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Universidade Federal Fluminense

Faculdade de Direito
Direito Internacional Privado I - A1
Nome: Laura Brandão Osório Silva

Atividade 6 - distinção entre o controle de convencionalidade realizado pela Corte


Interamericana de Direitos Humanos e a possibilidade de realização pelo juízo de
primeira Instância no Brasil
A Corte Interamericana de Direitos Humanos é o órgão jurisdicional responsável pela
proteção dos direitos humanos nos Estados americanos que fazem parte da Convenção
Americana de Direitos Humanos. Desse modo, a Corte exerce o controle de
convencionalidade conferindo se as decisões internacionais de direitos humanos
produzem efeitos jurídicos no ordenamento interno, se as legislações dos Estados estão
respeitando suas obrigações internacionais relativas à proteção dos direitos humanos.
No Brasil, país signatário do Pacto de San José da Costa Rica de 1969, o controle de
convencionalidade pode ocorrer por meio do Supremo Tribunal Federal, bem como por
qualquer juiz ou Tribunal – já que a partir do status de hierarquia constitucional dos
tratados de direitos humanos, trazido pela emenda Nº 45/2004, houve uma maior
viabilização do controle difuso de convencionalidade das leis.
Assim, qualquer tipo de violação a tratado de direitos humanos permitirá recurso a corte
internacional de direitos humanos, no que se chama de controle de convencionalidade
ad quem – o qual ocorre quando o caso chega ao tribunal superior do país e a parte
recorre ao tribunal supranacional. Ademais, ao que tange a possibilidade de realização
do controle de convencionalidade pelo juízo de primeira instância no Brasil (controle ad
quo, ainda muito pouco utilizado no Brasil), este magistrado poderá realizar o controle
de convencionalidade com base na decisão da corte supranacional dos direitos humanos.

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