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Módulo XII

Controlo
De Tesouraria

Beatriz Pinho
Índice
O que é?............................................................................................................. 4
Importância do controlo de tesouraria ................................................................ 4
Departamento onde se encaixa.......................................................................... 4
Objetivos ............................................................................................................ 4
Como melhorar a tesouraria ............................................................................... 4
Procurar o equilíbrio entre pagamentos e recebimentos................................. 4
Avaliar a estrutura de custos fixos e variáveis ................................................ 4
Avaliar a importância das responsabilidades financeiras ................................ 5
Pensar na reestruturação financeira ............................................................... 5
Funções de tesouraria ........................................................................................ 5
Recebimentos ................................................................................................. 5
Pagamentos .................................................................................................... 5
Cobranças....................................................................................................... 5
Controlo .......................................................................................................... 6
Orçamento ...................................................................................................... 6
Instrumentos do controlo da tesouraria .............................................................. 6
Planeamento Estratégico ................................................................................ 6
Planeamento Tático ........................................................................................ 7
Planeamento Operacional ............................................................................... 7
Análise de Desvios.......................................................................................... 7
Natureza de controlo .......................................................................................... 7
Processos de controlo ........................................................................................ 8
Controlo interno administrativo/operacional .................................................... 8
Controlo interno contabilístico ......................................................................... 8
Fundo de Maneio ............................................................................................... 8
Necessidades de Fundo de Maneio ................................................................... 9
Orçamento de tesouraria .................................................................................... 9
Exemplo de um Orçamento de Tesouraria ................................................... 10
Documentos utilizados no controlo: .................................................................. 10
I. Letra Bancária ........................................................................................... 10
O que é? ....................................................................................................... 10
Desconto das letras ...................................................................................... 11
Exemplo do desconto de uma letra ............................................................... 11
Como se preenche uma letra bancária? ....................................................... 11
Beatriz Pinho
Exemplo de uma letra bancária .................................................................... 13
II. Reconciliação bancária .............................................................................. 13
O que é? ....................................................................................................... 13
Quando é preciso fazer? ............................................................................... 13
Como se faz? ................................................................................................ 13
III. Folha de Caixa ....................................................................................... 14
O que é? ....................................................................................................... 14
Como se faz? ................................................................................................ 14
IV. Cheque ................................................................................................... 15
O que é? ....................................................................................................... 15
Exemplo de um cheque ................................................................................ 15

Beatriz Pinho
O que é?
A tesouraria é responsável por gerenciar a utilização do dinheiro da empresa.
Isso quer dizer que é a tesouraria que realiza a gestão de caixa da empresa —
fazendo os pagamentos, transferências e recebimentos pertinentes, com os
devidos registos. Toda a empresa, então, terá um envolvimento com a
tesouraria, seja direta ou indiretamente.

Importância do controlo de tesouraria


O objetivo de uma tesouraria é ter certeza que os recursos financeiros da
empresa estão sendo suficientes para pagar seus compromissos. A escassez
ou o excesso de caixa é gerido para ter o melhor resultado para a empresa.

Departamento onde se encaixa


O departamento financeiro é aquele que administra os recursos de uma
empresa. Ele faz o controlo da tesouraria, dos investimentos e dos riscos, além
do planeamento financeiro da companhia e da divulgação de seus resultados.
A função do departamento financeiro é garantir recursos para que a empresa
possa cumprir seus objetivos, mantendo-se ativa e competitiva e garantindo
não apenas lucros imediatos, mas também no longo prazo.

Objetivos
 Fiabilidade da informação financeira;
 Garantir uma boa execução dos recebimentos, pagamentos e das
operações da tesouraria;
 Certificação de um eficiente recebimento de receitas;
 Garantir uma eficiente gestão dos pagamentos

Como melhorar a tesouraria


Procurar o equilíbrio entre pagamentos e recebimentos
Uma das principais razões de existir desequilibro da tesouraria é uma fraca
gestão de pagamentos e recebimentos, principalmente na gestão de
recebimentos/cobranças. Uma das formas de gerir melhor a relação entre
recebimentos e pagamentos é implementar uma regra na empresa para esse
efeito, determinando prazos médios de recebimentos consoante o tipo de
cliente, podendo mesmo reduzir algumas facilidades até então concedidas a
clientes.

Avaliar a estrutura de custos fixos e variáveis


Tesouraria significa entrada e saída de dinheiro, logo o dinheiro que entra tem
de ser sempre superior ou igual ao dinheiro que sai da empresa. Um
desequilíbrio nas entradas e nas saídas (recebimentos e pagamentos) faz com
que se esgotem os recursos no médio prazo. Uma das formas mais rápidos de
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produzir efeitos na quantidade de dinheiro que sai da empresa é gerir
ativamente a estrutura de custos fixos e variáveis. Uma análise pormenorizada
permitirá em alguns departamentos poupanças superiores a 100%.

Avaliar a importância das responsabilidades financeiras


Muitos são os casos onde o desequilíbrio de tesouraria leva a que no médio
prazo ocorra igualmente um desequilíbrio da divida bancária, devido a
operações mal projetadas e não enquadradas com as necessidades de capitais
da empresa. Por vezes a melhor forma de se prevenir nestes cenários de
excesso de dívidas é atribuir importância à solicitação de financiamento.

Pensar na reestruturação financeira


Existem diversas oportunidades que asseguram uma correta reestruturação da
empresa, como por exemplo nos bancos. Contudo, os mais comuns também
utilizados nos particulares, são: a consolidação de créditos, o alargamento de
prazos, a carência de capital, entre outros. Quando se tomar a decisão de
reestruturar a empresa visando ao equilíbrio financeiro e dar continuidade ao
seu negócio, não se deve apenas focar nas dividas bancárias, mas também em
todas as outras dividas, consultando todos os credores para o efeito.

Funções de tesouraria
Recebimentos
É a entrada de meios monetários líquidos na empresa, está associado ao
momento em que o cliente liquida as suas faturas, normalmente os
pagamentos dos clientes efetuam-se por transferência bancária, cheque ou
numerário.

Pagamentos
São as saídas de dinheiro de uma empresa, que resultam das despesas
efetuadas pelas mesmas no desenvolvimento da sua atividade, assim como os
recebimentos, normalmente os pagamentos efetuam-se por transferência
bancária, cheque ou numerário.
Controlo Interno
 Todas as saídas à exceção do fundo maneio deverão ser efetuadas por
cheque;
 Quando os cheques são assinados, os recibos e os documentos
comprovativos deverão ser enviados para revisão;
 Quem assina os cheques não deve ter acesso as entradas de caixa, não
tendo fundos a seu cargo, não devendo registar lançamentos de caixa e
não devem reconciliar contas bancárias.

Cobranças
É um processo que começa desde o começo do devedor até ao pagamento de
todos os seus débitos, transformando as suas dívidas em recebimentos,
dinheiro.
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Controlo Interno
 Depósito da totalidade das entradas;
 Vendas a pronto deverão ser apoiadas por faturas–recibo;
 A obrigação de prestar contas estabelecida nas transferências de
dinheiro.

Controlo
O controlo da tesouraria de uma empresa é simples, mas solicita um cuidado
na sua gestão e deve ser acompanhado através de um registo contínuo de
todos os movimentos.

Orçamento
Um orçamento de tesouraria, é um quadro que fornece detalhadamente as
receitas e despesas da empresa, quer provenham ou não da exploração,
geralmente o orçamento é feito mensalmente, mas pode ser feito
trimestralmente ou anualmente. Muitas das grandes empresas desenvolveram
“modelos empresariais” complexos para fazer os orçamentos, outras utilizam
programas de folhas de cálculo para planear as suas necessidades de
tesouraria.

Instrumentos do controlo da tesouraria

Pirâmide dos diferentes planeamentos do controlo da tesouraria e os seus respetivos objetivos

Planeamento Estratégico
É a elaboração, o desenvolvimento e a implementação de vários planos
operacionais, com vista a alcançar objetivos já definidos, estes planos podem
ser a curto, médio ou longo prazo. Os planos estratégicos contam com um
certo orçamento disponível, pelo que é essencial determinar corretamente os
objetivos a cumprir. Caso contrário, o dinheiro pode não ser suficiente para
alcançar os objetivos e, consequentemente, o planeamento estratégico não é
bem-sucedido.

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Planeamento Tático
Este planeamento tem um envolvimento mais limitado a nível departamental,
é responsável por criar metas e condições para que as ações estabelecidas no
planeamento estratégico sejam atingidas. Por se tratar de um planeamento
mais específico, as decisões podem ser tomadas por pessoas que ocupam os
cargos entre a alta direção e o operacional, como executivos da direção e
gerentes. Outra característica que diferencia o planeamento tático, dos outros é
o tempo que as ações são aplicadas, geralmente é no período de 1 a 3 anos
definindo as ações para um futuro mais próximo do que o desejado no
planeamento estratégico, ou seja, a médio prazo.
Neste tipo de planeamento, os planos começam a ser mais detalhados, e pode-
se dizer que o planeamento tático é a decomposição do planeamento
estratégico, ele traduz e interpreta o plano estratégico para transformá-lo em
planos concretos, onde vamos desenvolver o plano de marketing, produção,
pessoal, ou seja, financeiro empresarial.

Planeamento Operacional
Contém planos mais focados no curto prazo, geralmente elaborados para
períodos mais curtos, de 3 a 6 meses, com as definições de métodos,
processos e sistemas a serem utilizados para que a organização possa
alcançar os objetivos globais.
Estes são planos bem mais detalhados que ou outros (planeamento estratégico
e planeamento tático), especificando as pessoas envolvidas, cada uma de suas
responsabilidades, atividades, funções e divisão de tarefas além dos
equipamentos e recursos financeiros necessários para colocar os planos em
prática.

Análise de Desvios
A análise do real e do orçamentado pode em alguns casos não corresponder. É
desta diferença, entre o real e orçamentado, que nasce um dos conceitos mais
importantes do controlo orçamental: o desvio. É utilizada para identificar e
explicar as razões para a diferença dos resultados orçamentados e reais,
sendo depois levadas a cabo ações corretivas quando o desempenho real se
desvia significativamente do desempenho planeado.

Natureza de controlo
A preferência por um ou mais outro sistema decorre das características da
organização e do meio ambiente. As características das organizações mais
determinantes são:
 Dimensão;
 Relação de propriedade;
 Cultura;
 Estilo dos gestores e relações interpessoais;
 Grau de descentralização;
 Formalização da atividade.
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A dimensão e a formalização são fundamentais para explicar o tipo de controlo
de uma organização. Quanto maior for a empresa, mais formalizado deverá ser
o sistema de controlo para garantir que a representação de autoridade possa
ser adequadamente avaliada. As características do controle organizacional
são também influenciadas pelo tipo de meio ambiente e grau de
descentralização. Se o meio ambiente é mais dinâmico e competitivo tende-se
a uma maior descentralização e à utilização de controlos financeiros orientados
para a gestão de resultados. De acordo com essas características os tipos de
controlo organizacional podem ser classificados como:
 Controle familiar;
 Controle burocrático;
 Controle por resultados;
 Controle adhoc.

Processos de controlo
Controlo interno administrativo/operacional
É o plano da organização e os procedimentos e registos que se relacionam
com os processos de decisão e autorização das transações. Esta autorização é
uma função da administração associada aos objetivos definidos. É um
processo e um conjunto ordenado de medidas que visam a reserva dos ativos
da empresa, bem como a fidelidade da informação. Neste sentido, constitui-se
como ponto de partida para o controlo contabilístico. Deve prever:
 Uma entidade satisfatória;
 Separação das suas funções.

Controlo interno contabilístico


Compreende o plano de organização e os registos e procedimentos
relacionados com a reserva dos ativos da empresa e com a confiança que
inspiram os registos contabilísticos, de modo a que propiciem uma razoável
certeza de que as operações são executadas de acordo e com a aprovação da
administração e que sejam registadas de modo a que as demonstrações
financeiras elaboradas estejam de acordo com a normalização contabilística.

Fundo de Maneio
O fundo de maneio é a capacidade da empresa em assegurar a sua atividade
com normalidade e a curto prazo. Pode-se calcular como sendo o excedente
dos ativos sobre os passivos a curto prazo. O fundo de maneio permite medir o
equilíbrio patrimonial da empresa. Trata-se de uma ferramenta bastante
importante para a análise interna da empresa, uma vez que reflete uma relação
muito curta com as operações diárias do negócio. Se o ativo corrente for
superior ao passivo corrente, fala-se de fundo de maneio positivo; significa
que a empresa tem mais ativos líquidos do que dívidas com vencimento a curto
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prazo. Se, o fundo de maneio for negativo, reflete um desequilíbrio
patrimonial, o que não quer dizer necessariamente que a empresa esteja em
queda ou que tenha suspendido os seus pagamentos. O fundo de maneio
negativo implica uma necessidade de aumentar o ativo corrente, o que pode
ser feito através da venda de parte do ativo imobilizado ou não corrente, de
modo a obter o ativo disponível. Da mesma forma, também é possível realizar
aumentos de capital ou contrair uma dívida a longo prazo. O fundo de maneio
pode ser visto como uma reserva para emergências. É uma quantia que se tem
guardada para momentos de oscilação na parte financeira da empresa. É um
valor que garantirá que a sua empresa não se encontre numa situação difícil. E
ele pode tanto ser encontrado em espécie quando guardado na conta bancária
da empresa.

Necessidades de Fundo de Maneio


Faz referência às necessidades ou excedentes financeiros do ciclo de
exploração, ou seja, os montantes financeiros à disposição da empresa no
curto-prazo. O seu valor é positivo quando existem necessidades de
financiamento e por outro lado, é negativo quando se verificam excedentes
financeiros de exploração. A sua forma de cálculo consiste em:
Necessidades Cíclicas - Recursos Cíclicos
Estas necessidades cíclicas (necessidades que acontecem periodicamente)
estão relacionadas com o ciclo de exploração da empresa, renováveis em
espaços de tempo constantes. Para além do ciclo de exploração, é também
determinante o ciclo de investimento e das operações financeiras. Estas
necessidades traduzem-se por exemplo em existências, clientes,
adiantamentos a fornecedores, Estado e outros devedores cuja dívida tenha
caráter cíclico. São estas necessidades que vão pesar no cálculo das
necessidades do fundo de maneio. O peso dos recursos cíclicos também
resulta das disponibilidades ao longo destes dois ciclos: o de exploração e o
das operações financeiras. São exemplo desta rúbrica os fornecedores,
adiantamentos de clientes, Estado e outros credores também eles de
componente cíclica.

Orçamento de tesouraria
O orçamento de tesouraria vai resumir toda a informação referente a
pagamentos e recebimentos previamente registada em alguns dos orçamentos
anteriores. Para a sua elaboração é necessário apenas distinguir, de entre
todos os fluxos registados, quais é que correspondem a pagamentos e
recebimentos, isolando os restantes. Para além destes, é necessário tomar em
consideração os recebimentos e pagamentos que, por não terem sido
efetuados, transitaram do exercício anterior. O papel do orçamento de
tesouraria é permitir saber se a empresa vai gerar meios financeiros suficientes
para liquidar as dívidas que se vão vencendo. A análise do orçamento de
tesouraria permite verificar se existem meses em que foi criado algum tipo de
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tesouraria, calcula-se os montantes financeiros necessários para cobrir essas
situações e atingir um saldo de disponibilidades considerado desejável. O saldo
do orçamento de tesouraria - cash flow total - permite detetar carências
previsíveis de liquidez, evidenciando as necessidades de novos financiamentos
de forma a estabelecer-se um plano de financiamento adequado quanto a
montantes, prazos, esquemas de reembolso dos empréstimos, políticas futuras
de distribuição de resultados e constituição de reservas.
O orçamento da tesouraria é composto por:
 Fluxos monetários -> são os recebimentos e pagamento, são
calculados primeiro anual e depois mensalmente, devendo-se ter
algumas precauções.
 Movimento real -> são todos os movimentos de dinheiro já efetuados
 Movimento previsto -> são todos os movimentos de dinheiro que
poderão vir a acontecer, podem ser simulações ou documentos com o
vencimento futuro.
 Classificação de pagamentos e recebimentos -> são os grupos
identificados em vários níveis para classificar a entrada e saída de
dinheiro.

Exemplo de um Orçamento de Tesouraria

Exemplo de um Orçamento de Tesouraria da empresa Triana, Lda

Documentos utilizados no controlo:


I. Letra Bancária
O que é?
É um título de crédito que contém uma ordem de pagamento, por isso, trata-se
de um documento escrito e assinado pelas partes que contém um crédito em
dinheiro e que se movimenta por endosso (assinatura no verso do título). É
preciso existirem 2 intervenientes:

Sacador -> vendedor/credor;

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Sacado -> cliente/devedor (está sujeito ao imposto do selo á taxa de 0.5€
sobre o valor nominal - presente no canto inferior esquerdo da letra).

Desconto das letras


Ao efetuar o desconto de letras bancárias, que é uma maneira que permite ao
sacador receber previamente o valor total de uma letra bancária por parte de
um banco, mediante o pagamento de juros e comissões convencionadas.
Nesse momento, a Instituição Financeira passa a ser a tomadora da letra
bancária. Contudo, se o sacado (devedor) não cumprir, é o sacador (credor) e
não o Banco que suportará na totalidade as perdas respetivas.
A grande vantagem do desconto de letra bancária é que permite transformar
um direito de crédito em dinheiro imediato (liquidez), sem ter que esperar pela
data de vencimento da letra.

Exemplo do desconto de uma letra

Exemplo de um desconto de letra da ficha de trabalho nº1, exercício 1

Como se preenche uma letra bancária?

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A- Local de preenchimento do nome e da morada do sacador, ou o
carimbo do mesmo.
B- Número fiscal do sacador
C- Local de pagamento da letra e o seu Número de Identificação Fiscal
(NIF)
D- Nome do banco e a sua respetiva localidade
E- NIF do sacado
F- Número do aceite
G- Local e data de emissão da letra
H- Importância que o sacador quer registado na letra
I- Número de saque
J- Campo utilizado para informações adicionais da parte do sacador
L- Data em que a letra se vai vencer
M- Indicação do motivo onde originou-se o saque (faturas, notas de
credito/débito, transações comerciais, reformas)
N- Campo escrito por extenso a importância referida da letra (H)
O- Assinatura do sacador
P- Nome e morada do sacado
Q- Valor do imposto do selo a pagar pela letra, com a fórmula Importância
da letra x 0.5%

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R- Data de liquidação do imposto do selo, normalmente é o dia 20 do mês
seguinte da letra (G)
S- Local da assinatura, data do aceite e outras indicações do sacado

Exemplo de uma letra bancária

Exemplo de uma letra, em função da ficha de trabalho nº 1, exercício 1

II. Reconciliação bancária


O que é?
A reconciliação bancária é o processo de manter o controlo do saldo interno e
dos extratos bancários e comparando-os, é através dessas comparações que
podemos verificar as entradas e saídas e as transações bancárias da empresa.

Quando é preciso fazer?


As empresas realizam diariamente transações financeiras, como pagamentos,
recebimentos, transferências, investimentos, entre outros. Dependendo do
volume destas transações, muitas vezes os saldos bancários demonstrados
pela contabilidade da empresa podem não refletir exatamente a sua posição
financeira naquele momento.
Como se faz?
Efetua-se através de quatro passos fundamentais:
 Lançamento diário dos movimentos financeiros
Todos os movimentos financeiros de uma empresa devem ser declarados
diariamente. Para realizar esta tarefa precisa, pode-se recorrer a um software
de contabilidade, que tem a vantagem de adaptar os processos contabilísticos
e de conseguir grandes ganhos em termos de produtividade.
 Confirmação do saldo bancário
Esta tarefa é tão simples quanto conferir se os números do saldo bancário e do
saldo inicial e final do controlo financeiro estão de acordo. Com os documentos

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bancários e contabilísticos a postos pode-se, então, conferir os saldos totais
para ver se são iguais.
 Análise pormenorizada das transações
Confirmação se as datas e valores de todos os movimentos bancários estão de
acordo com as informações registadas no controlo financeiro da empresa.
Se houver movimentos que não têm equivalência, devem ser assinalados para
reconciliação posterior.
 Correção das inconsistências
No decorrer do processo de reconciliação bancária, poderão encontrar
movimentos que não estão devidamente lançados, gerando divergências. Se
detetar-se contradições entre o extrato bancário e os registos contabilísticos,
aplicam-se as devidas correções. Perante cada irregularidade deve ser
apurado e pesquisado o seu motivo e também a sua origem, de forma a evitar
novos erros no futuro.

III. Folha de Caixa


O que é?
A folha de caixa é uma ferramenta financeira que envolve as saídas e entradas
do dinheiro da empresa. Essa ferramenta é essencial para qualquer tipo de
negócio, independentemente do tamanho, e indica a disponibilidade do dinheiro
que a caixa tem.

Como se faz?
 Organizar as contas da empresa
Devem estar devidamente organizadas os recursos financeiros disponíveis da
empresa e mais de uma conta responsável pelos pagamentos ou
recebimentos.
 Especificar o saldo inicial completo de cada conta
Identificação do valor inicial disponível nas contas, em cada período. Com o
auxílio de um software, este valor será atualizado a cada lançamento e, por
isso, é sempre válido conferir se os valores batem certo. Determinar uma data
fixa periódica para conferir se os valores batem certo, irá ajudar a identificar
falhas judiciais e as devidas soluções.
 Categorizar as despesas e receitas
Apenas números isolados não trarão a análise necessária para as decisões do
gestor. Por isso, é preciso especificar quais correspondem a despesas e
receitas e categorizá-las.

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IV. Cheque
O que é?
São um instrumento de pagamento em suporte papel, que permite aos titulares
de contas de depósito movimentarem fundos que se encontrem imediatamente
disponíveis. Nos pagamentos por cheque existem, nomeadamente, os
seguintes intervenientes:
Sacador – a pessoa que passa o cheque;
Sacado – o banco que emite o cheque;
Beneficiário – a pessoa que recebe o cheque e que beneficiará do valor
inscrito no cheque.

Exemplo de um cheque

Exemplo de um cheque da ficha de trabalho nº1, do exercício 2

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