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I. INTRODUÇÃO
O mundo vive uma fase de intensa competitividade, facto que torna cada vez mais difícil para os
gestores sobreviverem nesse mercado competitivo. E para manter as organizações no mercado é necessário
que haja um planeamento eficiente. A Contabilidade é um instrumento de gestão e de controlo
importantíssimo para a sobrevivência de uma empresa e demonstra por meio de seus relatórios em qualquer
período a situação real de uma empresa. Pode-se dizer que a Contabilidade é um provedor de informações
para o planeamento e controlo de gestão financeira e patrimonial de qualquer empresa. Além de necessária,
ela é obrigatória conforme o previsto no Artigo 31º do Código Comercial Angolano.
Conceito
“Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controlo e de registo
relativas à administração económica”.
Contabilidade é uma ciência que tem como finalidade registar, colectar, resumir, informar e
interpretar dados e fenómenos que afectam as situações patrimonial, financeira e económica de qualquer
entidade. Tem três requisitos para ser ciência: o campo de actuação que são as entidades; o objecto de
estudo que é o património; e o método das partidas dobradas.
Origem da Contabilidade
Produzir, contar e trocar são actos próprios de natureza humana. Desde antiguidade, o homem foi um
agente produtor e transformador da natureza, assim, foi obrigado a resolver o problema da contagem que,
tão cedo se apercebeu das vantagens da troca. Com a limitada capacidade de sua memória, sentiu a
necessidade de tomar nota ou registar os factos relacionados com a sua actividade; devido a necessidade de
controlar os seus bens, que naquela época eram os rebanhos, os metais, as ferramentas de trabalho e tudo o
que ia surgindo de sua necessidade. Deste conjunto de actividades, faculdades e sentimentos, nasceu
espontaneamente a Contabilidade.
A Contabilidade é uma das ciências mais antigas, existe desde os tempos primórdios. Suponha-se que
tenha surgido com as primeiras manifestações do homem. Para Iudícibus (1997, p. 30) “Alguns historiadores
fazem remontar os primeiros sinais objectivos da existência de contas aproximadamente há 4 000 anos
A.C”. A Contabilidade surgiu juntamente com o pensamento económico, com o objectivo de registar os
factos relacionados com a riqueza, embora de forma simples e não sistematizada.
Evolução histórica
A história da humanidade, nos mostra que é preciso entender o passado para compreender o presente
e caminhar para o futuro. Ao longo dos anos, a Contabilidade evoluiu a partir da evolução da humanidade,
sua história nos mostra que desde a pré-história os homens já tinham preocupação com o controlo e registo
de suas riquezas. Conforme foi evoluindo a humanidade a Contabilidade foi evoluindo também. Ela teve
vários períodos importantes, tendo cada um, factos marcantes, como a publicação da obra de Frei Luca
Pacioli (método das partidas dobradas). A Contabilidade teve vários períodos importantes que são:
Período Antigo ou Empírico que iniciou com a civilização do homem e vai até 1202 da E.C.
Conforme Drummond (1995, p. 75) “A Contabilidade empírica, praticada pelo homem primitivo, já tinha
como objecto o Património, representado pelos rebanhos e outros bens em seus aspectos quantitativos”. Esse
período também foi chamado de “Época Empírica”, que se caracterizou pela ausência de sistematização de
registos e de estudos de natureza científica e metodológica. Na antiguidade já existiam as trocas de bens e
serviços e os registos sobre os factos eram feitos de forma rudimentar em placas de madeiras, ramos de
árvores, pedaços de ossos, pedra e argila, dentre outros materiais.
A contagem era o método adoptado para o controlo dos bens, todo o processo era feito na memória
onde utilizavam as figuras, desenhos e imagens para identificar o património existente. Portanto, nota-se que
neste período a Contabilidade consistia em simples anotações a fim de se evitar os lapsos de memória, como
relatórios de troca de bens e serviços. Posteriormente, os registos combinavam as figuras com as
numerações. Gravava-se a cara do animal cuja existência se queria controlar e o número correspondente às
cabeças existentes. Portanto, o desenvolvimento do período Antigo ou Empírico foi o grande responsável
pela evolução do património.
O Período Medieval foi outro importante período da Contabilidade. De 1202 da E.C. até 1494.
Conforme Drummond (1995, p. 76) “Foi um período importante na história do mundo, especialmente na
história da Contabilidade, denominado E.C”. Estudava-se, na época, técnicas matemáticas, câmbios, pesos e
medidas, tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros. O comércio exterior
incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, conforme a necessidade daquela época o livro-
caixa, que fazia registos de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizava (de forma antiga) o
débito o crédito, que se originou das relações entre direitos e obrigações.
O Período Moderno, também foi outro período importante da Contabilidade sendo a fase da pré-
ciência, acontecimentos importantes foram marcados como a publicação do livro de Frei Luca Pacioli,
Segundo Iudícibus (1997, p. 41) “Luca Pacioli publica, em Veneza, a Summa de Arithmetica Geometria,
Proportioni et Proportionalità (colecção de conhecimentos de Aritmética, Geometria, proporção e
proporcionalidade), na qual se distingue, para a história da Contabilidade o “Particulario de computies et
Scripturis” é um tratado sobre a contabilidade. Nesta secção do livro, Pacioli foi o primeiro a divulgar a
Contabilidade de dupla entrada, conhecida por método veneziano (“el modo de Vinegia”) ou “método das
partidas dobradas”. Por esse facto foi considerado o Pai da Contabilidade Moderna.
Funções da Contabilidade
As principais funções são:
- Registo: os factos verificados na empresa devem ser registados em suporte apropriado.
- Avaliação: através dos factos registados pode avaliar-se os lucros ou prejuízos obtidos, fazendo a
comparação entre os custos e perdas, proveitos e ganhos da empresa.
- Análise: reflectindo sobre as razões que justificam os valores obtidos anteriormente, pode-se corrigir os
erros e melhorar os resultados.
- Controlo: a análise dos factos que foram registados, permite verificar se a empresa se encontra ou não
próxima dos objectivos propostos.
- Previsão: a análise realizada permite prever a evolução futura da empresa a partir dos factos ocorridos.
- A Alta Administração das entidades que têm acesso a todas as informações contabilísticas de qualquer
nível;
- Os gestores das divisões e de unidades de negócio que normalmente têm acesso às informações das
receitas e das despesas de suas áreas, bem como dos investimentos pelos quais são responsáveis;
- Os gerentes departamentais e chefes de sectores que normalmente têm acesso às informações dos gastos do
seu sector, para fins de controlo e de orçamento;
- Empregados com actuação em determinadas funções baseadas em dados gerados pelas informações
contabilísticas (sector de facturação, custos, engenharia, etc.).
- Trabalhadores e seus grupos representativos (sindicato, associações profissionais, etc.), estão interessados
não só na informação acerca da estabilidade e rentabilidade das entidades patronais, como também na
informação que lhes permita avaliar a capacidade da empresa em proporcionar remunerações, pensões de
reforma e oportunidades de emprego.
b) Usuários Externos
Os principais usuários externos são:
- Investidores, são os proprietários da empresa, os sócios e accionistas, e os detentores de títulos emitidos
pela empresa, se interessam em avaliar o retorno do investimento, auxiliar a tomada de decisões (comprar,
deter ou vender) e determinar a capacidade da empresa de pagar dividendos;
- Investidores potenciais e analistas de investimentos, buscar saber o valor das acções da empresa, está
avaliado e se há perspectivas futuras para a empresa;
- Instituições financeiras necessitam conhecer a real situação económica e financeira da empresa,
verificando o grau de endividamento e a sua capacidade de pagar as dívidas contraídas, e para avaliar a
concessão de créditos;
- Financiadores, estão interessados em informação que lhes possibilite determinar a capacidade da entidade
em solver, dentro do prazo, os compromissos de empréstimos e juros com eles assumidos;
- Fornecedores, estão interessados em informação sobre o desempenho das operações, para manter o fluxo
regular das entradas e da capacidade de saldar suas dívidas, nas respectivas datas de vencimento;
- Clientes, estão interessados na saúde económica e financeira e na continuidade da empresa, especialmente
quando têm com ela envolvimento a longo prazo, quando estão dependentes dela, ou quando lhes fizeram
adiantamentos significativos;
- Concorrentes, têm interesse especial nas demonstrações publicadas, elas podem dar bons indicativos da
estrutura de activos, de capital, etc.
- Governo e seus departamentos estão interessados em avaliar a capacidade de alocação de recursos,
regulamentar a actividade das entidades, estabelecer políticas de tributação e servir de base ao apuramento
do Rendimento Nacional e de estatísticas semelhantes;
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- Público, ajudando a avaliar a utilidade da entidade em diversos níveis, como por exemplo a capacidade de
emprego e de desenvolvimento de negócios como cliente.
Principais funções:
- Relatar exactamente os factos económicos;
- Responsabilizar os participantes da ocorrência relatada através da sua assinatura.
Divisão da Contabilidade
Contabilidade Geral, Externa ou Financeira regista as operações da empresa com exterior, que
fornece informações sobre a situação económico-financeira (regista factos patrimoniais que fazem prova
perante terceiros; permite conhecer em qualquer altura a situação patrimonial da empresa; dá a conhecer o
resultado obtido com a exploração de análise económica e financeira).
país, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando
configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade.
Então, se já optaste pelo curso de Ciências Sociais, saiba que, como tantos outros cursos, há um
leque de opções no ramo da Contabilidade. Após a conclusão do curso e feito seu registo na OCPCA
(Ordem de Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola), pode-se actuar em vários cargos dentre a
área privada ou pública. Abaixo seguem os principais cargos de atuação:
Contabilista ;
Gestor;
Auditor interno e externo;
Revisor de contas;
Perito contabilista;
Diretor Financeiro e ou administrativo;
Professor, conferencista, investigador;
Consultor;
Analista financeiro;
Dentre outros.
2- DINÂMICA PATRIMONIAL
O Património
Noção
Património é um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa.
Os bens são elementos corpóreos, os direitos e obrigações são elementos incorpóreos, mas quer uns quer
outros, têm de ter um determinado valor, expresso em unidades monetárias.
- Bens é tudo aquilo que uma empresa possui, seja para uso, troca ou consumo. Pode ser bens corpóreos
(tangíveis), e bens incorpóreos (intangíveis). Ex: dinheiro em caixa, mercadorias, móveis, imóveis, marcas e
patentes, etc.
- Direitos são os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes ou futuros. È o
poder de exigir alguma coisa. Ex: clientes, valores em banco.
- Obrigações são dívidas, valores a serem pagos a terceiros. Ex: fornecedores, Salários a pagar,
empréstimos bancários, impostos a pagar, etc.
Classificação
O Património pode ser:
Individual – se for propriedade de um indivíduo;
Social – se for propriedade de uma colectividade;
Nacional – se for património de uma nação.
Massas patrimoniais
Massas gerais
Os elementos patrimoniais podem ser unidos em grupos que desempenham a mesma função económica
ou financeira, constituindo verdadeiras massas patrimoniais.
Os bens e direitos constituem valores positivos do património, as obrigações são valores negativos desse
património.
Os valores positivos, constituídos pelos bens e direitos, que concretizam uma vontade de acção
económica para prossecução dos objectivos propostos, a esse conjunto se designa por Activo, e o grupo dos
valores negativos constituídos pelas obrigações, a esse conjunto se designa por Passivo.
A diferença entre o Activo e o Passivo é designado por Situação Líquida, que é a expressão monetária
do valor do património.
Massas Parciais
As massas gerais (Activo, Passivo e Sit. Líquida) estão divididas em sub-grupos ou seja, em massas
parciais.
Assim para o Activo temos as seguintes massas parciais:
1- Activo Fixo – corresponde as imobilizações destinadas a assegurar e auxiliar o funcionamento da
empresa.
2- Activo Corrente – consiste fundamentalmente na compra e venda de mercadorias, isto é, na
transformação de disponibilidades em existências, em créditos e vice-versa.
Activo Disponível = as disponibilidades (os valores e caixa e depósitos em banco). AD =
Caixa + D. Banco
Activo Realizável = as existências e os créditos. AR = E+C
Activo Corrente = a soma de activo disponível + activo realizável. Isto é, Activo Corrente =
AD+AR; ou AC = (Caixa + Banco) + (E+C)
Débitos (exigíveis) a curto prazo – classe que inclui as dívidas a pagar (no prazo inferior a 1 ano) a
fornecedores e outros.
Débitos (exigíveis) a médio ou longo prazo – classe que inclui as dividas a pagar (no prazo superior a
1 ano), podemos aqui considerar os empréstimos obtidos, etc.
Capital próprio e as reservas – classe que inclui o valor inicial do património e os lucros retidos de
anos anteriores.
FICHA DE TARABALHO Nº 1
Elementos Patrimoniais Valor
Clientes 5.000,00
Caixa 15.000,00
Mercadorias 150.000,00
Banco 19.000,00
Fornecedores 23.000,00
Empréstimos Obtidos 13.000,00
Calcula.
A) Activo Corrente
AC = AD+AR
AD=C+B e AR=C+E
FICHA DE TARABALHO Nº 2
Relação dos elementos patrimoniais da empresa “Começo 2020, Lda”, em Janeiro de 2020:
Dinheiro em cofre-------------------------250.000,00
Empréstimo odtido no BFA……….4.100.000,00
Dívida á York……………………...1.500.000,00
100 Saias “escosses” ……………….. 180.000,00
Balcões………………………..……1.000.000,00
Cheque em caixa………………………70.000,00
100 Camisolas “FOFA”……………....350.000,00
Depósito à ordem no BPC………...….320.000,00
50 Casacos “LONG”……………...….400.000,00
Dívida à Confecções Europa…………720.000,00
100 Blusas “XADREZ”……………...350.000,00
200 Calças “BABARDINE”…………420.000,00
Edifício……………………… …....3.800.000,00
Dívida de J. Reis………………………97.000,00
200 Calças “SACCOROSA”………1.380.000,00
Dívida de A. Amaral…………………120.000,00
Máquina registadora……………….….30.000,00
Mobiliário de escritório………..…….440.000,00
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Pretende-se:
1- Preencher o quadro seguinte, assinalando com um x a natureza de cada elemento patrimonial.
2- Achar o valor do Activo e do Passivo.
3- Achar o valor do património.
Dinheiro em cofre
Empréstimo odtido no BFA
Dívida á York
100 Saias “escosses”
Balcões
Cheque em caixa
100 Camisolas “FOFA”
Depósito à ordem no BPC
50 Casacos “LONG”
Dívida à Confecções Europa
100 Blusas “XADREZ”
200 Calças “BABARDINE”
Edifício
Dívida de J. Reis
200 Calças “SACCOROSA”
Dívida de A. Amaral
Máquina registadora
Mobiliário de escritório
Total
FICHA DE TRABALHO Nº 3
Património da Sociedade Comercial, Lda., em 30 de Março de 2002, comerciante de bens
alimentares, era constituído pelos seguintes elementos (valores em milhares):
Elementos Patrimoniais Valores Bens Direitos Obrigações Activo Passivo
Carrinha Peugeot 200,00
Dinheiro em caixa 150,00
Dívida à Triunfo 200,00
Utensílios 170,00
Depósito à Ordem no BAI 300,00
Dívida do cliente J. Santos 350,00
100 Sacos de arroz 400,00
Armazém 50,00
Vales 180,00
Mobiliário de escritório 230,00
Dívida à Vinul 150,00
Depósito a prazo no BCI 250,00
50 Sacos de açúcar 450,00
Pretende-se:
1. Preenchimento do Quadro, assinalando co um X a natureza de cada um dos elementos
patrimoniais.
2. Determinar o valor do activo e do Passivo.
3. Calcular o Valor do Património.
O Inventário
Noção
O Inventário é a relação escrita dos elementos patrimoniais concretos, com a indicação das suas
quantidades, preços e volores em determinado monento.
Classificação
O Inventário pode ser classificado de diversas maneiras conforme abaixo descrito:
apurados. Com aplicação deste sistema não é possível o acompanhamento de todo o movimento de produtos
em armazém.
- Sistema de Inventário permanente: consiste na movimentação da conta mercadoria em todas as
operações ao preço do custo. O saldo apresenta o custo das existências em armazém.
O sistema de inventário permanente só controla as mercadorias das empresas comerciais, ou seja, os
bens adquiridos para venda, sem transformaçãointerna na empresa.
Quanto a ordenaçõa:
- Inventário simples ou corrido – quando os seus elementos se apresentam indiscriminadamente, sem a
menor preocupação de ordem ou selecção.
- Inventário classificado ou selectivo – quando os seus elementos activos e passivos aparecem separados e
agrupados nas respectivas contas, obedecendo uma ordem.
ACTIVO VALOR
Um frigorífico 250,00
Dívida de:
2 Secretárias 2.120,00
2 Sofás 480,00
PASSIVO
Dívidas à:
ACTIVO
11 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
- Edifícios 134.000,00
- Viatura 31.200,00
Equip. Administrativo
- Um frigorífico 250,00
- 2 Secretárias 2.120,00
- 4 Cadeiras 710,00
- 2 Sofás 480,00
26 Mercadorias
3.960,00
- 2 Máquinas de escrever
5.260,00
1.300,00
- 4 Máquinas calculadoras
31 Clientes
9.030,00
- CA
26.780,00
17.750,00
- CB
Disponível
37.450,00
43 Depósito a Ordem
37.950,00
500,00
45 Caixa
240.700,00
TOTAL DO ACTIVO
PASSIVO
32 Fornecedores
- AF 7.160,00
- FB 2.090,00
33 Empréstimos Bancários
O Balanço
Noção e Classificação
O Balanço é uma demonstração contabilística destinada a evidenciar, quantitativamente e
qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira de uma entidade.
- Activo: Recursos (bens e direitos) controlados por uma entidade como resultado de acontecimentos
passados e dos económicos futuros. Estes recursos posem dividir-se em duas categorias principais:
a) Activo não corrente, que se espera que permaneçam na posse da entidade por um período superior a
um ano.
b) Activo Corrente: que se espera que permaneçam na posse da entidade por um período até umano.
Classificação
O Balanço pode ser representado na forma horizontal e vertical, podendo ainda, ser simples,
sintético, analítico.
- Horizontal – o primeiro membro aparece do lado esquerdo, o segundo membro vem do lado direito.
Activo Cap. Próp. e Passivo
1º Membro 2º Membro
Aplicações Origens
1º Membro - Aplicações
2º Membro – Origens
- Balanço sintético: é aquele em que o grau de pormenorização é mínimo. O mais sintético dos balanços é
o que nos dá apenas a conhecer os valores totais do activo, do capital próprio e do passivo.
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- Balnço analítico: quando as contas que o compõem são dispostas segundo uma certa ordem, dependente
das suas características, natureza ou função.
Representação gráfica
ACTIVO CORRENTE
Existências………………………………………. 8 - -
Contas a Receber………………………………. 9 -
Disponibilidades…………………………………. 10
Outros Activo Corrente………………………….. 11
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE - -
TOTAL DO ACTIVO - -
PASSIVO CORRENTE
Contas a Pagar………………………………… 19
Empréstimo a Curto Prazo……………………. 20
Outros Passivos Correntes…………………… 21 -
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE - -
TOTAL CAPITAL PROPRIO E PASSIVO - -
Exercício de aplicação
A Conta
Classificação
Em qualquer conta se considera os seus aspectos quantitativos e qualitativos, ou seja, a sua compreensão e
extensão.
- Compreensão
A compreensão de uma conta é determinada pelas características comuns e específicas dos elementos
nela agrupados, devendo ser evidenciada, claramente possível, pelo Título dessa conta. Por exemplo, o título
“Mercadorias”, diz-nos que se agrupam nesta conta todos os bens que o comércio para revenda.
A compreensão das contas define-se uma única vez, não devendo alterar-se para que as contas se
possam distinguir umas das outras pelo seu título.
- Extensão
Entende-se por extensão, o valor da conta expressa em unidades monetárias. Este valor aumenta e
diminui conforme as operações e acontecimentos da vida da empresa, ou seja, com os factos patrimoniais,
observe o exemplo:
Mercadorias Compreensão
250.000.00
Extensão
Em conformidade com a natureza dos elementos que constituem o património, as contas poder-se-ão
classificar em:
- Contas do Activo
- Contas do Passivo
Nota: Dizemos que as contas de resultados provocam variações patrimoniais porque as receitas geram
lucros que aumentam o património líquido e as despesas, geram prejuízos que diminuem o património
líquido.
Contas do Activo
Contas do Passivo
- Provisões do Exercício
3- Representação Gráfica
Extensão Extensão
Sendo o património da empresa composto por bens, direitos e obrigações organizados em subgrupos
de elementos com características comuns (contas) e agrupadas em massas patrimoniais, o conhecimento das
de movimentação destas cartas, é tão importante para uma clara e credível informação de situação
económica e financeira da empresa.
Ex:
D Conta do Activo C
As contas do Activo são debitadas pela sua extensão inicial e pelos aumentos de extensão e
creditadas pelas diminuições de extensão.
D Conta de Passivo C
As contas do Passivo são debitadas pelas diminuições de extensão e creditadas pela extensão inicial
e pelos aumentos de extensão.
Ex:
D Conta do Custo C
5- Requisitos fundamentais
- Homogeneidade: A conta só deve conter elementos que tenham as características que ela define,
exemplo: A dívida de um cliente à empresa, nunca poderá ser registada numa conta que não indique
uma dívida a receber.
- Integralidade: Todos elementos que tenham a mesma característica devem estar incluídos na mesma
conta. Exemplo: A conta Mercadorias, deverá incluir todos os tipos de mercadorias transaccionadas
pela empresa.