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Murilo Sena Mosquera

Matrícula nº 18476 4ºAN


Prática Jurídica Civil

Peça de Apelação

EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO


BERNARDO DO CAMPO/SP

Processo autuado sob nº ...

Marisa, brasileira, solteira, maior, empresária, portadora do RG ..., CPF ..., e seu
companheiro, Edson, brasileiro, solteiro, maior, empresário, portador do RG ..., CPF ...,
ambos domiciliados e residentes a Rua ..., São Bernardo do Campo, São Paulo, por meio
do advogado que esta subscreve, vem por meio desta interpor

APELAÇÃO

Ciente da sentença de fls. ... e inconformado com a decisão de improcedência dos


pedidos de Ação de Reintegração de Posse em rito especial cumulado com pedido de
indenização por danos materiais e obrigação de fazer ajuizada em face de Agnaldo,
brasileiro, casado, maior, portador do RG ..., CPF ..., e sua esposa, Dionísia, brasileira,
casada, maior, portadora do RG ..., CPF ..., ambos domiciliados a Rua ..., São Bernardo
do Campo, São Paulo.

O recurso é tempestivo haja vista a data da publicação da r. Sentença recorrida dada a


.../.../... e, ademais, foi efetuado preparo recursal, seguindo a guia comprobatória do
preparo.

Requer a intimação da parte contrária para que apresente contrarazões, nos termos do
art. 1.010, §1º do CPC, e, após as devidas providências, que remetam-se os autos ao
Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo.

Termos em que pede o deferimento

São Paulo, .../.../...

Advogado
OAB ...
RAZÕES DE APELAÇÃO

Apelantes: Marisa e Edison


Apelados: Agnaldo e Dionísia
Origem: 3ª Vara Cível da Comarca de São Bernardo do Campo/SP

EGRÉGIO TRIBUNAL

INCLITOS DESEMBARGADORES

1. Resumo da Demanda

Os apelantes possuem imóvel localizado na comarca de São Bernardo do Campo no


qual há edificação residencial de 135 m², de forma legítima, mantendo-o, conservando-o
e pagando os respectivos impostos há 20 anos. Nos últimos anos, o imóvel estava
alugado, tendo o inquilino se retirado em janeiro do último ano.
Em 25/04/2018, os Apelados esbulharam na posse os apelantes, derrubaram
parcialmente a edificação e modificaram o remanescente. Salienta-se que os Apelados,
ora ocupantes, não possuem qualquer documento ou prova que ateste a regularidade da
ocupação.
Conhecendo da ocupação, os Apelantes ajuizaram Ação de Reintegração de Posse,
distríbuida ao juízo da 3ª Vara Cível da r. Comarca, tendo este concedido liminar de
reintegração de posse, a qual foi cumprida.
Citados os Apelados, estes contestaram com pedido de proteção possessória. De
julgamento, a r. Sentença revogou a liminar concedida sob o fundamento que os
Apelantes demoraram a propor a ação e que a escritura pública que apresentaram em
juízo teve seu registro recusado pelo Oficial de Registro de Imóveis, pois nesta não havia
averbação da edificação.

2. Do Cabimento do Recurso

Ressalta que o recurso preenche os pressupostos de admissibilidade: o recurso é


interposto contraa sentença que resolve o mérito, em atenção ao art. 487, I c/c art. 1.009,
caput e art. 994, do CPC, sendo este tempestivo, conforme o prazo de 15 dias da
publicação da sentença; é interposto por parte sucumbente, interessada, conforme o art.
996, do CPC; por fim, segue guia comprobatória do recolhimento do preparo recursall,
conforme o art. 1.007, do CPC.
Portanto, a apelação cabe conhecimento.

3. Das Razões de Reforma


3.1. Do Tempo da Propositura da Ação

A ação, fundada em força nova, proposta no prazo de um ano e dia do art. 565 do
CPC, portanto, em rito especial, tendo sido concedida a liminar de reintegração foi
julgada improcedente por suposta intempestividade.
Eis que o esbulho teve início em 25 de abril de 2018 e, conhecendo deste, os
Apelantes propuseram a ação em dezembro do mesmo ano, observando o prazo de ano e
dia, logo não assiste razão a sentença, então, devendo o capítulo ser anulado para o
seguimento do rito especial do art. 565 do CPC.

3.2. Do Registro do Título

A sentença julgou improcedente os pedidos, de maneira equívoca, com base no título


não registrado. O equívoco se encontra no fato da ação de natureza possessória ter sido
julgada como se petitória fosse, ou seja, ação fundada na propriedade do imóvvel. Por
isto, a ação não deveria ser julgada com base na falta do registro do título, pois este
remete a propriedade do imóvel e não a posse.
Isto posto, a sentença deve ser reformada, pois o fundamento deste capítulo não se
aplica ao caso, indo contra o art. 1.210, §2º do CC, que estabelece que a alegação de
propriedade nãp obsta à reintegração na posse.

3.3. Da Inversão do Julgamento da Posse e Perdas e Danos

Sendo a sentença reformada a favor da posse dos Apelantes, cabe a determinação da


restituição dos valores perdidos pelos Apelantes pelo tempo que estes locariam o imóvel,
tendo sido impossibilitados pelo esbulho, conforme o art. 952 do CC, bem como a
restituição por conta das alterações feitas no imóvel, pelo mesmo artigo.

4. Do Pedido

Pede pelo conhecimento da apelação, pois esta preenche todos os requisitos de


admissibilidade.
Ademais, pede pela reforma da sentença, pelas razões acima expostas, de forma a
favorecer os Apelantes, conhecendo dos pedidos da ação de reintegração de posse mais
perdas e danos.
Por fim, pede pela determinação do pagamento de honorários de sucumbência por
parte dos Apelados.

Termos em que pede pelo deferimento.

São Paulo, data .../.../....

Advogado ...
OAB ...
PETIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO

Apelantes: Marisa e Edison


Apelados: Agnaldo e Dionísia
Origem: 3ª Vara Cível da Comarca de São Bernardo do Campo/SP

EGRÉGIO TRIBUNAL

INCLITOS DESEMBARGADORES

Pelos motivos expostos nas razões de apelação que esta petição acompanha, verifica-
se que a sentença que denegou os pedidos da acão de reintegração de posse foi equívoca,
fundamentada na propriedade do imóvel, sendo que, trata-se de ação possessória e não
petitória. A propositura da ação se deu no rito especial, sendo o capítulo da sentença que
alega o contrário, contra os fatos.

Assim, diante da probabilidade de provimento do recurso e o perigo de dano, bem


como o fato de ter sido concedida liminar na ação de reintegração de posse, pede pela
concessão de efeito suspensivo à apelação, nos termos dos arts. 995, par. único c/c art.
1.012, §4º do CPC.

Termos em que pede pelo deferimento.

São Paulo, data .../.../....

Advogado ...
OAB ...

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