Resenha: A evolução da contabilidade e as escolas do pensamento contábil.
Utilizando os vídeos e a leitura, podemos observar que desde o princípio da notação da
contabilização, o homem já definia essa ciência para registrar o seu patrimônio. Visto que em cada época mencionada teve uma ênfase e uma evolução da contabilidade. Primordialmente essa prática ficou registrada nas pinturas rupestres, no qual se pode entender que os ancestrais podiam não saber escrever, mas tinham a noção de quantitativo e organização. Como toda ciência, a contabilidade está em constante evolução, conforme vai se adaptando ao mundo globalizado, e uma região que se deve destaque para a evolução da contabilidade é a Itália. Em vários registros de diversos períodos, a Itália apresenta várias obras e autores que contribuíram para a construção e evolução da contabilidade. Seja na forma rudimentar ou na forma científica, a contabilidade está ligada ao homem durante a sua evolução. Mais precisamente, essa evolução da contabilidade se dá por conta dos comerciantes e das negociações, visto da necessidade de controlar e registrar patrimônios dos mesmos. Como a Itália teve um papel muito importante para a contabilidade, o velho continente definiu e normatizou práticas internacionais com a finalidade de universalizar a contabilidade. O Brasil por sua vez adota essas normas internacionais em suas NBC’s e assim as estruturas utilizadas são as mesmas utilizadas pelo mundo. A escola cotista, do primeiro pensamento contábil, tem como principais pensadores, Cotrugli e Pacioli, pois são os estudiosos do qual incentivaram a pratica das partidas dobradas. Durante o desenvolvimento desse método, surgiram dois outros livros, o Diário e Razão. Outros dois auxiliares estão inclusos nessa escola, o Caixa e Armazém, trazendo assim aos procedimentos de registro mais qualidade ao processo de contabilização. Na doutrina desta escola, a preocupação da contabilidade era no sistema de escrituração e no mecanismo de registro de contas. Conseguinte outra escola foi a administrativa no qual teve como direcionamento que o contador deveria ter conhecimentos específicos sobre gestão além das precisas de escrituração, assim sendo a ênfase ao controle da entidade e direcionada a administração empresarial. A doutrina desta escola era extrair números da contabilidade, no qual o profissional deveria ter conhecimentos específicos sobre a escrituração e sobre gestão. A escola personalista tem com referência a originalidade, afim de esclarecer a ligação de direitos e obrigações. Assim, a necessidade de estabelecer no sistema de contas a criação da mesma e a nomeação, para as quais pessoas foram indicadas na escrituração, física ou jurídica. A grande contribuição desta escola para a evolução da contabilidade foi de torná-la como método informacional para a gestão de empresas, na qual ela contribui para tomada de decisões e gestão empresarial. A escola controlista se dá destaque ao controle, e sendo contrária a personalista, trazendo para a contabilidade uma vertente no qual a mesma correspondia a ciência do controle econômico e a dividindo em duas partes. Uma consistia em o registro e escrituração das transações administrativas e econômicas, e a outra pela apresentação das partidas dobradas dos acontecimentos, assim vinculando um sistema de controle de escrituração contábil aos métodos empresariais. A contribuição desta escola para a evolução da contabilidade foi o controle que favoreceu o estudo das operações das empresas, a informação contábil para verificar a gestão anterior e também realizar previsões e a elaboração de princípios que relatam o patrimônio da empresa como inventários, orçamentos e demonstrações contábeis. A escola norte-americana teve como ênfase a profissionalização da contabilidade, ligada a questões focadas a capacitação com finalidade de normatizar e qualificar a contabilidade. Os destaques de contribuição para a evolução da contabilidade desta escola foram que buscou qualificar a informação contábil para o auxilio de tomada de decisões e a igualdade entre os métodos aplicados, visando assim a confiabilidade das demonstrações, garantindo a fidedignidade das informações prestadas, e buscando fornecer informação a todos usuários. A escola matemática não contribuiu para a evolução contábil pois contrariou todas as escolas anteriores, afirmando que a contabilidade era uma ciência aplicada e não social, onde não passava de registros secundários e sistemáticos. Escola neocontista foi a escola que defendeu que as contas deveriam demonstrar os valores dos elementos patrimoniais possíveis de mutações, atribuiu assim a contabilidade a função de demonstrar o ativo, o passivo e a posição líquida das unidades econômicas. A contribuição para a contabilidade desta escola foi a divisão entre passivo e a situação líquida do balanço. A moderna escola italiana enfatizou que o objetivo primordial da entidade seria o resultado do exercício, que pode ser determinado a partir do acréscimo ou decréscimo ocorrido no capital em determinado período em virtude das transações da empresa. A contribuição para a evolução da contabilidade desta escola foram que o resultado foi visto como elemento econômico mais relevante da empresa, o principal objetivo da contabilidade foi o conhecimento e a demonstração do resultado da gestão organizacional. A escola patrimonialista teve ênfase que por finalidade da contabilidade evidenciar o patrimônio da empresa, definindo assim como objeto da contabilidade. A sua doutrina defendeu os princípios estáticos e dinâmicos da riqueza. A doutrina desta escola focou que o objeto da contabilidade é o patrimônio aziendal, onde as ocorrências patrimoniais são os acontecimentos contábeis, compreendendo que a contabilidade é uma ciência social, e subdividindo a contabilidade em três ramos, a estática patrimonial, dinâmica patrimonial e revelação patrimonial. E assim tendo a escrituração como pratica contábil. Dentre as escolas italianas e norte-americanas, estão listadas várias particularidades. Da italiana, sistematizou e propagou as partidas dobradas, deu ênfase na azienda como objeto de estudo da contabilidade, deu enfoque nas pesquisas dos acontecimentos da azienda sob o olhar da perspectiva econômica. Dentre as particularidades da norte-americana, destacou os usuários da informação contábil, maior incentivo e fácil interpretação aos relatórios contábeis, enfatizou a auditoria para fins de confiabilidade das informações contábeis, e deu ênfase no tipo de metodologia usada. Diante do foco da contabilidade europeia ser centrada nas contas, a norte-americana deu ênfase nos conceitos das contas, e isso fez que a contabilidade europeia entrasse em decadência. No Brasil, houve influência das duas escolas durante os períodos que foram sucedendo, porém é fato que atualmente há a fixação da escola norte-americana nas práticas utilizadas da contabilidade.