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FINANCEIRA
NOTA INTRODUTÓRIA
1- INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS ............................................................. 6
3. CONTABILIDADE FINANCEIRA ........................................................ 42
4. CASOS PRÁTICOS .................................................................................. 85
5. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................... 102
ANEXO ......................................................................................................... 103
QUADRO DE CONTAS DO SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO
CONTABILISTICA ................................................................................ 103
SEPARATA
SNC – Análise e Exemplificação das NCRF’s
NOTA INTRODUTÓRIA
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado
como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais denominou-se
património. O termo passou a ser utilizado para qualquer valor, mesmo que estes não
tivessem sido herdados.
Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registos a fim de
que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.
O método das Partidas Dobradas teve sua origem em Itália, embora não se possa
precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adopção de outros livros que
tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de
Custos.
Devem ser citados três eventos importantes que ocorreram neste período:
Em 1493, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das
Partidas Dobradas. O método já era utilizado em Itália, principalmente na Toscana,
desde o Século XIV.
Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se
usa até hoje.
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse
inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da
Administração, e o património definia-se como um direito, segundo postulados
jurídicos.
A obra de Francesco Villa foi escrita para participar num concurso sobre
Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra
natal do autor. Além do prémio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.
1- INTRODUÇÃO
► 4.000 aC, Mesopotâmia, sinais de existência de exploração agrícola; normas relativas aos
contratos.
► Explorações artesanais:
► Feudalismo
► Idade Média:
└ Produção auto-suficiente
└ Florescimento do comércio.
► Descobrimentos portugueses
► A empresa capitalista:
└ Revolução industrial
└ Maximização do lucro.
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└ O negócio individual;
▓ INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO:
└ Segundo Maslow:
Realização pessoal
Dignidade
Integração social
Segurança
Necessidades fisiológicas
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Necessidades: Necessidades:
Alimentação; Individuais
(alimentação, habitação);
Vestuário;
Colectivas
Habitação; (segurança, cultura)
Educação;
Cultura;
Segurança.
Bens:
Meios que o homem dispõe para satisfação das suas necessidades.
Bens livres:
Meios que a natureza oferece, que podem ser limitados ou ilimitados.
Produção:
Transformação dos recursos em bens que satisfaçam as necessidades humanas.
Distribuição: Consumo:
Transporte de produtos do Utilização dos bens, por parte do
local de produção para o homem, para satisfação das suas
local de consumo. necessidades.
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Trabalho
Vencimentos e subsídios Impostos+contribuições+consumo
Trabalho Bens e serviços
FAMÍLIAS ADMINISTRAÇÃO EMPRESAS
Bens e serviços PÚBLICA Bens e serviços
Fluxos Reais
Recebidos do exterior Fornecidos ao exterior
Matérias-primas e subsidiárias
Produtos fabricados
Mercadorias
Empresa Mercadorias
Maquinaria e equipamento
Serviços vários
Serviços vários
Prestação à própria empresa
Prestação à própria empresa
Outros
Outros
Fluxos Monetários
Entrada de fundos Saída de fundos
monetários monetários
Meios monetários Meios monetários
Empresa
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Entrega de moeda
Vendedor Comprador
Bens e serviços
Venda a pronto
Pagamento diferido
Compra a prazo
Vendedor Comprador
(Fornecedor) (cliente)
Bens e serviços
Venda a prazo
Crédito:
É o direito que assiste ao vendedor de receber, em data posterior à da venda, o valor dos
bens que recebeu ou dos serviços que prestou.
Débito:
É a obrigação que o comprador tem de pagar, em data posterior à de aquisição, o valor dos
bens e dos serviços que adquiriu.
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2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
As funções da Contabilidade:
☼ REGISTO:
Registo de todos os factos que provocam alterações no património da empresa. Esta função
da contabilidade depende de outras secções da empresa que tem de fornecer a informação
clara e precisa para a realização dos registos contabilísticos. Esta função pode dividir-se em
duas fases:
☼ CONTROLO:
A contabilidade deve permitir o exame e a crítica das operações realizadas pela empresa.
☼ AVALIAÇÃO:
A contabilidade deve permitir conhecer com exactidão os custos dos produtos vendidos e
assim determinar os preços de venda, determinar a quantidade e qualidade das matérias,
analisar a produtividade dos colaboradores da empresa.
☼ PREVISÃO:
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As Divisões da Contabilidade:
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O património individual:
└ Exemplo:
- Uma casa;
- Um carro;
- Mobiliário diverso;
- Dinheiro;
Devido a diversos factores, o património de hoje, pode ser diferente amanhã, a isto
chamamos o dinamismo do património. Assim, surge a necessidade de datarmos, sempre
um património. Para além da data, um património deve ser sempre valorizado:
└ Exemplo:
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Tal como no património individual, o património das empresas é constituído por bens,
direitos e obrigações.
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PATRIMÓNIO:
Obrigações = Passivo
Então,
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1º- Homogeneidade, cada conta deve conter elementos que tenham características
comuns;
CONTA:
REPRESENTAÇÃO DA CONTA:
Este traçado permite a divisão do espaço, reservado aos registos, em duas colunas:
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Assim, se uma conta recebe uma inscrição do lado esquerdo, diz-se que está a ser debitada;
Se uma conta recebe uma inscrição do lado direito, diz-se que está a ser creditada.
DÉBITOS CRÉDITOS
À diferença entre a soma dos DÉBITOS e dos CRÉDITOS, apresentados por uma conta
damos o nome de SALDO.
S=D–C
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Movimentação da Conta:
Antes de efectuar qualquer registo, temos que saber em que coluna se efectuará o registo.
O primeiro registo a efectuar será a extensão inicial da conta evidenciada pelo Balanço.
Podemos ver a seguir no quadro de variação de contas que no activo a extensão inicial se
regista na 1ª coluna, o equivalente ao lado esquerdo do Balanço. A coluna do lado esquerdo
corresponde ao débito, o que equivale a dizer que as contas do Activo DEBITAM PELA
EXTENSÃO INICIAL.
Balanço
Contas Activo
+ - Equivalente a: Activo
Ext. Inic. Ext.
Inic.
Podemos ver no quadro de variação de contas que no Passivo a extensão inicial se regista na
2ª coluna, o equivalente ao lado direito do Balanço. A coluna da direita equivale ao crédito,
o que equivale a dizer que as contas do Passivo se CREDITAM PELA EXTENSÃO
INICIAL.
Balanço
Contas Passivo
- + Equivalente a: CPP
Ext.
Ext. Inic.
Inic.
Já sabemos que a extensão inicial de regista a débito, mas sabemos que uma conta pode
sofrer aumentos e diminuições de valor, como se realiza o respectivo registo?
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Nota Histórica:
… quem recebe deve (tem um débito) , por isso o Activo foi considerado devedor.
Nota Histórica:
Já sabemos que a extensão inicial de regista a CRÉDITO, mas sabemos que uma conta pode
sofrer aumentos e diminuições de valor, como se realiza o respectivo registo?
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Cada fluxo económico registado pela empresa provoca alterações no seu património.
Ora a empresa está permanentemente a efectuar operações, operações que serão registadas
nas diversas contas de acordo com as características de homogeneidade e coerência.
Surge, assim a CONTA como um quadro de registo e de análise dos fluxos económicos da
empresa.
Quadro que permite seguir a evolução das aplicações e dos recursos de uma empresa.
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DEPÓSITOS À ORDEM:
Sabemos o valor que a empresa tem à guarda das instituições financeiras, mas não sabemos
em qual ou em quais, temos por isso que desdobrar a conta de DO em contas divisionárias
ou sub-contas.
CLIENTES:
Sabemos o que significa o saldo de Clientes, mas não sabemos quais os clientes que nos
devem, surge agora a necessidade de a classificação contabilística, ser mais precisa. Temos
assim que dividir a conta clientes em contas subsidiárias. Assim, designamos a conta de
Clientes de conta colectiva ou acumulativa, uma vez que se pode dividir noutras – contas
divisionárias ou subcontas.
Contas do 1º Grau Clientes
Contas do 3º Grau A B C A B C
De acordo com a classificação económica das empresas, podemos ter mercadorias (empresas
comerciais) e matérias-primas (empresas industriais).
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Contas do 2º Grau A B C A B C
CONTAS DE GASTOS:
Fornecimentos e Serviços
Externos
Honorários Seguros
Comissões
CONTAS DE RENDIMENTOS:
Vendas
O INVENTÁRIO:
1º - Quanto à ordenação:
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2º - Quanto ao conteúdo:
-Inventário total ou geral, quando nele estão inscritos todos os elementos patrimoniais da
empresa, em determinado momento;
3º - Quanto à apresentação:
- Inventário analítico, quando, além do título da conta, nele são apresentados todos os seus
elementos integrantes, devidamente valorados.
- Inventário sintético, quando nele apenas surgem as contas integrantes com o respectivo
título e extensão (valor).
Elaboração do inventário:
Inventário:
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VARIAÇÕES PATRIMONIAIS:
BALANÇO:
O Passivo de uma empresa é constituído pelas OBRIGAÇÕES que tem para com terceiros.
Generalizando:
Se A > P
Esquematicamente:
Se A = P
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Esquematicamente:
Activo = Passivo
Se A < P
Esquematicamente:
Activo
+
Passivo
Situação Líquida =
Passiva
Por convenção, esta igualdade pode ser representada em forma de T, no qual do lado
esquerdo, representamos a Activo da empresa e do lado direito o Passivo da empresa. A
Situação Líquida registar-se-á, do lado mais fraco, de forma a mantermos uma igualdade.
Balanço
Activo Passivo
+ +
Situação Líquida Situação Líquida
Passiva Activa
A + SLP = P + SLA
A esta equação, damos o nome de, EQUAÇÃO GERAL DO BALANÇO
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- Representar o Património:
Balanço:
Uma igualdade entre dois membros, referida a uma determinada data e referente a uma dada
empresa, que nos representa o seu Património, quer em composição, quer em valor.
Apresentação do Balanço:
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Representação do Balanço:
Já vimos que uma empresa realiza operações, que na óptica da Contabilidade, podem ser
permutativas ou modificativas. São as operações modificativas que vão levar aos objectivos
finais da empresa, a rentabilização dos investimentos, proporcionando o almejado lucro.
Já vimos que para determinado período as operações contabilísticas têm por base um
eventual Balanço Inicial, durante o ano a empresa labora e ocorrem alterações no seu
património, no fim desse período é elaborado um novo Balanço, denominado Balanço Final.
Ao tempo que decorre entre o Balanço Inicial e o Balanço final, damos o nome de período
económico, que em Portugal coincide em regra com o ano civil.
A partir da elaboração dos Balanços Inicial e Final é possível calcular o Resultado Líquido
do Exercício da empresa, basta então calcular:
Para a elaboração do Demonstração de Resultados por Naturezas, teremos ainda que agrupar
cada uma das contas apresentadas, nas contas de resultados.
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Implica a determinação do valor do imposto, nos termos das disposições legais aplicáveis.
Existem gastos e rendimentos que resultam da actividade normal e corrente que a empresa
desenvolve, bem como gastos e rendimentos de financiamento.
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A NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA:
MODELOS CONTABILÍSTICOS:
Actualmente realça-se cada vez mais o papel social da empresa na medida em que a sua
ligação ao mundo que a rodeia é cada vez mais intensa. Diz-se mesmo que a empresa é um
agente económico que a todo o momento é atravessado por fluxos:
O conhecimento preciso destas operações e do seu valor é feito através de documentos como
facturas, recibos, notas de débito e de crédito. Como uma das actividades básicas da
contabilidade é a de registar documentos, compete-lhe, por um lado, receber, seleccionar e
classificar tais documentos e, por outro, fornecer dados que permitam cálculos de
rentabilidade, solvabilidade, autonomia e análise dos desvios, possibilitando julgamentos
sobre a situação da empresa, sua evolução e perspectivas futuras.
O papel da contabilidade, não se fica por aqui, é cada vez mais um precioso instrumento de
elaboração de estatísticas e das contas nacionais.
Assim,
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1 – Princípios: são tão importantes que determinam a natureza básica do modelo. São
universalmente aceites, permitindo obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação
patrimonial, bem como dos resultados das operações realizadas pela empresa.
Destinam-se fundamentalmente a:
- Dar segurança a terceiros, que contactem com a empresa, uma vez que se destinam
ou a fazer com que as contas anuais apresentadas sejam correctas;
Pode-se, mesmo afirmar que as tradições conduziram à criação de três grandes escolas
contabilísticas:
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No que respeita aos países da Europa ocidental, após a criação da CEE, verificou-se um
esforço de parte dos seus membros para que as divergências se esbatessem.
Deste modo, foi elaborada a IV Directiva do Conselho, de acordo com o disposto no Tratado
de Roma, que teve por objectivo harmonizar a estrutura, o conteúdo e o modo de avaliação
das contas anuais das sociedades de capitais. Esta tendência era inevitável, as empresas mãe,
passaram a abrir filiais noutros países membros, e a criação de uma zona económica livre,
levou a que a concorrência passasse a exigir equivalência de informações.
O Plano Oficial de Contabilidade, apresentava, uma filosofia e uma estrutura própria, o que
lhe conferia uma aptidão particular para, aplicando critérios tradicionalmente portugueses,
resolver questões específicas do nosso universo económico – financeiro.
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Estrutura conceptual2:
Pressupostos subjacentes:
1
Aprovado pelo DL 158/2009 de 13/07
2
Aviso 15652_2009
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- Comparabilidade:
Os utentes têm de ser capazes de comparar as demonstrações financeiras de uma entidade ao
longo do tempo a fim de identificar tendências na sua posição financeira e no seu
desempenho. Os utentes têm também de ser capazes de comparar as demonstrações
financeiras de diferentes entidades a fim de avaliar de forma relativa a sua posição
financeira, o seu desempenho e as alterações na posição financeira. Daqui que a mensuração
e exposição dos efeitos financeiros de transacções e outros acontecimentos semelhantes
devam ser levados a efeito de maneira consistente em toda a entidade e ao longo do tempo
nessa entidade e de maneira consistente para diferentes entidades.
Porque os utentes desejam comparar a posição financeira, o desempenho e as alterações na
posição financeira de uma entidade ao longo do tempo, é importante que as demonstrações
financeiras mostrem a informação correspondente dos períodos precedentes.
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A elaboração dos gráficos deve ser feita de modo a podermos relacionar os capitais
permanentes (passivo não corrente + capitais próprios) com o activo não corrente e o passivo
corrente com o activo corrente.
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1- Os passivos não correntes, a existirem, devem servir para financiar o activo não corrente
que não esteja «coberto» por capitais próprios.
2- O activo corrente deve cobrir os passivos correntes, mas deve existir sempre uma margem
de segurança, denominado de, Fundo de Maneio, entre o activo corrente e os passivos
correntes, para fazer face a possíveis dificuldades de tesouraria.
ou,
A análise gráfica do Balanço deverá ter em conta o tipo de empresa e o seu enquadramento
dentro do ramo de actividade em que se situa. A estrutura patrimonial ideal de uma empresa
varia em relação ao tipo de actividade por ela desenvolvida, condicionando, esta, toda a sua
estrutura patrimonial, nomeadamente os valores investidos em activos não correntes.
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(a) Custo histórico. Os activos são registados pela quantia de caixa, ou equivalentes de caixa
paga ou pelo justo valor da retribuição dada para os adquirir no momento da sua aquisição.
Os passivos são registados pela quantia dos proventos recebidos em troca da obrigação, ou
em algumas circunstâncias (por exemplo, impostos sobre o rendimento), pelas quantias de
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caixa, ou de equivalentes de caixa, que se espera que venham a ser pagas para satisfazer o
passivo no decurso normal dos negócios.
(b) Custo corrente. Os activos são registados pela quantia de caixa ou de equivalentes de
caixa que teria de ser paga se o mesmo ou um activo equivalente fosse correntemente
adquirido. Os passivos são registados pela quantia não descontada de caixa, ou de
equivalentes de caixa, que seria necessária para liquidar correntemente a obrigação.
(c) Valor realizável (de liquidação). Os activos são registados pela quantia de caixa, ou
equivalentes de caixa, que possa ser correntemente obtida ao vender o activo numa alienação
ordenada. Os passivos são escriturados pelos seus valores de liquidação; isto é, as quantias
não descontadas de caixa ou equivalentes de caixa que se espera que sejam pagas para
satisfazer os passivos no decurso normal dos negócios.
(d) Valor presente. Os activos são escriturados pelo valor presente descontado dos futuros
influxos líquidos de caixa que se espera que o item gere no decurso normal dos negócios. Os
passivos são escriturados pelo valor presente descontado dos futuros exfluxos líquidos de
caixa que se espera que sejam necessários para liquidar os passivos no decurso normal dos
negócios.
(e) Justo valor. Quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Aplicabilidade do SNC:
O SNC é obrigatoriamente aplicável às seguintes entidades, excepto quando sejam aplicáveis
as normas internacionais de contabilidade.
a) Sociedades nacionais e estrangeiras abrangidas pelo Código das Sociedades
Comerciais;
b) Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;
c) Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;
d) Empresas públicas;
e) Cooperativas;
f) Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de interesse
económico;
g) Outras entidades que, por legislação específica, se encontrem sujeitas ao POC ou
venham a estar sujeitas ao SNC.
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
3
Portaria 1011_2009
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
NCRF
NCRF 9 – Locações
4
Aviso 15654_2009 e Aviso 15655_2009
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
NCRF 17 – Agricultura
NCRF 18 – Inventários
NCRF 20 – Rédito
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Demonstrações Financeiras5:
- Método Directo.
- por Natureza;
Anexo Geral.
Aplicável às entidades que optem pela sua aplicação e que não ultrapassem dois dos três
limites seguintes: Total de Balanço: 1 500 000€; Total de Vendas Líquidas e Outros
Rendimentos: 3 000 000€; N.º médio de trabalhadores: 50:
Balanço;
- por Natureza;
Anexo
5
Portaria 986_2009
6
Lei 20/2010 de 23/08
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
3. CONTABILIDADE FINANCEIRA:
11 Caixa
O saldo final da conta Caixa é sempre devedor ou nulo, e será inscrito no Balanço na rubrica
Activo Corrente.
Os valores em moeda estrangeira devem ser actualizados à taxa de câmbio7 à data de relato:
12 Depósitos à ordem
7
Ver NCRF 23 Efeitos da alteração das taxas de câmbio
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Outros Depósitos Bancários: Depósitos bancários, que não se devam registar nas contas
anteriores.
8
14 Instrumentos financeiros *
141 Derivados
1411 Potencialmente favoráveis
São alterações que registam ganhos por aumentos do justo valor (a registar em 771)
Esta conta visa reconhecer todos os instrumentos financeiros que não sejam caixa (conta 11) ou
depósitos bancários que não incluam derivados (contas 12 e 13) que sejam mensurados ao justo
valor cujas alterações sejam reconhecidas na demonstração de resultados. Consequentemente,
excluem-se desta conta os restantes instrumentos financeiros que devam ser mensurados ao custo,
custo amortizado ou método da equivalência patrimonial (classe 2 ou conta 41).
8
Ver NCRF 27 Instrumentos Financeiros
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Esta classe destina-se a registar as operações relacionadas com clientes, fornecedores, pessoal,
Estado e outros entes públicos, financiadores, accionistas, bem como outras operações com
terceiros que não tenham cabimento nas contas anteriores ou noutras classes específicas. Incluem-
se, ainda, nesta classe, os diferimentos (para permitir o registo dos gastos e dos rendimentos nos
períodos a que respeitam) e as provisões.
10
21 - Clientes
Regista os movimentos com os compradores de mercadorias, de produtos e de serviços.
15
22 - Fornecedores
9
Ver NCRF 5 Divulgação de partes relacionadas
Ver NCRF 13 Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas
Ver NCRF 14 Concentrações de Actividades Empresariais
10
Ver NCRF 23 Os Efeitos de alterações em taxas de câmbio
Ver NCRF 27 Instrumentos Financeiros
11
Sendo a Imparidade uma redução do valor do Activo, relativamente a fornecedores essa imparidade existe
apenas no que diz respeito a Adiantamentos a Fornecedores (registado na conta 228/2713)
12
Sendo a Imparidade uma redução do valor do Activo, relativamente a pessoal essa imparidade existe apenas
no que diz respeito a Adiantamentos ou Outras Operações (registado na conta 232/238)
13
Sendo a Imparidade uma redução do valor do Activo, relativamente a Accionistas/Sócios essa imparidade
existe apenas no que diz respeito a saldos devedores registados nas contas 263/264/266/268
14
Sendo a Imparidade uma redução do valor do Activo, relativamente a Outras Contas a pagar essa imparidade
existe apenas no que diz respeito a Adiantamentos (registado nas contas 278)
15
Ver NCRF 23 Os Efeitos de alterações em taxas de câmbio
Ver NCRF 27 Instrumentos Financeiros
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Regista os movimentos com os vendedores de bens e de serviços, com excepção dos destinados
aos investimentos da entidade.
A conta de fornecedores, deve incluir todos os registos das compras de bens e serviços,
efectuadas pela empresa, independentemente do respectivo pagamento. Esta conta deve ser
desdobrada conforme o número de fornecedores e as necessidades da empresa.
- Fornecedores Conta Corrente: Regista todos os débitos da empresa provenientes de
fornecimentos que não se encontrem titulados por letras ou outros títulos.
- Fornecedores Títulos a Pagar: Regista todos os débitos titulados por letras ou outros
títulos.
Diferenças de câmbio16:
Se negativas, os gastos resultantes das actualizações monetárias das transacções será
registada na conta 692. Se a diferença for positiva, será registada na conta 7861.
17
23 Pessoal
231 - Remunerações a pagar
O movimento desta conta insere-se no seguinte esquema normalizado:
1ª Fase – pelo processamento dos ordenados, salários e outras remunerações, dentro do mês a
que respeitem: débito, das respectivas subcontas de 63 – Gastos com o pessoal, por crédito de 231,
pelos valores líquidos apurados no processamento e normalmente das contas 24 – Estado e outros
entes públicos (nas respectivas subcontas), 232 – Adiantamentos e 278 – Outros devedores e
credores, relativamente aos sindicatos, consoante as entidades credoras dos descontos efectuados
(parte do pessoal);
2ª Fase – pelo processamento dos encargos sobre remunerações (parte patronal), dentro do mês a
que respeitem: débito da respectiva rubrica em 635 – Gastos com o pessoal – Encargos sobre
remunerações, por crédito das subcontas de 24 – Estado e outros entes públicos a que respeitem
as contribuições patronais;
3ª Fase – Pelos pagamentos ao pessoal e às outras entidades: debitam-se as contas 231, 24 e 278,
por contrapartida das contas da classe 1.
16
Ver NCRF 23 Efeitos da alteração das taxas de câmbio
17
Ver NCRF 28 Benefícios dos Empregados
18
Ver NCRF 25 Imposto sobre os Rendimentos
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
No fim do período será calculada, com base na matéria colectável estimada, a quantia do respectivo
imposto, a qual se registará a crédito desta conta por débito de 8121 – Imposto estimado para o
período.
242 - Retenção de impostos sobre rendimentos
Esta conta movimenta a crédito o imposto que tenha sido retido na fonte relativamente a
rendimentos pagos a sujeitos passivos de IRC ou de IRS, podendo ser subdividida de acordo com a
natureza dos rendimentos.
243 - Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)
Esta conta destina-se a registar as situações decorrentes da aplicação do Código do Imposto sobre
o Valor Acrescentado.
Credita Debita
IVA Regularizações
A favor do Estado A favor da Empresa
Credita Debita
IVA Apuramento
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
19
25 Financiamentos obtidos
26 Accionistas/sócios
261 – Accionistas c/subscrição e
262 – Quotas não liberadas
Para efeitos de elaboração do Balanço, os saldos destas contas são deduzidos ao Capital nos
termos da NCRF 27 – Instrumentos financeiros (§ 8).
19
Ver NCRF 10 Custos dos Empréstimos Obtidos
20
Ver NCRF 9 Locações
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
28 - Diferimentos
Compreende os gastos e os rendimentos que devam ser reconhecidos nos períodos seguintes.
281 Gastos a reconhecer
282 Rendimentos a reconhecer
283 - Subsídios para investimentos
Inclui os subsídios associados com activos, que deverão ser transferidos, numa base sistemática,
para a conta 7883 – Imputação de subsídios para investimentos, à medida em que forem
contabilizadas as depreciações/amortizações do investimento a que respeitem.
21
29 - Provisões
Esta conta serve para registar as responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que
à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data
de ocorrência.
As suas subcontas devem ser utilizadas directamente pelos dispêndios para que foram
reconhecidas, sem prejuízo das reversões a que haja lugar.
291 Impostos
292 Garantias a clientes
293 Processos judiciais em curso
294 Acidentes de trabalho e doenças profissionais
22
295 Matérias ambientais
296 Contratos onerosos
297 Reestruturação
298 Outras provisões
21
Ver NCRF 21 – Provisões, passivos contingentes e activos contingentes
22
Ver NCRF 26 – Matérias ambientais
EDIÇÃO 2014 48
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Noções básicas:
São Inventários e Activos Biológicos todo o bem armazenável que foi adquirido ou
produzido pela empresa e que se destina a ser vendido ou a ser incorporado no processo
produtivo.
23
Ver NCRF 18 Inventários
24
Ver NCRF 17 Agricultura
EDIÇÃO 2014 49
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
EDIÇÃO 2014 50
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
- Utilizando alguns métodos de custeio: FIFO (First in First Out); ou Custo Médio
Ponderado [(Custo Inventários Iniciais + Custo Inventários Adquiridos) / (Quantidades
Inventários Iniciais + Quantidades Inventários Adquiridos)].
Para laborar, as empresa têm de adquirir bens para colocarem no mercado e assim gerar
rendimentos que mantenham o negócio rentável. As empresas industriais adquirem matérias-
primas, matérias subsidiárias, embalagens, e outros serviços, que serão transformados em
produtos finais, as empresas comerciais, adquirem já o produto acabado, para posterior
venda.
Ao fazer uma compra, a empresa terá que registar o preço de compras dos bens, assim como
as despesas inerentes à compra, como é o caso dos fretes, seguros, transportes, direitos
alfandegários, entre outros. As compras são registadas ao custo de aquisição, ou seja, pelo
preço de compra das mercadorias, acrescido das despesas adicionais, tidas com a compra.
A conta compras, será dividida em várias subcontas, de acordo com as necessidades das
empresas. Esta divisão permite o conhecimento com clareza e precisão, do valor dos
diferentes tipos de bens adquiridos.
Sobre a aquisição das mercadorias, incide o Imposto sobre o Valor Acrescentado. A base de
incidência é o valor líquido dos bens adquiridos, isto é, os descontos e abatimentos incluídos
na factura, dão origem a que o IVA incida sobre o valor líquido resultante.
EDIÇÃO 2014 51
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
O IVA, em geral não gera custos para a empresa, uma vez que este imposto é registado a
débito de uma conta de Estado e Outros Entes Públicos, IVA – Dedutível (conta 2432),
tornando-se a empresa credora do Estado, pelo imposto suportado na compra.
Devoluções de compras:
Poderá acontecer que os bens comprados, não cheguem em boas condições, ou não se
encontrem de acordo com as amostras, o que leva o comprador a proceder à sua devolução
total ou parcial, após ter registado a respectiva factura.
Para além dos descontos de natureza comercial, existem ainda os descontos de natureza
financeira, que dizem respeito a descontos obtidos em pagamentos, nomeadamente de pronto
pagamento e antecipação de pagamento, efectuados nas compras.
Estes descontos não afectam o custo de aquisição das mercadorias compradas, pelo que são
registados na classe 7, conta 782 Descontos de pronto pagamento obtidos.
EDIÇÃO 2014 52
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
- Ofertas de fornecedores;
- Sobras.
- Ofertas a clientes;
- Quebras.
EDIÇÃO 2014 53
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
CLASSE 4 – INVESTIMENTOS25
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não se destinem a ser
vendidos ou transformados no decurso normal das operações da entidade, quer sejam de sua
propriedade, quer estejam em regime de locação financeira. Compreende os investimentos
financeiros, as propriedades de investimento, os activos fixos tangíveis, os activos intangíveis, os
investimentos em curso e os activos não correntes detidos para venda.
No caso de ser utilizado o modelo de revalorização nos activos fixos tangíveis e activos intangíveis,
poderão ser utilizadas subcontas que evidenciem o custo de aquisição/produção e as revalorizações
(positivas ou negativas).
Se a revalorização originar uma diminuição do valor do activo essa diminuição deve ser reconhecida
em conta apropriada de gastos (subcontas da conta 65) na parte em que seja superior ao excedente
de revalorização que porventura exista. Se originar um aumento do valor do activo esse aumento é
creditado directamente na conta apropriada do capital próprio (58 - Excedentes de revalorização de
activos fixos tangíveis e intangíveis). Contudo esse aumento será reconhecido em resultados
(subcontas da conta 762) até ao ponto que compense um decréscimo de revalorização
anteriormente registado em gastos.
25
Ver NCRF 6 Activos intangíveis
Ver NCRF 7 Activos fixos tangíveis
Ver NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
Ver NCRF 9 Locações
Ver NCRF 10 Custos de Empréstimos Obtidos
Ver NCRF 11 Propriedades de Investimentos
Ver NCRF 12 Imparidade de Activos
Ver NCRF 13 Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos
Ver NCRF 14 Concentração de Actividades Empresariais
Ver NCRF 15 Investimentos em Subsidiárias e Consolidação
Ver NCRF 16 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais
Ver NCRF 21 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes
Ver NCRF 27 Instrumentos Financeiros
EDIÇÃO 2014 54
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
41 – Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros que representem participações de capital são mensurados de acordo
com os métodos indicados no quadro seguinte, conforme NCRF 13 – Interesses em
empreendimentos conjuntos e investimentos em associadas, NCRF 15 – Investimentos em
subsidiárias e consolidação e NCRF 27 – Instrumentos financeiros:
EDIÇÃO 2014 55
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
consolidadas, então terá de, nas suas contas individuais, mensurar a participação na entidade
conjuntamente controlada pelo método da equivalência patrimonial.
419, 429, 439, 449, 459 e 469 – Perdas por imparidade acumuladas
Estas contas registam as diferenças acumuladas entre as quantias registadas e as que resultem da
aplicação dos critérios de mensuração dos correspondentes activos incluídos na classe 4, podendo
ser subdivididas a fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentação em balanço das quantias
líquidas.
As perdas por imparidade anuais serão registadas nas subcontas da conta 65, e as suas reversões
(quando deixarem de existir as situações que originaram as perdas) são registadas nas subcontas
da conta 762. Quando se verificar o desreconhecimento dos activos a que respeitem as
imparidades, as contas em epígrafe serão debitadas por contrapartida das correspondentes contas
da classe 4. Estas contas poderão ser subdivididas em função das contas respectivas.
42 Propriedades de investimento
43 Activos fixos tangíveis
431 Terrenos e recursos naturais
432 Edifícios e outras construções
433 Equipamento básico
434 Equipamento de transporte
435 Equipamento administrativo
44 Activos intangíveis
441 Trespasse (goodwill)
442 – Projectos de desenvolvimento
Serão registados nesta conta os dispêndios que, nos termos do § 57 da NCRF 6 – Activos
intangíveis, reúnam as condições para se qualificarem como activos intangíveis.
443 Programas de computador
444 Propriedade industrial
45 Investimentos em curso
EDIÇÃO 2014 56
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Depreciação / Amortização:
Os bens/direitos de investimentos, nomeadamente os activos fixos tangíveis e
intangíveis com período de vida útil limitado, por várias razões, estão sujeitas a perdas de
valor, a deperecimento, nomeadamente devido a:
- Factores de ordem física, devido ao desgaste funcional do bem (uso), depreciação
espontânea, provocada por corrosão ou inundações, etc.
- Factores de ordem económica, devido ao progresso tecnológico que leva à
obsolescência, à alteração das preferências dos consumidores, etc.
EDIÇÃO 2014 57
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
No caso de existir uma mais valia será movimentada a conta 7871. Se existir uma
menos valia, será registada a conta 6871.
EDIÇÃO 2014 58
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
51 - Capital
Esta conta evidencia o capital subscrito, devendo ser deduzido, para efeitos de elaboração do
Balanço, o eventual saldo da conta 261 – Accionistas c/subscrição ou 262 – Quotas não liberadas.
52 - Acções (quotas) próprias
A conta 521 – Valor nominal é debitada pelo valor nominal das acções ou quotas próprias
adquiridas.
Ainda na fase de aquisição, a conta 522 – Descontos e prémios é movimentada pela diferença entre
o custo de aquisição e o valor nominal.
Quando se proceder à venda das acções ou quotas próprias, para além de se efectuar o respectivo
crédito na conta 521, movimentar-se-á a conta 522 pela diferença entre o preço de venda e o valor
nominal.
Simultaneamente, a conta 522 deverá ser regularizada por contrapartida da conta 599 – Outras
variações no capital próprio – Outras, de forma a manter os descontos e prémios correspondentes
às acções (quotas) próprias em carteira.
54 Prémios de emissão
55 Reservas
551 Reservas legais
552 Outras reservas
EDIÇÃO 2014 59
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
As Reservas:
São definidas tradicionalmente, como lucros não distribuídos, só podendo criar-se,
consequentemente, nos exercícios em que houver lucros. As Reservas incluem ainda as
reavaliações do imobilizado, bem como as ofertas de bens do imobilizado.
Têm por finalidade a consolidação da situação económico-financeira da empresa,
constituindo o seu montante um aumento do seu património real.
Tipos de reservas:
- Reservas obrigatórias:
- Reservas legais, obrigatórias por força do Código das Sociedades
Comerciais, as empresas terão que criar uma dotação anual para reserva legal no montante
de 5% dos RLE obtidos, até ao montante mínimo de 1/5 do capital social. (obrigatórias para
as Sociedade por Quotas e Sociedades Anónimas).
- Reservas estatutárias, constituídas por força dos estatutos das sociedades.
- Reservas contratuais, constituídas por força dos contratos de que a empresa
é signatária.
- Reservas especiais, podem ter origem em:
- Subsídios: constituem reservas que são destinadas a acréscimos do capital
próprio.
- Doações: regista as ofertas de bens destinadas ao imobilizado da empresa.
- Reservas de reavaliação: são constituídas para registar a diferença entre o valor
contabilístico de elementos do activo e o valor real desses mesmos elementos.
- Reservas livres, são criadas ou reforçadas por deliberação da assembleia-geral.
56 Resultados transitados
- Lucros retidos: resulta do facto de não serem distribuídos pelos sócios os lucros
gerados pela empresa;
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26
Ver NCRF 22 Contabilização dos subsídios do governo e divulgação dos apoios do governo
EDIÇÃO 2014 61
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
CLASSE 6 – GASTOS
27
Ver NVRF 28 Benefícios dos Empregados
EDIÇÃO 2014 62
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
EDIÇÃO 2014 63
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
28
67 – Provisões do período
Esta conta regista os gastos no período decorrentes das responsabilidades cuja natureza esteja
claramente definida e que à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas
quanto ao seu valor ou data de ocorrência.
671 Impostos
672 Garantias a clientes
673 Processos judiciais em curso
674 Acidentes no trabalho e doenças profissionais
675 Matérias ambientais
676 Contratos onerosos
677 Reestruturação
678 Outras provisões
A empresa terá que pagar impostos e taxas, considerados como gastos nos exercícios a
que respeitem. O Imposto é uma prestação pecuniária, unilateral, coercivamente imposta
pelo Estado. A taxa, apesar de ser uma prestação pecuniária, o cidadão usufrui de
determinado serviço prestado pelo Estado.
As empresas pagam diversos tipos de Impostos, que se podem dividir em dois grandes
grupos, impostos directos e impostos indirectos.
- Imposto directo, é aquele que atinge o rendimento do contribuinte ou o seu
património directa e imediatamente (IRS, IRC, IMI).
- Imposto indirecto, é aquele que atingindo o rendimento, fá-lo indirectamente, através
da despesa, pelo consumo. (IVA, IEspeciais).
A conta 681 debitará sempre que a empresa suporte um custo desta natureza.
A conta 24 do POC, é registada pelas obrigações de pagamento, enquanto a conta 681,
é movimentada sempre que exista um encargo.
28
Ver NCRF 21 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes
Ver NCRF 26 Matérias Ambientais
EDIÇÃO 2014 64
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
688 Outros *
6881 Correcções relativas a períodos anteriores
6882 Donativos
6883 Quotizações
6884 Ofertas e amostras de inventários
6885 Insuficiência da estimativa para impostos
6886 – Perdas em instrumentos financeiros
Regista as perdas relacionadas com a conta 14 – Instrumentos financeiros
6888 Outros não especificados
EDIÇÃO 2014 65
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
CLASSE 7 – RENDIMENTOS29
71 - Vendas
As vendas, representadas pela facturação, devem ser líquidas do IVA e de outros impostos e
incidências nos casos em que nela estejam incluídos.
711 Mercadorias
712 Produtos acabados e intermédios
713 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
714 Activos biológicos
716 IVA das vendas com imposto incluído
717 Devoluções de vendas
718 Descontos e abatimentos em vendas
Sabemos que:
Tal como nas compras a factura é o documento básico que permite efectuar o registo
contabilístico das vendas.
De acordo com a natureza do bem transaccionado a conta Vendas terá as subcontas que
forem aplicáveis a cada transacção.
Descontos e Abatimentos:
29
Ver NCRF 20 Rédito
Ver NCRF 19 Contratos de construção
EDIÇÃO 2014 66
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
abatimentos em vendas (conta 718). Sobre esta operação incide IVA, por débito da conta
IVA Regularizações (conta 2434).
Um desconto concedido constitui uma decisão comercial que é usada com vista a oferecer,
não só melhores condições de crédito, mas também vantagens comerciais sobre os
concorrentes da empresa.
Devoluções de Vendas:
São descontos que não afectam o proveito obtido nas vendas, uma vez que são
contabilizados na conta Descontos de Pronto Pagamento Concedidos (conta 682).
EDIÇÃO 2014 67
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
VENDAS
Existem ainda empresas que não transaccionam mercadorias, mas prestam serviços, assim, o
proveito será registado na conta Prestação de Serviços (conta 72).
72 - Prestações de serviços
Esta conta respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam próprios dos objectivos ou
finalidades principais da entidade. Poderá integrar os materiais aplicados, no caso de estes não
serem facturados separadamente. A contabilização a efectuar deve basear-se em facturação
emitida ou em documentação externa (caso das comissões obtidas), não deixando de registar os
réditos relativamente aos quais não se tenham ainda recebido os correspondentes comprovantes
externos.
EDIÇÃO 2014 68
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
75 – Subsídios à exploração
Esta conta inclui os subsídios relacionados com o rendimento, conforme estabelecido na NCRF 22 –
Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo.
76 Reversões
761 De depreciações e de amortizações
7611 Propriedades de investimento
7612 Activos fixos tangíveis
7613 Activos intangíveis
763 De provisões
7631 Impostos
7632 Garantias a clientes
7633 Processos judiciais em curso
7634 Acidentes no trabalho e doenças profissionais
7635 Matérias ambientais
7636 Contratos onerosos
7637 Reestruturação
7638 Outras provisões
EDIÇÃO 2014 69
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
788 Outros
7881 Correcções relativas a períodos anteriores
7882 Excesso da estimativa para impostos
7883 Imputação de subsídios para investimentos
7884 – Ganhos em instrumentos financeiros
Regista os ganhos relacionados com a conta 14 – Instrumentos financeiros.
EDIÇÃO 2014 70
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
CLASSE 8 – RESULTADOS
Esta classe destina-se a apurar o resultado líquido do período, podendo ser utilizada para auxiliar à
determinação do resultado extensivo, tal como consta na Demonstração das Alterações no Capital
Próprio.
30
Ver NCRF 25 – Impostos sobre o rendimento
EDIÇÃO 2014 71
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS:
Entidade:.........................................
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N
(VALORES EUROS) (1)
PERÍODOS
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS N N-1
(1) - O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de
euros
(2) Esta informação apenas será fornecida no caso de contas consolidadas
EDIÇÃO 2014 72
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Entidade:.........................................
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N
(VALORES EUROS) (1)
PERÍODOS
RÚBRICAS NOTAS N N-1
Resultado bruto
Outros rendimentos
Gastos de distribuição
Gastos administrativos
Gastos de investigação e desenvolvimento
Outros gastos
(1) - O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em
milhares de euros
(2) Esta informação apenas será fornecida no caso de contas consolidadas
EDIÇÃO 2014 73
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Entidade:.........................................
BALANÇO (INDIVIDUAL ou CONSOLIDADO) EM XX DE YYYYYYY DE 200N
(VALORES EUROS) (1)
PERÍODOS
RÚBRICAS NOTAS 31 DEZ N 31 DEZ N-1
ACTIVO
Activo corrente
Inventários
Activos biológicos
Clientes
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Outras contas a receber
Diferimentos
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros
Activos não correntes detidos para venda
Caixa e depósitos bancários
Total do activo
Capital próprio
Capital realizado
Acções (quotas) próprias
Outros instrumentos de capital próprio
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Ajustamentos em activos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Interesses minoritários
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Passivo
Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Financiamentos obtidos
Outras contas a pagar
Diferimentos
Passivos financeiros detidos para negociação
Outros passivos financeiros
Passivos não correntes detidos para venda
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
EDIÇÃO 2014 75
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Entidade: .........................................
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO N
UNIDADE MONETÁRIA (1)
Capital Próprio atribuido aos detentores do capital da empresa-mãe
Outros Outras
Acções instrumentos Prémios Ajustamentos Excedentes variações Resultado Total do
Capital (quotas) de capital de Reservas Outras Resultados em activos de no capital liquído do Interesses Capital
DESCRIÇÃO NOTAS realizado próprias próprio emissão legais reservas transitados financeiros revalorização próprio período Total minoritários Próprio
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Primeira adopção de novo referencial contabilístico
Alterações de políticas contabilísticas
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
Realização do excedente de revalorização de activos fixos tangíveis e intangíveis
Excedentes de revalorização de activos fixos tangíveis e intangíveis e respectivas variações
Ajustamentos por impostos diferidos
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
2
(1) - O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de euros
EDIÇÃO 2014 76
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Entidade: .........................................
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO N
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Primeira adopção de novo referencial contabilístico
Alterações de políticas contabilísticas
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
Realização do excedente de revalorização de activos fixos tangíveis e intangíveis
Excedentes de revalorização de activos fixos tangíveis e intangíveis e respectivas variações
Ajustamentos por impostos diferidos
Outras alterações reconhecidas no capital próprio
7
(1) - O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de euros
EDIÇÃO 2014 77
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Entidade:.........................................
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DE FLUXOS DE CAIXA
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N
(VALORES EUROS) (1)
PERÍODOS
RÚBRICAS NOTAS N N-1
EDIÇÃO 2014 78
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Entidade:.......................................
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DE FLUXOS DE CAIXA
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N
(VALORES EUROS) (1)
PERÍODOS
RÚBRICAS NOTAS N N-1
EDIÇÃO 2014 79
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
ANEXO31
O presente documento não constitui um formulário relativo às notas do Anexo, mas tão só uma
compilação das divulgações exigidas pelas NCRF.
Assim, cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as
divulgações que deva efectuar, sendo que as notas de 1 a 3 serão sempre explicitadas e ficam
reservadas para os assuntos identificados no presente documento. A partir da nota 4, inclusive, é
utilizada uma numeração sequencial correspondente à das NCRF. Para melhor enquadramento dos
textos constantes dessas notas, deve-se recorrer à leitura das normas respectivas.
1. Identificação da entidade
2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
3. Principais políticas contabilísticas
4. Fluxos de caixa
5. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros
6. Partes relacionadas
7. Activos intangíveis
8. Activos fixos tangíveis
9. Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas
10. Locações
11. Custos de empréstimos obtidos
12. Propriedades de investimento
13. Imparidade de activos
14. Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas
15. Concentrações de actividades empresariais
16. Investimentos em Subsidiárias e Consolidação
17. Exploração e avaliação de recursos minerais
18. Agricultura
19. Inventários
20. Contratos de construção
21. Rédito
22. Provisões, passivos contingentes e activos contingentes
23. Subsídios do Governo e apoios do Governo
24. Efeitos de alterações em taxas de câmbio
25. Acontecimentos após a data do balanço
26. Impostos sobre o rendimento
27. Matérias ambientais
28. Instrumentos financeiros
29. Benefícios dos empregados
30. Divulgações exigidas por diplomas legais
31. Outras informações
31
Consultar Portaria 986-2009 de 7 de Setembro
EDIÇÃO 2014 80
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Artigo 2.º
Conceito de micro entidades
Para efeitos da presente lei consideram-se micro entidades as empresas que, à data do
balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes:
a) Total do balanço - (euro) 500 000;
b) Volume de negócios líquido - (euro) 500 000;
EDIÇÃO 2014 81
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
EDIÇÃO 2014 82
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
EDIÇÃO 2014 83
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Norma contabilística e de relato financeiro para as entidades do sector não lucrativo (Aviso
6726-B/2011)
EDIÇÃO 2014 84
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
4. CASOS PRÁTICOS
Ficha de Trabalho nº 1
Na tabela seguinte:
Determine a natureza das variações patrimoniais (Permutativa ou qualitativa/ Modificativa
ou quantitativa) provocadas pelos seguintes factos patrimoniais:
EDIÇÃO 2014 85
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Ficha de Trabalho nº 2
EDIÇÃO 2014 86
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Ficha de Trabalho nº 3
5º Gastos do período:
Fluxo ______________
energia eléctrica........................................ 450 _____ _____
EDIÇÃO 2014 87
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Ficha de Trabalho nº 4
8,00%
Taxa Semestral Equivalente (1+i)^(1/n)-1
3,92%
EDIÇÃO 2014 88
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
3. Inventários
Considere que uma entidade se dedica à comercialização de equipamentos de ar
condicionado, no final período “n-1” tinha no armazém 100 unidades adquiridas ao preço
unitário de 200€. Em Abril/”n”, adquiriu 500 unidades ao preço unitário de 125€.
Os equipamentos apresentam características idênticas, produzidas pelo mesmo produtor e do
mesmo modelo.
Em Maio/”n”, a entidade vendeu 250 unidades de equipamentos pelo preço global de
75000€.
a) Classifique conforme a portaria n.º 1011/2009 de 09 de Setembro o activo
adquirido pela entidade no período “n”.
b) Determine o Custo da Mercadoria Vendida, utilizando o método de custeio:
i) FIFO (fórmula primeira entrada, primeira saída);
ii) Custo Médio Ponderado.
c) Considere que na data de fecho do período “n” os inventários na posse da entidade
devido ao aparecimento de um produto substituto não poderão ser vendidos por um
preço superior a 75€. Mensure os activos, releve os efeitos da eventual perda.
d) A entidade é nos termos legais obrigada a prestar garantia aos equipamentos
vendidos pelo prazo de 2 anos.
i) Deve a entidade constituir uma provisão?
ii) Classifique conforme a portaria n.º 1011/2009 de 09 de Setembro a
provisão a constituir no período “n”.
iii) Ao abrigo de que principio contabilístico deve a entidade constituir
provisões?
EDIÇÃO 2014 89
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
4. Investimentos
a) Considere que determinada entidade adquiriu 40% do capital social de uma outra
entidade, que classifica de Associads, pelo valor de 45 000€. Sabe-se da entidade adquirida é
detentora dos seguintes Activos e Passivos:
Quantias escrituradas Justo Valor
Investimentos 85 000€ 100 000€
Inventários 22 500€ 22 500€
Outros Activos 7 500€ 7 500€
Passivos 30 000€ 30 000€
i) Ignorando a incidência de impostos sobre o rendimento, da operação resultou Goodwill?
ii) No reconhecimento subsequente qual o método de mensuração do Activo Financeiro
b) Considere que uma entidade que se dedica à actividade vinícola adquiriu no período “n”
uma máquina para engarrafamento com um custo total de 100 000€, o produtor da máquina
informou a entidade que tem uma capacidade de engarrafamento no decorrer da sua vida útil
de 100 000 000 garrafas. Nos termos do contrato de compra e venda da máquina são
exigíveis inspecções importantes a cada 25 000 000 de unidades engarrafadas com custo
estimado de 2 000€ / inspecção, descontadas a uma taxa de 5%. Estima-se que ocorrerão à
passagem do 3º ano, 8º ano, e 12º ano de vida útil do Activo. A entidade estima que o
desmantelamento da máquina no final da sua vida útil, que se estima de 15 anos implica um
custo no valor de 10 000€, descontada a uma taxa de 10%.
a) Classifique conforme a portaria n.º 1011/2009 de 09 de Setembro o activo
adquirido pela entidade no período “n”.
b) Mensure o custo no reconhecimento inicial do activo.
No período “n” a entidade com o uso da referida máquina engarrafou 10 000 000 de
garrafas.
c) Determine o consumo de benefícios económicos do Activo pelo uso no período
“n”, pelo método das Unidades de Produção. Seria aconselhável reconhecer o
gasto com a Depreciação do activo usando o método da linha recta. Justifique a
diferença na aplicação dos dois métodos.
EDIÇÃO 2014 90
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
- Valor de Uso:
Estimativas dos fluxos de caixa futuros remanescente do Activo: 10 000€/ano
Vida útil estimada remanescente: 14 anos
Taxa de desconto: 12%
(para determinação do Valor de Uso considere 10 000 x a n i ou seja 10 000 x (1 –
n
1/(1+i) )/ i))
f) Considerando que a entidade optou pela aplicação do modelo do custo na
mensuração do Activo, determine se o Activo demonstra imparidade no final do período “n”.
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Ficha de Trabalho nº 5
EDIÇÃO 2014 92
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Determine:
Indicador de Liquidez “n”
Indicador de Solvabilidade “n-1”
Evolução do Indicador de Liquidez
Evolução do Indicador de Solvabilidade
Fundo de Maneio Corrente “n”
Fundo de Maneio Não Corrente “n-1”
Evolução do Fundo de Maneio
Rendibilidade do Capital Social “n”
Evolução da Rendibilidade do Capital Social
Dividendos*
*A Assembleia Geral a sociedade realizada em 3/”n+1”, deliberou a seguinte distribuição de
Resultados do período “n”:
i) Cobertura de prejuízos transitados;
ii) Constituição de Reserva Legal: Nos termos do CSC
iii) Constituição de uma Reserva Livre: 50%
iv) Distribuição aos sócios: Restante se possível nos termos do CSC, a não ser
possível a parte dos RLP não distribuível será integrada em Resultados Transitados.
Outras Informações:
Código das Sociedades Comerciais:
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EDIÇÃO 2014 94
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Ficha de Trabalho nº 6
Capital próprio
Interesses minoritários
Passivo
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Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
EDIÇÃO 2014 96
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Ficha de Trabalho nº 7
Capital próprio
Interesses minoritários
Passivo
EDIÇÃO 2014 97
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
32
Considere que os Gastos com Depreciações dizem respeito a Activos Fixos Tangíveis
EDIÇÃO 2014 98
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
Ficha de Trabalho nº 8
Conta (SNC) €
Gastos
61 Custos da Mercadoria Vendida e Matérias Consumidas 100000
62 Fornecimentos e Serviços Externos 20000
63 Gastos com o Pessoal 80000
64 Gastos de depreciação e de amortização 10000
65 Perdas por imparidade 1000
66 Perdas por reduções de justo valor 500
67 Provisões do período 5000
68 Outros gastos e perdas 5000
69 Gastos e perdas de financiamento 5000
Rendimentos
71 Vendas 200000
72 Prestações de serviços 50000
73 Variações nos inventários da produção 5000
74 Trabalhos para a própria entidade 3000
75 Subsídios à exploração 7000
76 Reversões 3000
77 Ganhos por aumentos de justo valor 2000
78 Outros rendimentos e ganhos 5000
79 Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares 3000
Resultados
811 Resultados antes de impostos 51500
812 Imposto sobre o rendimento do período 12875
818 Resultado Líquido 38625
EDIÇÃO 2014 99
Manual de CONTABILIDADE FINANCEIRA
5. BIBLIOGRAFIA
Esperança, José Paulo, Matias, Fernanda, Finanças Empresariais, Dom Quixote, Lisboa 2005
Rafael, José, Investimentos Financeiros, Jornal de Contabilidade – n.º 422, APOTEC maio
de 2012
Rafael, José, Benefícios dos empregados, Jornal de Contabilidade – n.º 442, APOTEC
janeiro/fevereiro 2015
ANEXO
4 INVESTIMENTOS *
41 Investimentos financeiros *
411 Investimentos em subsidiárias
4111 Participações de capital - método da equivalência patrimonial
4112 Participações de capital - outros métodos
4113 Empréstimos concedidos
... ...
412 Investimentos em associadas
4121 Participações de capital - método da equivalência patrimonial
4122 Participações de capital - outros métodos
4123 Empréstimos concedidos
... ...
413 Investimentos em entidades conjuntamente controladas
4131 Participações de capital - método da equivalência patrimonial
4132 Participações de capital - outros métodos
4133 Empréstimos concedidos
... ...
414 Investimentos noutras empresas
4141 Participações de capital
4142 Empréstimos concedidos
... ...
415 Outros investimentos financeiros
6 GASTOS *
61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
611 Mercadorias
612 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
613 Activos biológicos (compras)*
62 Fornecimentos e serviços externos
621 Subcontratos
622 Serviços especializados
6221 Trabalhos especializados
6222 Publicidade e propaganda
6223 Vigilância e segurança
6224 Honorários
6225 Comissões
6226 Conservação e reparação
……
6228 Outros
623 Materiais
6231 Ferramentas e utensílios de desgaste rápido
6232 Livros e documentação técnica
6233 Material de escritório
6234 Artigos para oferta
…
6238 Outros
624 Energia e fluidos
6241 Electricidade
6242 Combustíveis
6243 Água
…
6248 Outros
625 Deslocações, estadas e transportes
6251 Deslocações e estadas
6252 Transportes de pessoal
6253 Transportes de mercadorias
…
6258 Outros
626 Serviços diversos
6261 Rendas e alugueres
6262 Comunicação
6263 Seguros
6264 Royalties
6265 Contencioso e notariado
6266 Despesas de representação
6267 Limpeza, higiene e conforto
6268 Outros serviços
63 Gastos com o pessoal
631 Remunerações dos órgãos sociais
632 Remunerações do pessoal
633 Benefícios pós-emprego
6331 Prémios para pensões *
6332 Outros benefícios
634 Indemnizações
635 Encargos sobre remunerações
636 Seguros de acidentes no trabalho e doenças profissionais
637 Gastos de acção social
638 Outros gastos com o pessoal
64 Gastos de depreciação e de amortização
641 Propriedades de investimento
642 Activos fixos tangíveis
643 Activos intangíveis.
65 Perdas por imparidade
651 Em dívidas a receber
6511 Clientes
6512 Outros devedores
652 Em inventários
653 Em investimentos financeiros
654 Em propriedades de investimento
655 Em activos fixos tangíveis
656 Em activos intangíveis
657 Em investimentos em curso
7 RENDIMENTOS *
71 Vendas *
711 Mercadorias
712 Produtos acabados e intermédios
713 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
714 Activos biológicos
... ...
8 RESULTADOS
81 Resultado líquido do período
811 Resultado antes de impostos *
812 Imposto sobre o rendimento do período
8121 Imposto estimado para o período *
8122 Imposto diferido
……
818 Resultado líquido
……
89 Dividendos antecipados