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Tutor:
Introdução...................................................................................................................................4
Considerações finais...................................................................................................................9
Referências bibliográficas.........................................................................................................10
Introdução
Assim a Contabilidade que era vista apenas como um sistema de informações tributárias, que
servia somente como uma obrigação da empresa em apurar e recolher impostos, já é vista
também como um instrumento gerencial, que fornece informações através da análise das
demonstrações aos administradores, accionistas, investidores e demais stakeholders.
O estudo é composto por cinco capítulos que abrangem o tema de forma delimitada e
coerente. No primeiro capítulo temos uma breve introdução da pesquisa, onde descreve-se em
linhas gerais o estado da arte do tema do estudo, metodologias do trabalho bem como o seu,
objectivo. No segundo capítulo tem-se como foco a revisão da literatura sobre a gestão
estratégica.
No terceiro capítulo, descrevemos as Conclusões tiradas do trabalho. E por fim, no último
capítulo temos referencias bibliográficas das obras por nos consultadas.
Iudícibus (2000, p. 29) descreve que a contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem
pensante. Historiadores remontam os primeiros sinais da existência de contas
aproximadamente a 4000 anos a.c. Entretanto, talvez antes disto o homem primitivo, ao
inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao
contar suas ânforas de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de contabilidade.
I. Mundo Antigo: dos primórdios da história até o ano de 1202 da era cristã;
Iudícibus e Marion (2002) afirmam que o desenvolvimento da Contabilidade foi muito lento
ao longo dos séculos. Chamam a primeira etapa de fase empírica da Contabilidade, durante a
qual foram utilizados desenhos, figuras e imagens para identificar o património. Como
ciência, propriamente dita, chegou apenas no início do século XIX. “Em 1836, a Academia de
Ciências da França adotou a Contabilidade como ciência social, e assim também entenderam
grandes pensadores modernos de nossa disciplina, [...]” (Sá, 2002, p. 41-2).
Para Lopes de Sá (1997, p. 12) “a escrituração contábil nasceu antes mesmo que a escrita
comum aparecesse, ou seja, o registro da riqueza antecedeu aos demais, como comprovam os
estudos realizados sobre a questão, na antiga Suméria”. Quando se adentra na história da
contabilidade, quatro mil anos a.C., aproximadamente, em uma época em que não havia
moeda, escrita formal e até os números, observa-se o homem pastor, executando uma
contabilidade rudimentar, tentando reflectir quanto aumentou seu rebanho de um inverno para
o outro, comparando o número de pedrinhas entre os dois períodos.
II. Sistematização: de 1202, por causa da formação do processo das partidas dobradas, até o
ano de 1494;
Existem muitas hipóteses sobre o nascimento da técnica das partidas dobradas e a primeira
delas vem de tempos remotos e é apenas citada como uma primeira intenção da idéia. Schmidt
(2000) relata que em sítios arqueológicos localizados em Israel, Síria, Iraque, Turquia e Irã
foram encontradas, datadas de 8.000 a 3.000 a.C., fichas de barro, com os mais variados
formatos, incisões e perfurações, listando na maioria das vezes rebanhos de carneiro.
Melis (como citado em Sá, 1997), considera ter ocorrido o nascimento das partidas dobradas
na região de Toscana, na Itália, entre os anos 1250 e 1280 da era cristã. Schmidt (2000)
aponta dois grandes motivos que podem ter sido propulsores das partidas dobradas: o
desenvolvimento económico de alguns centros comerciais da Itália, como Veneza, Gênova e
Florença e o início da tecnologia de impressão de livros na Alemanha bem como sua rápida
dispersão pelos grandes centros comerciais da Europa, principalmente o norte da Itália.
Melis (como citado Sá, 1997, p. 36) entende que a obra de Leonardo Fibonacci é
“demarcatória de um período da História da Contabilidade não só porque é uma literatura
mercantil e de cálculos aplicados ao comércio, [...] mas também porque a atmosfera da época
já era a do aparecimento da partida dobrada”.
III. Literatura: de 1494, com a publicação da obra de Luca Pacioli, até 1840;
Segundo Schmidt (2000), alguns historiadores consideram que a Contabilidade passou por um
longo período de estagnação causado, principalmente, pela publicação do trabalho de Paciolo.
Após a publicação de La Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá a
Contabilidade viveu uma evolução sem precedentes, no entanto, um certo tempo foi
necessário para que o mundo contábil conseguisse se adaptar a essa realidade..
A partir do século XVI, período já considerado para o estudo da Contabilidade como pré-
científico, é importante ressaltar a obra do monge beneditino Ângelo Pietra, Indirizzo degli
economi, publicada em 1586, na qual percebe-se a preocupação do autor em não apenas expor
como o registro dos fatos deveria ser feito, mas também em buscar as razões dos conceitos. É
reconhecido como o precursor do Contismo que é a primeira corrente de pensamentos
contábeis. (Schmidt, 2000)
IV. Científico: de 1840, com a obra de Francesco Villa, até os dias atuais.
Segundo Ferreira, Caldeira, Asseiceiro, Vieira & Vicente (2014), além da informação base, a
contabilidade de custos possibilitou os primeiros cálculos para a optimização dos recursos
utilizados e consequente redução de custos. Para os autores, esta vertente da contabilidade
começou a fornecer informação sobre os rendimentos por departamentos, centros, ou fases de
fabricação, e ainda a rendibilidade por produtos, por canais de distribuição ou mesmo por
áreas geográficas ou clientes, através do conhecimento dos custos próprios e da sua
comparação com os preços de venda.
Segundo Drury (2018), a contabilidade de gestão surgiu no século XVII, com a revolução
industrial (1775-1880). Nessa altura, devido ao aparecimento de grandes fábricas, deu-se
início à utilização de novas técnicas de contabilidade. Ao longo dos anos essas técnicas
foram-se ajustando às circunstâncias que foram surgindo. Inicialmente, as empresas
compravam matérias-primas outrora transformadas. Actualmente, adquirem-nas sem qualquer
alteração, aplicando-lhes as modificações necessárias para obtenção do produto final (Ferreira
et al., 2019).
Considerações finais
Podemos concluir então, que as organizações precisam de um controle contínuo sobre todas
as suas operações. Tanto as empresas de grande, como de médio e pequeno porte, pois uma
organização, independente de tamanho ou ramo de actividade, necessita de controles para
orientar o processo de gestão. Portanto, o conhecimento da Contabilidade, de seus
instrumentos contábeis e as diversas formas de analisá-los e extrair as informações para
auxiliar nesses controles, passa a ser um diferencial competitivo, orientando o processo
decisório, de acordo com a missão e a visão estabelecida, para a optimização do resultado
económico.
Referências bibliográficas
Crepaldi, S. A. (2002). Contabilidade gerencial: teoria e prática. (2ª. ed.). São Paulo: Atlas.
Drury, C. (2018). Management and cost accounting. (10ª ed.). Cengage Learning EMEA.
Ferreira, D., Caldeira, C., Asseiceiro, J., Vieira, J., & Vicente, C. (2019). Contabilidade de
gestão estratégica de custos e de resultados (2ª ed.). Rei dos Livros.
Ferreira, D., Caldeira, C., Asseiceiro, J., Vieira, J., & Vicente, C. (2014). Contabilidade de
Gestão - Estratégia de Custos e de Resultados. Rei dos Livros.