Você está na página 1de 8

História da

contabilidade

A história da contabilidade principia com o homem primitivo inventariando seus rebanhos


com a finalidade de medir sua riqueza e a variação desta ao longo do tempo. Com o tempo,
foram sendo aperfeiçoadas as técnicas primitivas de registro contábil.[1] Nesse campo,
destaca-se o trabalho do historiador italiano Federigo Melis, que, em 1950, publicou a sua
Storia della Ragioneria. Essa obra foi muito estudada e divulgada pelo professor Antônio
Lopes de Sá e vários outros autores a partir da segunda metade do século XX. Antes do
eminente professor, havia as obras de Carlos de Carvalho e Francisco D´Áuria, que
produziram vários textos sobre história da contabilidade, mas se concentrando mais no
período de e posterior a 1494.

Dos trabalhos desses autores, temos a seguinte divisão da história da contabilidade:

Era Antiga - de há 8000 anos até 1202


Era da Sistematização - de 1202 até
1494
Era da Literatura - de 1494 até 1840
Assim, 1202 seria um marco devido à obra do famoso Leonardo Fibonacci, que ensinou o
uso do ábaco e propôs a substituição dos numerais romanos pelo algarismos indo-arábicos
para se efetuar cálculos. Em 1494, houve a publicação do célebre texto de Luca Pacioli sobre
o método das partidas dobradas, enquanto 1840 seria o ano em que surgiria o primeiro
trabalho reconhecido pelos mestres como científico: "A contabilidade aplicada às
administrações privada e pública", do italiano Francesco Villa.[2]

Contabilidade na
Antiguidade

Fichas de barro do Período Uruk encontradas em


Susa

Os povos antigos, tais como os antigos egípcios e os babilônicos, registravam suas


transações comerciais (pagamentos de salários, impostos etc.) em cerâmicas com escrita
cuneiforme[3] e pinturas com a figura dos itens pagos nas paredes, que valiam como
recibos.[4] Entre 8000 e 3000 a.C., no Oriente Médio, eram utilizadas fichas de barro
representando cabeças de gado para registrar as transferências de animais. Sempre que um
animal era transferido, a sua ficha correspondente era transferida de uma caixa de barro para
outra.[5]
Contabilidade na Idade
Média
Na Baixa Idade Média, a partir do século XIII, com o Renascimento e a Revolução Comercial,
a contabilidade atingiu sua maturidade.[3] Partindo das cidades mercantis do norte da Itália,
como Gênova, Florença e a República de Veneza, a técnica das partidas dobradas, que já
existia desde a Pré-história sob a forma das fichas de barro, se disseminou pela Europa.[6]

Contabilidade na Idade
Moderna

Frei Luca Pacioli retratado em quadro de 1495

Tal processo de maturação da contabilidade prosseguiu até o século XVI, com a Era dos
Descobrimentos e o mercantilismo. Em 1494, o frei Luca Pacioli publicou, na Itália, um
famoso tratado contábil que deu origem à escola italiana de contabilidade. [3] Enquanto isso,
na América do Sul, nos séculos XV e XVI, os incas utilizavam os quipos, cordões com nós
para registro contábil. No século XVIII, a Revolução Industrial levou a uma maior
complexidade no cálculo dos custos: isso fez surgir a disciplina da contabilidade de custos.
A contabilidade praticada anteriormente, então, passou a ser chamada de "contabilidade
financeira" ou "contabilidade geral".[7]
Contabilidade na Idade
Contemporânea
A escola italiana dominou o cenário contábil mundial até o início do século XX. Nesse século,
com a ascensão econômica dos Estados Unidos, passou a predominar a escola
estadunidense de contabilidade.[3] Nas últimas décadas do século XX, a contabilidade
passou a se preocupar em acentuar mais sua missão de fornecer dados relevantes à tomada
de decisões por parte dos administradores das empresas, surgindo, assim, a disciplina da
contabilidade gerencial.[8]

Museus de Contabilidade no
Brasil e no Mundo
Apesar da contabilidade ser antiga, existem poucos museus que tem como objeto único de
preservação a história da contabilidade, que são o Museu de contabilidade Chinês (https://w
ww.meet-in-shanghai.net/travel-city/tourist-attraction/tourist-attraction-detail.php?id=4628)
, Museu de contabilidade indiano (https://www.icai.org/new_post.html?post_id=2433) do
Instituto de contabilidade indiano(ICAI). Além do Museu da contabilidade Brasileira (https://w
ww.crcsc.org.br/noticia/view/5130) e o Centro de memória da contabilidade Paulista (http
s://crcsp.org.br/portal/conheca/centro-de-memoria.htm) . Além disso, existem museus de
duas empresas de contabilidade no mundo, que possuem museus e centros de Memória que
são a BDO Brazil, que possui um museu da BDO RCS, que conta história da sua trajetória em
são paulo, e também materiais das profissões (https://universodoseguro.com.br/bdo-inaugu
ra-museu-com-historia-da-empresa-e-da-auditoria/) e também a Ernest Young, que possui o
Museu EY. O espaço de 10 m2 faz parte das instalações da universidade corporativa da
empresa, a EY University (EYU). Compõem o acervo quase 100 peças entre fotos históricas,
placas de prêmios e certificados que marcaram a história da empresa desde suas origens,
no início do século XX, até os dias atuai (https://brasilalemanhanews.com.br/lifestyle/turism
o/ernst-young-inaugura-museu-ey/) s.
Outros projetos Wikimedia também contêm
material sobre este tema:

Livros e manuais no

Wikilivros

Categoria no

Commons

Ver também

História da contabilidade no Brasil

Referências

1. MARION, J. C. Contabilidade
empresarial. 5ª edição. São Paulo.
Editora Atlas. 1995. p. 23.
2. Conselho Regional de Contabilidade
de Sergipe. Disponível em
http://www.crcse.org.br/crcse/intern
a.wsp?
tmp_page=institucional_historiacont
abilidade Arquivado em (https://we
b.archive.org/web/2016030320054
5/http://www.crcse.org.br/crcse/inte
rna.wsp?tmp_page=institucional_hist
oriacontabilidade) 3 de março de
2016, no Wayback Machine.. Acesso
em 22 de março de 2015.
3. MARION, J. C. Contabilidade
empresarial. 5ª edição. São Paulo.
Editora Atlas. 1995. p. 34.
4. HENDRIKSEN, E. S. Teoria da
contabilidade. Tradução de Antonio
Zoratto Sanvicente. São Paulo. Atlas.
1999. 42.
5. SCHMIDT, P. História do pensamento
contábil. São Paulo. Atlas. 2006. p.
14,15.
6. SCHMIDT, P. História do pensamento
contábil. São Paulo. Atlas. 2006. p.
23.
7. MARTINS, E. Contabilidade de
custos. 9ª edição. São Paulo. Atlas.
2003. p. 19,20.
8. MARTINS, E. Contabilidade de
custos. 9ª edição. São Paulo. Atlas.
2003. p. 21,22.
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=História_da_contabilidade&oldid=66662100"

Esta página foi editada pela última vez às


05h27min de 25 de setembro de 2023. •
Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-
SA 4.0 , salvo indicação em contrário.

Você também pode gostar