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da contabilidade
Prof. José Américo Pereira Antunes
Objetivos
Módulo 1 Módulo 2
Módulo 3
Construção teórica da
contabilidade
Objetivos da contabilidade
Embora existam evidências de registros contábeis rudimentares datados de
milhares de anos atrás, o marco zero da história da contabilidade é usualmente
definido em algum ponto da Idade Média.
Reconhecimento
Tradução do evento econômico para linguagem binária universal.
Mensuração
Atribuição de valores aos eventos econômicos traduzidos.
Evidenciação
Comunicação desses eventos por meio de demonstrações padronizadas.
Reconhecimento expand_more
Mensuração expand_more
Evidenciação expand_more
O início
Embora qualquer tipo de atividade seja um objeto em potencial da ciência
contábil, uma vez que as etapas de reconhecer, mensurar e evidenciar não se
limitam a atividades econômicas tradicionais, a história da contabilidade é uma
história de avanços e consolidações, em linha com os avanços da atividade
econômica. E essa história não começa com a atividade comercial e industrial da
era moderna. Sempre que os assuntos econômicos progrediram além das
condições mais básicas de produção e troca, surgiram sistemas de registro e
formalização de transações baseados em contas.
Pacioli esclarece ainda no livro que não foi o inventor da dupla entrada,
afirmando que ele apenas descrevia o método usado em Veneza há mais de 200
anos. A descrição do método feita por Pacioli é considerada muito clara pelos
teóricos da contabilidade (SIDEBOTHAM et al., 1970). No capítulo 34 da Summa,
ele afirma que nunca deve ser uma quantia entrada em crédito que também não
seja entrada no mesmo montante em débito.
Saiba mais
Os registros contábeis da Idade Média, embora simples, já estabeleciam a
separação entre os registros da entidade e o dos proprietários, um embrião do
que viria a ser o patrimônio líquido e o posterior princípio da entidade.
De acordo com Sidebotham et al. (1970), uma cópia do balanço de cada agência
era enviada todos os anos à Florença e estava sujeita à auditoria, sobretudo
quanto ao controle de vencimentos das operações de crédito e dos créditos
duvidosos. As contas utilizadas pelos Medici continham provisões para salários,
dívidas incobráveis e contingências, e essas provisões podiam ser usadas para
corrigir lucros de exercícios anteriores.
Banco Medici
O Banco Medici, desde a sua criação em 1397 e até sua derrocada em 1494, foi
uma das instituições mais prósperas e respeitadas da Europa. Além da
realização de negócios bancários consideráveis, em Florença e em outras
cidades italianas – e em grandes centros comerciais no exterior, por meio de
filiais –, o banco operava vários estabelecimentos industriais, sobretudo
têxteis.
A estrutura societária adotada pelos Medici não era diferente em essência das
holdings modernas e suas subsidiárias. Nesse ambiente, cada filial e cada
fábrica eram uma entidade separada, com parceiros, capital e contas
separados, embora a família Medici tivesse um controle acionário em cada
uma delas.
O Banco Medici foi uma das primeiras entidades a utilizar o método das
partidas dobradas utilizando débitos e créditos. Qualquer outro sistema mais
simples teria sido inadequado para o alcance, volume e complexidade de suas
transações.
A Revolução Industrial
No fim do século XIX, impulsionada pelo advento das máquinas a vapor, a
Revolução Industrial representou novo impulso ao desenvolvimento da
contabilidade. O crescimento das unidades fabris, antes compostas de um líder e
meia dúzia de empregados, para fábricas imensas, com centenas de operários,
exigiu um outro tipo de abordagem contábil. Dessa vez, voltada para a
contabilidade industrial, controle de estoques, custos de produção, embrião do
que viria a ser a contabilidade de custos.
Crises
O crash de 1929
No início do século XX, os principais desenvolvimentos na contabilidade
financeira surgiram nos Estados Unidos, cujo poderio econômico crescia
rapidamente. Segundo Scott (2015), a introdução do imposto de renda
corporativo nos Estados Unidos, em 1909, deu grande impulso à mensuração do
lucro e, em consequência, motivou o surgimento de novos conceitos que
permitiam deduções do lucro, como a depreciação do capital fixo. Contudo, a
contabilidade ainda era uma atividade bastante desregulamentada, permitindo
toda a sorte de manipulações e superveniência de ativos. Uma das práticas mais
criticadas da época eram as frequentes reavaliações de ativos fixos, que levavam
a superestimações do imobilizado, as quais forneceram o combustível para o
excesso de valorização da Bolsa de Valores, descolado da realidade.
A Lei Sarbanes-Oxley, aprovada pelo Congresso dos EUA em 2002, foi a resposta
mais objetiva à crise. Essa lei é abrangente, destinada a regular a atividade de
auditoria e ampliar o alcance da governança corporativa, minimizando a chance
de novas fraudes acontecerem. A criação do Comitê de Auditoria é consequência
da Lei Sarbanes-Oxley, assim como a criação do Public Company Accounting
Oversight Board (PCAOB), agência com mandato para estabelecer padrões de
auditoria e inspecionar e disciplinar auditores de empresas listadas em bolsa.
Outras disposições da Lei Sarbanes-Oxley vão de encontro a fragilidades que
permitiram o surgimento de casos de fraudes contábeis, como da Enron Corp:
Esse artifício foi utilizado exaustivamente no caso Enron Corp. Por meio dessas
empresas, a Enron contratava empréstimos no sistema financeiro e transferia
esses recursos para a empresa, mantendo as dívidas isoladas nas SPE. Como
não havia consolidação, a maior parte dos passivos da Enron não aparecia e a
empresa era tida como saudável. Quando, por determinação da SEC, a Enron
consolidou todas as SPE, a realidade foi desmascarada e a empresa mostrou-se
insolvente.
Cerca de dez anos depois, o mesmo artifício foi usado por vários bancos norte-
americanos para alavancar suas posições em hipotecas. Bancos são entidades
altamente reguladas. Submetidos aos denominados Acordos de Capital, também
conhecidos como Acordos de Basileia, devem respeitar limites mínimos de
patrimônio para operar no mercado financeiro. Tais limites relacionam os ativos
de risco da instituição ao seu patrimônio líquido. Dessa forma, há um limite
mínimo de alavancagem que deve ser respeitado. Diferentemente de empresas de
outros segmentos econômicos, bancos não podem alavancar
indiscriminadamente, pois, para cada adicional de risco registrado no ativo, é
necessária uma contrapartida na forma de capital.
As SPE, por sua vez, eram financiadas com passivos de curto prazo, na ordem de
dois anos de maturidade, enquanto mantinham operações de crédito de até 30
anos no ativo. Quando a crise de confiança nas hipotecas subprime se
manifestou, essas SPE não conseguiram rolar seus passivos e foram buscar
financiamento nos bancos "controladores". Isso impôs aos bancos a recompra
dessas operações de financiamento imobiliário. A reentrada dessas operações
nos ativos dos bancos fez com que o capital dos bancos se mostrasse muito
inferior ao exigido pela regulação para fazer face ao risco dos ativos.
Adicionalmente, a queda no valor das hipotecas provocada pela crise impôs
perdas severas aos bancos. Perdas que excediam em muito seu patrimônio
líquido, aprofundando a crise financeira que exigiu a intervenção governamental
para socorrer os bancos.
A contabilidade baseada em
princípios e os formuladores de
padrões contábeis
O último grande impulso na contabilidade deve-se à combinação de dois
desenvolvimentos. O primeiro é a harmonização das normas contábeis em
escala mundial com a ascensão de dois formuladores de padrões contábeis:
O Financial O International
Accounting Accounting
Standards Board Standards Board
(FASB) (IASB)
Responsável pelo Formulador de padrões
estabelecimento de padrões contábeis para os demais
contábeis nos Estados países, sediado na Inglaterra.
Unidos.
flag 1973
flag 2001
A ascensão de formuladores de
padrões contábeis de origem anglo-
saxônica (FASB e IASB) levou ao
segundo desenvolvimento
contemporâneo relevante: a
prevalência da regulação contábil
baseada em princípios em relação à
regulação contábil baseada em regras.
Os padrões contábeis baseados em
regras, típicos de países cuja tradição
jurídica deriva do direito comum,
estabelecem regras detalhadas para o
tratamento contábil dos eventos. Em
contrapartida, padrões contábeis
baseados em princípios, típico de
países cuja tradição jurídica deriva do
direito de costumes (consuetudinário),
define as linhas gerais do tratamento
contábil a ser adotado e deixa a cargo
do julgamento do profissional
(contador, auditor) a alternativa
escolhida.
Comentário
Questão 1
Questão 2
Escolas de pensamento da
contabilidade
Já vimos que, embora os registros históricos que sugerem práticas contábeis
primitivas se percam no tempo, o início formal da contabilidade se dá com a
publicação da obra Summa di Aritmetica Geometria Proportioni et
Proportionalita, do frei italiano Luca Pacioli.
Página de rosto da Summa de aritmética, geometria, proporções e proporcionalidade por Luca Pacioli, edição
de 1523.
Vale lembrar que Pacioli não é o criador das técnicas publicadas em seu livro,
onde afirma que apenas descreveu técnicas largamente utilizadas pelos
comerciantes italianos, em particular o método das partidas dobradas. Apesar de
não ser o autor da técnica, Pacioli é o responsável por sua difusão. Com a
publicação de sua obra, a técnica básica de escrituração contábil ganhou a
Europa e tornou-se dominante.
Por esse motivo, alguns autores definem a publicação de Pacioli como o início do
pensamento científico da contabilidade (IUDÍCIBUS; MARION, 1999). Houve,
porém, poucos avanços dignos de nota, de modo que seria mais adequado
redefinir esse período de relativa estagnação como período pré-científico.
Contismo
Após Pacioli, mas ainda no período pré-científico, a primeira escola de
pensamento contábil relevante nasceu na França: o contismo (RICKEN, 2003).
Um dos participantes mais ativos dessa escola foi Matthieu La Porte que editou
o livro La science des négocians et teneurs de livres, em 1712. Segundo Lopes de
Sá (1997), a obra de Matthieu La Porte destaca-se por ter aberto o caminho para
uma supremacia da França, no século XVIII e em parte do XIX, sendo responsável
pela aceleração da mentalidade científica em contabilidade.
Até o início do século XIX, o contismo ainda possuía muitos seguidores, apesar
do surgimento de novas escolas (RICKEN, 2003). Somente nas primeiras décadas
desse século é que o contismo foi sufocado pela escola lombarda de Francesco
Villa e pela escola personalista, de Francesco Marchi e depois Giuseppe Cerboni,
difundidas principalmente na Itália.
A escola lombarda
A escola lombarda é considerada a primeira escola científica e é uma amostra do
vigoroso desenvolvimento que a contabilidade enfrentou no século XIX. Essa
escola é identificada pela obra La Contabilità applicata alie amministrazioni
private e pubbliche, de Francesco Villa, publicada em 1840. Esse autor busca
desvincular a contabilidade de uma abordagem "mecânica", somente com
números e lançamentos, para mostrá-la como uma fonte de informação
auxiliadora na gestão do negócio. Dessa forma, o fator que mais impulsionou o
desenvolvimento da escola lombarda foi a ligação estabelecida entre a
contabilidade e a administração, demonstrando o quanto a contabilidade pode
auxiliar no controle de gestão (RICKEN, 2003).
A escola personalista
O próximo impulso no desenvolvimento da contabilidade veio novamente de
outra escola italiana: A escola personalista, cujo expoente era Francesco Marchi.
Essa corrente tinha ligação com conceitos jurídicos, pessoais, e também com a
administração. Foram os personalistas, por exemplo, que conceituaram a
entidade como um conjunto de direitos e obrigações, demonstrando assim que
as contas sempre se referem a fatos ligados às pessoas, pois os direitos e as
obrigações são também em relação a indivíduos (LOPES DE SÁ, 1997).
Dessa forma, o dinheiro que ele entregava ao banqueiro como depósito seria o
correspondente da moderna conta "Bancos conta movimento"; a importância que
ele devia a outro comerciante corresponderia à conta fornecedores e assim por
diante. Segundo essa teoria, as contas se classificam em contas dos:
Embora dominante no século XIX, a escola personalista era alvo de críticas, cujos
principais argumentos eram:
Escola patrimonialista
O impulso intelectual seguinte na sequência de desenvolvimento da
contabilidade é a escola patrimonialista de Vicenzo Masi. Fundamentada em
uma crítica ao argumento central do contismo, para o qual o registro das contas
era o mais importante dentro da contabilidade e, portanto, preocupavam-se mais
com a forma como o evento seria registrado do que com sua essência, o
patrimônio.
Ricken (2003) assinala que a sociedade sempre precisou registrar aquilo que
possuía por necessidade de se saber quantos eram seus bens e como melhor
administrá-los. Com isso, percebe-se que, de fato, o foco de preocupação sempre
esteve na riqueza e não no registro da riqueza. Dessa forma, o argumento central
do patrimonialismo sempre esteve presente, embora até aquele ponto não tivesse
sido reconhecido como escola de pensamento ou teoria.
Escola neocontista
A partir do fim do século XIX, a França novamente busca um patamar de
destaque na contabilidade, com a nova escola denominada neocontista. Essa
escola surge com um movimento que contraria o personalismo das contas
(Cerboni) e defende o valor delas.
Seu principal colaborador foi Jean Dumarchey que reelaborou o contismo como
corrente de pensamento. Segundo Dumarchey (1933) o valor é a pedra angular
da contabilidade. Para ele, a ideia de valor é que fundamenta a teoria da
escrituração contábil e das contas, que devem refletir o valor dos componentes
patrimoniais. Para Dumarchey, a contabilidade é uma ciência social, que apenas
usa a matemática para seu auxílio, assim como mantém relação com economia,
sociologia e filosofia.
III. Ênfase na teoria das contas, isto é, no uso exagerado das partidas
dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade, necessária,
principalmente, na contabilidade gerencial.
A escola norte-americana de
contabilidade
A escola norte-americana ergueu-se com toda força, principalmente, com o
desenvolvimento industrial. A escola desenvolvia-se por meio da atuação das
associações, com grande ênfase em satisfazer os vários usuários da
contabilidade.
A escola tem como principal característica seu aspecto prático, que trata dos
aspectos gerenciais (como contabilidade de custos, controle orçamentário,
análise de demonstrações contábeis e outros), mas também trata dos aspectos
financeiros da Contabilidade. Nos aspectos teóricos, a escola norte-americana
voltou-se para a explicação da prática contábil.
Um dos principais pontos que também fizeram com que essa escola pendesse
para o lado prático foi a época em que ela surgiu. Nesse período, a demanda por
informações gerenciais (para fins de gestão e administração das empresas) e
também de informações financeiras (para atender a acionistas, investidores,
credores e ao governo) era muito intensa. Com isso, a contabilidade passava a ter
um papel cada vez mais complexo dentro das organizações. Segundo Iudícibus e
Marion (1999) e Iudícibus (1997), algumas razões da ascensão da escola norte-
americana são:
Multinacionais norte-americanas
As multinacionais, por meio de manuais de procedimentos e treinamento,
formaram profissionais que preparariam as normas contábeis em nível
governamental, influenciando, assim, as empresas menores, incluindo
legisladores e outros.
Para Schmidt (2000), a contabilidade nacional pode ser dividida entre antes de
1964 e depois de 1964. O autor observa que o ano de 1976 marcou uma nova
fase para o desenvolvimento da contabilidade brasileira com a publicação da
nova Lei das Sociedades por Ações.
Antes desse momento histórico, a escola brasileira sofria maior influência das
escolas europeias; depois dele, passou a ser mais influenciada pela escola norte-
americana. A convergência brasileira às normas internacionais de contabilidade
por meio da Lei n. 11.638/07 aproximou a escola brasileira das escolas anglo-
saxãs de maneira definitiva. A uniformização decorrente do processo de
convergência eliminará as particularidades locais em prol de uma escola de
contabilidade única, internacional.
Questão 1
A aziendalista.
B patrimonialista.
C contista.
D personalista.
E personalista e contista.
Questão 2
Os princípios da contabilidade
Em 4 de outubro de 2016, o CFC revogou as resoluções nº 750/93 e nº 1.282/10,
que estabeleciam os enunciados dos princípios fundamentais de contabilidade.
No presente, a estrutura conceitual básica da contabilidade é fornecida pelo CPC
00 – Estrutura Conceitual.
Postulado da entidade
O postulado da entidade estabelece o patrimônio como o objeto da
contabilidade. Afirma a necessidade de diferenciação entre o patrimônio próprio e
o patrimônio da entidade jurídica, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. É imprescindível distinguir
corretamente a pessoa física da pessoa jurídica.
Tal "empresa" não possui autonomia sobre o patrimônio, razão pela qual não
forma uma entidade contábil. De maneira similar, o interesse do usuário final da
informação contábil do grupo Petrobras pode voltar-se para a atuação da
empresa em setores específicos da economia. Nesse sentido, as informações das
empresas do grupo que atuem em segmentos econômicos específicos são
consolidadas numa única "empresa", formando também uma unidade de
natureza econômico-contábil, mas não uma entidade.
O patrimônio líquido não é uma dívida da entidade para com seus sócios ou
acionistas, pois eles não emprestam recursos para que ela possa ter vida própria;
os recursos são entregues à entidade para que formem seu patrimônio.
Postulado da continuidade
O postulado da continuidade prevê que o processo contábil deve ser
desenvolvido supondo-se que a entidade nunca terá um fim, ou seja, não tem
prazo estimado de duração. A suspensão das suas atividades pode provocar
efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de
seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos
semelhantes.
Exemplo
Pense em uma empresa que cessou suas atividades, portanto, teve sua
continuidade interrompida e vamos avaliar seus efeitos. Os ativos avaliados pelo
custo histórico devem ser reavaliados pelo preço de liquidação, ou venda forçada.
Dessa forma, todo o imobilizado deve sofrer um impairment correspondente à
diferença entre o custo histórico e o valor de venda forçada. Ativos diferidos, ou
seja, despesas reconhecidas como ativos em obediência ao conceito da
competência (visto mais à frente), devem ser baixados como despesa, uma vez
que a atividade operacional que geraria as receitas futuras que amparam o
registro do ativo não acontecerão. A redução do valor do patrimônio líquido da
entidade é a contrapartida contábil desses eventos e revela o valor embutido na
presunção de continuidade.
Princípios
A ciência contábil sustenta-se em princípios. Princípios são verdades
fundamentais; uma lei ou doutrina abrangente, da qual outras decorrem, ou nas
quais outras estão baseadas; uma verdade geral; uma proposição básica ou
premissa fundamental; uma máxima; um axioma; um postulado. São, portanto,
uma lei ou regra geral considerada diretriz de ação; uma base aceita de conduta
ou prática. É preciso diferenciar os princípios em sua concepção filosófica das
concepções legais definidas nas estruturas conceituais do regramento contábil
(IUDÍCIBUS et al., 2020).
Entidade
Continuidade
Oportunidade
Competência
Prudência
Convenções
Convenções são conceitos que servem como um guia para o profissional da área
contábil, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos
contábeis, tais como:
Objetividade Conservadorismo
Materialidade Evidenciação
Valor preditivo das demonstrações
contábeis
O valor preditivo da informação contábil deriva da característica qualitativa
fundamental de relevância. Nos termos da Estrutura Conceitual, a informação
contábil-financeira será relevante quando fizer diferença nas tomadas de
decisões dos usuários das informações contábeis e, para isso, deve ter valor
preditivo, valor confirmatório ou ambos.
Para que haja essência sobre a forma, deve haver realidade, existência,
substância, mas em conexão com os fenômenos patrimoniais. Deve, portanto,
haver o fato, sem o qual não há como avançar em qualquer análise.
Normas Brasileiras de
Contabilidade: profissionais e
técnicas
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) são um conjunto de regras
editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) cujo propósito é
regulamentar a atividade contábil no Brasil. Os padrões definidos pelas NBC
definem as diretrizes de conduta ética e norteiam tecnicamente a aplicação dos
procedimentos contábeis. As NBC dividem-se em duas categorias:
Técnica Profissional
Esta categoria junta os Esta categoria regulamenta as
detalhes relacionados aos ações dos contadores em seu
conceitos e procedimentos da exercício.
área.
Inobservância expand_more
Questão 1
Questão 2
A passivo.
B ativo circulante.
C contas de compensação.
D contas de resultado.
E patrimônio líquido.
Considerações finais
Neste material, vimos a evolução histórica da contabilidade e a longa transição
de uma perspectiva de controle do patrimônio para outra de prestação de
informações. Esse caminhar revela-se na queda das escolas europeias e na
ascensão da escola norte-americana, uma perspectiva particular sobre as
escolas de pensamento da contabilidade. A prevalência do valor preditivo da
informação contábil e da essência sobre a forma representam a vitória da
abordagem informacional sobre a abordagem puramente patrimonial.
headset Podcast
Ouça um resumo dos principais tópicos abordados no conteúdo.
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A história da contabilidade é rica em eventos que provocaram mudanças
estruturais em sua abordagem. Nas sugestões de leitura a seguir, são
apresentadas a evolução histórica da contabilidade, com destaque para as
rupturas no pensamento e prática da contabilidade que a transformaram no que
é hoje. Confira:
Referências
AMORIM, L. P. A evolução histórica dos cursos de contabilidade em Santa
Catarina. Florianópolis: CRCSC, 1999.
NEVES, S.; VICECONTI, P. Contabilidade básica. 14. ed. São Paulo: Frase, 2009.
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