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1º Módulo de Contabilidade
e-mail – silvio.freitas@etec.sp.gov.br
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1. CONTABILIDADE: CONCEITO
Tem-se por objeto de estudo o Patrimônio das entidades/empresas (pessoa jurídica) ou das pessoas
(pessoa física). Este patrimônio é administrável e está sempre em constante mudança.
Trata-se na contabilidade a pessoa jurídica da entidade como distinta da pessoa física do proprietário.
Sendo assim, a contabilidade é formada para a entidade e não para seus respectivos donos, estando voltada
para os estudos da empresa pessoa jurídica.
A Ciência Contábil desenvolve suas funções em torno do patrimônio como meio para alcançar sua
finalidade.
Tem por finalidade registrar fatos e produzir informações que possibilitem ao dono do patrimônio o
controle (certificar-se de que a organização está atuando de acordo com os planos e políticas traçados) e
planejamento (decidir qual curso tomar para atingir com mais rapidez, eficiência e eficácia o objetivo proposto)
de como agir no seu patrimônio.
2. HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras
manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos
ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização
econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo
divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos
ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser
utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as
primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida
nas principais cidades da Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de
seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros
ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora
rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.
À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto
poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil
memorização quando já em maior volume, requerendo registros.
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer
as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que
não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas
eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O
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desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o
registro de informações sobre negócios.
À medida que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas
governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e
as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela
igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até
1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci, da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando
apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca
Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria
dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do
conhecimento humano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da
Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa,
premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de
hoje.
PERÍODO ANTIGO
A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o Patrimônio, representado
pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos.
Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem. Como este é um ser
pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros, utilizando gravações
e outros métodos alternativos.
O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos
bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra "Conta" designa
o agrupamento de itens da mesma espécie.
As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem registrava os
seus primeiros desenhos e gravações.
Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila,
retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5
centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência se
queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O nome da
conta, "Matrizes", por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto numérico se tornou mais
qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à
"Aplicação", se pudesse demonstrar, também, a sua "Origem".
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro Gênesis, encontram-
se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita cuneiforme, onde estão registradas
contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de
Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus custos.
O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos de Sigilo". Os
registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros ou tábuas, no final de
determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o
balancete mensal e o balanço anual.
Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se, empiricamente, o
Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era confrontada com a despesa.
Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus registros
remontam a 6.000 anos antes de Cristo.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em sua
profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios,
marcava o inicio do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma
primitiva, controles administrativos e financeiros.
As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-se com a data e o
nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se ocorresse, sempre em ordem
cronológica de entradas e saídas.
Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de Vendas Diárias",
"Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.
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Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros.
Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "Shat". Era a adoção, de maneira
prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário.
Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já escrituravam Contas de
Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos
aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como administração
pública, privada e bancária.
NA BÍBLIA
Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio Jesus relatou em
Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os registros de valores a
receber dos devedores.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha!
(Gênesis 41.49).
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de Jó,
capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó,
capítulo 42, verso 12.
Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-17.
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o que dispunha
era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23-27).
Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum.
PERÍODO MEDIEVAL
PERÍODO MODERNO
O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos importantes que ocorreram
neste período:
- em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos emigrassem,
principalmente para Itália;
- em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas
para alguns países europeus;
- em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde
se radicaram e iniciaram nova vida.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o
Novo Mundo representava.
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A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciantes italianos do
séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o
desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo
tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na
Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.
PERÍODO CIENTÍFICO
O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados: Francesco Villa,
escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e
Plubbliche", inicia a nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano.
Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento contábil: a primeira,
chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada por Giusepe
Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta.
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inventado a calculadora, a
ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um
direito, segundo postulados jurídicos.
Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade começou a ser
lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809.
A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre Contabilidade, promovido pelo
governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de
Professor Universitário.
Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração e
guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a
natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio.
Era o pensamento patrimonialista. Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.
Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o
elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir patrimônio como objeto da
Contabilidade.
Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu patrimônio como
objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da equação
aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é
muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de gestão.
Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem pesquisas
fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em
alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em
demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.
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A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da
Contabilidade.
ESCOLA NORTE-AMERICANA
Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-americanas com suas teorias e
práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas
também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield
Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis;
várias associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia
uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas
européias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em importância.
A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, que requerem
grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das teorias e práticas contábeis,
que permitissem correta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer
parte do mundo.
Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado ao formidável
desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que os Estados Unidos da
América experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas
contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-
americanas que tem reflexos diretos nos países de economia.
NO BRASIL
No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido ao
aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-
se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de
Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por
toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.
Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num
mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais precisas possíveis para tomada de
decisões e para atrair investidores. O profissional vem ganhando destaque no mercado em Auditoria,
Controladoria e Atuarial.
São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um profissional raro, há a
especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em virtude de planos de previdência
privada.
O Desafio da TERMINOLOGIA
A terminologia é um dos desafios enfrentados pelo que iniciam o estudo da Contabilidade, pois pode,
num primeiro momento, dificultar o entendimento da matéria.
A Contabilidade possui uma linguagem própria e, em muitos casos, alguns termos, palavras ou
expressões coincidem com termos, palavras ou expressões de nossa linguagem comum. Ocorre porém, que nem
sempre significam a mesma coisa.
As palavras que mais perturbam o estudante, principalmente o principiante no estudo da Contabilidade,
são DÉBITO e CRÉDITO . A palavra débito, na nossa linguagem comum, significa situação negativa,
desfavorável; ou saldo negativo na conta-corrente bancária. Na terminologia contábil, essa palavra poderá ter
esses mesmos significados ou até mesmo assumir uma posição positiva. A palavra crédito na nossa linguagem
cotidiana, poderá representar situação positiva, favorável, ou saldo positivo na conta-corrente bancária, ou ter
crédito no mercado, etc. Na terminologia contábil, essa palavra poderá adquirir esses mesmos significados ou até
mesmo corresponder à situação negativa.
Vamos agora, começar nossa jornada do Conhecimento da Contabilidade...
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Introdução à
Contabilidade Básica
Prezado aluno(a), aprender contabilidade é fundamental para qualquer pessoa que deseja administrar uma
empresa. A contabilidade apresenta termos técnicos que chamamos de terminologia ou nomenclatura, os quais
são essenciais na linguagem comercial, por ser a linguagem que o administrador precisa conhecer e se
familiarizar com ela.
Todas as empresas nascem com uma finalidade. A grande maioria das empresas visa resultados financeiros;
outras buscam resultados sociais; outras buscam expansão. Mas no final, todas buscam atingir os objetivos
traçados.
A contabilidade é indispensável para que a empresa realize negócios, por exemplo, com órgãos governamentais
(por meio de contratos e licitações), ou com os bancos, com fornecedores, etc. Além desta necessidade
convencional, observa-se a expansão do mercado de ações no Brasil. E neste aspecto a Contabilidade se
apresenta como o grande pilar na veracidade da informação e, consequentemente, na credibilidade da
companhia perante seus investidores. Nos últimos anos, o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas) vem realizando pesquisas para detectar o índice de mortalidade (fechamento) das
empresas no primeiro ano de vida (abertura).
Na mais recente pesquisa, os números apontavam que cerca de 48% dos negócios são fechados antes de
completar 12 meses de funcionamento.
A principal causa desta mortalidade é a falta de planejamento e controle dos negócios. Em suma, é a falta de
Contabilidade. (Fonte: Agnaldo Silva).
• Sócios
• Administradores
• Fornecedores
• Clientes
• Empregados
• Bancos
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AULA 2 - Aspectos qualitativos e quantitativos
do Patrimônio
Já foi possível perceber que a história da contabilidade está ligada ao controle do patrimônio e suas mutações.
Portanto, a partir de agora, vamos conhecer requisitos fundamentais para o controle do patrimônio.
Lembra do relato apresentado sobre o patrimônio do personagem bíblico Jó, da primeira aula?
Você saberia precisar ou estimar a riqueza deste personagem? Ou melhor, quando você diz que tem em seu
patrimônio um carro, um valor para receber de um amigo e tem algumas dívidas pequenas.
Pois bem, na contabilidade, qualquer registro só poderá ser feito se respeitar dois aspectos. Assim, para poder
avaliar corretamente um patrimônio e suas variações é necessário que os elementos desse patrimônio
apresentem:
1. Aspecto qualitativo: É o nome que qualifica o patrimônio. Deve ser claro o bastante para identificar o que está
registrado neste nome. Quanto mais simples e claro for o nome dado aos elementos, melhor será para identificar
o que está sendo registrado na contabilidade. Exemplos: veículos, mercadoria para revenda, caixa (dinheiro),
banco (saldo no banco), cliente (quem compra da minha empresa), fornecedor (quem vende para a minha
empresa) e muitos outros.
2. Aspecto quantitativo: Observa em que quantidade este elemento aparece, e também o seu valor monetário.
Exemplos: veículos R$ 20.000,00; caixa R$ 110.000,00; banco R$ 18.124,16; cliente R$ 11.222,00; fornecedor
R$ 5.895,00.
3. Conta – É o nome técnico utilizado para registrar os elementos, levando em consideração os aspectos
qualitativos e quantitativos. Simplificando, é como se todos os elementos dentro da contabilidade tivessem um
endereço.
Sempre que formos movimentar um elemento faremos registro neste endereço, que recebe o nome de conta,
alterando o saldo deste elemento.
Ex: Caixa R$ 12.000,00, Veículo R$ 42.000,00, Banco R$ 5.220,00, Clientes R$ 8.221,50, Fornecedores R$
4.560,80, Capital Social R$ 50.000,00, etc.
3.1 Patrimônio
A princípio, quando se fala em patrimônio, pensamos ser tudo o que a pessoa tem, ou seja, nas posses. Porém,
com a evolução das relações comerciais, juntou-se ao patrimônio também os direitos e as obrigações das
pessoas. Assim, o patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e as obrigações.
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3.1.1 Bens
São os elementos que podem ser avaliados monetariamente e podem ser destinados para uso, troca ou venda.
Os bens possuem utilidade, pois são eles que satisfazem as necessidades de seus proprietários.
Na sequência, algumas classificações de bens importantes na contabilidade:
1. Bens Permanentes – São bens que possuem vida longa, e são adquiridos para serem utilizados na empresa,
ou seja, não são destinados à venda. Ex: veículo, máquinas, ferramentas.
2. Bens de Consumo – São adquiridos para utilização dentro da empresa, e que serão consumidos a curto
prazo, geralmente dentro do próprio exercício em que foram adquiridos. Ex: material de expediente, material de
limpeza.
3. Bens móveis – são bens suscetíveis de remoção sem dano em seu estado físico e de utilização. Ex: veículos,
animais, máquinas, móveis, equipamentos.
4. Bens imóveis – bens que não podem ser deslocados de seu lugar de origem (solo e subsolo) sem dano físico
ou de utilização. São aqueles que se deslocados terão que ser total ou parcialmente danificados. Ex: casa,
terreno, edifício, reflorestamento, etc.
5. Bens Tangíveis) – sãos bens que constituem corpo físico, ou seja, possuem matéria e podem ser tocados. Ex:
carros, máquinas, mercadorias, enfim a grande maioria dos bens.
6. Bens Intangíveis) – são bens que não constituem matéria, ou seja, não podem ser tocados. Mesmo assim,
esses bens são passíveis de avaliação econômica e devem ser registrados na contabilidade por seu valor de
mercado. Ex: nome comercial, benfeitoria em imóvel de terceiros, fundo de comércio, marca, patente, licença de
uso de direitos autorais, licença de uso de marca, entre outros.
3.1.2 Direitos
São os elementos que representam os bens que estão em poder de terceiros.
Geralmente aparecem acompanhados da expressão “a receber”, “a compensar”, a “recuperar”, “a creditar”, ou
outra similar, indicando a promessa de recebimento ou que permita recuperar parte do bem transferido.
Exemplo: contribuições a receber, títulos a receber, adiantamento concedido (neste caso mesmo sem a
expressão, trata-se de um direito, porque alguém recebeu o adiantamento e deverá devolver o valor recebido).
Resumindo :
Direitos são bens (ou o seu equivalente) em recursos financeiros de propriedade da empresa, que se encontram
momentaneamente em poder de terceiros. Ex: duplicatas a receber, clientes (ele já levou a mercadoria e está
devendo), contas a receber, impostos a recuperar (eu tenho um crédito tributário junto ao governo), etc.
Chegou a hora de conhecer o que representam as expressões Ativo e Passivo, tão famosos dentro da
contabilidade
Ativo - Representa os valores positivos do patrimônio (bens + direitos). É onde estão aplicados os recursos
da empresa
Para ser Ativo é necessário que qualquer item preencha quatro requisitos simultaneamente:
3.1.3 Obrigações
É a responsabilidade de pagamento por bens adquiridos ou despesas realizadas.
São bens de propriedade de terceiros que estão em poder da empresa, ou são dívidas contraídas em virtude de
despesas. Quando se compra um bem ou se contrata um serviço, tanto um quanto o outro devem ser pagos
Portanto, temos aqui uma obrigação, uma dívida que poderá ser paga imediatamente ou a prazo. As obrigações
na contabilidade recebem o nome técnico de exigível, por se exigir da empresa o pagamento das dívidas. Assim,
quando uma empresa compra mercadoria a prazo, ela passa a ter a obrigação de pagar o valor da compra no
prazo acordado.
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Uma despesa sempre vai gerar também um pagamento, portanto uma obrigação. As obrigações representam as
dívidas com terceiros, ou seja, com as pessoas de fora da empresa. Geralmente aparecem acompanhadas da
expressão: “a pagar”, “a recolher”, “passivos”, “a liquidar” ou outra similar. Exemplo: salários a pagar, impostos a
recolher, fornecedor, entre muitas outras.
O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores positivos (bens mais direitos) menos os valores negativos
(obrigações). Neste espaço, fica registrado o capital investido na empresa, chamado de capital social, as
reservas de recursos (uma poupança com finalidade específica) e também os lucros ou prejuízos que a empresa
obtém. Como este saldo mostra a participação dos sócios na empresa, o patrimônio líquido é conhecido como
capital próprio (capital dos sócios). Exemplo: capital social, reserva de capital, reserva legal, prejuízos
acumulados.
O PL está representado no lado do passivo, para haver o equilíbrio, aí o nome de Balanço Patrimonial. Justifica-
se estar no lado do passivo também por se tratar de uma dívida da empresa com os seus sócios ou acionistas.
No caso de fechamento da empresa, é o montante que deverá ser pago aos sócios.
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Por isso, sempre o total do ativo será exatamente igual ao total do passivo.
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Atividade de Aprendizagem
1. Classifique os elementos patrimoniais do quadro em:
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Aula 4 – Situações patrimoniais possíveis
O foco da aula de hoje é evidenciar as situações patrimoniais possíveis denominadas de Situação Líquida. São
três situações que podemos encontrar.
Relembrando
Patrimônio Líquido = Ativo (bens + direitos) – Passivo (obrigações)
Ocorre quando o conjunto de bens e direitos é igual às obrigações. Neste caso, o patrimônio líquido será igual a
zero, ou nulo.
O Patrimônio Líquido será registrado no lado direito quando for positivo, e no lado esquerdo quando for negativo,
para que haja igualdade entre os dois lados do Balanço Patrimonial.
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Atividade de Aprendizagem
1. Encontre a Situação Líquida Patrimonial
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Aula 5 – Noções de débito e crédito
O débito corresponde à aplicação do valor, à destinação do recurso ou onde o dinheiro foi investido. E o crédito
corresponde à origem do valor, à fonte do dinheiro ou de onde são conseguidos os recursos para a empresa.
51.1 - Razonete
Para fins didáticos, utiliza-se o razonete para a explicação dos lançamentos na contabilidade. O Razonete é um
gráfico em forma de “T” onde acima estará o nome da conta, do lado esquerdo serão feitos os lançamentos a
débito, e do lado direito serão feitos os lançamentos a crédito.
Para ficar mais fácil a memorização, lembre que o Razonete é semelhante a uma cruz. A cruz passou a ter outro
significado depois (d) de Cristo (C). Veja a representação:
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Vamos praticar
alguns exercícios com Balanços Sucessivos. Comece imaginando uma empresa que está iniciando suas
atividades.
Serão realizados os primeiros lançamentos na contabilidade; em seguida haverá demonstração dos lançamentos
e, logo após, os balanços atualizados.
Se fossemos fazer um balanço da empresa, ele ficaria assim, neste primeiro momento:
a) No lado do ativo temos a aplicação dos recursos, por isso, quando uma conta do ativo estiver aumentando de
valor, ela será debitada (d).
b) Quando ocorrer o contrário, ou seja, quando uma conta do ativo diminuir, ela receberá lançamento do outro
lado, ou seja, será creditada(c).
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O mesmo raciocínio serve para as contas do passivo:
c) No lado do passivo temos a origem de recursos, por isso, quando uma conta do passivo estiver aumentando
ela será creditada (c).
d) Quando uma conta do passivo estiver diminuindo, ela será debitada (d).
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Classifique os elementos do quadro a seguir em:
(A) Bens, Direitos ou Obrigações.
(B) Ativo ou Passivo.
ELEMENTOS A B
Dinheiro BEM ATIVO
Estoques de mercadorias
Duplicatas a receber
Duplicatas a pagar
Imóveis
Calculadoras eletrônicas
Terrenos
Veículos
Impostos a pagar
Promissórias a receber
Ferramentas
Aluguéis a pagar
Mesas
Prateleiras
Computadores
Circulador de ar
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Atividade Prática
Prática - 1
A seguir são apresentadas, cronologicamente, as transações da Empresa Vera Lucia Pereira Ribeiro – ME .
02/01 - Vera Lúcia inicia suas atividades comerciais com um Capital de $ 80.000 em dinheiro.
04/01 - Compras à vista (em dinheiro):
a) Móveis e Utensílios $ 3.000
b) Um automóvel $ 25.000
c) Mercadorias $ 20.000
NOTA:
• Não leve em conta o possível lucro nas vendas, pois será estudado posteriormente.
Prática – Extra :
A seguir são apresentadas, cronologicamente, as transações da Empresa
To Dodói Ltda .
04/01 – Aquisição de um imóvel da cia. A por $ 5.000 com pagamento de $ 2.500 a vista e o restante a prazo.
( Imóvel )
05/01 – Compra a vista de instalações (divisórias, cortinas, etc.) para a Empresa, por $ 2.000 ; ( Instalações )
15/01 – Aquisição de equipamentos ( maquinaria ), a prazo, de M & Cia., por $ 4.000 ; (Equipamentos)
18/01 – Obtenção de um empréstimo de $ 10.000, no Banco Alfa, com emissão de uma nota promissória
. ( promissórias a Pagar )
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23/01 – Pagamento de $ 1.000, a M & Cia., para liquidação de parte da divida pela compra efetuada em 15/01 .
30/01 – Compra a vista, por $ 8.500, de peças para reparos (Estoque de Peças para Reparos ) da Cia Ômega.
a) no Ativo b) no Passivo
a) no Ativo b) no Passivo
Atividades Práticas 4
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Plano de Contas ( Plano de Contas no final da apostila )
Conceito
O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina as tarefas do Setor de
Contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis.
Cada empresa deve elaborar o seu Plano de Contas, sempre obedecendo aos seus interesses e, principalmente,
à legislação pertinente. Atualmente, o Plano de Contas deve obedecer às disposições contidas na Lei nº 6.404,
de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações). Outras referências : Lei nº 11.638/2007 e Medida
Provisória nº 449/2008
Daqui em diante, toda vez que procedermos à escrituração, precisaremos consultar esse Elenco de Contas. Para
facilitar, as contas estão divididas em dois gráficos:
Código das contas: é o número que você encontra à esquerda de cada conta e que facilita o seu manuseio. Note
que os códigos das contas começam pelos seguintes algarismos:
ALGARISMOS CONTAS
1 Contas do Ativo
2 Contas do Passivo
3 Contas de Despesas
4 Contas de Receitas
5 Contas de Apuração de Resultado
Antes que apresentássemos o Elenco de Contas simplificado, você havia aprendido que Contas
Patrimoniais são aquelas que representam, por meio do Balanço Patrimonial, a situação do Patrimônio da
empresa, dividindo-se em ativas e passivas. Você ficou sabendo, também, que o lado do Ativo é composto pelos
Bens e pelos Direitos e que o lado do Passivo é composto pelas Obrigações e pelo Patrimônio Líquido. Porém,
essas Contas Patrimoniais são agrupadas no Balanço Patrimonial em grupos e subgrupos, conforme determina a
Lei nº 6.404/1976. Para facilitar, conforme nosso propósito, elaboramos o Elenco de Contas utilizando apenas os
grupos principais.
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CONTAS PATRIMONIAIS
l.ATIVO
No Ativo você encontra todas as contas que representam os Bens e os Direitos, devidamente classificadas em
dois grupos:
A ordem de disposição das contas no Ativo, segundo a Lei nº 6.404/1976, é a ordem decrescente do grau de
liquidez dos elementos nelas registrados.
OBSERVAÇÃO:
Grau de Iiquidez é o maior ou menor prazo no qual Bens e Direitos podem ser transformados em dinheiro.
Por exemplo, os Estoques de Mercadorias serão transformados em dinheiro quando forem vendidos à
vista; as Duplicatas a Receber, quando forem recebidas, e assim por diante .
A conta Caixa e a conta Bancos conta Movimento são as que possuem maior grau de liquidez, pois
representam disponibilidades imediatas. Por isso, são as primeiras contas que aparecem no Elenco de
Contas.
Os Direitos realizáveis a longo prazo são aqueles cujos vencimentos ocorram após o término do exercício
social seguinte ao do Balanço.
Suponhamos que, no dia 31 de dezembro de x3, você esteja levantando o Balanço de uma empresa.
Neste caso, todos os Direitos cujos vencimentos ocorram em x4 deverão ser classificados no Ativo Circulante; já
os Direitos cujos vencimentos ocorram a partir de 12 de janeiro de x5 deverão ser classificados no Ativo Não-
Circulante, uma vez que eles vencerão após o término do exercício seguinte ao do Balanço (exercício do Balanço
= x3; exercício seguinte ao do Balanço = x4; período considerado após o término do exercício seguinte ao do
Balanço = x5 em diante).
Os bens de uso são aqueles necessários ao desenvolvimento das atividades normais da empresa, como
é o caso dos Móveis e utensílios, dos Computadores, dos Veículos etc.
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Os bens imateriais, conforme já mencionamos no capítulo 2, correspondem a determinados gastos
realizados pela empresa que pela sua natureza devem ser ativados como Fundo de Comércio, Marcas e
Patentes etc.
São classificadas, ainda no Ativo Não-Circulante, as contas representativas de investimentos, que serão
tratadas mais adiante.
2. PASSIVO
No Passivo, você encontra as contas que representam as Obrigações e o Patrimônio
Líquido devidamente classificadas em três grupos: 2.1 Passivo Circulante; 2.2 Passivo Não-
Circulante: e 2.3 Patrimônio Líquido.
A ordem de disposição das contas no Passivo, segundo a Lei nº 6.404/1976, é a ordem decrescente do grau de
exigibilidade.
OBSERVAÇÃO:
Grau de exigibilidade é o maior ou menor prazo em que as Obrigações devem ser pagas pela empresa.
Assim, serão classificadas no Passivo Circulante as Obrigações cujos vencimentos ocorram em prazo
inferior a um ano, a contar da data do respectivo Balanço, bem como serão classificadas no Passivo Não-
Circulante as Obrigações cujos vencimentos ocorram após um ano da data do respectivo Balanço.
As Contas de Resultado dividem-se em dois grupos: Despesas e Receitas. Conforme já dissemos, é por
meio dessas contas que podemos conhecer o resultado
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Confrontando-se as Despesas com as Receitas. Para isso, são necessárias três operações:
Contabilmente, tal operação é feita mediante a transferência dos saldos das Contas de Despesas e de Receitas
para uma conta Transitória, denominada Resultado do Exercício. Em vista disso, inserimos o grupo 5 no gráfico II
do Elenco de Contas. Este grupo é composto apenas pela conta .Resultado do Exercício.
NOTAS: A numeração das Contas de Resultado é seqüência das contas do gráfico I (Patrimoniais). O
Resultado do Exercício, lucro ou prejuízo, bem como todas as contas utilizadas para a sua apuração,
devem ser demonstradas por meio da Demonstração do Resultado do Exercício.
Atividade Prática
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Nº CONTAS A B C
4 Água e Esgoto
5 Aluguéis Passivos
6 Descontos Obtidos
7 Fornecedores
8 Promissórias a Pagar
9 Clientes A
10 Gastos de Organização
11 Imóveis
12 Instalações
13 Café e Lanches
14 Descontos Concedidos
15 Juros Ativos
16 Salários a Pagar
17 Fundo de Comércio
18 Duplicatas a Receber
20 Material de Expediente
22 Móveis e Utensílios
23 Veículos
24 Estoque de Mercadorias
25 Capital
26 Juros Passivos
27 Fretes e Carretos
28 Aluguéis Ativos
29 Despesas Bancárias
30 Computadores
20
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GRÁFICO I - CONTAS PATRIMONIAIS
1 – ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 DISPONIBILIDADES
1.1.1.01 Caixa
1.1.1.02 Bancos conta Movimento - Banco do Brasil
1.1.1.03 Bancos conta Movimento - Caixa Econ. Federal
1.1.1.04 Bancos conta Movimento - Banco Bradesco
1.1.2 CLIENTES
1.1.2.01 Duplicatas a Receber - CLIENTE A
1.1.2.02 Duplicatas a Receber - CLIENTE B
1.1.2.03 Duplicatas a Receber - CLIENTE C
1.1.2.04 Duplicatas a Receber - CLIENTE D
1.1.3 OUTROS CRÉDITOS
1.1.3.01 Promissórias a Receber
1.1.4 IMPOSTOS A RECUPERAR
1.1.4.01 ICMS a Recuperar
1.1.6 ESTOQUES
1.1.6.01 Estoque de Mercadorias
1.1.6.02 Estoque de Material de Expediente
1.1.6.03 Estoque de Material de Limpeza
2 – PASSIVO
2.1 PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1 OBRIGAÇÕES A FORNECEDORES
2.1.1.01 Duplicatas a Pagar - Fornecedor A
2.1.1.02 Duplicatas a Pagar - Fornecedor B
2.1.1.03 Duplicatas a Pagar - Fornecedor C
2.1.1.04 Duplicatas a Pagar - Fornecedor D
2.1.2 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS
2.1.2.02 Promissórias a Pagar
2.1.2.03 Titulos a Pagar
2.1.3 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
2.1.3.01 COFINS a Recolher
2.1.3.02 ICMS a Recolher
2.1.3.03 Impostos e Taxas a Recolher
2.1.3.04 PIS a Recolher
2.1.3.05 Provisão para Contribuição Social
2.1.3.06 Provisão para Imposto de Renda
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29
2.1.4 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
2.1.4.01 Contribuições de Previdência a Recolher
2.1.4.02 FGTS a Recolher
2.1.4.03 Provisão para Décimo Terceiro Salário
2.1.4.04 Provisão para Férias
2.1.4.05 Salários a Pagar
2.1.5 OUTRAS OBRIGAÇÕES
2.1.5.01 Aluguéis a Pagar
2.1.5.02 Contas a Pagar
2.2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
2.2.1 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO
2.2.1.10 Obrigações a Fornecedores
2.2.1.11 Duplicatas a Pagar
2.2.1.20 Emprestimos e Financiamentos
2.2.1.21 Bancos Conta Emprestimos
2.2.1.22 Promissórias a Pagar
2.2.1.30 Débitos com Pessoas Ligadas
2.2.1.31 Títulos a Pagar à Coligada A
2.3 PATRIMÔNIO LIQUIDO
2.3.1 CAPITAL SOCIAL
2.3.1.01 Capital
2.3.1.02 (-) Titular conta Capital a Realizar
2.3.6.03 (+ ou - ) Lucro/Prejuizo Acumulado
3 - DESPESAS E CUSTOS
3.1 DESPESAS OPERACIONAIS
3.1.1 DESPESAS COM VENDAS
Pessoal
3.1.1.01 Café e Lanches
3.1.1.02 Comissões sobre Vendas
3.1.1.03 Contribuições de Previdência
3.1.1.04 Décimo Terceiro Salário
3.1.1.05 Encargos Sociais
3.1.1.06 Férias
3.1.1.07 FGTS
3.1.1.08 Salários
3.1.1.09 Outras Despesas com Pessoal
Outras
3.1.1.11 Fretes e Carretos
3.1.1.12 Propaganda e Publicidade
3.1.1.13 Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa
3.1.1.14 Despesas Eventuais
3.1.2 DESPESAS FINANCEIRAS
3.1.2.01 Descontos Concedidos
3.1.2.02 Despesas Bancárias
3.1.2.03 Juros Passivos
3.1.3 DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS
Pessoal
3.1.3.01 Café e Lanches
3.1.3.02 Comissões sobre Vendas
3.1.3.03 Contribuições de Previdência
3.1.3.04 Décimo Terceiro Salário
3.1.3.05 Encargos Sociais
3.1.3.06 Férias
3.1.3.07 FGTS
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30
3.1.3.08 Salários
3.1.3.09 Outras Despesas com Pessoal
3.1.3.10 Água e Esgoto
3.1.3.11 Aluguéis Passivos
3.1.3.12 Amortização
3.1.3.13 Combustiveis
3.1.3.14 Depreciação
3.1.3.15 Despesas Postais
3.1.3.16 Energia Elétrica
3.1.3.17 Fretes e Carretos
3.1.3.18 Material de Expediente
3.1.3.19 Material de Limpeza
3.1.3.20 Prêmios de Seguro
3.1.3.21 Comunicação (Telefone, Fax, etc.)
3.1.3.22 Serviços de Terceiros
3.1.3.23 Despesas Eventuais
3.1.3.24 Despesas com Viagens
Tributárias
3.1.3.31 Impostos e Taxas
Outras
3.1.3.41 Despesas Eventuais
3.1.4 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
3.1.4.01 Despesas ou Gastos de Organização
3.1.4.02 Multas Fiscais
3.1.4.03 Multas de Trânsito
3.1.4.04 Despesas Eventuais
4 – RECEITAS
4.1 RECEITAS OPERACIONAIS
4.1.1 RECEITA BRUTA
4.1.1.01 Vendas de Mercadorias
4.1.1.02 Receita de Serviços
4.1.1.03 (-) Abatimento sobre Vendas
4.1.1.04 (-) Vendas Anuladas
4.1.1.05 (-) Descontos Incondicionais Concedidos
4.1.1.06 (-) Impostos sobre Serviços ( ISS )
4.1.1.07 (-) Tributo sobre Vendas
4.1.1.08 (-) ICMS sobre Vendas
4.1.1.09 (-) COFINS sobre Faturamento
4.1.1.10 (-) PIS sobre Faturamento
4.1.2 RECEITAS FINANCEIRAS
4.1.2.01 Descontos Obtidos
4.1.2.02 Juros Ativos
4.1.2.03 Rendimentos sobre Aplicações Financeiras
4.1.3 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
4.1.3.01 Aluguéis Ativos
4.1.3.02 Perdas Recuperadas
23
31
4.1.3.03 Receitas Eventuais
5 - CONTAS DE APURAÇÃO DO RESULTADO
5.1 RESULTADO BRUTO
5.1.1.99 Custo das Mercadorias Vendidas ( CMV )
5.1.2.99 Custo dos Serviços Prestado ( CSP )
5.1.3.99 Resultado da Conta Mercadorias ( RCM )
5.1.3.01 Lucros sobre Vendas ( LUCRO BRUTO )
5.1.3.02 ( - ) Prejuizo sobre Vendas
5.2 RESULTADO LIQUIDO
5.2.1.99 Resultado do Exercicio
5.2.1.01 Lucro Liquido do Exercicio
5.2.1.02 Lucros Acumulados
5.2.1.03 Reservas de Lucro
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