. Por exemplo, o registro da baixa de
estoques por consumo diariamente pode apresentar um custo-benefício não
atrativo, caso os valores sejam irrelevantes individualmente. Assim, a
convenção da materialidade permite que seja feito apenas um registro da baixa
acumulada de todo o período (semana, quinzena, mês etc.).

3.4. Convenção da Objetividade


Por último, a Convenção da Objetividade restringe a aplicação do
Princípio do Registro pelo Valor Original, sinalizando que o contador, ao se
deparar com duas possibilidades igualmente válidas, opte pela mais
objetiva. Por exemplo, ao adquirir um bem, a empresa possui duas fontes de
informação do valor deste bem: sua nota fiscal e um laudo pericial de
reavaliação do bem. Neste caso, o profissional de contabilidade deve optar pela
nota fiscal, pois é um documento mais objetivo que o laudo.

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4. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório


Contábil-Financeiro

Aprovada pela Deliberação CVM nº 675/114 e pela Resolução CFC nº


1.374/11, a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro, também denominada Estrutura Conceitual
Básica da Contabilidade ou simplesmente CPC 00, estabelece os conceitos que
fundamentam a elaboração e a apresentação de demonstrações
contábeis destinadas a usuários externos.
No entanto, o CPC 00 não é um Pronunciamento Técnico
propriamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para
qualquer questão particular. Assim sendo, em caso de conflito entre a
Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Técnico, uma Interpretação ou uma
Orientação, prevalecem as exigências destas normas técnicas, em
detrimento do CPC 00.

4.1. Objetivo do Relatório Contábil-Financeiro


O CPC 00 chama o conjunto de demonstrações contábeis de “relatório
contábil-financeiro de propósito geral”, e estabelece que seu objetivo é
fornecer informações úteis acerca da entidade a investidores existentes
e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, em
especial no sentido de auxiliá-los na avaliação das perspectivas em termos de
entrada de fluxos de caixa futuros para a entidade, possibilitando a tomada
decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade (comprar, vender
ou manter participações em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de
dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras formas de
crédito).
Muitos investidores, credores por empréstimo e outros credores,
existentes e em potencial, não podem requerer que as entidades que
reportam a informação prestem a eles diretamente as informações de que
necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios contábil-
financeiros de propósito geral, para grande parte da informação contábil-
financeira que buscam. Consequentemente, eles são os usuários primários
para quem relatórios contábil-financeiros de propósito geral são direcionados.
Entretanto, relatórios contábil-financeiros de propósito geral não
atendem e não podem atender a todas as informações de que os usuários
primários necessitam. Isso porque os usuários primários tomados de forma
individual têm diferentes, e possivelmente conflitantes, desejos e necessidades
de informação. Portanto, para tomar suas decisões, eles precisam considerar
informações de outras fontes, tais como condições econômicas gerais e

4 O conteúdo do nosso edital cobra a Deliberação CVM nº 29/86, a qual fora revogada pela
Deliberação CVM nº 539/08, que, por sua vez, foi revogada pela Deliberação CVM nº 675/11.
Esta é a norma que está atualmente em vigor, a qual estudaremos.

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expectativas, eventos políticos e clima político, e perspectivas e panorama para
a indústria e para a entidade.
Contudo, a concentração em necessidades comuns de informação não
impede que a entidade que reporta a informação preste informações
adicionais que sejam mais úteis a um subconjunto particular de usuários
primários.

Vejamos, então, os principais aspectos do CPC 00 (Estrutura


Conceitual):

•Fundamenta a elaboração e a apresentação das


demonstrações contábeis
•Não é um Pronunciamento Técnico propriamente dito
•Objetiva fornecer informações úteis a investidores
CPC 00 existentes e em potencial, credores por
empréstimo e outros credores (usuários primários)

Esquema 10 – Principais aspectos do CPC 00 – Estrutura Conceitual

4.2. Características Qualitativas da Informação Contábil-Financeira


Útil
Como vimos no item anterior, o objetivo das demonstrações contábeis é
fornecer informações úteis acerca da entidade aos usuários primários
dessas informações. Mas o que caracteriza uma informação contábil-financeira
como útil?
Segundo o CPC 00, para uma informação contábil-financeira ser útil, ela
precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a
representar. Portanto, as características qualitativas fundamentais da
informação contábil-financeira útil são relevância e representação
fidedigna. Vamos detalhar um pouco mais essas características:
 Relevância
A informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer
diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários, mesmo no
caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já tiver
tomado ciência de sua existência por outras fontes que não as demonstrações
contábeis.
Dizemos que a informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença
nas decisões se ela tiver valor preditivo (se puder ser utilizada para predizer

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futuros resultados), valor confirmatório (se retroalimentar avaliações prévias,
confirmando-as ou alterando-as) ou ambos.
A informação é, ainda, material se a sua omissão ou sua divulgação
distorcida puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na
informação contábil-financeira da entidade. A materialidade é, portanto, um
aspecto de relevância.
 Representação Fidedigna
Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar
um fenômeno relevante, mas tem também que representar com
fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para a representação
ser perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos:
 Ser completa: deve incluir toda a informação necessária para que
o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado, inclusive com
todas as descrições e explicações necessárias;
 Ser neutra: deve ser desprovida de viés na seleção ou na
apresentação da informação, ou seja, não deve ser distorcida ou
receber qualquer tipo de manipulação que aumente a
probabilidade de a informação ser recebida pelos seus usuários de
modo favorável ou desfavorável; e
 Ser livre de erro: significa que não há erros ou omissões no
fenômeno retratado pela informação contábil-financeira e que o
processo utilizado para produzi-la foi selecionado e aplicado livre
de erros.
É claro que retratar esses três atributos com perfeição é algo raro, se é
que de fato possa isso ser alcançado. Entretanto, a entidade deve buscar
maximizar referidos atributos na extensão que seja possível.
As características qualitativas fundamentais da informação contábil-
financeira útil devem ser aplicadas concomitantemente, ou seja, a
informação deve ser relevante e representar com fidedignidade a realidade
reportada para ser útil. Portanto, a representação fidedigna de fenômeno
irrelevante ou a representação de fenômeno relevante de maneira não fidedigna
não auxiliam os usuários a tomarem boas decisões.

Continuando, ainda segundo o CPC 00, a utilidade da informação contábil-


financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e
compreensível. Portanto, as características qualitativas de melhoria da
informação contábil-financeira útil são comparabilidade, verificabilidade,
tempestividade e compreensibilidade.
 Comparabilidade
A informação acerca da entidade será mais útil caso possa ser
comparada com informação similar sobre outras entidades no mesmo período

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ou com informação similar sobre a mesma entidade para outros períodos. A
comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários
identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles.
É importante não confundir comparabilidade com consistência da
informação contábil, embora esta esteja relacionada com aquela. Consistência
refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto entre
períodos em uma mesma entidade, quanto para um único período entre
diferentes entidades. Assim, enquanto a comparabilidade é o objetivo, a
consistência auxilia a alcançar esse objetivo.
Por fim, comparabilidade não significa uniformidade. Para que a
informação seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas
diferentes precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informação
contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes
pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
 Verificabilidade
Significa que diferentes observadores podem chegar a um consenso,
embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao
retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação
fidedigna. Assim, ela ajuda a assegurar aos usuários que a informação
representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar.
 Tempestividade
Significa ter informação disponível para tomadores de decisão a
tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação
mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o
seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período
contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem
identificar e avaliar tendências.
 Compreensibilidade
Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e
concisão torna-a compreensível. No entanto, certos fenômenos são
inerentemente complexos e não podem ser facilmente compreendidos. Como os
relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm
conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas, a exclusão de
informações sobre fenômenos complexos pode tornar a informação constante
nos referidos relatórios mais facilmente compreendida. Entretanto, os relatórios
passariam a ser considerados incompletos e potencialmente distorcidos.
Por vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir
a necessidade de procurar ajuda de consultor para compreensão da informação
sobre um fenômeno econômico complexo, motivo pelo qual não convém que
eles sejam excluídos.

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Por fim, as características qualitativas de melhoria não podem tornar a
informação útil se dita informação for irrelevante ou não for representação
fidedigna.

Esquematizando as Características Qualitativas da Informação


Contábil-Financeira Útil, podemos escrever:

Relevância
Fundamentais
Representação
Fidedigna

Características
Comparabilidade
Qualitativas
Verificabilidade
De Melhoria

Tempestividade

Compreensibilidade

Esquema 11 – Características Qualitativas da Informação Contábil-Financeira Útil

4.3. Demonstrações Contábeis


De acordo com o CPC 00, as demonstrações contábeis devem ser
elaboradas e apresentadas com o objetivo de fornecer informações que sejam
úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários
externos, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade
específica de determinados grupos de usuários. Podemos citar alguns exemplos
de decisões econômicas de interesses de usuários em geral:
a) Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b) Avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe
tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua
prestação de contas;
c) Avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e
proporcionar-lhes outros benefícios;
d) Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros
emprestados à entidade;
e) Determinar a distribuição de lucros e dividendos;
Além disso, as demonstrações contábeis normalmente são elaboradas
tendo como premissa subjacente a continuidade, ou seja, que a entidade

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está em atividade e irá manter-se em operação por um futuro previsível. Desse
modo, parte-se do pressuposto de que a entidade não tem a intenção, nem
tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de reduzir
materialmente a escala de suas operações. Por outro lado, se essa intenção ou
necessidade existir, as demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas
em bases diferentes e, nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser
divulgada.

Vejamos como esse assunto já foi cobrado em provas anteriores:

5- (FCC / Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal


do Município / 2012) Sobre a Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, considere:
I. As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para
atender a seus próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura
conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de
propósito geral.
II. A avaliação da administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe
tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua
prestação de contas é uma das necessidades comuns da maioria dos usuários
dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral.
III. O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações
e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações
da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são
produzidos.
IV. Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos
métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando
a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período
entre entidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
Resolução:
Vamos analisar cada assertiva separadamente:
I. As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para
atender a seus próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura

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conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de
propósito geral. A primeira parte da afirmação está correta. No entanto, as
exigências determinadas por essas autoridades não devem afetar as
demonstrações contábeis elaboradas segundo a Estrutura Conceitual.
Incorreta (Eliminamos as letras A e D)
II. A avaliação da administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe
tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua
prestação de contas é uma das necessidades comuns da maioria dos usuários
dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral. Conforme vimos há pouco,
esse é um dos exemplos de decisões econômicas de interesses de usuários em
geral que podem ser tomadas a partir da apresentação das demonstrações
contábeis. Correta (Eliminamos a letra C)
III. O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações
e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações
da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são
produzidos. Trata-se da reprodução do item OB17, do CPC 00. Correta
IV. Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos
métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando
a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período
entre entidades. Segundo o item QC22 da Estrutura Conceitual, consistência,
embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo.
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens,
tanto de um período para outro considerando a mesma entidade que reporta a
informação, quanto para um único período entre entidades. Comparabilidade é
o objetivo; a consistência auxilia a alcançar esse objetivo. Portanto, a questão
chamou de comparabilidade o que, na verdade, é consistência. Incorreta
(Eliminamos a letra E)
Gabarito: B

5. Componentes do Patrimônio (continuação)

Na aula passada, vimos que o Balanço Patrimonial é a representação


gráfica do patrimônio da entidade em determinado momento, composto de duas
colunas: à esquerda os Ativos, em ordem decrescente de liquidez, e à
direita os Passivos, em ordem decrescente de exigibilidade, e o
Patrimônio Líquido (PL).
Assim, os ativos e passivos são assim subdivididos:

ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
(bens e direitos realizáveis a curto prazo) (obrigações exigíveis a curto prazo)

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Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
(obrigações exigíveis a longo prazo)
Realizável a Longo Prazo (bens e
direitos realizáveis a longo prazo)
Investimentos (bens de renda)
Imobilizado (bens corpóreos de uso) Patrimônio Líquido
(passivo não exigível)
Intangível (bens incorpóreos de uso)

Esquema 12 – Grupos de Ativos e Passivos

O Ativo é dividido em Circulante e Não Circulante, de acordo com o


prazo de realização dos compromissos.

• Disponibilidades;
Ativo • Direitos realizáveis no curso do
exercício social subsequente; e
Circulante • Aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte.

As principais contas do Ativo Circulante são:


 Caixa: dinheiro existente no cofre da empresa.
 Banco Conta Movimento (BCM): dinheiro depositado na conta corrente
da empresa.
 Aplicações de Liquidez Imediata: dinheiro aplicado no mercado de
curtíssimo prazo (poupança, fundos CDB/CDI etc.). Suas rentabilidades
constituem Receitas Financeiras.
 Duplicatas e Notas Promissórias a Receber: são títulos de crédito
com finalidades distintas. Vejamos as principais diferenças entre eles:

Duplicata Nota Promissória

Título de crédito comercial Título financeiro

Emitida pelo credor Emitida pelo devedor

Direito para quem emite Obrigação para quem emite


(vendedor/credor) (emitente/devedor)

Obrigação para quem aceita Direito para quem aceita


(comprador/devedor) (beneficiário/credor)

Vendas a prazo Empréstimos e financiamentos

Esquema 13 – Comparação Duplicata X Nota Promissória

 Clientes (Contas a Receber): outros valores a receber que não estão


vinculados a títulos de crédito (duplicatas).

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 (–) Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa:
registra a estimativa dos créditos com clientes que não serão recebidos
em virtude de inadimplência. É uma conta retificadora da conta
Clientes.
 Adiantamentos a Fornecedores: constitui um crédito da empresa
contra um fornecedor, em virtude do pagamento antecipado por um
serviço que ainda será prestado.
 Impostos a Recuperar: devido ao princípio da não cumulatividade,
algumas operações podem gerar impostos a compensar, o que veremos
com mais detalhes nas nossas próximas aulas.
 Estoques: englobam todos os materiais estocados com a finalidade de
gerar benefícios futuros, seja por meio de venda, produção ou consumo.
* As expressões “a receber” e “a compensar” sempre indicarão contas
do ativo.

• Realizável a Longo Prazo;


Ativo Não • Investimentos;
Circulante • Imobilizado; e
• Intangível.

Realizável a
Investimentos Imobilizado Intangível
Longo Prazo

Bens
Direitos Bens corpóreos
Participações incorpóreos
realizáveis após destinados à
permanentes destinados à
o término do manutenção das
em outras manutenção das
exercício atividades da
sociedades atividades da
seguinte empresa
empresa

Direitos não
classificáveis no
Fundo de
AC e que não se
Comércio
destinem à
Adquirido
manutenção das
(goodwill)
atividades da
empresa

Esquema 14 – Subgrupos do Ativo Não Circulante

São exemplos de contas dos respectivos subgrupos do ANC:


 Realizável a Longo Prazo5:

5Também compõem o Realizável a Longo Prazo os direitos derivados de vendas, adiantamentos


ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no

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o Duplicatas a Receber de Longo Prazo: são duplicatas com
vencimento após o término do exercício seguinte.
 Investimentos:
o Investimentos em outras sociedades: representam ações de
outras companhias adquiridas pela empresa.
o Obras de Arte: pinturas, esculturas e outras obras de arte,
adquiridas com a finalidade de gerar ganhos futuros à empresa.
o Bens de renda: são bens adquiridos com a finalidade de gerar
rendimentos ou ganhos de capital à empresa, tais como terrenos
e imóveis adquiridos para alugar.
 Imobilizado:
o Bens Móveis e Imóveis: representam os bens destinados à
manutenção das atividades normais da empresa, tais como
mobiliários, máquinas, equipamentos, veículos, imóveis de uso da
empresa etc.
o Benfeitorias em Imóveis de Terceiros: são melhorias
efetuadas em imóveis que não pertencem à empresa, mas que são
usados em suas atividades, como imóveis alugados de terceiros.
 (–) Depreciação Acumulada: registra a perda de valor dos bens
imobilizados, decorrente do uso ou obsolescência. É uma conta
retificadora das contas de Bens Móveis e Imóveis.
 Intangível:
 Softwares: registra os valores pagos na aquisição de softwares
utilizados pela empresa.
 Marcas e Patentes: decorrem de marcas registradas e de
invenções e o valor contabilizado diz respeito aos gastos com a
invenção em si e seu registro.
 Direitos de Exploração Mineral: decorrem do direito de
exploração de minas, de acordo com a estimativa de extração dela.
 Fundo de Comércio (goodwill): trata-se de um bem imaterial
que é agregado a um comércio, fazendo-lhe aumentar de valor no
momento da venda, tais como clientela, ponto comercial, fama,
tradição etc.
 (–) Amortização Acumulada: registra a perda de valor dos bens
intangíveis, decorrente do prazo pelo qual eles podem ser utilizados
ou explorados pela empresa. É uma conta retificadora das contas
de Ativos Intangíveis.

lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
Mais detalhes sobre isso veremos na nossa aula sobre o Balanço Patrimonial.

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Continuando, a classificação dos Passivos também é dividida em


Circulante e Não Circulante, sendo utilizado como critério o prazo de
exigibilidade das obrigações. Vejamos:

Passivo • Obrigações que vencerem no exercício


Circulante seguinte.

As principais contas do Passivo Circulante são:


 Duplicatas a Pagar: são títulos de crédito comerciais, aceitos pelo
devedor (comprador) quando da ocorrência de compras a prazo.
 Duplicatas Descontadas: registra o valor de duplicatas a receber que
foram descontadas (sacadas) junto ao banco antes do vencimento, ou
seja, é um empréstimos efetuado junto ao banco, cuja a garantia dada
são as duplicatas. A diferença do valor nominal do título e do valor
recebido do banco é registrada como Despesas Financeiras (juros).
 Fornecedores: outros valores a pagar que não estão vinculados a títulos
de crédito (duplicatas).
 Contas a Pagar: são outros valores a pagar não decorrentes das
transações de compra para venda/produção pela empresa, tais como
aluguéis a pagar, contas de água, luz, telefone etc.
 Adiantamentos de Clientes: constitui uma obrigação da empresa para
com um cliente, em virtude do recebimento antecipado de um serviço que
ainda será prestado.
 Impostos a Recolher: constituem os impostos e contribuições devidos
pela empresa, inclusive os por ela retidos na fonte (ex. Imposto de Renda
de funcionários).
 Dividendos a Pagar: constituem a parte dos lucros que é devida aos
sócios ou acionistas da empresa.
* As expressões “a pagar” e “a recolher” sempre indicarão contas do
passivo.

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Passivo Não • Obrigações que vencerem em prazo


maior que o término do exercício
Circulante seguinte.

Um exemplo de contas do Passivo Não Circulante é a conta Empréstimos


e Financiamentos de Longo Prazo, que registra os valores de dívidas da
empresa com instituições financeiras decorrentes de empréstimos e
financiamentos tomados.

Por fim, o Patrimônio Líquido é dividido em seis grupos de contas,


conforme abaixo:

• Capital Social;
• Reservas de Capital;
Patrimônio • Ajustes de Avaliação Patrimonial;
Líquido • Reservas de Lucros;
• (-) Ações em Tesouraria; e
• (-) Prejuízos Acumulados.

As principais contas do PL são:


 Capital Social (ou Subscrito): constitui o total de ações ou quotas
subscritas (promessa de aquisição) no ato de constituição da entidade ou
no aumento de capital.
 (–) Capital a Realizar (ou a Integralizar): corresponde ao valor das
ações ou quotas que foram subscritas, mas que estão pendentes de
realização (integralização), ou seja, efetiva entrega de bens ou dinheiro
em troca das ações. É uma conta retificadora da conta Capital Social.
Chamamos de capital realizado o valor total de ações ou quotas subscritas
e realizadas pelos acionistas ou sócios da companhia. É dado pelo total
do capital subscrito, deduzido da parcela a integralizar.
Capital Subscrito 1.000.000,00
Capital a Realizar (200.000,00)
Capital Realizado 800.000,00
 Reservas: são valores registrados no PL com a finalidade de garantir a
saúde financeira e econômica da empresa em caso de crises e situações
adversas de mercado. Podem ser Reservas de Capital ou Reservas de
Lucros, as quais detalharemos futuramente no nosso curso.

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 Ajustes de Avaliação Patrimonial: registram aumentos ou diminuições
de valores atribuídos a elementos patrimoniais (ativos e passivos),
decorrentes da avaliação deles a valor justo. Trata-se de uma conta de
natureza híbrida (devedora e credora), pois hora assume valor
credor, aumentando o PL, e hora seu saldo é devedor, diminuindo o PL.
 (–) Ações em Tesouraria: constituem ações da própria companhia
retiradas do mercado por meio da aquisição pela própria companhia. É
uma conta retificadora do PL.
 (–) Prejuízos Acumulados6: registra o valor acumulado de prejuízos
nos períodos anteriores e ainda não compensado com lucros. Também é
uma conta retificadora do PL.

Vejamos mais uma questão de provas anteriores:

6- (FCC / AL-SP - Agente Técnico Legislativo


Especializado - Economia-Administração-Ciências Contábeis / 2010) O
valor estabelecido como representativo da parcela de participação do sócio na
empresa, mas ainda não entregue em dinheiro, é evidenciado na conta
a) Capital Social.
b) Capital Social Autorizado.
c) Capital Social Vinculado.
d) Capital Social a Integralizar.
e) Capital Social a Reduzir.
Resolução:
Como acabamos de ver, o valor representativo da parcela de participação
do sócio na empresa, ou seja, o valor correspondente às ações ou quotas que
foram subscritas pelos sócios, cuja efetiva entrega de bens ou dinheiro em troca
delas está pendente de realização (integralização) é chamado Capital Social a
Integralizar.
Gabarito: D

6Antes da alteração promovida pela Lei nº 11.638/07 no Lei das S.A., esta conta era chamada
Lucros ou Prejuízos Acumulados. No entanto, com a edição desta lei, as S.A. passaram a ser
obrigadas a dar destinação a todo o resultado do período, não podendo haver saldo na conta
Lucros Acumulados ao final do exercício social. Porém, isso não significa que a conta Lucros
Acumulados foi extinta.

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6. Apuração do Resultado do Exercício

Na aula passada, vimos que as contas contábeis são divididas em dois


tipos: contas patrimoniais, que são as que vimos até agora e visam o
controle e a apuração do patrimônio da entidade (contas do ativo, do
passivo e do PL) e contas de resultado, que visam a apuração do resultado
da entidade em determinado período (contas de receitas e de despesas). Mas
o que vem a ser apuração do resultado do exercício?
Ao longo de um determinado exercício, a empresa acumula diversas
receitas e despesas, de acordo com as atividades por ela desenvolvidas.
Sabemos que o lucro (ou prejuízo) auferido pela empresa corresponde à
diferença entre suas receitas e suas despesas naquele período. Na
Contabilidade, chamamos de Apuração do Resultado do Exercício (ARE) a
transferências dos saldos das contas de resultado (receitas e despesas),
que são contas transitórias, para outra conta transitória, chamada de ARE
ou Rédito, com a finalidade de apurar se a empresa obteve lucro ou prejuízo
no período.
Para melhor entendimento, vamos resolver uma questão sobre o assunto,
para mostrarmos, na prática, como funciona a apuração do resultado do
período:

7- (FCC / TRT - 3ª Região (MG) - Técnico Judiciário –


Contabilidade / 2009 - Adaptada) A Cia. Fechadura apresentava seu
Balancete em 31/12/X7, com os saldos, em reais, nas seguintes contas:
Fornecedores 120.000,00; Aplicações Financeiras 105.000,00; Promissórias a
Pagar 19.000,00; Fretes sobre Vendas 13.000,00; Conta Corrente 80.000,00;
Clientes 175.000,00; Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa
5.000,00; Seguros Pagos Antecipadamente 40.000,00; Adiantamento de
Clientes 25.000,00; Despesas Financeiras 17.500,00; Despesas de Comissões
sobre vendas 7.500,00; Receitas Financeiras 6.000,00; Custo das Mercadorias
Vendidas 140.000,00; Despesas de Salários 10.000,00; Reserva Legal
40.000,00; Abatimento sobre Vendas 1.500,00; Estoques de Mercadorias
150.000,00; Receita de Vendas 310.000,00; Capital Social 200.000,00; Títulos
a Pagar de Longo Prazo 65.500,00; Devolução de Vendas 5.500,00;
Empréstimos de Curto Prazo Obtidos 80.000,00; Terrenos 85.000,00; Despesas
de Depreciação de Imóveis 2.500,00; Imóveis 50.000,00; Depreciação
Acumulada Imóveis 12.000,00.
O lucro líquido do exercício foi, em reais,
a) 111.500,00
b) 113.500,00
c) 118.500,00
d) 121.000,00

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e) 125.500,00
Resolução:
Para resolver essa questão, primeiramente temos que identificar a que
grupo cada conta apresentada pertence para, após isso, apurarmos o resultado
do período da empresa, por meio da diferença entre receitas e despesas.
Vejamos:
Fornecedores 120.000,00 (PC)
Aplicações Financeiras 105.000,00 (AC)
Promissórias a Pagar 19.000,00 (PC)
Fretes sobre Vendas 13.000,00 (D)
Conta Corrente 80.000,00 (AC)
Clientes 175.000,00 (AC)
(-) Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa
5.000,00 (AC)
Seguros Pagos Antecipadamente 7
40.000,00 (AC)

Adiantamento de Clientes8 25.000,00 (PC)


Despesas Financeiras 17.500,00 (D)
Despesas de Comissões sobre vendas 7.500,00 (D)
Receitas Financeiras 6.000,00 (R)

Custo das Mercadorias Vendidas9 140.000,00 (D)


Despesas de Salários 10.000,00 (D)
Reserva Legal 40.000,00 (PL)
Abatimento sobre Vendas10 1.500,00 (D)
Estoques de Mercadorias 150.000,00 (AC)
Receita de Vendas 310.000,00 (R)
Capital Social 200.000,00 (PL)
Títulos a Pagar de Longo Prazo 65.500,00 (PC)
Devolução de Vendas11 5.500,00 (D)
Empréstimos de Curto Prazo Obtidos 80.000,00 (PC)
Terrenos 85.000,00 (ANC)
Despesas de Depreciação de Imóveis 2.500,00 (D)
Imóveis 50.000,00 (ANC)

7 Seguros pagos antecipadamente são registrados no Ativo Circulante, pois trata-se de um direito
que a empresa tem de ser segurada pelo prazo de vigência do seguro. Mês a mês, a empresa
registra a baixa desse ativo pelo valor proporcional a um mês de contrato, tendo como
contrapartida uma despesa com seguros.
8 Adiantamentos de Clientes ocorrem quando o cliente paga antecipadamente por uma mercadoria

que ele ainda não recebeu, gerando uma obrigação de entrega dessa mercadoria pela empresa.
Por isso é registrada no Passivo Circulante.
9 O Custo das Mercadorias Vendidas representa o valor pelo qual a empresa adquiriu a mercadoria

que foi vendida. Constitui uma despesa para a empresa.


10 Abatimento sobre as Vendas é uma conta que registra a dedução da Receita Bruta, ou seja, é

uma conta que diminui a Receita de Vendas, possuindo natureza devedora.


11 Devolução de Vendas também é uma conta que registra a dedução da Receita Bruta, ou seja,

é uma conta que diminui a Receita de Vendas, possuindo natureza devedora.

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(-) Depreciação Acumulada Imóveis 12.000,00 (ANC)
Após a identificação de cada grupo, vamos separar somente as contas de
resultado (contas de Receita e de Despesa):
Fretes sobre Vendas 13.000,00 (D)
Despesas Financeiras 17.500,00 (D)
Despesas de Comissões sobre vendas 7.500,00 (D)
Receitas Financeiras 6.000,00 (R)
Custo das Mercadorias Vendidas 140.000,00 (D)
Despesas de Salários 10.000,00 (D)
Abatimento sobre Vendas 1.500,00 (D)
Receita de Vendas 310.000,00 (R)
Devolução de Vendas 5.500,00 (D)
Despesas de Depreciação de Imóveis 2.500,00 (D)
As contas apresentadas em azul são despesas, possuindo saldos
devedores, ao passo que as em vermelho são receitas, que possuem saldos
credores. A título de exemplo, farei a demonstração de como ocorre a
transferência de saldos para a conta ARE com apenas uma conta de despesa e
uma de receita. As demais funcionam da mesma forma. Veja:

Fretes sobre vendas ARE Receitas Financeiras


13.000,00 13.000,00 13.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00

13.000,00 13.000,00 13.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00


0,00 0,00 7.000,00 -7.000,00 0,00 0,00

Na representação acima, os saldos em preto correspondem aos Saldos


Iniciais antes da apuração (saldos acumulados durante todo o período). O
objetivo na Apuração do Resultado do Exercício é zerar todas as contas de
resultado. Assim, utilizando o Método das Partidas Dobradas, efetuamos a
transferência para a conta ARE da seguinte maneira:
 Se a conta estiver com saldo devedor, será efetuado um crédito na
respectiva conta, no exato valor do saldo existente, acompanhado de
um débito, no mesmo valor, na conta ARE (lançamento preenchido em
laranja);
 Se, do contrário, a conta estiver com saldo credor, será efetuado um
débito na respectiva conta, no exato valor do saldo existente,
acompanhado de um crédito, no mesmo valor, na conta ARE
(lançamento preenchido em amarelo).
Repetindo-se o procedimento demonstrado para todas as contas de
resultado, teremos os seguintes lançamentos na conta ARE:

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ARE
13.000,00 6.000,00
17.500,00 310.000,00
7.500,00
140.000,00
10.000,00
1.500,00
5.500,00
2.500,00
197.500,00 316.000,00
- 118.500,00 118.500,00

A diferença entre as somas dos saldos devedores e dos saldos credores


lançados na conta ARE corresponderá ao Resultado do Exercício.
 Se ela for devedora, significa que a empresa teve prejuízo no período,
pois as despesas foram maiores que as receitas. Este saldo deverá ser
transferido, pela mesma sistemática, para a conta Prejuízos
Acumulados, retificadora do PL, sendo, portanto, de natureza
devedora;
 Se, do contrário, essa diferença for credora, a empresa terá auferido
lucro no período, vez que suas receitas foram superiores a suas
despesas. Este saldo, por sua vez, deverá ser transferido para a conta
Lucros Acumulados, no PL, de natureza credora. Em seguida, ele
deverá ser distribuído entre reservas e dividendos a pagar, conforme
mande o estatuto da companhia.
Na questão utilizada como exemplo, a diferença das receitas e despesas
apresentou saldo credor na conta ARE, sinalizando um lucro líquido do período
de R$ 118.500,00.
Gabarito: C

5.1. Regime de Caixa

Regime de Caixa é o regime contábil que efetua os registros de receitas


e despesas de acordo com a ocorrência de entradas (recebimentos ou
ingressos) e saídas (pagamentos ou desembolsos) no caixa da empresa. É
um regime mais simples, certamente utilizado por você no seu controle
financeiro pessoal, pois provavelmente você o faça com base nas entradas e
saídas ocorridas na sua conta bancária.

8- (FCC / MPE-SE - Analista do Ministério Público –


Especialidade Contabilidade / 2009) Na apuração de resultado utilizando o
Regime de caixa leva-se em conta o momento em que ocorre
a) o desembolso da despesa.
b) a transferência do ativo.

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c) o fato gerador das despesas.
d) a confrontação da receita com a despesa.
e) momento no qual a despesa é incorrida.
Resolução:
No Regime de Caixa, a apuração do resultado é feita de acordo com a
ocorrência de entradas (recebimentos ou ingressos) e saídas (pagamentos
ou desembolsos) no caixa da empresa.
Gabarito: A

5.2. Regime de Competência


Na aula passada, vimos que pelo Princípio da Competência, os efeitos
das transações e outros eventos devem ser reconhecidos nos períodos a
que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Ou
seja, que as receitas e despesas devem ser registradas no momento em que
ocorrerem, mesmo que não tenham sido efetivamente recebidas e pagas,
respectivamente.
O Regime de Competência deriva do Princípio da Competência, devendo
as receitas e despesas ser registrados de acordo com o momento da ocorrência
de seus respectivos fatos geradores, não importando se já houve pagamentos
ou recebimentos vinculados a elas.

5.3. Regime de Caixa X Regime de Competência


Para melhor elucidação das diferenças entre os dois regimes, imagine a
ocorrência, no mês de agosto, das quatro situações a seguir:
1ª Apropriação de comissões de vendedores referentes ao mês de
agosto, pagas no próprio mês, no valor de R$ 400,00.
 Regime de Caixa: há impacto, pois houve desembolso.
 Regime de Competência: há impacto, pois o fato gerador das
comissões ocorreu no mês de agosto.

2ª Apropriação dos salários dos vendedores referentes ao mês de


agosto, a serem pagos no mês subsequente, no valor de R$
1.500,00.
 Regime de Caixa: não há impacto, pois o desembolso ocorrerá
somente em setembro.
 Regime de Competência: há impacto, pois o fato gerador das
comissões ocorreu no mês de agosto.

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3ª Contratação de serviços de pintura, com pagamento antecipado,
no valor de R$ 350,00.
 Regime de Caixa: há impacto, pois o desembolso pelo
pagamento antecipado.
 Regime de Competência: não há impacto, pois o fato gerador
do serviço ocorrerá somente quando este for prestado.

4ª Contratação de serviços de jardinagem, a serem pagos no ato da


prestação do serviço, no valor de R$ 100,00.
 Regime de Caixa: não há impacto, pois o desembolso ocorrerá
somente quando o serviço for prestado.
 Regime de Competência: não há impacto, pois o fato gerador
do serviço ocorrerá somente quando o serviço for prestado.

Assim, comparando a apuração efetuada pelos dois regimes, teremos os


seguintes valores para desembolsos/despesas:
Regime de Caixa Regime de Competência
400,00 (1ª situação) 400,00 (1ª situação)
350,00 (3ª situação) 1.500,00 (2ª situação)
750,00 (total) 1.900,00 (total)
Note que, pelo Regime de Caixa, apuramos o total de desembolso
ocorrido no mês de agosto (R$ 750,00), enquanto pelo Regime de
Competência temos o total das despesas ocorrida naquele mês (R$
1.900,00).
Lembrando que, de acordo com a legislação em vigor, todas as
Sociedades Anônimas e Sociedades Limitadas de grande porte são
obrigadas a adotar o Regime de Competência nos seus registros contábeis.
O Regime de Caixa é permitido somente para micro e pequenas empresas
e sociedades sem fins lucrativos.

Veja como isso já foi cobrado em prova:

9- (FCC / MPE-SE - Analista do Ministério Público –


Especialidade Contabilidade / 2009) Na apuração do resultado de um
período contábil, de uma entidade privada, utiliza-se o regime
a) patrimonial.
b) de caixa.
c) da gestão.
d) orçamentário.

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e) de competência.
Resolução:
A regra é que todas as empresas privadas devem adotar o Regime de
Competência, sendo a adoração do Regime de Caixa uma exceção
permitida somente para micro e pequenas empresas. Como a questão não
especificou a empresa privada a que estava se referindo, devemos ir pela regra:
Regime de Competência.
Gabarito: E

7. Balancete de Verificação

Pelo Método das Partidas Dobradas, para cada um ou mais débitos


lançados, há um ou mais créditos correspondentes, em valores iguais. Como
consequência imediata disso, o total de lançamentos devedores será sempre
igual ao total de lançamentos credores.
O Balancete de Verificação é um demonstrativo auxiliar, que tem por
objetivo verificar se não há erros de escrituração referentes à utilização do
método das partidas dobradas. Nele são lançadas todas as contas da empresa,
independentemente de serem patrimoniais ou de resultado, com os
respectivos totais de saldos devedores e credores. O Balancete é composto
por, pelo menos, duas colunas numéricas, uma com saldos devedores e outra
com saldos credores. Somando-se as duas colunas, têm-se o total dos saldos
devedores e credores, que deverão sempre ser iguais. Caso haja diferença
entre esses totais, dizemos que o balancete não está fechado, o que indica que
houve um erro na escrituração das contas. Vejamos um exemplo de Balancete
com duas colunas:

Contas Devedoras Credoras


Caixa 120
Mercadorias 50
Veículos 80
Fornecedores 50
Empréstimos Obtidos 80
Capital Social 100
Despesa com água 20
Receitas de venda 40
Total 270 270

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Existem dois tipos de Balancetes de Verificação, o Inicial e o Final, que
são diferenciados de acordo com o momento de elaboração de cada um.
Vejamos suas principais diferenças:

Balancete de Verificação Balancete de Verificação


Inicial Final

Levantado antes da apuração Levantado após a apuração, e


do resultado do período consequente destinação, do
resultado do período
Apresenta contas
patrimoniais e de contas Apresenta apenas contas
resultado patrimoniais

Esquema 15 – Comparação Balancete Inicial X Balancete Final

Bom, aqui terminamos a parte teórica da nossa Aula 01. Nesta aula,
aprendemos sobre as NBC, os Princípios e Convenções Contábeis e sobre a
Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. Também falamos um pouco mais
dos elementos patrimoniais e verificamos os procedimentos contábeis de
apuração do resultado do período.
Seguimos agora para a segunda parte da nossa aula, com os exercícios
comentados, todos da FCC. Novamente eu proponho que, caso você já tem um
conhecimento básico da nossa disciplina, tente resolvê-los sozinho, começando
na página 63, para que já sirva como um teste do seu nível de conhecimento e
aprendizado. Por outro lado, se você está começando a estudar a nossa
disciplina, melhor mesmo é seguir acompanhando a resolução dos exercícios
comentados, pois será mais esclarecedor e a consolidação de seu aprendizado
será melhor.
E não se esqueça, se você ficou com qualquer dúvida sobre nossa aula,
não deixe de enviar seu questionamento por meio do fórum do nosso curso.
Caso tenha sugestões para melhorar o nosso curso, estas também são sempre
bem-vindas.
Força e Fé, que o sucesso é certo!

Bons estudos! 

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8. Questões Comentadas

10- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Tecnologia da


Informação / 2013) O Princípio
I. da Entidade estabelece que o patrimônio pertence à entidade e que não se
confunde com o patrimônio dos seus sócios ou proprietários.
II. da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio
não precisam levar em conta esta circunstância.
III. do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações,
expressos em moeda nacional.
IV. da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos em que ocorrem os respectivos recebimentos
ou pagamentos.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
Resolução:
Vamos analisar cada afirmação separadamente:
I. da Entidade estabelece que o patrimônio pertence à entidade e que não
se confunde com o patrimônio dos seus sócios ou proprietários. É
exatamente isso que vimos na nossa aula, o examinador copiou a letra da
Resolução CFC nº 750/93. Correta. (Eliminamos a letra B)
II. da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio
não precisam levar em conta esta circunstância. A primeira parte está correta,
o Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continuará em
operação no futuro. No entanto, em virtude disso, a mensuração e a
apresentação dos componentes do patrimônio precisam levam em conta esta
circunstância. Incorreta. (Eliminamos as assertivas A, C e E)
III. do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do
patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional. Mais uma vez, o examinador
trouxe a letra exata da Resolução CFC nº 750/93. Isso é muito comum nas
provas. Correta. (Confirmando a letra D)

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IV. da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos em que ocorrem os respectivos recebimentos
ou pagamentos. Vimos que pelo Princípio da Competência, os efeitos das
transações e outros eventos devem ser reconhecidos nos períodos a que
se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Incorreta. (Confirmando a letra D)
Gabarito: D

11- (FCC / DPE-SP - Agente de Defensoria - Contador / 2013) Em


relação aos Princípios de Contabilidade, considere:
I. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas em que
os aspectos formais devem prevalecer sobre a essência das transações.
II. O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de
receitas e de despesas correlatas.
III. Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária,
Competência e Prudência são princípios de contabilidade.
IV. O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.
De acordo com a Resolução CFC nº 750/93 e alterações posteriores, está correto
o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.
Resolução:
Novamente, vamos analisar uma a uma as assertivas:
I. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas em que
os aspectos formais devem prevalecer sobre a essência das transações. Não,
pelo contrário, é um pressuposto dos princípios que a essência das transações
prevaleça sobre os aspectos formais. Incorreta. (Eliminamos B, D e E)
II. O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de
receitas e de despesas correlatas. Exatamente, como devemos registrar os fatos
no momento em que eles ocorrem, independentemente de pagamentos e
recebimentos, receitas e despesas correlatas são registradas
simultaneamente. Correta.

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III. Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária,
Competência e Prudência são princípios de contabilidade. Com a reforma trazida
pela Resolução CFC nº 1.282/10, a Atualização Monetária deixou de ser
tratada como um princípio e passou a ser apenas uma característica do
Princípio do Registro pelo Valor Original. Incorreta. (Eliminamos a letra C)
IV. O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas. Mais uma cópia da norma. Lembre-se das palavras
chaves. Correta. (Confirmamos a letra A)
Gabarito: A

12- (FCC / TRE-SP - Analista Judiciário - Contabilidade / 2012) Segundo


a Resolução nº 750/1993, do Conselho Federal de Contabilidade, levando-se em
consideração as modificações promovidas pela Resolução nº 1.282/2010
do mesmo Conselho, o Princípio da Contabilidade que se refere ao processo de
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir
informações íntegras e tempestivas, é denominado Princípio
a) do Registro pelo Valor Original.
b) da Competência.
c) da Prudência.
d) da Oportunidade.
e) da Entidade.
Resolução:
Grifando as palavras-chaves do enunciado: o Princípio da Contabilidade
que se refere ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, é
denominado Princípio da Oportunidade.
Gabarito: D

13- (FCC / TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2011) A empresa Figueira S.A. ao estabelecer as taxas de depreciação optou
por adotar as taxas fiscais, ainda que soubesse que seus ativos teriam vida útil
econômica substancialmente diferente. Procedeu dessa forma para aumentar a
depreciação do período, realizando assim menos pagamento de dividendos.
Pode-se afirmar que a empresa NÃO atendeu ao princípio/pressuposto da
a) neutralidade.
b) materialidade.
c) competência.

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d) essência.
e) entidade.
Resolução:
No enunciado, a questão traz uma situação em que a empresa altera a
sistemática de depreciação, de forma a aumentar a depreciação do período,
realizando assim menos pagamento de dividendos. A depreciação é uma
despesa reconhecida periodicamente, com a finalidade de registrar a perda de
valor dos ativos imobilizados decorrentes de seu uso. Já os dividendos são os
valores devidos pela empresa a seus sócios ou proprietários, como remuneração
pelo capital investido por eles na entidade, ou seja, são obrigações da
entidade.
Em nossa aula, vimos que o Princípio da Prudência e a Convenção do
Conservadorismo (ou Neutralidade) postulam a adoção do menor valor para
os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

ATIVO ou
Menor valor Menor PL
Princípio RECEITA
da
Prudência PASSIVO ou
Maior valor Menor PL
DESPESA

*Sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das


mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido

Assim, o não foi atendido o Princípio da Prudência e a Convenção da


Neutralidade ou Conservadorismo.
Gabarito: A

14- (FCC / TCE-GO - Analista de Controle Externo - Contabilidade /


2014) A contabilidade sempre requereu dos contabilistas que os registros
contábeis fossem elaborados em conformidade com a documentação que
oficializa a transação efetuada. Com as novas normas contábeis, para que o fato
contábil seja registrado, além da documentação, deve ser avaliada
a) a materialidade.
b) a essência.
c) a prudência.
d) a solvência.
e) o custo-benefício.

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Resolução:
De acordo com o §2º do art. 1º da Resolução CFC nº 750/93, que trata
sobre os Princípios Contábeis, na aplicação dos Princípios de Contabilidade
há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre
seus aspectos formais. Chamamos isso de essência sobre a forma, e quer
dizer que, independente das formalidades que levaram à ocorrência da
transação, ela deverá ser registrada de acordo com a sua essência.
Gabarito: B

15- (FCC / TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2011) O princípio contábil que determina que o registro das variações
patrimoniais, desde que tecnicamente estimável, deve ser feito mesmo na
hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, é o Princípio da
a) Continuidade.
b) Exclusividade.
c) Oportunidade.
d) Entidade.
e) Prudência.
Resolução:
O princípio contábil que determina que o registro das variações
patrimoniais, desde que tecnicamente estimável, deve ser feito mesmo na
hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, é o Princípio
da Oportunidade. Isso decorre do processo de mensuração dos componentes
patrimoniais, que deve para produzir informações íntegras e tempestivas
aos usuários da informação contábil.
Gabarito: C

16- (FCC / TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção


Governamental / 2010 - Adaptada) "O critério de menor valor para os itens
do Ativo e da Receita, e o de maior valor para os itens do Passivo e da Despesa,
com os efeitos correspondentes no Patrimônio Líquido, serão adotados para
registro, diante de opções na escolha de valores." Considerando os Princípios
de Contabilidade, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade, o enunciado
acima refere-se ao Princípio da
a) Entidade.
b) Formalização dos Registros Contábeis.
c) Uniformidade.
d) Continuidade.

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e) Prudência.
Resolução:
Lembre-se do nosso esquema:

ATIVO ou
Menor valor Menor PL
Princípio RECEITA
da
Prudência PASSIVO ou
Maior valor Menor PL
DESPESA

*Sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das


mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido

Gabarito: E

17- (FCC / TRE-AM - Analista Judiciário – Contabilidade / 2010)


Considere as seguintes assertivas:
I. As receitas e despesas devem ser consideradas, pelas empresas, para
apuração do resultado do período a que se referirem, no momento de sua
ocorrência.
II. Sempre que apresentarem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, as
empresas deverão adotar o menor valor para os componentes do ativo e o maior
para os do passivo.
III. As empresas devem registrar os seus componentes patrimoniais pelos
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente na moeda do país.
As assertivas referem-se, respectivamente, aos princípios contábeis
a) da competência, da continuidade e da oportunidade.
b) do registro pelo valor original, da entidade e da continuidade.
c) da competência, da atualização monetária e da prudência.
d) da oportunidade, da competência e da prudência.
e) da competência, da prudência e do registro pelo valor original.
Resolução:
I. As receitas e despesas devem ser consideradas, pelas empresas, para
apuração do resultado do período a que se referirem, no momento de sua
ocorrência. => Princípio da Competência

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II. Sempre que apresentarem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio
líquido, as empresas deverão adotar o menor valor para os componentes do
ativo e o maior para os do passivo. => Princípio da Prudência
III. As empresas devem registrar os seus componentes patrimoniais pelos
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente na moeda do país. => Princípio do Registro pelo Valor Original
Gabarito: E

18- (FCC / TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Contabilidade /


2009) A constituição da provisão para devedores duvidosos está relacionada
com os princípios
a) da entidade e da objetividade.
b) da continuidade e da atualização monetária.
c) do registro pelo valor original e da materialidade.
d) da consistência e da oportunidade.
e) da competência e da prudência.
Resolução:
Repare que a questão perguntou a quais princípios a constituição da
provisão para devedores duvidosos está relacionada. Só pelo enunciado,
podemos eliminar as seguintes assertivas:
a) da entidade e da objetividade. Objetividade é uma convenção, e não um
princípio.
b) da continuidade e da atualização monetária. A Atualização Monetária deixou
de ser princípio com a reforma produzida pela Resolução CFC nº 1.282/10.
c) do registro pelo valor original e da materialidade. Materialidade é uma
convenção, e não um princípio.
d) da consistência e da oportunidade. Consistência é uma convenção, e não um
princípio.
Só por saber a diferença entre o que é princípio e o que é convenção já
ganhamos a questão. 
Gabarito: E

19- (FCC / TRT - 3ª Região (MG) - Técnico Judiciário – Contabilidade /


2009) O Princípio da Oportunidade refere-se a duas características para o
registro do patrimônio e das suas mutações. São elas:
a) tempestividade e integridade.

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b) confiabilidade e objetividade.
c) competência e prudência.
d) relevância e confiabilidade.
e) materialidade e consistência.
Resolução:
Você se lembra do nosso esquema de memorização do Princípio da
Oportunidade? Vamos vê-lo novamente.

Princípio da Oportunidade

Processo de mensuração e apresentação dos


componentes patrimoniais para produzir

Informações íntegras e
tempestivas

Relevância da informação contábil

Gabarito: A

20- (FCC / TRE-PI - Técnico Judiciário - Contabilidade / 2009) De acordo


com o Princípio da Prudência, a contabilidade deve adotar, dentre os critérios
válidos, aquele que resulta no
a) menor valor para os Passivos.
b) menor valor para os Ativos.
c) menor valor para as perdas.
d) maior valor para o Patrimônio Líquido.
e) maior valor para as Receitas.
Resolução:
Trazendo novamente nosso esquema de memorização do Princípio da
Prudência, lembrando que perdas são despesas, temos:

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ATIVO ou
Menor valor Menor PL
Princípio RECEITA
da
Prudência PASSIVO ou
Maior valor Menor PL
DESPESA

*Sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das


mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido

a) menor maior valor para os Passivos.


b) menor valor para os Ativos.
c) menor maior valor para as perdas (despesas).
d) maior menor valor para o Patrimônio Líquido.
e) maior menor valor para as Receitas.
Gabarito: B

21- (FCC / TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2008) A suspensão das atividades da entidade ou a queda do seu nível de
ocupação pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos e até
mesmo a perda integral de seu valor.
Essa afirmação fornece a base que caracteriza o Princípio Contábil da
a) Oportunidade.
b) Consistência.
c) Prudência.
d) Materialidade.
e) Continuidade.
Resolução:
O Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Assim, a
suspensão de suas atividades ou a queda do seu nível de ocupação pode ser
uma evidência de que a entidade não mais exercerá suas atividades por
período indeterminado, provocando efeitos na utilidade de determinados ativos
e até mesmo a perda integral de seu valor.
Gabarito: E

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22- (FCC / TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Contabilidade
/ 2006 - Adaptada) A utilização de um dos princípios de contabilidade
constantes da Resolução CFC nº 750/93 implica que a tradução do valor dos
componentes patrimoniais deve ser feita sempre em moeda nacional, com o
objetivo de homogeneização quantitativa dos mesmos. Esta afirmação refere-
se ao Princípio
a) da Entidade.
b) da Oportunidade.
c) do Registro pelo Valor Original.
d) da Prudência.
e) do Conservadorismo.
Resolução:
Vimos na nossa aula que o princípio que implica que a tradução do valor
dos componentes patrimoniais deve ser feita sempre em moeda nacional,
é o Princípio do Registro pelo Valor Original. Vamos recordar o nosso
esquema de memorização desse princípio:

devem ser inicialmente


registrados pelos valores
Princípio do originais das transações
componentes
Registro pelo
do patrimônio
Valor Original
expressos em moeda
nacional

Gabarito: C

23- (FCC / TCE-RO – Auditor / 2010) De acordo com o CPC 08 - Custos de


Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários, os custos de
transação na emissão de debêntures devem ser apropriados ao resultado em
função da fluência do prazo, o que ilustra a aplicação do princípio
a) da competência.
b) do registro pelo valor original.
c) da entidade.
d) da oportunidade.
e) da prudência.
Resolução:
Debêntures são títulos emitidos por companhias que conferem direitos a
seus proprietários (debenturistas) de participação nos lucros da companhia e
recebimento de juros. A questão afirmou que os custos de transação na emissão

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de debêntures (despesas) devem ser apropriados ao resultado da entidade em
função da fluência do prazo, o que significa que cada custo comporá o
resultado do período a que se referir, distinguindo custos de curto e de
longo prazos. Pelo Princípio da Competência, as receitas e despesas devem
integrar a apuração do resultado no período a que se referirem.
Gabarito: A

24- (FCC / AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado -


Economia-Administração-Ciências Contábeis / 2010) A empresa Correção
S.A. tem a prática de dar garantia de um ano de seus produtos a seus clientes.
A média de reclamações é de 2%, mas a empresa constitui provisão de 5% para
atender ao princípio da prudência. O procedimento realizado pela empresa é
a) adequado, pois apresenta a posição mais conservadora que a empresa pode
adotar, resultando na menor situação econômico financeira que a empresa pode
obter.
b) inadequado, visto que reconhece uma provisão excessiva superavaliando o
passivo e apresentando demonstrações contábeis não confiáveis, devido à falta
de neutralidade.
c) correto, visto que as estimativas e provisões são de responsabilidade do
contabilista, que deve adotar o procedimento que melhor lhe resguarde, quando
for questionado.
d) permitido, desde que apresente uma posição econômico-financeira mais
conservadora, com valores que conduzam a uma visão de valor inferior ao que
efetivamente a empresa tenha.
e) proibido, em decorrência de estar fundamentado na essência e não na forma,
gerando uma subavaliação dos passivos.
Resolução:
A questão afirma que a empresa tem a prática de dar garantia de seus
produtos durante a venda e que a média de reclamações é de 2%. Sendo assim,
a empresa deve reconhecer uma Provisão para Garantias (passivo) no valor
de 2% de suas vendas. Ocorre que a empresa constitui provisão de 5%, ou
seja, constituiu um passivo maior que deveria, o que resulta em um menor
PL. De fato, a menor situação econômica atenderia o Princípio da Prudência, se
houvesse duas alternativas igualmente válidas, o que não é o caso. O que
a empresa possui é apenas uma série histórica, que define a média de
reclamações em 2%, valor que deve ser provisionado.
Ademais, de acordo com a Convenção da Neutralidade (ou do
Conservadorismo), o profissional de contabilidade deve adotar a conduta
mais conservadora no tocante aos resultados apresentados, com a finalidade
de evitar interpretações erradas ou inverídicas por parte dos usuários da

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informação. Isso é mais um motivo para que a empresa efetue a provisão pela
média de 2% de reclamações.
Analisado o enunciado, vamos verificar as assertivas:
O procedimento realizado pela empresa é
a) adequado, pois apresenta a posição mais conservadora que a empresa pode
adotar, resultando na menor situação econômico financeira que a empresa pode
obter. A posição mais conservadora é a que evita interpretações distorcidas
acerca da contabilização da empresa. Incorreta.
b) inadequado, visto que reconhece uma provisão excessiva
superavaliando o passivo e apresentando demonstrações contábeis não
confiáveis, devido à falta de neutralidade.
c) correto, visto que as estimativas e provisões são de responsabilidade do
contabilista, que deve adotar o procedimento que melhor lhe resguarde, quando
for questionado. O contabilista não pode adotar qualquer conduta. Incorreta.
d) permitido, desde que apresente uma posição econômico-financeira mais
conservadora, com valores que conduzam a uma visão de valor inferior ao que
efetivamente a empresa tenha. A posição mais conservadora a ser adotada é
aquela que evita interpretações distorcidas acerca da contabilização da
empresa. Incorreta.
e) proibido, em decorrência de estar fundamentado na essência e não na forma,
gerando uma subavaliação dos passivos. Provisionando as garantias à base de
5% provocaria superavaliação dos passivos. Incorreta.
Gabarito: B

25- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas / 2009) A empresa


Amandia S.A. atua no mercado varejista, em todo território nacional, emitindo
mais de um milhão de notas fiscais/mês. Sua cobrança é realizada
integralmente por intermédio do Banco Cobrança S.A. Por seus serviços, o
Banco cobra R$ 2,20 por título enviado. A empresa contabiliza o serviço bancário
contratado no ato do débito da despesa em conta corrente, que ocorre no
momento da efetivação da cobrança pelo banco. A adoção desse procedimento,
pela empresa, evidencia a aplicação
a) do regime de competência.
b) do regime de caixa.
c) da essência sobre a forma.
d) do princípio da materialidade.
e) da confiabilidade.
Resolução:

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Podemos notar que a questão afirma, expressamente, que a empresa
contabiliza o serviço bancário contratado no ato da efetivação da cobrança
pelo banco, ou seja, quando é registrada a saída do dinheiro da conta bancária.
Então, a empresa apura suas despesas pelo Regime de Caixa.
Para que a empresa apurasse suas despesas pelo Regime de
Competência, os registros das despesas deveriam ser efetuados quando do
envio de cada título, pois é nesse momento que o fato gerador da despesa
acontece.
Gabarito: B

26- (FCC / PGE-RJ - Técnico Superior de Análise Contábil / 2009) O


Regime de Caixa é um regime oposto ao regime da
a) materialidade.
b) entidade.
c) competência.
d) unidade de moeda instrumento de mensuração.
e) continuidade.
Resolução:
Essa questão não se pode errar, não é mesmo!? Todos sabemos que o
Regime de Caixa é um regime oposto ao Regime de Competência.
Gabarito: C

27- (FCC / TRE-PR - Analista Judiciário - Contabilidade / 2012) Sobre a


estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações
contábeis, considere:
I. A estrutura conceitual aplica-se à forma e ao conteúdo das informações
adicionais fornecidas para atender às necessidades da administração da
empresa.
II. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão
econômica.
III. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto de
que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação,
nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a
compreensibilidade para alguns usuários da contabilidade devem ser excluídas
das demonstrações contábeis.
Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
Resolução:
Vamos analisar cada assertiva separadamente:
I. A estrutura conceitual aplica-se à forma e ao conteúdo das informações
adicionais fornecidas para atender às necessidades da administração da
empresa. A estrutura conceitual é voltada a usuários externos, ou seja,
investidores, credores por empréstimo e outros credores. A administração da
entidade não precisa apoiar-se em relatórios contábil-financeiros de propósito
geral, uma vez que é capaz de obter a informação contábil-financeira de que
precisa internamente. Incorreta (Eliminamos as letras A e C)
II. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão
econômica. É isso mesmo. Correta (Eliminamos a letra E)
III. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto de
que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação,
nem reduzir materialmente a escala das suas operações. Trata-se da
Continuidade, uma premissa subjacente pela qual as demonstrações contábeis
normalmente são elaboradas tendo como premissa que a entidade está em
atividade e irá manter-se em operação por um futuro previsível, não tendo a
intenção, nem tampouco a necessidade, de entrar em processo de liquidação ou
de reduzir materialmente a escala de suas operações. Correta
IV. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a
compreensibilidade para alguns usuários da contabilidade devem ser excluídas
das demonstrações contábeis. De acordo com o item QC31 da Estrutura
Conceitual, certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser
facilmente compreendidos, podendo a exclusão das informações sobre esses
fenômenos dos relatórios contábil-financeiros tornar a informação mais
facilmente compreendida. Contudo, tais relatórios seriam considerados
incompletos e potencialmente distorcidos, o que, portanto, é desaconselhado.
Incorreta (Eliminamos a letra D)
Gabarito: B

28- (FCC / TCE-SE - Técnico de Controle Externo / 2011) Ativo é definido


na estrutura conceitual da contabilidade como um recurso
a) de propriedade da entidade, utilizado em suas atividades operacionais,
independentemente do fluxo de caixa que este venha a gerar.

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b) do qual se espera apenas uma saída próxima de recursos da entidade para o
seu pagamento.
c) adquirido à vista pela entidade.
d) controlado pela entidade e do qual se espera que resultem benefícios
econômicos futuros.
e) que não pode ser distribuído aos proprietários da entidade como restituição
do capital.
Resolução:
Conforme vimos na aula passada, a Resolução CFC nº 1.374/11 conceitua
Ativo como um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para
a entidade.
Gabarito: D

29- (FCC / SEFAZ-PI – Analista do Tesouro Estadual / 2015) Considere


as seguintes informações:
- A Cia. Gama produz equipamentos especiais para revenda, cujo prazo de
produção é 18 meses.
- A Cia. Beta adquiriu equipamentos para revenda, sendo que o prazo médio de
estocagem até a venda é de 90 dias.
- A Cia. Industrial adquiriu equipamentos para utilizá-los em seu processo
produtivo.
- A Cia. Alfa adquiriu o direito de usar a marca da Cia. Gama por 10 anos.
Os equipamentos no Balanço Patrimonial da Cia. Gama, da Cia. Beta e da Cia.
Industrial e o direito adquirido no Balanço Patrimonial da Cia. Alfa foram
classificados, respectivamente, no ativo
a) circulante, não circulante, não circulante e não circulante.
b) circulante, circulante, não circulante e não circulante.
c) não circulante, circulante, não circulante e circulante.
d) circulante, circulante, não circulante e circulante.
e) não circulante, circulante, não circulante e não circulante.
Resolução:
Vamos analisar cada uma das assertivas separadamente.
- A Cia. Gama produz equipamentos especiais para revenda, cujo prazo de
produção é 18 meses. Recordando o que vimos na aula passada, o Ciclo
Operacional de uma empresa é dado pelo prazo médio entre a compra de
mercadorias ou fabricação dos produtos e o recebimento das vendas.

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Compra / Produção Venda Recebimento

Ciclo Operacional

Nas empresas que possuem Ciclo Operacional menor que doze


meses12, o período temporal que separa seus ativos em circulante e não
circulante é o término do exercício social subsequente. Como o tempo
médio de produção da Cia. Gama é de 18 meses (antes do término do exercício
seguinte), os equipamentos por ela produzidos serão classificados como Ativos
Circulantes (eliminamos as letras C e E).
- A Cia. Beta adquiriu equipamentos para revenda, sendo que o prazo médio de
estocagem até a venda é de 90 dias. De maneira diversa, a Cia. Beta possui
Ciclo Operacional menor que o exercício social, portanto seus equipamentos
serão classificados como Ativos Circulantes (eliminamos a letra A).
- A Cia. Industrial adquiriu equipamentos para utilizá-los em seu processo
produtivo. Vimos em nossa aula que os bens corpóreos (equipamentos)
destinados à manutenção das atividades da empresa (processo produtivo)
são classificados no Ativo Não Circulante, no Imobilizado.
- A Cia. Alfa adquiriu o direito de usar a marca da Cia. Gama por 10 anos. Por
fim, também aprendemos que os bens incorpóreos (direito de exploração de
marcas) destinados à manutenção das atividades da empresa (utilização da
marca) também são classificados no Ativo Não Circulante, mas estes no
Intangível (eliminamos a letra D).
Recordando nosso esquema, temos:

12Como a questão não informou expressamente o Ciclo Operacional da entidade, consideraremos


que trata-se de um ciclo comum, de 12 meses.

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Realizável a
Investimentos Imobilizado Intangível
Longo Prazo

Bens
Direitos Bens corpóreos
Participações incorpóreos
realizáveis após destinados à
permanentes destinados à
o término do manutenção das
em outras manutenção das
exercício atividades da
sociedades atividades da
seguinte empresa
empresa

Direitos não
classificáveis no
Fundo de
AC e que não se
Comércio
destinem à
Adquirido
manutenção das
(goodwill)
atividades da
empresa

Gabarito: B

30- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas / 2009) A empresa


Capital Ltda. aumentou seu capital em R$ 200.000,00. A sociedade é formada
por 4 sócios, cada um com 25%. Dois sócios fizeram a transferência dos
recursos no ato da reunião da diretoria e os demais acordaram em transferir os
recursos em dois meses. A conta em que ficará registrado o direito da empresa
em receber esses recursos é Capital Social a
a) Autorizar.
b) Capitalizar.
c) Receber.
d) Integralizar.
e) Subscrever.
Resolução:
Interpretando o enunciado da questão, temos:
A empresa Capital Ltda. aumentou seu capital em R$ 200.000,00
(Capital Subscrito). A sociedade é formada por 4 sócios, cada um com 25%.
Dois sócios fizeram a transferência dos recursos no ato da reunião da diretoria
(Capital Integralizado) e os demais acordaram em transferir os recursos em
dois meses. A conta em que ficará registrado o direito da empresa em receber
esses recursos é Capital Social a
Como o valor prometido pelos dois sócios não foi integralizado em
dinheiro ou outros bens, esse valor deverá ficar registrado com Capital Social
a Integralizar.
Gabarito: D

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31- (FCC / METRÔ-SP - Administração de Empresas / 2014) Em
01/10/2012 uma empresa recebeu R$ 24.000,00 de um cliente para a entrega
de mercadorias até 30/09/2013. A empresa entregou, até 31/12/2012,
mercadorias que correspondiam a 40% do total negociado. O valor da Receita
de Vendas apresentado na Demonstração do Resultado do ano de 2012
correspondente a esta operação foi, em reais,
a) 9.600,00.
b) 6.000,00.
c) 0,00.
d) 24.000,00.
e) 12.000,00.
Resolução:
Vejamos os fatos contábeis ocorridos na empresa. Em questões como
essa, é importante sempre se atentar para as datas fornecidas.
1) Em 01/10/2012 uma empresa recebeu R$ 24.000,00 (entrada de caixa
– aumento do ativo – débito) de um cliente para a entrega de mercadorias até
30/09/2013 (recebimento antecipado do cliente, pois a mercadoria só será
entregue futuramente – obrigação – aumento passivo – crédito).
D Caixa (AC)
C Recebimentos Antecipados de Clientes (PC) 24.000,00
2) A empresa entregou, até 31/12/2012, mercadorias que correspondiam a
40% do total negociado (no momento da entrega das mercadorias, temos o
cumprimento da obrigação assumida no momento do recebimento – baixa de
passivo – débito – e a contrapartida é o reconhecimento da receita de vendas
– crédito).
D Recebimentos Antecipados de Clientes (PC)
C Receita de Vendas (R) 9.600,00
Assim, o valor da Receita de Vendas que comporá a demonstração de
resultado do ano de 2012 será de R$ 9.600,00.
Gabarito: A

32- (FCC / TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2011) O patrimônio líquido de uma entidade com fins lucrativos é modificado
quantitativamente quando
a) os sócios subscrevem o capital.
b) há transferência do resultado do exercício para a conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados.
c) ela adquire móveis e utensílios, metade à vista e metade a prazo.

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d) ocorre uma venda de mercadorias com prejuízo.
e) uma dívida de longo prazo é quitada com pagamento à vista.
Resolução:
A questão quer saber quando o patrimônio líquido será modificado
quantitativamente, ou seja, em qual transação ocorrem receitas ou
despesas. Para isso, devemos interpretar os fatos contábeis ocorridos.
Vejamos:
a) os sócios subscrevem o capital. Vimos o Capital Social (ou Subscrito) constitui
o total de ações ou quotas subscritas (promessa de aquisição) no ato de
constituição da entidade ou no aumento de capital. Significa que, quando os
sócios subscrevem o capital, eles estão prometendo adquirir ações da empresa.
Tal transação constitui apenas uma permuta entre contas do PL:
D (-) Capital a Integralizar (PL)
C Capital Social (PL)
Assim, a subscrição de capital não altera o Patrimônio Líquido. Incorreta.
b) há transferência do resultado do exercício para a conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados. Após a apuração do resultado do período em contas transitórias
do PL, o resultado (lucro ou prejuízo) é transferido para a conta Lucros ou
Prejuízos Acumulados, também no PL, registrando o seguinte lançamento:
D Apuração do Resultado (caso o saldo da conta seja credor)
C Lucros Acumulados (PL)
ou
D (-) Prejuízos Acumulados (PL)
C Apuração do Resultado (caso o saldo da conta seja devedor)
Assim, a transferência do resultado não altera o Patrimônio Líquido. Incorreta.
c) ela adquire móveis e utensílios, metade à vista e metade a prazo. A aquisição
de bens também é um fato permutativo, seja à vista ou a prazo. No primeiro
caso, troca-se dinheiro por bens, enquanto no segundo adquire-se o bem em
troca do registro de uma obrigação. Veja:
D Móveis e Utensílios (ANC)
C Caixa (AC) (à vista)
ou
D Móveis e Utensílios (ANC)
C Fornecedores (PC) (a prazo)
Assim, a aquisição de bens não altera o Patrimônio Líquido. Incorreta.
d) ocorre uma venda de mercadorias com prejuízo. Na venda de mercadorias,
ocorrem simultaneamente dois registros: a entrada no Caixa (à vista) ou o
registro do direito a receber (Clientes) contra o registro da Receita de Vendas,
e a saída de mercadorias contra o registro da despesa de Custo das Mercadorias
Vendidas. Veja:

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D Caixa (AC) (à vista) ou Clientes (AC) (a prazo)
C Receita de Vendas (R)
e
D Custo das Mercadorias Vendidas (D)
C Mercadorias (AC)
O fato de a questão mencionar que a venda foi com prejuízo significa
dizer que a Receita de Vendas foi menor que o Custo das Mercadorias Vendidas,
ou seja, na apuração do resultado dessa operação houve um prejuízo, que
afetará o PL negativamente.
Assim, a venda com prejuízo altera o Patrimônio Líquido. Correta.

Nota: como vimos na aula passada, toda operação que houver lucro ou
prejuízo estará modificando qualitativamente o Patrimônio Líquido.

e) uma dívida de longo prazo é quitada com pagamento à vista. Na quitação de


uma dívida, há uma permuta em que sai dinheiro do Caixa e uma obrigação é
quitada (baixada) do passivo.
D Dívida de Longo Prazo (PNC)
C Caixa (AC)
Assim, a quitação de uma dívida à vista não altera o Patrimônio Líquido.
Incorreta.
Gabarito: D

33- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas / 2009) A empresa Inova


S.A. realizou aumento de capital para entrada de um novo sócio que alugava o
prédio da sede para a empresa. O valor do aumento de capital foi de R$
1.100.000 sendo R$ 1.000.000 integralizado com o imóvel e o restante em
dinheiro. Esse evento tem como consequência um lançamento de
a) crédito em Capital Social.
b) débito no Patrimônio Líquido.
c) crédito em Compensação.
d) débito no Intangível.
e) crédito no Disponível.
Resolução:
A questão informa que houve o aumento de capital (PL), por meio da
incorporação do imóvel (ativo imobilizado) ocupado pela sede da empresa ao
seu patrimônio, no valor de R$ 1.000.000,00, mais R$ 100.000,00
integralizados em dinheiro (ativo circulante). Esse fato é assim registrado:

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D Caixa (AC) R$ 100.000,00
D Imóveis (ANC) R$ 1.000.000,00
C Capital Social (PL) R$ 1.100.000,00
Assim, o lançamento provocou crédito na conta Capital Social.
Gabarito: A

34- (FCC / TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção


Governamental / 2010) Em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do
Ativo e do Passivo, em decorrência de avaliações a preço de mercado que não
foram computadas no resultado do exercício, deverão ser classificadas como
a) Reservas de Reavaliação no Patrimônio Líquido.
b) Reservas de Lucros no Patrimônio Líquido.
c) Ajuste de Avaliação Patrimonial no Ativo Circulante.
d) Ajuste de Avaliação Patrimonial no Patrimônio Líquido.
e) Redutora no Ativo e ou Passivo não Circulante.
Resolução:
Vimos em nossa aula que a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial,
pertencente ao PL, registra os aumentos ou diminuições de valores
atribuídos a elementos patrimoniais (ativos e passivos), decorrentes da
avaliação deles a valor justo. Trata-se de uma conta de natureza híbrida
(devedora e credora), pois hora assume valor credor, aumentando o PL, e hora
seu saldo é devedor, diminuindo o PL.
Gabarito: D

35- (FCC / TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção


Governamental / 2010) O pagamento de um empréstimo com juros por
atraso gera um fato contábil
a) misto diminutivo.
b) misto aumentativo.
c) modificativo aumentativo.
d) permutativo.
e) modificativo diminutivo.
Resolução:
No pagamento de um empréstimo com juros por atraso temos duas
operações que têm tratamentos distintos, mas que são registradas
simultaneamente. Primeiramente, há o pagamento do valor emprestado (valor

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nominal da dívida) que é registrado por meio da saída de recursos do Caixa
conta a baixa da dívida no passivo. A outra operação é o pagamento dos juros
de mora, que não estavam registrados como obrigação, que é lançado também
por meio da saída de Caixa, mas a contrapartida é uma Despesa Financeira.
Veja:
D Empréstimos (PC ou PNC)
C Caixa (AC) (valor nominal da dívida)
e
D Despesas Financeiras (D)
C Caixa (AC) (juros de mora)
Por isso, dizemos que este é um fato contábil misto diminutivo, do tipo
- A e - P e - PL , pois nele há um fato permutativo e um fato modificativo
diminutivo, respectivamente.
Gabarito: A

36- (FCC / Sergipe Gás S.A. - Contador / 2010) O aumento do Capital


Social com saldos de Reservas de Lucros é um fato
a) permutativo.
b) modificativo aumentativo.
c) modificativo diminutivo.
d) misto aumentativo.
e) misto diminutivo.
Resolução:
Nesta transação, estão envolvidas duas contas do PL, Capital Social e
Reservas de Lucros, sendo um fato permutativo.
Gabarito: A

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9. Risco Exponencial

 Princípio da Entidade

Patrimônio como o
objeto da
Princípio da contabilidade
Entidade patrimônio dos sócios

Autonomia
patrimonial
patrimônio da pessoa
jurídica

 Princípio da Oportunidade

Princípio da Oportunidade

Processo de mensuração e apresentação dos


componentes patrimoniais para produzir

Informações íntegras e
tempestivas

Relevância da informação contábil

 Princípio do Registro pelo Valor Original

devem ser inicialmente


registrados pelos valores
Princípio do originais das transações
componentes
Registro pelo
do patrimônio
Valor Original
expressos em moeda
nacional

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 Variações do Custo Histórico

Ativo: valor que teria de ser pago se esse


ativo fosse adquirido na data das
demonstrações
Custo
Corrente
Passivo: valor que seria necessário para
liquidar a obrigação na data das
demonstrações

Ativo: valor o qual poderia ser obtido


pela venda em uma forma ordenada
Valor
Realizável Passivo: valor que se espera pagar pela
liquidação da obrigação no curso
normal das operações
Variação do
Custo Valor descontado dos fluxos futuros
Histórico de entrada/saída de caixa que se espera
Valor seja gerado pelo ativo ou necessário
presente para liquidação do passivo no curso
normal das operações da entidade

É o valor pelo qual um ativo pode ser


trocado, ou um passivo liquidado,
Valor Justo entre partes conhecedoras, dispostas
a isso, em uma transação sem
favorecimentos

É o ajustamento dos valores originais


Atualização dos componentes patrimoniais
Monetária decorrente da alteração do poder
aquisitivo da moeda nacional

 Princípio da Competência

Princípio da
Competência

Pressupõe a simultaneidade independentemente


da confrontação de receitas do recebimento ou
e de despesas correlatas pagamento

Os efeitos das transações e


outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a
que se referem

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 Princípio da Prudência

ATIVO ou
Menor valor Menor PL
Princípio RECEITA
da
Prudência PASSIVO ou
Maior valor Menor PL
DESPESA

*Sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das


mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido

 Princípios Contábeis

Entidade Autonomia Patrimonial

Continuidade Continuará em operação no futuro

Oportunidade Informações Íntegras e Tempestivas

Registro pelo
Registrar pelo valor original da transação
valor original

Receitas e Despesas reconhecidas nos períodos a


Competência que se referem, independentemente de
recebimento ou pagamento

Menor valor para Ativo e Maior valor para Passivo


Prudência
em situações igualmente válidas

 Comparação Duplicata X Nota Promissória

Duplicata Nota Promissória

Título de crédito comercial Título financeiro

Emitida pelo credor Emitida pelo devedor

Direito para quem emite Obrigação para quem emite


(vendedor/credor) (emitente/devedor)

Obrigação para quem aceita Direito para quem aceita


(comprador/devedor) (beneficiário/credor)

Vendas a prazo Empréstimos e financiamentos

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 Subgrupos do Ativo Não Circulante

Realizável a
Investimentos Imobilizado Intangível
Longo Prazo

Bens
Direitos Bens corpóreos
Participações incorpóreos
realizáveis após destinados à
permanentes destinados à
o término do manutenção das
em outras manutenção das
exercício atividades da
sociedades atividades da
seguinte empresa
empresa

Direitos não
classificáveis no
Fundo de
AC e que não se
Comércio
destinem à
Adquirido
manutenção das
(goodwill)
atividades da
empresa

 Tipos de Balancetes de Verificação

Balancete de Verificação Balancete de Verificação


Inicial Final

Levantado antes da apuração Levantado após a apuração, e


do resultado do período consequente destinação, do
resultado do período
Apresenta contas
patrimoniais e de contas Apresenta apenas contas
resultado patrimoniais

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10. Lista de Questões

1- (FCC / TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Contabilidade /


2010) O princípio contábil que se relaciona diretamente à quantificação dos
componentes patrimoniais e à formação do resultado, além de constituir dado
importante para aferir a capacidade futura de geração de resultados é o Princípio
a) da Continuidade.
b) do Registro pelo valor original.
c) da Oportunidade.
d) da Entidade.
e) da Prudência.

2- (FCC / TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Contabilidade / 2010)


O princípio contábil da oportunidade estabelece que
a) o patrimônio da entidade não se confunde com o patrimônio dos sócios ou
acionistas.
b) as despesas e as receitas da entidade devem ser registradas no período em
que forem incorridas e não no período em que ocorrer o desembolso ou o
recebimento.
c) os ativos devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor de
mercado, dos dois o menor.
d) deve-se adotar, havendo duas alternativas igualmente válidas para
mensuração do passivo, a de maior valor na escrituração contábil.
e) o registro da mutação patrimonial deve ser feito de imediato, de forma
integral, e na extensão correta de seus elementos quantitativos e qualitativos.

3- (FCC / Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município /


2007) Em relação ao princípio contábil da Competência, é correto afirmar que
a) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o efetivo
desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o gasto.
b) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de um ativo,
sem o concomitante desaparecimento de um passivo.
c) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força maior não
devem ser computadas na apuração do resultado do exercício, porque não estão
correlacionadas com a realização de receitas.
d) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com terceiros,
quando estes efetuarem o pagamento.

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e) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é considerada realização de
receita.

4- (FCC / TJ-PE - Analista Judiciário - Contabilidade / 2012) A adoção


do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO,
sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação
das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, é determinada pelo
princípio
a) da entidade.
b) da continuidade.
c) do registro pelo valor original.
d) da prudência.
e) da competência.

5- (FCC / Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município /


2012) Sobre a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-financeiro, considere:
I. As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para
atender a seus próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura
conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de
propósito geral.
II. A avaliação da administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe
tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua
prestação de contas é uma das necessidades comuns da maioria dos usuários
dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral.
III. O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações
e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações
da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são
produzidos.
IV. Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos
métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando
a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único período
entre entidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.

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d) I, II e III.
e) II, III e IV.

6- (FCC / AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado -


Economia-Administração-Ciências Contábeis / 2010) O valor estabelecido
como representativo da parcela de participação do sócio na empresa, mas ainda
não entregue em dinheiro, é evidenciado na conta
a) Capital Social.
b) Capital Social Autorizado.
c) Capital Social Vinculado.
d) Capital Social a Integralizar.
e) Capital Social a Reduzir.

7- (FCC / TRT - 3ª Região (MG) - Técnico Judiciário – Contabilidade /


2009 - Adaptada) A Cia. Fechadura apresentava seu Balancete em 31/12/X7,
com os saldos, em reais, nas seguintes contas: Fornecedores 120.000,00;
Aplicações Financeiras 105.000,00; Promissórias a Pagar 19.000,00; Fretes
sobre Vendas 13.000,00; Conta Corrente 80.000,00; Clientes 175.000,00;
Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa 5.000,00; Seguros
Pagos Antecipadamente 40.000,00; Adiantamento de Clientes 25.000,00;
Despesas Financeiras 17.500,00; Despesas de Comissões sobre vendas
7.500,00; Receitas Financeiras 6.000,00; Custo das Mercadorias Vendidas
140.000,00; Despesas de Salários 10.000,00; Reserva Legal 40.000,00;
Abatimento sobre Vendas 1.500,00; Estoques de Mercadorias 150.000,00;
Receita de Vendas 310.000,00; Capital Social 200.000,00; Títulos a Pagar de
Longo Prazo 65.500,00; Devolução de Vendas 5.500,00; Empréstimos de Curto
Prazo Obtidos 80.000,00; Terrenos 85.000,00; Despesas de Depreciação de
Imóveis 2.500,00; Imóveis 50.000,00; Depreciação Acumulada Imóveis
12.000,00.
O lucro líquido do exercício foi, em reais,
a) 111.500,00
b) 113.500,00
c) 118.500,00
d) 121.000,00
e) 125.500,00

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8- (FCC / MPE-SE - Analista do Ministério Público – Especialidade
Contabilidade / 2009) Na apuração de resultado utilizando o Regime de caixa
leva-se em conta o momento em que ocorre
a) o desembolso da despesa.
b) a transferência do ativo.
c) o fato gerador das despesas.
d) a confrontação da receita com a despesa.
e) momento no qual a despesa é incorrida.

9- (FCC / MPE-SE - Analista do Ministério Público – Especialidade


Contabilidade / 2009) Na apuração do resultado de um período contábil, de
uma entidade privada, utiliza-se o regime
a) patrimonial.
b) de caixa.
c) da gestão.
d) orçamentário.
e) de competência.

10- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas - Tecnologia da


Informação / 2013) O Princípio
I. da Entidade estabelece que o patrimônio pertence à entidade e que não se
confunde com o patrimônio dos seus sócios ou proprietários.
II. da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro
e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio
não precisam levar em conta esta circunstância.
III. do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações,
expressos em moeda nacional.
IV. da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos
sejam reconhecidos nos períodos em que ocorrem os respectivos recebimentos
ou pagamentos.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I e III, apenas.

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e) I, II, III e IV.

11- (FCC / DPE-SP - Agente de Defensoria - Contador / 2013) Em


relação aos Princípios de Contabilidade, considere:
I. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas em que
os aspectos formais devem prevalecer sobre a essência das transações.
II. O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de
receitas e de despesas correlatas.
III. Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária,
Competência e Prudência são princípios de contabilidade.
IV. O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.
De acordo com a Resolução CFC nº 750/93 e alterações posteriores, está correto
o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

12- (FCC / TRE-SP - Analista Judiciário - Contabilidade / 2012) Segundo


a Resolução nº 750/1993, do Conselho Federal de Contabilidade, levando-se em
consideração as modificações promovidas pela Resolução nº 1.282/2010
do mesmo Conselho, o Princípio da Contabilidade que se refere ao processo de
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir
informações íntegras e tempestivas, é denominado Princípio
a) do Registro pelo Valor Original.
b) da Competência.
c) da Prudência.
d) da Oportunidade.
e) da Entidade.

13- (FCC / TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2011) A empresa Figueira S.A. ao estabelecer as taxas de depreciação optou
por adotar as taxas fiscais, ainda que soubesse que seus ativos teriam vida útil
econômica substancialmente diferente. Procedeu dessa forma para aumentar a

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depreciação do período, realizando assim menos pagamento de dividendos.
Pode-se afirmar que a empresa NÃO atendeu ao princípio/pressuposto da
a) neutralidade.
b) materialidade.
c) competência.
d) essência.
e) entidade.

14- (FCC / TCE-GO - Analista de Controle Externo - Contabilidade /


2014) A contabilidade sempre requereu dos contabilistas que os registros
contábeis fossem elaborados em conformidade com a documentação que
oficializa a transação efetuada. Com as novas normas contábeis, para que o fato
contábil seja registrado, além da documentação, deve ser avaliada
a) a materialidade.
b) a essência.
c) a prudência.
d) a solvência.
e) o custo-benefício.

15- (FCC / TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2011) O princípio contábil que determina que o registro das variações
patrimoniais, desde que tecnicamente estimável, deve ser feito mesmo na
hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, é o Princípio da
a) Continuidade.
b) Exclusividade.
c) Oportunidade.
d) Entidade.
e) Prudência.

16- (FCC / TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção


Governamental / 2010 - Adaptada) "O critério de menor valor para os itens
do Ativo e da Receita, e o de maior valor para os itens do Passivo e da Despesa,
com os efeitos correspondentes no Patrimônio Líquido, serão adotados para
registro, diante de opções na escolha de valores." Considerando os Princípios
de Contabilidade, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade, o enunciado
acima refere-se ao Princípio da

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a) Entidade.
b) Formalização dos Registros Contábeis.
c) Uniformidade.
d) Continuidade.
e) Prudência.

17- (FCC / TRE-AM - Analista Judiciário – Contabilidade / 2010)


Considere as seguintes assertivas:
I. As receitas e despesas devem ser consideradas, pelas empresas, para
apuração do resultado do período a que se referirem, no momento de sua
ocorrência.
II. Sempre que apresentarem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido, as
empresas deverão adotar o menor valor para os componentes do ativo e o maior
para os do passivo.
III. As empresas devem registrar os seus componentes patrimoniais pelos
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente na moeda do país.
As assertivas referem-se, respectivamente, aos princípios contábeis
a) da competência, da continuidade e da oportunidade.
b) do registro pelo valor original, da entidade e da continuidade.
c) da competência, da atualização monetária e da prudência.
d) da oportunidade, da competência e da prudência.
e) da competência, da prudência e do registro pelo valor original.

18- (FCC / TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Contabilidade /


2009) A constituição da provisão para devedores duvidosos está relacionada
com os princípios
a) da entidade e da objetividade.
b) da continuidade e da atualização monetária.
c) do registro pelo valor original e da materialidade.
d) da consistência e da oportunidade.
e) da competência e da prudência.

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19- (FCC / TRT - 3ª Região (MG) - Técnico Judiciário – Contabilidade /
2009) O Princípio da Oportunidade refere-se a duas características para o
registro do patrimônio e das suas mutações. São elas:
a) tempestividade e integridade.
b) confiabilidade e objetividade.
c) competência e prudência.
d) relevância e confiabilidade.
e) materialidade e consistência.

20- (FCC / TRE-PI - Técnico Judiciário - Contabilidade / 2009) De acordo


com o Princípio da Prudência, a contabilidade deve adotar, dentre os critérios
válidos, aquele que resulta no
a) menor valor para os Passivos.
b) menor valor para os Ativos.
c) menor valor para as perdas.
d) maior valor para o Patrimônio Líquido.
e) maior valor para as Receitas.

21- (FCC / TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2008) A suspensão das atividades da entidade ou a queda do seu nível de
ocupação pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos e até
mesmo a perda integral de seu valor.
Essa afirmação fornece a base que caracteriza o Princípio Contábil da
a) Oportunidade.
b) Consistência.
c) Prudência.
d) Materialidade.
e) Continuidade.

22- (FCC / TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2006 - Adaptada) A utilização de um dos princípios de contabilidade
constantes da Resolução CFC nº 750/93 implica que a tradução do valor dos
componentes patrimoniais deve ser feita sempre em moeda nacional, com o
objetivo de homogeneização quantitativa dos mesmos. Esta afirmação refere-
se ao Princípio
a) da Entidade.

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b) da Oportunidade.
c) do Registro pelo Valor Original.
d) da Prudência.
e) do Conservadorismo.

23- (FCC / TCE-RO – Auditor / 2010) De acordo com o CPC 08 - Custos de


Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários, os custos de
transação na emissão de debêntures devem ser apropriados ao resultado em
função da fluência do prazo, o que ilustra a aplicação do princípio
a) da competência.
b) do registro pelo valor original.
c) da entidade.
d) da oportunidade.
e) da prudência.

24- (FCC / AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado -


Economia-Administração-Ciências Contábeis / 2010) A empresa Correção
S.A. tem a prática de dar garantia de um ano de seus produtos a seus clientes.
A média de reclamações é de 2%, mas a empresa constitui provisão de 5% para
atender ao princípio da prudência. O procedimento realizado pela empresa é
a) adequado, pois apresenta a posição mais conservadora que a empresa pode
adotar, resultando na menor situação econômico financeira que a empresa pode
obter.
b) inadequado, visto que reconhece uma provisão excessiva superavaliando o
passivo e apresentando demonstrações contábeis não confiáveis, devido à falta
de neutralidade.
c) correto, visto que as estimativas e provisões são de responsabilidade do
contabilista, que deve adotar o procedimento que melhor lhe resguarde, quando
for questionado.
d) permitido, desde que apresente uma posição econômico-financeira mais
conservadora, com valores que conduzam a uma visão de valor inferior ao que
efetivamente a empresa tenha.
e) proibido, em decorrência de estar fundamentado na essência e não na forma,
gerando uma subavaliação dos passivos.

25- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas / 2009) A empresa


Amandia S.A. atua no mercado varejista, em todo território nacional, emitindo
mais de um milhão de notas fiscais/mês. Sua cobrança é realizada

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integralmente por intermédio do Banco Cobrança S.A. Por seus serviços, o
Banco cobra R$ 2,20 por título enviado. A empresa contabiliza o serviço bancário
contratado no ato do débito da despesa em conta corrente, que ocorre no
momento da efetivação da cobrança pelo banco. A adoção desse procedimento,
pela empresa, evidencia a aplicação
a) do regime de competência.
b) do regime de caixa.
c) da essência sobre a forma.
d) do princípio da materialidade.
e) da confiabilidade.

26- (FCC / PGE-RJ - Técnico Superior de Análise Contábil / 2009) O


Regime de Caixa é um regime oposto ao regime da
a) materialidade.
b) entidade.
c) competência.
d) unidade de moeda instrumento de mensuração.
e) continuidade.

27- (FCC / TRE-PR - Analista Judiciário - Contabilidade / 2012) Sobre a


estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações
contábeis, considere:
I. A estrutura conceitual aplica-se à forma e ao conteúdo das informações
adicionais fornecidas para atender às necessidades da administração da
empresa.
II. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão
econômica.
III. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto de
que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação,
nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a
compreensibilidade para alguns usuários da contabilidade devem ser excluídas
das demonstrações contábeis.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.

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c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.

28- (FCC / TCE-SE - Técnico de Controle Externo / 2011) Ativo é definido


na estrutura conceitual da contabilidade como um recurso
a) de propriedade da entidade, utilizado em suas atividades operacionais,
independentemente do fluxo de caixa que este venha a gerar.
b) do qual se espera apenas uma saída próxima de recursos da entidade para o
seu pagamento.
c) adquirido à vista pela entidade.
d) controlado pela entidade e do qual se espera que resultem benefícios
econômicos futuros.
e) que não pode ser distribuído aos proprietários da entidade como restituição
do capital.

29- (FCC / SEFAZ-PI – Analista do Tesouro Estadual / 2015) Considere


as seguintes informações:
- A Cia. Gama produz equipamentos especiais para revenda, cujo prazo de
produção é 18 meses.
- A Cia. Beta adquiriu equipamentos para revenda, sendo que o prazo médio de
estocagem até a venda é de 90 dias.
- A Cia. Industrial adquiriu equipamentos para utilizá-los em seu processo
produtivo.
- A Cia. Alfa adquiriu o direito de usar a marca da Cia. Gama por 10 anos.
Os equipamentos no Balanço Patrimonial da Cia. Gama, da Cia. Beta e da Cia.
Industrial e o direito adquirido no Balanço Patrimonial da Cia. Alfa foram
classificados, respectivamente, no ativo
a) circulante, não circulante, não circulante e não circulante.
b) circulante, circulante, não circulante e não circulante.
c) não circulante, circulante, não circulante e circulante.
d) circulante, circulante, não circulante e circulante.
e) não circulante, circulante, não circulante e não circulante.

30- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas / 2009) A empresa


Capital Ltda. aumentou seu capital em R$ 200.000,00. A sociedade é formada

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por 4 sócios, cada um com 25%. Dois sócios fizeram a transferência dos
recursos no ato da reunião da diretoria e os demais acordaram em transferir os
recursos em dois meses. A conta em que ficará registrado o direito da empresa
em receber esses recursos é Capital Social a
a) Autorizar.
b) Capitalizar.
c) Receber.
d) Integralizar.
e) Subscrever.

31- (FCC / METRÔ-SP - Administração de Empresas / 2014) Em


01/10/2012 uma empresa recebeu R$ 24.000,00 de um cliente para a entrega
de mercadorias até 30/09/2013. A empresa entregou, até 31/12/2012,
mercadorias que correspondiam a 40% do total negociado. O valor da Receita
de Vendas apresentado na Demonstração do Resultado do ano de 2012
correspondente a esta operação foi, em reais,
a) 9.600,00.
b) 6.000,00.
c) 0,00.
d) 24.000,00.
e) 12.000,00.

32- (FCC / TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Contabilidade


/ 2011) O patrimônio líquido de uma entidade com fins lucrativos é modificado
quantitativamente quando
a) os sócios subscrevem o capital.
b) há transferência do resultado do exercício para a conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados.
c) ela adquire móveis e utensílios, metade à vista e metade a prazo.
d) ocorre uma venda de mercadorias com prejuízo.
e) uma dívida de longo prazo é quitada com pagamento à vista.

33- (FCC / SEFAZ-SP - Agente Fiscal de Rendas / 2009) A empresa Inova


S.A. realizou aumento de capital para entrada de um novo sócio que alugava o
prédio da sede para a empresa. O valor do aumento de capital foi de R$
1.100.000 sendo R$ 1.000.000 integralizado com o imóvel e o restante em
dinheiro. Esse evento tem como consequência um lançamento de

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a) crédito em Capital Social.
b) débito no Patrimônio Líquido.
c) crédito em Compensação.
d) débito no Intangível.
e) crédito no Disponível.

34- (FCC / TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção


Governamental / 2010) Em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do
Ativo e do Passivo, em decorrência de avaliações a preço de mercado que não
foram computadas no resultado do exercício, deverão ser classificadas como
a) Reservas de Reavaliação no Patrimônio Líquido.
b) Reservas de Lucros no Patrimônio Líquido.
c) Ajuste de Avaliação Patrimonial no Ativo Circulante.
d) Ajuste de Avaliação Patrimonial no Patrimônio Líquido.
e) Redutora no Ativo e ou Passivo não Circulante.

35- (FCC / TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção


Governamental / 2010) O pagamento de um empréstimo com juros por
atraso gera um fato contábil
a) misto diminutivo.
b) misto aumentativo.
c) modificativo aumentativo.
d) permutativo.
e) modificativo diminutivo.

36- (FCC / Sergipe Gás S.A. - Contador / 2010) O aumento do Capital


Social com saldos de Reservas de Lucros é um fato
a) permutativo.
b) modificativo aumentativo.
c) modificativo diminutivo.
d) misto aumentativo.
e) misto diminutivo.

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11. Gabarito

1 A 10 D 19 A 28 D
2 E 11 A 20 B 29 B
3 E 12 D 21 E 30 D
4 D 13 A 22 C 31 A
5 B 14 B 23 A 32 D
6 D 15 C 24 B 33 A
7 C 16 E 25 B 34 D
8 A 17 E 26 C 35 A
9 E 18 E 27 B 36 A

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