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Nome: Edjackson R.

da Silva

RESUMO DA PALESTRA:

CONTADOR A PROFISSÃO DO
FUTURO

NOVEMBRO
2009
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da civilização. Está


ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e
de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o
homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.

Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A


organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade,
rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada
pessoa criava sua riqueza individual.

Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como
herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-
se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes
não tivessem sido herdados.

A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há


indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do
comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da
Antiguidade.

A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento


das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e
serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças
de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba
egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-


lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas
posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume,
requerendo registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que
pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de


controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse
prestar conta da coisa administrada.

É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras,
vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore
assinalados como prova de dívida ou quitação.
O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo
facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.

À medida que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina.


As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa
classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas
e diversões.

No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por


governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.

Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:

CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras


civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria
Leonardo Fibonaci, o Pisano.

CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã


até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis ET Scripturis (Contabilidade por
Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria
contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos,
obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento
humano.

CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840,


com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e
Pubbliche”, da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra
marcante na história da Contabilidade.

CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e


continua até os dias de hoje.

FREI LUCA PACIOLI

Escreveu "Tratactus de Computis ET Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas),


publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde
à teoria dos números positivos e negativos.

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas
obras, destacando-se a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni ET
Proporcionalitá", impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre
Contabilidade e Escrituração.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas
Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o
Século XIV.
O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir
conceituava inventário e como fazê-lo.

Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles;
sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em
geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na
época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e
documentos, etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia
adaptada:

"Per “, mediante o qual se reconhece o devedor;

"A “, pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até
hoje.

A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na


Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de
Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu precedente que para
novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto. É compreensível que a formalização
da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste período instaurou-se a
mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos do comércio
mundial.

Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um


indivíduo qualquer. O governo passou a somente reconhecer como contadoras pessoas
devidamente qualificadas para o exercício da profissão. A importância da matéria
aumentou com a intensificação do comércio internacional e com as guerras ocorridas
nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas falências e a conseqüente
necessidade de se proceder à determinação das perdas e lucros entre credores e
devedores.

PERÍODO CIENTÍFICO

O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados:
Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La
Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase; e
Fábio Bésta, escritor veneziano.

Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento


contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a
Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por
Fábio Bésta.

Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da
Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados
jurídicos.

Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade


começou a ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809.

A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre


Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra
natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.

Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais


escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para
ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as
práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento
patrimonialista.

Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.

Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos.


Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou muito perto de definir
patrimônio como objeto da Contabilidade.

Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu
patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como
elemento fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável
de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero
registro; é um instrumento básico de gestão.

Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas,
sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das
partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária,
principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que
a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de
grupo.

A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-americana


dentro da Contabilidade.

NO BRASIL

No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial,


exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um
melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e
Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas
províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal,
responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.

Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal,


tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas informações
mais precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores. O
profissional vem ganhando destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e
Atuarial.

São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um profissional


raro, há a especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em
virtude de planos de previdência privada.

O governo passou a reconhecer como contadores, somente pessoas qualificadas para o


Exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação do
Comércio internacional e com as guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que
causaram
Numerosas falências e a conseqüente necessidade de se proceder à determinação das
Perdas e lucros entre credores e devedores. Já no século atual, o extraordinário
Crescimento dos negócios exigiu a criação de serviços especiais e um aprendizado
legal8.
Este trabalho teve por objetivo precípuo sintonizar a Contabilidade, através de sua
Evolução histórica, como um ferramental insubstituível do Administrador de negócios
na
Organização como um todo, destinada a informar os múltiplos usuários nos seus
aspectos
Mais relevantes à tomada de decisões. 9
O pesquisador ao longo de sua carreira profissional vivenciada em empresas
Transnacional constatou as mudanças e aplicativos de cada demonstrativo e o seu real
Utilidade para envio aos interessados não somente para decidir, mas, sobretudo para
criar
Mecanismos que pudessem minimizar o impacto das obrigações tributárias em
detrimento
Do retorno de seus investimentos, e para também poderem analisar o comportamento de
Seus delegados à frente de suas Companhias sobre o modo como foram aplicados os

Recursos destinados à manutenção e ao enriquecimento do capital.

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