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Relatório 3 - Medidas de Resistência Elétrica

Bianca Torres Lamas – NºUSP - 11217242


Júlia Mendonça Margatho – NºUSP - 11217343

Introdução:
A resistência elétrica por definição é a medida em Ohms (sua unidade no S.I) da
capacidade de um corpo de resistir a passagem de corrente elétrica, mesmo com ddp
aplicada. Nesse experimento, será discutido métodos para a realização dessa medida
de resistência elétrica, além de aplicar a lei de Ohm para medir precisamente a corrente
I e a voltagem V.

Resultados e discussões:
Primeiro monta-se o circuito divisor de tensão, que é um circuito simples de resistores
em série, onde a tensão de saída é uma fração fixa da tensão de entrada, depois deve-
se medir a ddp sobre os resistores R1 e R2, usando ɛ da fonte igual a 10 V para calcular
o circuito e comparar os valores experimentais. A equação para o cálculo é descrita a
seguir :

Como R1=R2 conclui-se que i1=i2

Assim utilizando a lei de Ohm:


1
V= I.R Ventrada= i. (R1+R2) i = Vent .
(𝑅1+𝑅2)
1
Vsaída= i . R2 Vsaída= (Ventrada. ). R2
(𝑅1+𝑅2)

𝑅2
Assim, V2 = V1 .
(𝑅1+𝑅2)

Calculando obtém-se:

R1=R2=100Ω V2=5,00 V
R1=R2=1kΩ V2=5,00 V
R1=R2=10kΩ V2=5,00 V
R1=R2=100kΩ V2=5,00 V

Valores experimentais encontrados :

R1=R2=100Ω V2=5,00 V
R1=R2=1kΩ V2=4,95 V
R1=R2=10kΩ V2=4,80 V
R1=R2=100kΩ V2=4,00 V
Conclui-se que, observando os valores obtidos experimentalmente, nota-se a existência
de um desvio de corrente, onde a resistência equivalente já não será igual R1=R2,
quando R1 e R2 se aproximam da resistência do voltímetro, portanto todo processo de
medida ocorre interação e interferência.

Para a segunda parte do experimento, agora que já se analisou que ocorrem interações
e interferência, deve-se realizar a medição da voltagem de duas formas, A e B levando
em consideração o cálculo da resistência corrigida. Assim, monta-se os circuitos para
R= 100, 1k, 10k e 100k e usando  próximo de 1V, 3V, 5V, 7V, e 10V para o cálculo
das medidas de V e I anotando as características (resistência interna) dos aparelhos
para calcular o valor de R.

Cálculo da resistência corrigida para o Caso A – em que o amperímetro vai indicar uma
leitura maior que a "real ":

𝑉 1
𝑅= [ ]
𝐼 𝑉 ⁄𝐼
1−
𝑅𝑣
Cálculo da resistência corrigida para o Caso B – em que o voltímetro vai indicar uma
leitura maior que a "verdadeira":
𝑉
𝑅= − 𝑅𝑎
𝐼

Dados para R = 100 Ohms, 1k Ohm 10k Ohm e 100K Ohm :


A partir da tabela é possível calcular a média das resistências corrigidas para o caso A e
B, obtendo os valores a seguir :

Resistência = 100Ω:

• Caso A (desvio padrão = 0,58 / erro relativo = -0,74%)

Ra médio = 99,26Ω

• Caso B (desvio padrão = 9,32 / erro relativo = 7,38%)

Rb médio = 107,38Ω

Resistência = 1kΩ

• Caso A (desvio padrão = 4,24/ erro relativo = -0,8%)

Ra médio = 992Ω

• Caso B (desvio padrão = 5,27/ erro relativo = 0,52%)

Rb médio = 1005,2Ω
Resistência = 10kΩ

• Caso A (desvio padrão = 92,06/ erro relativo = 0,68%)

Ra médio = 10068,4Ω

• Caso B (desvio padrão = 224,19/ erro relativo = 3,29%)

Rb médio = 10329Ω

Resistência = 100kΩ

• Caso A (desvio padrão = 100,42/ erro relativo = -8,68%)

Ra médio = 91321Ω

• Caso B (desvio padrão = 422,84/ erro relativo = 1,61%)

Rb médio = 101609Ω

Com a análise dos dados, calculando o erro relativo e o desvio padrão dos valores
obtidos experimentalmente para a resistência pelo caso A e B, nota-se a vantagem de
usar o caso A por possuir valores de desvio padrão bem mais baixo em relação aos
valores calculados para o caso B. Pode-se analisar também o erro relativo, pois ele
mostra a média do erro em relação ao valor esperado, validando um menor erro para
caso A também. Já se sabe que os valores seriam diferentes, pois tanto o voltímetro
como o amperímetro realizam leituras maiores que as reais por conta do desvio da
corrente e tensão durante o experimento, assim os valores corrigidos deveriam ser
menores do que os valores utilizados teoricamente, o que é apresentado no caso A.

Esquemas - Associação em série vs Associação em paralelo :

Em série:
Em paralelo:

Para o caso de associação em série a soma da queda de potencial em cada resistor


equivale à ddp total, e a corrente é única.

Req= i Ri
Para o caso de associação em paralelo a queda de potencial é a mesma em cada
resistor, sendo que por cada uma passa uma corrente diferente.

1 1
= i 𝑅𝑖
𝑅𝑒𝑞
Nessa parte do experimento deve-se montar o circuito em série com os resistores de
1k, 10k, 100k e o amperímetro ao mesmo tempo, medir a tensão e a queda de
potencial individual de cada resistor. Realizando a seguinte tabela :

Cálculo teórico da resistência equivalente para a associação em série :

Req = 1k+10k+100k (ohm) = 1,11 . 10^5 Ω

Tensão teórica :

1kΩ : V = r .i --------- 1000.88,8.10^-6 = 0,0888 v

10kΩ :V = r .i ---------10000.88,8.10^-6=0,888 v

100kΩ:V = r .i ---------100000.96,6.10^-6=9,66 v

Req : 1,11.10^5 . 98,5. 10^-6 =10,93 v


Corrente teórica :

1kΩ : V = r .i --------- 0,087/1000 = 87,0 uA

1kΩ : V = r .i --------- 0,889/10000 = 88,9 uA

1kΩ : V = r .i --------- 8,81/100000 = 88,1 uA

Req : 1,11.10^5 ------------- 9,88/1,11.10^5 = 89,0 uA

Comparando os valores teóricos obtidos com os valores experimentais, pode-se se


observar um leve desvio, entre os resultados tanto para o valor da corrente quanto
para o valor da tensão, característico do uso da corrente em série.

Agora deve-se realizar a análise da associação em paralelo. Para isso monta-se o


circuito com a fonte regulável em série com o amperímetro e com o conjunto de três
resistores de 1k, 10k, 100k ligados em paralelo a fim de medir a ddp e a corrente.
Produzindo a seguinte tabela:

Cálculo teórico da resistência equivalente para a associação em paralelo:

(𝑜ℎ𝑚𝑠) = 901 Ω
1 1 1 1
= + +
𝑅𝑒𝑞 1k 10𝑘 100𝑘

Tensão teórica :

1kΩ : V = r .i --------- 1000.9,77.10^-6=0,00977 v

10kΩ : V = r .i ---------10000.0,962.10^-6= 0,000962 v

100kΩ : V = r .i ---------100000.0,098.10^-6=0,0098 v

Req = 0,00111 . 11,06 = 0,0123 v

Corrente teórica :

1kΩ : V = r .i ---------9,88/1000=0,00988 A

10kΩ : V = r .i --------- 9,88/10000=0,000988 A

100kΩ : V = r .i --------- 9,88/100000=0,0000988 A


Na associação em paralelo os valores obtidos já possuem uma certa discrepância em
relação as suas casas decimais. Demonstrando um grande desvio em comparação aos
valores experimentais coletados.

Para a última parte do experimento analisa-se os fusíveis, que funcionam basicamente


como um dispositivo de proteção contra sobrecorrente em circuitos. Ele é colocado em
série a um determinado circuito, suportando até uma determinada corrente, porém
com um valor maior do que sua corrente nominal ele pode vir a se romper,
interrompendo a passagem de corrente elétrica para o resto de um circuito elétrico. O
que pode evitar curtos-circuitos ou sobrecargas de energia.

Não é possível reaproveitar um fusível, pois quando a corrente elétrica atinge uma
intensidade maior do que o limite do fusível, a liga esquenta e se funde. Dessa forma a
passagem da corrente é interrompida. E o circuito desliga, queimando o fusível,
necessitando uma substituição. Isso pode ser resolvido utilizando um disjuntor, que é
uma chave magnética que se desliga automaticamente quando a intensidade da
corrente é maior do que a capacidade do circuito, não necessitando ser substituído
pois não queima, basta religar a chave do disjuntor para restabelecer a circulação da
corrente.

Se um aparelho consome 10A é melhor usar um fusível de 5A ou de 20A?


É sempre importante utilizar um fusível com uma folga de segurança de pelo menos
1,5x maior que a amperagem utilizada pelo aparelho, evitando que ele queime
desnecessariamente, mas cumpra a sua função de segurança, assim não seria nada
viável utilizar o fusível de 5A, mas sim o de 20A, para um aparelho que consome 10A.

A partir da coleta de dados é possível realizar o gráfico de V em função de I :

Analisando o gráfico, observa-se que o fusível vai seguindo linearmente com o


aumento da corrente, até o ponto de queimar quando E = 4,5 v já não transmitindo a
corrente para o resto do circuito.

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