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ENEAGRAMA

PRINCÍPIOS BÁSICOS

Os princípios básicos do Eneagrama surgiram no Oriente Médio, de antigas culturas. No entanto,


sua dinâmica acompanha os anseios e as necessidades mais contemporâneos, já que seu
desenvolvimento baseia-se em quase 30 anos de depoimentos reais que formam uma ‘tradição
oral’. Isso possibilita que o conhecimento ancestral esteja em permanente adaptação aos nossos
tempos, e o coloca entre o que há de mais atual em termos de recursos utilizados para a
compreensão do comportamento humano e para o crescimento pessoal.

A palavra Eneagrama se origina do grego ennea, que significa nove, e grammos, sinônimo de
pontos. O símbolo é uma estrela de nove pontas, que descreve nove tipos de personalidade, suas
inúmeras nuances e inter-relações. Partindo do princípio de que o tipo representa a forma com
que cada um se percebe no mundo, ao identificar nosso próprio tipo, ampliamos nosso ponto de
vista sobre nós mesmos: podemos entender nossas fraquezas e limitações, ao mesmo tempo em
que vislumbramos novas perspectivas de ação que levam ao crescimento pessoal. A partir dos
tipos, também passamos a compreender as outras pessoas, vendo-as como elas são para si
mesmas, e não a nossa projeção carregada de expectativas.

O Eneagrama não é um sistema fixo. Suas linhas interligadas indicam movimento, o que
significa que, além da identificação mais forte com determinado tipo, temos os potenciais de
todos os outros. Através das linhas conectadas, é possível identificar inúmeras combinações, que
resultam nas diferenças sutis entre pessoas do mesmo tipo, além das características marcantes
que assumimos de acordo com situações de estresse ou, ao contrário, de segurança - dados
preciosos no processo do conhecimento de si mesmo e dos outros, e do crescimento pessoal.

Estrutura do diagrama: o símbolo - Lei do Sete - Lei do Três - Sete pecados no


Cristianismo

O Eneagrama é representado por um círculo com nove pontos eqüidistantes e numerados de um a


nove. Cada um deles identifica os principais modos de funcionamento possíveis da pessoa
humana, e que é denominado ‘tipo’ - ao todo, nove tipos básicos. Diferentes linhas unem esses
pontos, indicando todos os movimentos dos tipos e suas interligações. As flechas descrevem a
possível evolução da personalidade de acordo com o grau do estresse ou do sentimento de
segurança vivido por cada um de nós. No Eneagrama, as linhas formam, também, os dois
conjuntos distintos inscritos no círculo: um triângulo eqüilátero formado pelos pontos 3, 9 e 6, na
seqüência das flechas; e uma espécie de hexágono que agrupa os pontos 1, 4, 2, 8, 5 e 7.
A estrela de nove pontas que representa o Eneagrama é muito antiga. Acredita-se que vem sendo
apresentada, pelo menos, a partir do século XV e mapeia a relação de duas leis fundamentais: a
do Três, que identifica três forças presentes no início de um evento, e a do Sete, que governa a
fase de implementação desse evento, à medida que se desenrola. Ao contrário das duas forças
visíveis que norteiam o mundo contemporâneo, Causa e Efeito, o Eneagrama acredita na
necessidade da união de três forças: ativa, receptiva e reconciliadora (Pai, Filho e Espírito Santo,
na trindade cristã; e Brahma, Vishnu e Shiva, no hinduísmo). Representada no triângulo central
da estrela, a lei do Três sugere a existência de três preocupações mentais nucleares
(esquecimento de si mesmo, paranóia e imagem) e três preocupações emocionais nucleares
(raiva, medo e ‘o que estou sentindo?’). Na forma da segunda figura, o hexágono, a lei do Sete
está preservada nos seis pontos que a formam, sendo que o sétimo se repete como acontece com
a escala musical de Dó. Juntas, as leis formam a estrela completa.

Segundo o Eneagrama, o ser humano tem nove traços principais da vida emocional, ou ‘paixões’:
preguiça, raiva, orgulho, inveja, avareza, gula e luxúria, que fazem um paralelo com os Sete
Pecados Capitais do Cristianismo, mais o ‘engano’ e o ‘medo’. Esses nove traços desenvolvem-
se no momento em que saímos de um estado de graça e entramos no mundo material - na mais
tenra infância, quando iniciamos nossa vida familiar. Se nos desenvolvemos de maneira
saudável, essas ‘paixões’ serão apenas tendências sem destaque. Mas se, ao contrário, crescermos
com problemas psicológicos, esse traço ganha proporção capaz de tomar o controle de nossa
vida. Por outro lado, o Eneagrama vê essa ‘sombra emocional’ como um aliado, um mestre
pessoal, que nos faz lembrar o que perdemos lá atrás e entender como nos desenvolvemos até
nos tornar adultos.

A Tradição Oral: A escola de Gurdjieff

O Eneagrama é um antigo sistema de autoconhecimento intimamente ligado à filosofia Sufi,


surgido no Oriente Médio. Sua trajetória, entretanto, não foi registrada em documentos. Tudo o
que nós, ocidentais, sabemos a respeito do Eneagrama, devemos ao estudioso e professor George
Ivanovitch Gurdjieff (1872-1949). Seu enorme magnetismo pessoal e sabedoria possibilitaram-
lhe aplicar, desenvolver e ‘formatar’ o Eneagrama ao universo do Ocidente. Embora tivessem
pouca compreensão psicológica de si mesmos, os alunos entregaram-se aos seus ensinamentos,
certos de que este poderia iniciá-los no conhecimento próprio e no da psique humana.

Gurdjieff utilizou o Eneagrama como um instrumento precioso para ‘retirar as máscaras’ de seus
alunos e identificar suas verdadeiras aptidões e potencialidades, e obter outras informações que
pudessem ajudá-lo m seus estudos e treinamentos. Nesse período, não houve referência escrita
sobre o Eneagrama de personalidades. A partir de Gurdjieff e ao seu legado, as escolas que o
sucederam puderam dar prosseguimento aos seus estudos. Mas, diferentemente do mestre,
tendiam a ver as preocupações da personalidade como dados secundários na busca de uma
conscientização superior, e não como uma fonte valiosa de informações para atingir esses estados
de consciência mais plena. Hoje sabemos, como Gurdjieff já sabia, que dependemos de defesas
psicológicas para manter a essência da nossa personalidade - mecanismos que podem ser
identificados com a utilização do Eneagrama.

Oscar Ichazo/Claudio Naranjo/Helen Palmer

Com formação no Sufismo e conhecimentos do Zen e da Cabala, Oscar Ichazo rearranjou o


Eneagrama das Personalidades, tornando o modelo acessível e a relação entre os tipos verificável
por meio de entrevistas. Na sua contribuição ao Eneagrama, Ichazo aplicou o conceito Sufi de
que as preocupações da personalidade indicam as características perdidas de nossa essência.
Assim, facilitou a detecção e a compreensão das características superiores da vida às quais cada
um de nós está predisposto - a Idéia Sagrada, referindo-se à característica superior mental, e a
Virtude, para a emocional. Quanto mais próximos à nossa essência, mais temos presentes esses
traços, e vice-versa.

Logo após assistir ao treinamento psico-espiritual de Ichazo em Arica, o psiquiatra Claudio


Naranjo entrevistou indivíduos psicologicamente sofisticados e capazes de descrever suas
preocupações mentais e emocionais. Num de seus estudos sobre o Eneagrama, Naranjo mapeou
os principais mecanismos de defesa que dão suporte aos nove tipos. Isso complementou a
reformulação de Ichazo e remeteu o sistema para o contexto das idéias psicológicas, servindo de
ponte para a Psicologia contemporânea. Ainda no início dos anos 70, Naranjo
começou a ensinar oralmente o Eneagrama em Berkeley, na Califórnia. Com ele, a autora e
professora Helen Palmer aprendeu a dinâmica do sistema. Em 1976, Palmer passou a entrevistar
seu próprio painel de alunos. Como seu foco de interesse estava nas áreas de prática espiritual e
treinamento da intuição, mescladas a alguns aspectos psicológicos como os problemas que cada
tipologia tendia a encontrar na prática, a estudiosa desenvolveu uma linha de questionamento que
realçasse experiências da intuição e da essência. Atualmente Helen Palmer é importante
referência nos ensinamentos e pesquisas do Eneagrama, tornando-se a principal instrutora da
Tradição Oral do sistema.
Paixões do Centro Emocional

Entende-se por "Paixão" ou pecado de raiz o que conhecemos como compulsões emocionais.
Neste contexto "Paixão" significa separação ou o erro do alvo. Os nove pecados prometem a
intensificação da vida, mas o que produzem na verdade é exatamente aquilo que desejam evitar:
solidão, falta de sentido e vazio.

Virtudes do Centro Emocional

As nove "Virtudes" ou dons do espírito são o que conhecemos como imagens da paixão ou
pecado redimido. Eles não podem ser "produzidos", podem apenas crescer. Embora sejam vistos
como presentes da graça divina, isto não nos condena à passividade. Essas Virtudes são
expressão de nosso ser genuíno que não é deformado pelo poder do pecado.

Pontos de estresse e segurança

Na ótica do Eneagrama, tudo é relativo. Nunca um Seis, por exemplo, carrega somente as
características da sua tipologia. Uma pessoa com o centro emocional predominante não será
necessariamente uma boa artista. Talvez brilhe mais como administradora, quem sabe? Como
mostra a própria estrela de nove pontas, todos os tipos são interligados e se movimentam fazendo
contrapontos e complementos. Nesse sentido, cada tipo de personalidade é formado por três
aspectos: o predominante, que vigora na maior parte do tempo, quando as coisas transcorrem
normalmente e que é chamado de seu tipo; o aspecto que vigora quando somos colocados em
ação, gerando situações de estresse; e o terceiro, que surge nos momentos em que nos sentimos
em plena segurança. Transpostos ao Eneagrama, os três aspectos são, na verdade, três tipos
interligados por flechas que indicam a direção que o tipo básico toma de acordo com a
circunstância. Para dar um exemplo, ao ver-se numa situação de estresse, o Observador (em
geral, quieto e retraído) torna-se repentinamente extrovertido e amistoso, características típicas
do Epicurista, num esforço de reduzir o estresse.
Sentindo-se em segurança, o Observador tende a se tornar o Patrão, direcionando os outros e
controlando o espaço pessoal. Mais uma vez, porém, essa movimentação não significa que o
sentido das flechas indicará a solução dos nossos conflitos. Mas, é certamente outra peça para
delinear o quebra-cabeças.

Um - O Perfeccionista

Este tipo tem um grande objetivo de vida: não errar. De preferência, nunca. Dificilmente o
Perfeccionista ai relaxar. Ao contrário, seu alto grau de exigência com relação a ele mesmo e aos
outros o faz permanecer em constante estado de alerta. O tipo Um tem um caráter inabalável: é
norteado pelo pensamento correto e pela ética. Por outro lado, é comum sentir-se moralmente
superior e no direito de censurar os outros. Seus verbos preferidos são ‘dever’, ‘precisar’ e ‘ter
de’.

Focos da atenção

• Na busca da perfeição, esquiva-se do erro e do mal.


• Enfatiza virtudes práticas como trabalho, economia, honestidade e esforço.
• O Um pode chegar a ser um workaholic contumaz, o que o leva a bloquear sentimentos
inaceitáveis.
• Quando suas necessidades não são satisfeitas, pode inconscientemente sentir raiva e
ressentimento
• Não raro, o Perfeccionista pode assumir pensamentos maniqueístas, levando-o a uma postura
intransigente, onde não há meio termo.
Dois - O Dador

Um tipo que vive para satisfazer as necessidades alheias - o que não quer dizer que toda essa
disposição em ajudar seja totalmente desinteressada. Ainda que seja sob a forma de afeição e
aprovação. Ser amado e apreciado é uma questão fundamental para o Dador. Para isso, dá apoio,
agrada, é conselheiro e prestativo. Seu empenho acaba por torná-lo presença indispensável em
vários círculos de relacionamentos. Tem uma coleção de ‘eus’, que vai mostrando conforme a
pessoa com quem se relaciona.

Focos da atenção:

• Para agradar aos outros, muitas vezes, abre mão de suas próprias necessidades. Aliás, nem
sempre as vê.
• Ao mesmo tempo, se sente confinado pelo apoio que dá aos outros.
• Vê como única forma de ganhar ou reter o amor de alguém se adaptar aos seus desejos.
•Não raro, manipula através da empatia que cria por sua postura solícita.
•Como ‘recompensa’ por satisfazer as necessidades alheias, exige sua afeição e aprovação.

Três - O Desempenhador
Não há tipo mais dedicado ao trabalho do que este. Para ele, o amor vem através de suas
realizações e da imagem. Por isso, destaca-se em tudo o que faz e não há obstáculo que o impeça
de seguir adiante em seus objetivos. O espírito competitivo faz do Desempenhador um líder
eficiente - o que vem a calhar com seus anseios, pois quer ser o primeiro, liderar, aparecer. Esse
verdadeiro mestre em aparência confunde o ‘eu real’ com a identidade profissional. E pode
perder de vista seus sentimentos, já que o trabalho torna-se válvula de escape para tudo.

Focos da atenção

• Empreendimento, produtividade e desempenho. Objetivos, tarefas e resultados.


• Sua meta: a eficiência. Seu temor: o fracasso.
• Pouco contato com a vida emocional. O coração do Desempenhador está no trabalho.
• Esse tipo tem a capacidade de mudar de postura, imagem ou papel tão rápida e perfeitamente
como um camaleão.
• O três corre o risco permanente de iludir-se sobre si mesmo, acreditando ser a imagem que
passa.

Quatro - O Romântico
Trágico, triste, artístico, sensitivo. Tudo o que se refere ao Quatro remete à introspecção, ao
mundo interior. O sentido de utopia acompanha a trajetória desse tipo, que almeja sempre o
inatingível. Dá, então, para entender porque a vida se torna monótona, quando as coisas
acontecem conforme o previsto num script. No lugar do convencional, prefere o criativo. Nessa
busca, encontra-se freqüentemente com o sofrimento - sentimento que exerce fascínio sobre esse
tipo muito romântico, mas muito trágico.

Focos da atenção

• Desprezo pelo lugar-comum e pela superficialidade de sentimentos.


• A forma que encontra para enaltecer o lado comum da vida é por meio da perda, da fantasia,
dos vínculos com a arte e dos atos dramáticos.
• Os relacionamentos do Quatro seguem o ritmo instável do ‘ata-desata-reata’, já que quer
sempre o melhor daquilo que está ausente.
• Esse tipo extremamente sensível é também um grande apoio para pessoas em processo de dor e
crise.

Cinco - O Observador

Um tipo que se protege das emoções fortes, principalmente quando envolvem outras pessoas. O
Cinco, decididamente, é um individualista, preocupado em manter intacta a sua privacidade e
evitar o contato mais estreito. Ao se ver em público, esse tipo se sente separado das pessoas,
permitindo-se às emoções somente quando está sozinho. Sua postura distanciada faz dele o
próprio observador. Por isso tem facilidade em produzir análises mentalmente claras e
confiáveis.

Focos da atenção

• Valoriza o domínio emocional. Prefere eventos estruturados, onde sabe antecipadamente todos
os passos e a direção a seguir.
• Organiza os vários aspectos da vida em compartimentos separados, pois, na sua visão, não há
ligação entre eles.
• O Observador assiste a vida do ponto de vista do espectador. Além da noção global dos
acontecimentos, essa postura pode trazer-lhe uma sensação de isolamento.
• Minimiza o contato para evitar o medo e a paixão.

Seis - O Patrulheiro

As dúvidas são a sombra deste tipo, que passa a vida questionando o amor e a felicidade.
Existem? Não existem? Um medo de acreditar e ser traído coloca o Patrulheiro sempre em
estado de alerta, onde a entrega não encontra espaço em uma circunstância sequer. Em vez de
agir, pensa e, por vezes, perde oportunidades. Isso explica o fato de ter seu crescimento pessoal
truncado. O lado positivo é que, quando bem empregada, a mente questionadora produz clareza
de propósitos. Também se identificam com as injustiças sociais e colocam-se com disposição
para trabalhar por uma causa em que acreditam.

Focos da atenção

• Mentalmente, o Seis funciona com um ‘Sim, mas...’ ou ‘Isso pode não dar certo’
• Ele tem medo de admitir a própria raiva, e tem medo de enfrentar a raiva dos outros.
• O Patrulheiro não convive bem com a autoridade, podendo, algumas vezes, rebelar-se contra
ela.
• O mundo, para ele, é um lugar ameaçador.
• Sua natureza questionadora o leva a ver adiante do que normalmente as pessoas vêem: ele é
capaz de identificar as verdadeiras motivações e as intenções ocultas que influenciam os
relacionamentos.

Sete - O Epicurista
Esse verdadeiro gourmet da vida tem o poder reunir em torno de si o lado volátil das coisas. Ele
quer ser um eterno jovem, à exemplo do mito do Peter Pan, é aventureiro, alegre, superficial, um
amante volúvel que evita responsabilidades. Sua grande dificuldade está em finalizar coisas que,
por sinal, inicia com a maior desenvoltura e entusiasmo. Compromissos também representam um
calo para o Epicurista. Sendo assim, procura neutralizá-lo deixando à sua disposição várias
opções em aberto. A atração ao prazer é uma forma de escapar ao sofrimento.

Focos da atenção

• Sempre aberto a coisas novas, busca projetos interessantes para se envolver. O difícil é levá-los
adiante.
• O prazer é o seu refúgio contra o lado da vida que considera ‘negro’ (responsabilidades,
sofrimento, compromissos, envolvimentos mais profundos...)
• Usa seu charme e talento para criar clima amistoso com as pessoas. Mas, no fundo é um
medroso. O Sete dá o seu reino para evitar confrontos. Quando isso acontece, dá um jeito de sair
pela tangente, ou levar o interlocutor no papo.
• O Epicurista tem uma capacidade incrível de achar conexões, paralelismos e ajustes que
ninguém vê; e um talento para a síntese não linear das informações.

Oito - O Patrão
Aquele tipo ‘paizão’, super protetor e controlador é o retrato do Oito, não por acaso, denominado
O Patrão. Ao contrário do Patrulheiro, esse tipo adora uma briga. No ambiente de trabalho,
certamente será aquele que luta pelos companheiros. No amor, porém, usa o argumento da
proteção para manter o poder e o controle da situação. É comum ver Oitos em postos de
comando e, em geral, revelam-se líderes capazes de usar o próprio poder com sabedoria.

Focos da atenção

• Oitos se preocupam com a justiça, mas desprezam a fraqueza, nem conseguem encarar as
próprias.
• O Patrão é um exagerado no estilo pessoal.
• Para ele, é tudo ou nada. Isso o leva a perceber as situações em pontos extremos.
• Como tem dificuldade de controlar os impulsos, necessita estabelecer limites.

Nove - O Mediador

Os dois lados de uma mesma questão estão sempre presentes na vida do Nove. Sua capacidade
de ver 360 graus à sua volta, ou seja, tudo, o torna precioso para apontar soluções. Uma forte
necessidade de agradar as outras pessoas leva o Nove, muitas vezes, a esquecer seus próprios
desejos. Não é exagero dizer que este tipo conhece melhor desejos e necessidades dos outros do
que os próprios. Se é solicitado para ajudar, é claro que estará ali prontamente - desde que não
exijam dele uma postura. Nove equilibra-se em cima do muro. ‘Sim’, ‘talvez’, ‘muito pelo
contrário’ fazem parte do seu repertório.

Focos da atenção

• Facilmente substitui necessidades essenciais por coisas desnecessárias.


• Mudanças são difíceis para o Nove. Para ele, é mais fácil saber o que não quer do que o que
quer.
• O Mediador não consegue dizer Não. Tomar iniciativas quanto à separação também é motivo
de angústia para ele.
• Amortece a energia física e a raiva, desviando-a para trivialidades.
• A dificuldade de assumir uma posição pessoal também desenvolve a capacidade de identificar o
que é essencial para a vida de outras pessoas, e ajudá-las.

Subtipos e Asas

Subtipos

Como acontece com os centros de inteligência, os pontos de estresse e segurança, os movimentos


de integração e desintegração, os subtipos também se manifestam de forma involuntária e
inconsciente. Ninguém escolhe deliberadamente hábitos repetitivos e negativos. Nem
estipulamos o peso que damos a um sentimento, ou a uma área de nossa vida, em detrimento de
outros. Os subtipos também reforçam a complexidade e a sofisticação com que é lapidada a
psique humana, e as sutis diferenças que observamos entre pessoas da mesma tipologia. Todos
nós desenvolvemos três subtipos, chamados de instintos básicos: preservação, social e sexual
que, como acontece com a dinâmica geral do Eneagrama, se desenvolvem cada um em diferentes
proporções. Por isso, trazem conseqüências sobre a personalidade.

O instinto de preservação é o que garante a sobrevivência física. Está em constante estado de


alerta para qualquer perigo iminente ou qualquer coisa que possa, de alguma maneira, ameaçar a
segurança. O instinto de preservação preocupa-se com vida e morte, preservação da saúde,
alimentação e dinheiro. Sua tranqüilidade está diretamente ligada ao bom andamento desses
fatores. O contrário pode gerar-lhe profunda ansiedade.

O instinto social tem como preocupação central o convívio com os diversos grupos que circulam
ao seu redor. Não ser aceito ou receber críticas de algum deles é motivo para grande sofrimento,
já que o seu valor é medido por sua integração e aceitação dentro de um grupo. Seu maior temor
é a solidão e a inferioridade, pois se sentiria, sobretudo, inseguro. Por isso, luta por
reconhecimento social, admiração e status.

O instinto sexual, nesse caso, não se refere necessariamente ao sexo. O termo, aqui, significa
relação com uma única pessoa. Ele acredita que é realmente feliz e completa se cultiva
relacionamentos profundos - por isso, a noção de intimidade está sempre presente. O grande
trunfo desse subtipo é o poder de sedução, pois quer constantemente atrair e influenciar o outro.
Preocupa-se em não ser desejável ou conectado.

Embora reconheçamos os três instintos em nossa vida, um deles é menos eficaz do que os outros.
Na teoria do Eneagrama, instalamos os subtipos até completarmos 12 anos. Conforme a
educação que recebemos e as nossas circunstâncias particulares, pelo menos um deles não se
desenvolve da maneira esperada. Em casos extremos, simplesmente não se manifesta. Quando
um dos três instintos é ferido, sua utilização se torna problemática, seja sob a forma de uma
preocupação desmedida, seja, ao contrário, sob a forma de uma negligência excessiva. No caso
do instinto de preservação, manifestamos na vida uma prudência exagerada ou uma tendência ao
risco e à autodestruição. Quando o deteriorado é o instinto social, o resultado pode ser uma
dependência em relação a um grupo ou uma falta de sociabilidade. Já o descompasso do instinto
sexual pode nos tornar ora promíscuos e levianos nas relações, ora fechados para elas.

Asas

No começo da idade adulta, quando nossa personalidade está delineada, mais rica e complexa,
acrescentamos aos traços de nossa tipologia básica as características de um dos dois tipos
localizados imediatamente ao seu lado direito ou esquerdo do círculo. Esse segundo tipo é
chamado de ‘Asa’. As motivações básicas continuam sendo prioritárias na nossa personalidade.
Sabemos que a Asa vai atuar na maneira como procuramos satisfazê-las.
Um Quatro, que expressa seus sentimentos de forma dramatizada, se inclinará ou para o Cinco,
numa postura depressiva internalizada, ou para o Três, num esforço mais hiperativo, mas ainda
se relacionando cm a postura melancólica e triste próprias da tipologia básica. Mas a intensidade
com que isso acontece varia de pessoa para pessoa.

A Asa também atua conforme as circunstâncias e os contextos. Mais raramente, por volta dos 40
anos, uma segunda Asa pode desenvolver-se. Nesse caso, a primeira Asa é chamada de principal
e a segunda, de Asa secundária. Em alguns casos, a Asa reforça os traços da personalidade; em
outros, atenua. O colorido dado pelas Asas ajuda a tornar cada personalidade inconfundível. Por
isso, nunca seremos idênticos a outra pessoa, por mais que tenhamos a mesma tipologia,
preocupações e interesses. Mas é importante colocar que, quando o tipo básico evolui para seus
aspectos, as Asas seguem o movimento. O contrário, porém, é igualmente verdadeiro.

Integração e desintegração da personalidade

Todos nós temos virtudes e aspectos negativos, como a Lua e a sua face oculta. Quanto maior for
a nossa consciência do que somos verdadeiramente, nos sentiremos mais seguros e plenos.
Então, viveremos os aspectos mais positivos do nosso tipo. Se tudo continuar indo bem, a essas
qualidades se somarão outras de outro tipo, chamado tipo de integração - aquele que está ligado
ao básico, percorrendo as linhas do Eneagrama no sentido contrário às flechas. Alguns exemplos:
o tipo Um se integra no Sete. Ele passa a ter auto-estima apurada e, a saber, levar a vida sem
dramas. Fica mais otimista, espontâneo, e criativo também. Não se prende a fazer coisas que não
satisfazem seus desejos e os dos outros.
O tipo Quatro se integra no Um. Isso quer dizer que ele passa a ser capaz de agir no presente e
com ojetividade. Aceita a realidade e vive suas emoções como são, sem tentar ampliá-las. Já o
Sete se integra no Cinco. Com isso, sua capacidade de introspecção é imensa, e sabe como
ninguém apreciar o silêncio e a reflexão.

Quando estamos inseguros, em plena crise de estresse, colocamos em ação nossos mecanismos
de defesa, deixando transparecer aspectos negativos. À exemplo do movimento de integração,
quanto mais aguda for nossa crise, passaremos a agregar os pontos fracos de outro tipo - ligado
ao básico, dessa vez, percorrendo as linhas no sentido das flechas. Por vezes, a instalação do tipo
de desintegração é durável e, nesse caso, pode ser necessária uma assistência especial. Para
visualizar o movimento, acompanhe: o Um tem por desintegração o tipo Quatro; o Dois tem o
Oito; o Três tem o Nove; o Quatro tem o Dois; o tipo Cinco tem o Sete; o Seis tem o Três; o Sete
tem o Um; o Oito tem o Cinco e o Nove tem por tipo de desintegração o Seis. Só para citar uma
tipologia, na prática, representa que, ao se desintegrar no Nove, o Três, substitui seus
sentimentos reais pelo trabalho - num segundo momento, até por álcool, sonhos, drogas,... Para
não encarar o fracasso, evita confrontos. Não raro, fica meio paralisado, sem conseguir
desenvolver qualquer atividade. A passagem pela desintegração do tipo causa sofrimento, pois
nos tornamos muito mais vulneráveis e corremos o risco de nos deixar levar por sentimentos
destrutivos. Daí a importância de entender esses movimentos.

A transformação do planeta em aldeia global acarretou algumas conseqüências. Uma das mais
evidentes é que massificou diferenças. Em outras palavras, como hoje todos têm acesso aos
mesmos dados, fornecedores e fontes, a concorrência tornou-se brutalmente acirrada.
Como, por exemplo, uma empresa pode destacar-se das outras, com a mesma igualdade de
condições? A resposta aponta para o caminho da qualidade humana. Ali está o grande diferencial.

É simples: uma pessoa com a consciência de suas potencialidades tem maior probabilidade de
desenvolvê-las e dar realmente o melhor de si nas coisas faz. Por outro lado, para ser reconhecida
em seu trabalho, é preciso sentir-se aceita, respeitada e valorizada como ser humano - da mesma
forma em que é preciso que os outros lhe dêem a oportunidade de mostrar seus pontos fortes
numa tarefa compatível com a sua inteligência, seus valores e desejos.

Para que essa percepção de todas as partes aconteça, é preciso conhecer-se a si mesmo e
compreender como se movimentam e sentem as pessoas ao seu redor. Em outros tempos, a
missão seria praticamente impossível, ou muito difícil de ser realizada, porque os instrumentos
disponíveis na Psicologia eram basicamente voltados para estudar personalidades patológicas ou
transviadas. O Eneagrama trata os padrões da personalidade considerados "neuróticos", ou
"negativos", como pontos de impulso para o crescimento. A partir do entendimento dos
mecanismos da psique humana, o sistema mostra a visão detalhada de si mesmo e dos outros. E é
isso que o torna aplicável em inúmeras áreas - seja no mercado empresarial, seja em qualquer
organização estruturada ou no processo individual de crescimento pessoal.

Os estudiosos trabalham constantemente em inúmeras pesquisas, na busca de atingir resultados


cada vez mais fidedignos quanto a tipologia, aperfeiçoar os testes de tipos de personalidade, e
manter a aplicação do Eneagrama permanentemente atualizada e adaptada às necessidades
contemporâneas. As conclusões destes trabalhos são importantes, pois integram a teoria do
Eneagrama aos conceitos ocidentais sobre personalidade.
A pesquisa inicial, elaborada pelos estudiosos J. P. Wagner e R. E. Walker, teve o objetivo de
avaliar a estabilidade da tipologia ao longo dos anos, e foi feita com 390 adultos norte-
americanos que já conheciam o Eneagrama. O espaço de tempo entre o primeiro contato com o
sistema e a realização da pesquisa variou de três meses a nove anos. O resultado apontou para a
média de 85% de consenso quanto à tipologia no passado e no presente. Os estudiosos também
aplicaram o MBTI (Indicador de Tipos de Myers-Briggs), baseado em tipos de personalidade
junguianos, a Escala de Auto-Avaliação de Million-Illinois, além de um questionário
experimental do Eneagrama. A pesquisa levantada por Wagner e Walker contribuiu para a
delineação atual da teoria do Eneagrama. Os estudos daquele momento, no início da década de
80, fizeram uso dos já consagrados testes MBTI, do MMPI (Inventário Multifásico da
Personalidade de Minnesota), que avalia as principais categorias do comportamento anormal, e
do CPEI (Inventário de Cohen-Palmer para o Eneagrama), que é um registro da tipologia a partir
de uma compilação de declarações de tendências comportamentais referentes a cada grupo de
pontos do sistema. Atualmente, um dos inventários mais utilizados é o SEDIG (Stanford
Enneagram Discovery Inventory and Guide), desenvolvido pelos psiquiatras David Daniels e
Virginia A. Price, na Universidade de Stanford - segundo a autora e estudiosa Helen Palmer, é
considerado hoje o teste de maior eficiência. Mesmo com tantos recursos eficazes, a busca de
novos instrumentos de avaliação continua sendo objeto de atenção dentro das universidades e
centros de estudos.

Don Richard Riso - Helen Palmer - David Daniels - O Eneagrama e o MBTI

O estudo empírico da tipologia teve início recentemente, há menos de trinta anos, com base em
descrições da teoria do Eneagrama, publicadas por J.Lilly em "O Treinamento de Arica", 1975, e
J.P.Wagner em "Um
Estudo Descritivo da Validade e da Confiabilidade da Tipologia de Personalidade do
Eneagrama", em 1981. Para levar adiante os objetivos e conhecimentos do Eneagrama estão Don
Richard Riso e Helen Palmer - os mais reconhecidos autores e estudiosos do momento.

A pesquisa atual se concentra na estabilidade do ponto no Eneagrama do indivíduo ao longo do


tempo, na relação da tipologia com outras teorias da personalidade e no desenvolvimento de
novos instrumentos para que propiciem uma avaliação do tipo cada vez mais próxima do real. No
momento, o teste mais amplamente aplicado é o SEDIG (Stanford Enneagram Discovery
Inventory and Guide). Desenvolvido pelo psiquiatra David Daniels, da Universidade de Stanford,
este teste também é, segundo Helen Palmer, o instrumento mais eficaz para determinar o tipo de
personalidade.

Quando são colocados lado a lado, o Indicador de Tipos de Myers-Briggs (MBTI) e o Eneagrama
ainda provocam polêmica entre os psicólogos contemporâneos. Muitos insistem na idéia de que
são sistemas divergentes. O Eneagrama baseia-se nos Nove Tipos de Personalidade organizados
por Gurdjieff, posteriormente, retomados e aperfeiçoados por Ichazo e Naranjo. Estes traços
foram identificados através de três centros principais de inteligência subdivididos em Emocional,
Metal e Intuitivo.
Em paralelo, o MBTI utiliza o modelo de personalidade junguiano, e levanta padrões de opinião,
suposição e ação sobre escalas de introversão-extroversão, pensamento-sentimento, sensação-
intuição e julgamento-percepção. Embora existam diferenças fundamentais de estrutura,
organização e interpretação, os sistemas apresentam uma forte correlação e podem certamente
enriquecer o trabalho um do outro.

É verdade: se conseguirmos determinar a nossa própria tipologia e o das pessoas importantes em


nossa vida, teremos acesso a uma grande quantidade de dados que nos mostrará como
provavelmente se desenrolarão os diversos relacionamentos. O fato viria muito a calhar com o
hábito ocidental de reduzir tudo a categorias fixas e rótulos, não fosse por um detalhe - o
Eneagrama não oferece soluções fáceis. Ao contrário, ao mesmo tempo em que se mostra um
sistema simples, é também extremamente complexo e sofisticado.

Para a decepção de muitos, a tipologia não indica, por exemplo, a lista de ‘contrate’ e ‘não
contrate’ para o empresário, nem monta a sua equipe de trabalho ideal. Muito menos forma pares
românticos. Em contrapartida, ela pode apontar potenciais ocultos, melhorar a qualidade das
relações. Podemos aprender a ver um projeto do ponto de vista de um colega de trabalho.
Prestando atenção à forma como os tipos se abrem para os relacionamentos, podemos
compreender posturas e reações, escolhendo conscientemente nossa forma de agir. Quando
somos capazes de nos libertar de atitudes negativas e repetitivas, que limitam nosso ponto de
vista, expandimos nossa consciência para além das fronteiras do nosso tipo.

Tríades e centros

Platão acreditava que o ser humano traz dentro dele três modos de funcionamento: a razão, a
emoção e a vontade. Esse conceito, tão antigo quanto atual, foi retomado e aprofundado pelo
Eneagrama e, hoje, é completamente indispensável para o seu movimento.
Segundo ele, as três funções essenciais, que nomeou mental, emocional e instintivo são centros
de inteligência distintos e, sendo assim, dispõem de seus próprios objetivos e suas atribuições.
Para entender o funcionamento de cada um dos centros e sua interligação é preciso, antes de
tudo, tentar não ‘ver’ com os olhos da civilização ocidental, que confundem inteligência com
‘centros de inteligência’, privilegia a racionalidade, desvalorizando as outras funções. O
Eneagrama entende que os centros de inteligência têm a mesma e fundamental importância na
vida do indivíduo. Privilegiar um e deixar os outros de lado significa provocar o desequilíbrio, o
que acontece com a grande maioria das pessoas: cada tipo tem uma hierarquia exclusiva dos
centros, onde o primeiro é o preferido e o último, o reprimido. O do meio pode ser o centro que
resta ou, dependendo do tipo, pender para o preferido ou o reprimido.

Essas combinações de como as personalidades usam os centros são chamadas tríades. O


Eneagrama possibilita que conheçamos nossos centros e, através das tríades, o peso que
atribuímos a cada um deles. Essa compreensão de centros e tríades torna mais fácil entender
nossas próprias atitudes e posturas, algumas até então inexplicáveis.

Os centros de inteligência

Na verdade, os centros de inteligência física, mental e emocional são centros internos de


percepção. No modelo de Gurdjieff, são eles os três únicos canais para embasar nossa expressão,
mas as formas que a profusão de pensamentos e sentimentos são externadas podem ser infinitas.
Ao serem trabalhados e conduzidos equilibradamente, os centros de inteligência podem nos levar
à realidade tal qual ela é, sem distorções pela parcialidade da tipologia, nem projeções. O objeto
de um estudo mais profundo do Eneagrama é ‘neutralizar’ as personalidades, silenciando a mente
e despertando o observador interno. Quando aquietamos os pensamentos e as emoções, nosso
centro mental superior (visão e saber) e o centro emocional superior (sentir e saber) despertam,
tornando-se receptivos ao crescimento e à sabedoria.

As tríades e os movimentos

Embora muitos de nós saibamos o quanto agir somente com o coração ou, ao contrário, nos
endurecermos pelo raciocínio excessivo são extremos prejudiciais, todos nós privilegiamos um
centro em detrimento dos outros. Não o fazemos de forma consciente, mas o fato é que esses
movimentos, na maior parte das vezes, dificultam o nosso crescimento pessoal, pois geram um
desequilíbrio na personalidade.

Reforçando mais uma vez a idéia de que o Eneagrama não propõe soluções fáceis, muito menos
funciona como mais um programa de auto-ajuda, conhecer a tipologia de uma pessoa é,
certamente, conhecer a hierarquia dos centros de inteligência. Isso não dá nenhuma informação
exata sobre a sua essência, mas fornece pistas e tendências de como essa pessoa se coloca diante
das várias situações da vida. Da mesma forma, não é possível comparar duas pessoas apenas pela
combinação dos centros, já que um indivíduo pode reprimir o centro mental e, em contrapartida,
desenvolver uma carreira acadêmica brilhante.

As hierarquias dos centros somadas à forma como utilizamos cada um deles resulta numa gama
vasta de nuances no nosso comportamento. Por exemplo, enquanto os tipos 2, 5 e 8 utilizam seu
centro preferido prioritariamente em relação ao mundo exterior, 1,4 e 7 focam o centro para o
próprio interior, ao passo que os tipos 3, 6 e 9 tentam equilibrar as utilizações exterior e interior.

Descrição dos centros: Mental, Emocional e Instintivo

Ainda que a distinção entre os centros nos passe despercebida, ela existe para todos nós. Quantas
vezes nos pegamos em situações onde o coração (centro emocional) bate de frente com a razão
(mental)? Quem nunca tomou decisões (centro mental) sem conseguir pô-las em prática
(instintivo)? Compreendendo a forma como agem nas diversas situações da vida, fica mais fácil
entender porque o equilíbrio entre eles é um ideal.

O centro instintivo é responsável por nossa coordenação física e por todos os nossos atos
espontâneos. Ele assegura nossa integridade física e psicológica no momento, estabelecendo um
paralelo entre a situação normal e situações passadas similares, onde busca referências - soluções
que já deram certo anteriormente. Esse jeito de garantir que não corramos riscos desnecessários
na vida, usando ‘fórmulas’ já estadas em lugar de novas abordagens, não é elaborado de forma
intelectual, muito menos consciente. É uma simples questão de sobrevivência.

O centro emocional é movido pela expressão dos nossos desejos e necessidades e, claro, por
nossas emoções. Esse centro também é o centro das relações com os outros e da percepção de
seus sentimentos, desejos e necessidades. Se ficarmos atentos ao nosso centro emocional e sua
dinâmica, notaremos que as emoções mudam permanentemente. Entendendo-as, viveremos mais
intensamente o presente, sem evitar o
sentimento do momento ou, ao contrário, querer eternizá-lo.

Nossos projetos e planos são elaborados no centro mental. Ali encontra-se o raciocínio e a
imaginação criadora, a vontade de saber e armazenar informações.
Como é de se esperar, sua visão do mundo é lógica e objetiva. Como podemos ver, os três
centros são absolutamente fundamentais para o ser humano e, ainda que sejam tão distintos,
complementam-se: o centro mental elabora as estruturas que governam e norteiam a nossa vida;
o centro emocional adapta as construções do centro mental ao presente e para dá-lhes dimensão
humana; e o instintivo mobiliza a nossa energia para concretizar as conclusões e as opiniões dos
outros dois centros.

Descrição dos movimentos: Tríades 7/8/3 - 1/2/6 - 4/5/9

O equilíbrio entre os centros é um ideal nada fácil de atingir. Parte do processo de


autoconhecimento, também requer esforço, especialmente porque a hierarquia dos centros e a
forma como os utilizamos formam um mecanismo que se implantou na mais tenra infância e foi
um dos elementos determinantes na construção do nosso ego. Temos a tendência de usar o centro
preferido em substituição total aos outros, o que, muitas vezes, é desastroso. Como temos o
centro da nossa preferência, também temos o reprimido. Segundo a definição dos estudiosos
Kathleen V. Hurley e Theodore E. Dobson, esse centro "controla silenciosamente a nossa
personalidade". Para mantê-lo devidamente protegido, utilizamos, em seu lugar, o centro
preferido. Quando a estratégia não funciona, o centro reprimido aflora e, como não sabemos lidar
com ele, se exprime de maneira inadequada e até incompreensível para nós.

Os tipos 3, 7 e 8 reprimem o centro emocional. Isso os leva a não viver o presente na plenitude,
projetando-se para um tempo inacessível. Com isso, claro, deixam muita coisa passar sem que se
dêem conta. As verdadeiras emoções ficam caladas. Os objetivos vêm em primeiro lugar,
sobrepondo-se aos fatores humanos. Essa postura leva muitas pessoas a considerá-los agressivos,
ainda que, por vezes, aparentem Ter muitas relações. São, geralmente, bastante criativos,
otimistas e rápidos. Irritam-se com pequenas coisas, mas recuperam facilmente o humor se forem
o objeto de uma atenção positiva.

O 6, o 1 e o 2 reprimem o centro mental. São , muitas vezes, confusos em relação ao futuro e não
conseguem ter uma visão mais ampla das coisas. São capazes de perder horas teimando com
detalhes mínimos, sem importância. Por outro lado, estão sempre prontos a ajudar os outros. Em
troca, esperam que eles sejam honestos e fiéis.

Os tipos 9, 4 e 5 reprimem o centro instintivo. Na prática, quer dizer que têm dificuldade de
ação. Em compensação, têm boa capacidade de reflexão e observação. Uma tendência à
depressão e ao recolhimento os torna mais propensos a dificilmente interferir nos projetos ou nas
idéias alheias. Quando menos se espera, esses tipos agem de maneira imprevisível ou reagem
violentamente a uma situação que lhes desagrada.

O Instituto de Estudos do Eneagrama selecionou obras de valor reconhecido internacionalmente,


que considera fundamentais para quem deseja compreender a sofisticada dinâmica do
Eneagrama. Os autores são todos estudiosos com sólida formação acadêmica e o altíssimo grau
de conhecimento - sendo que a obra de alguns deles serviu de base para a construção deste site.

• Hurley, Kathleen, e Theodore Dobson.


What’s My Type ? San Francisco: Harper Collins, 1991;

• Naranjo, Claudio. Ennea-Type Structures.


Nevada City, CA: Gateways/IDHHB, 1990 ;

• Palmer, Helen. "O Eneagrama:


Compreendendo-se a si mesmo e aos outrosem sua vida", Paulinas, 1993.

• "O Eneagrama no amor e no trabalho", Paulinas, 1999;

• Riso, Don Richard."Personality Types:


Using the Enneagram for Self Discovery".
Boston,: Houghton Mifflin, 1987.

• "Understanding the Enneagram".


Boston: Houghton Mifflin, 1990;

• Ichazo, Oscar. "Interviews with Oscar Ichazo".


Nova Iorque: Arica Institute, Inc., 1982;

• Rohr, Richard, e Andreas Ebert.


"Discovering the Enneagram". Nova Iorque: Crossroad, 1992;

• Bennet, J. G. "Enneagram Studies".


York Beach, ME: Samuel Weiser, 1983;

• Ouspensky, P. D. "The Psychology of Man’s


Possible Evolution". Nova Iorque: Vintage, 1974.
O Eneagrama da Unidade e os Três Trabalhos dos Eleitos
(copyright Christian Paterhan,1999)

ESTE TEXTO FAZ PARTE DA TERCEIRA OBRA A SER PUBLICADA EM SETEMBRO


DESTE ANO: "APOCALIPSE XXI" E TAMBÉM PODE SER LIDO NO APÊNDICE DA
SEGUNDA EDIÇÃO DO LIVRO "ENEAGRAMA: UM CAMINHO PARA O SEU
DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E PROFISSIONAL"

A aplicação social do Eneagrama é uma criação de Christian Paterhan

"Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor, estes três: porém o maior destes é o
Amor."
Apóstolo Paulo (1)

Será através da aplicação do Eneagrama da Unidade Global que deixo para a análise e reflexão
dos Eleitos, que as 9 principais questões (3 nucleares localizadas nos Pontos 9,6 e 3 do
Eneagrama e 6 relacionadas e interatuando na dízima periódica 0,142857...) a serem
desenvolvidas nestes "últimos tempos" nos permitirão conseguir o propósito superior e inegoísta
de evitar o possível "desvio" evolutivo: Ponto 9: Amor em Ação para a Conservação e Proteção
do Corpo Global: Igualdade.

"Na nave espacial Terra não há passageiros. Todos são tripulantes."


Marshall McLuhan

Conservar e proteger a vida são maneiras de como o Eleito demonstra, na prática, sua
compreensão da Lei da Unidade de Todas as Coisas no Plano Físico. Todos somos testemunhas
da gradual e perigosa deterioração do meio ambiente. Sabemos dos inquietantes desequilíbrios
ecológicos atualmente existentes e compreendemos como eles afetam a vida neste planeta. A
poluição da nossa atmosfera e das nossas fontes de água e alimentos está provocando alarme em
todo o mundo. Sabemos que os desastres ecológicos, produtos da depredação e do uso irracional
dos chamados "recursos naturais", poderão não apenas vir a aumentar a miséria e a fome no
nosso planeta, como também poderão inviabilizar a existência futura da nossa espécie e das
outras formas de vida com as quais compartilhamos esta nossa casa cósmica. Todos sabemos
estas coisas, todos somos informados diariamente sobre estes assuntos. Porém poucos são os que
reagem. O desinteresse, a apatia, a dissídia, característicos do aspecto negativo do Ponto 9
Eneagramático, devem ser urgentemente superados. Está na hora de atuar individual e
globalmente para que nosso planeta possa continuar oferecendo essas condições naturais que
garantem a vida e todos os seus ciclos de harmonia e equilíbrio.
Devemos trabalhar para ter consciência desse nosso Corpo Global e impedir que ele continue a
adoecer. Precisamos Proteger (Ponto 8) e Conservar a vida e sua Ordem Dharmica (Ponto 1).
Existem muitas organizações e grupos que trabalham em prol do equilíbrio ecológico do
planeta. Nosso dever é participar delas, apoiá-las, colaborar com seus projetos e ações.
Individualmente, e de acordo com nossas capacidades, devemos realizar tudo o que esteja ao
nosso alcance para ajudar conscientemente na conservação e proteção do planeta. Podemos,
enquanto consumidores, boicotar as empresas que poluem o ambiente ou que fabricam produtos
que deterioram a qualidade do ar, da terra e da água, deixando de comprar e de consumir esses
produtos. Podemos agir comunitariamente, organizando-nos para reciclar nosso lixo, e exigindo
das autoridades medidas concretas a respeito. Devemos impedir e protestar contra o andamento
de projetos que impliquem a destruição do meio ambiente, o desmatamento e a poluição das
águas e da terra. Podemos organizar-nos para plantar árvores, proteger áreas verdes vizinhas às
nossas comunidades, reunir-nos para limpar os rios, fazer campanhas para limpar nossas praias.
Enfim, todas essas atitudes devem transformar-se em rotinas nestes "últimos tempos".
Participando ativamente de toda iniciativa que tenha como meta o equilíbrio ambiental e
ecológico estaremos provocando mudanças positivas num curto prazo. Paralelamente devemos
exigir dos governantes e políticos leis e medidas efetivas para a conservação do equilíbrio
ambiental, lembrando-lhes a célebre frase do inesquecível Jacques Cousteau: "Ecologia não é
política, e sua defesa deve fazer parte dos programas de todos os partidos, e não somente de um."
(2)

Estes são apenas alguns aspectos relacionados com a tríade Corpo Global do Eneagrama da
Unidade. Cada um dos Eleitos deverá perceber a importância e amplitude dos conceitos ligados a
uma efetiva Ação Global quando for consciente do valor e importância do seu próprio corpo
físico e aplique o Princípio Hermético que diz "Assim como é em cima é embaixo". Finalmente,
devo acrescentar que a necessidade de proteger e
conservar o equilíbrio ambiental e ecológico é muito mais importante para nós que para a
Natureza. Esta afirmação que poderá parecer muito forte e paradoxal para alguns desavisados se
fundamenta na seguinte razão:
A Natureza nunca será destruída pelo homem (outra idéia fruto da nossa inflacionada visão
antropocêntrica da existência), porque antes de que isso aconteça Ela poderá nos destruir,
modificando uma vez mais a superfície deste planeta. Um desequilíbrio generalizado do meio
ambiente pode provocar a destruição da civilização humana tanto direta como indiretamente.
Diretamente, porque a modificação negativa do equilíbrio e ritmos naturais podem gerar grandes
catástrofes. Por exemplo, o aumento da temperatura como conseqüência do chamado "efeito
estufa" pode provocar a desertificação de zonas geográficas hoje produtoras de alimentos ou
aumentar o nível dos oceanos, o que poria em risco, principalmente, cidades costeiras em várias
partes do mundo.
Indiretamente, a modificação negativa dos climas pode provocar por exemplo, o aumento da
miséria e da violência em determinados pontos do planeta. A migração de povos atingidos por
grandes catástrofes provocadas pelo desequilíbrio de grandes ecossistemas para regiões mais
seguras pode gerar guerras, conflitos sociais, políticos e econômicos incalculáveis. Não é minha
intenção escrever aqui sobre questões amplamente conhecidas. Apenas desejo chamar a atenção
dos que estão prontos para que iniciemos as mudanças que podem evitar esses e outros males que
ameaçam nossa humanidade. Ainda é tempo.
Sobre a necessidade de um escudo protetor para o planeta. Outra ameaça à humanidade no plano
dos "futuros alternativos" que pude ver na Dimensão das Memórias Cósmicas, é a possibilidade
de um grande corpo sideral colidir com nosso planeta, destruindo nossa civilização.(3)

Por esta razão, posso alertar sobre a necessidade de criar um escudo protetor para o planeta,
evitando que se volte a repetir esse fenômeno que no passado foi a causa do primeiro "erro de
cálculo".

Cientistas e forças armadas devem unir-se nesse esforço e os governos de todo o mundo devem
criar um fundo internacional com o objetivo de implementar um eficiente sistema de defesa
planetário.

Trabalhar pela igualdade social, eliminando a pobreza e a ignorância também faz parte da missão
dos Eleitos de proteger e conservar nosso mundo. Sabemos que o aumento da pobreza, que
implica entre outras coisas, a falta de moradia e de infra-estrutura propicia a ocupação
desordenada da terra, com a conseqüente destruição de lençóis freáticos e de outros delicados
ecossistemas. Todos devemos estar cientes de que enquanto existirem injustiças sociais
estaremos fomentando a destruição do nosso planeta.

A questão da preservação e conservação do Corpo Global implica portanto o resgate da harmonia


social e o fim das injustiças. Ela não pode ser unilateral nem parcial. Ela deve ser planetária e os
líderes do mundo devem mobilizar a sociedade para a realização das ações que garantam esse
aspecto físico-energético da Unidade Global, sem o qual é impossível desenvolver os outros dois
além dos seus atuais limites. Quando compreendamos estas coisas e sejamos um com nosso
Corpo Planetário, poderemos ter condições para realizar essas mudanças globais e sociais que
poderão garantir o Princípio da Igualdade e, conseqüentemente, a continuidade dos nossos atuais
níveis de progresso cultural e tecnológico num meio ambiente apto para a nossa evolução e para
a evolução de todas as demais formas de vida existentes neste mundo. Entra aqui o conceito de
Mente Global do Eneagrama da Unidade.

Ponto 6: Fé como Certeza Coletiva do Bem que está por vir: Mente Global e Idioma Único:
Liberdade.

"A Internet de hoje não é a estrada da informação que eu imagino, mas pode-se pensar nela como
o começo da estrada." Bill Gates (4)

Uma Ação Global implica uma união global de todas as mentes humanas, interligadas e em
comunicação constante, independentemente de seus diversos níveis de compreensão e cultura,
com respeito às necessidades do planeta e da nossa espécie. Todos, segundo seu nivel, devem ser
conscientizados da necessidade da Unidade planetária. Nossos atuais sistemas de comunicação e
informação global já possuem a capacidade de realizar a conscientização coletiva em relação a
essa necessária Unidade Mental. Essa união global de mentes humanas é a Mente Global, através
da qual se promoverá o intercâmbio de idéias e conhecimentos que abreviarão os tempos do fim.
Se essa conscientização global não se produz, a incerteza e o medo paranóico do futuro só
podem aumentar. O medo mental, cujos aspectos negativos estão explicados pela análise do
Ponto Nuclear 6 do Eneagrama psicológico, provoca incerteza, egoísmo e incapacidade de
visualizar futuros alternativos positivos e viáveis. O medo mental faz com que as pessoas
pensem no "fim do mundo". Todos sabemos que uma das principais características da nossa
sociedade é o medo. As pessoas não confiam em nada totalmente e temem o futuro. Isto aumenta
o sentimento de separação e a necessidade de que cada um deve dar-se bem de qualquer modo e
sem se preocupar com os outros. Ou seja, aumenta o egoísmo, o isolamento e a insensiblidade,
fatores que inviabilizam a compreensão da Lei da Unidade de Todas as Coisas.

As pessoas atualmente tendem a isolar-se e procuram fatores que não as comprometam com os
demais (aspecto negativo do Ponto 5 do Eneagrama psicológico). Hoje podemos ter até
relacionamentos e sexo virtuais. Uma das críticas que se fazem à Internet é a de que ela estaria
aumentando a alienação e o isolamento das pessoas, que usariam esta ferramenta para se
comunicar e interagir apenas num mundo virtual, onde além de poder "atuar" sem compromissos
nem responsabilidades, poderiam "viver" fantasias e compartilhar peudo-experiências sem correr
os riscos próprios do chamado mundo real.. Esta maneira de viver reflete uma pseudoliberdade
(Ponto 7 do Eneagrama psicológico).

Porém nós, os Eleitos, devemos trabalhar para que essa nova maneira de comunicação virtual a
que chamamos A Rede (The Web) possa ser aperfeiçoada e utilizada como um instrumento para a
criação e manifestação coletiva da nova Mente Global.

Através da Rede, a Mente Global poderá manifestar-se para benefício da humanidade,


espalhando a Fé e a Certeza no Bem que Está por Vir em todo o mundo, incentivando as pessoas
a pensar criativamente na solução dos problemas mais urgentes e atuais, mediante o uso de
cenários virtuais nos quais se poderão reproduzir diversas situações específicas que facilitarão a
tomada de decisões corretas assim como a exatidão das ações no mundo real. A Rede é o início
do novo idioma único que todos podem conhecer e usar para intercambiar idéias e
conhecimentos. A Rede não foi criada para que nos isolássemos em mundos virtuais, não foi
criada para fugirmos da realidade nem para satisfazer apenas nossas fantasias e delírios. Ela tem
outra "face" que nós, os Eleitos, devemos mostrar: é a face da total e livre interatividade mundial.
A Rede é o fim das fronteiras. Porém a Rede, com seus defeitos e virtudes, reflete seu criador.
Vai depender de cada um de nós que ela se transforme efetivamente na "Estrada do Futuro",
usando o título do livro citado de Bill Gates, pela qual circulem conhecimentos e projetos que
unam nossa espécie e a beneficiem. A Rede é nossa grande oportunidade para inventar esse novo
idioma único com o qual possamos pensar, criar e projetar para realizar esse Bem que está por
Vir. O novo idioma global, cujo instrumento é a Internet, deve ser usado pelos Eleitos para
promover a Fé no Futuro.

Sabemos que todas as coisas têm dois lados: assim como a Rede pode ser utilizada por
personalidades negativas e destrutivas, também pode ser utilizada por aqueles que desejam
pensar globalmente e trabalhar pela união da nossa espécie, acabando com a separatividade. Não
devemos apenas criticar os efeitos negativos da Internet, devemos tomar conta dela para
aumentar o intercâmbio positivo de informações e conhecimentos. Junto com a Rede, possuímos
também um sistema muito aperfeiçoado de comunicação planetária: temos satélites, sistemas
avançados de televisão, telefonia e rádio, que podem vir a ser canais de união, integração e
criatividade para realizar a Unidade Global. Nós, os Eleitos, devemos usar todos estes meios para
unir os povos da Terra num grande projeto que resgate esse idioma único que tantos benefícios
provocou em tempos passados.

Por outro lado, a Mente Global deve recriar desde o sistema financeiro até o sistema educacional
visando o benefício e crescimento harmonioso de todos os seres humanos e evitando a
concentração das riquezas e do conhecimento para o benefício de apenas uma parcela
privilegiada de seres humanos.

Isso significa que a criação da Mente Global também passa pela superação dos dogmas políticos
de "direita" e "esquerda", dos dogmas religiosos, econômicos e científicos, porque todos eles
dividem a sociedade em extremos irreconciliáveis. Nós, os Eleitos, devemos trabalhar pela
conciliação desses extremos, esta é a única maneira de provocar o surgimento de uma nova
ordem que se refletirá numa sociedade equilibrada onde a pobreza e a ignorância não terão mais
possibilidades de existir. Todas as formas de separação mental egoísta devem ser superadas
(Ponto 5 do Eneagrama da Unidade), porque elas promovem uma visão parcial e
subjetiva da realidade. A criação de uma Mente Global tem como base a necessidade de uma
visão imparcial e objetiva da realidade, pela qual a aplicação da Lei de Unidade de Todas as
Coisas promove a satisfação das necessidades objetivas de todos, o intercambio criativo e
positivo de tecnologia e conhecimento, sem distinção de raça, credo, sexo, condição social,
enfim, sem distinção de nemhuma espécie (Ponto 7 do Eneagrama da Unidade). Quando
os Eleitos trabalharem pela criação da Mente Global, estarão trabalhando pela conciliação de
todos os opostos. Não podemos permitir que os meios de comunicação sejam monopolizados por
religiões, seitas, partidos políticos, grupos econômicos e multinacionais. Leis devem ser criadas
para evitar esse mau uso que aumenta dia a dia e que favorece a criação de neofeudos
comandados por "senhores" que tratam os demais como "vassalos" e simples "seguidores-
consumidores" cegos e sem vontade própria, prisioneiros deste moderno "campo de
concentração" mental que chamamos de "mercado globalizado". A criação da Mente Global
comprovará na prática, que o velho aforismo hermético que diz que todas as verdades são
semiverdades e que todos os paradoxos podem ser reconciliados, pode ser realizado. Se temos
um Corpo Global e uma Mente Global, temos também um Coração Global que sente a
necessidade de trabalhar solidariamente pela Unidade Global.

Ponto 3: A Esperança e o Coração Global. Sensibilidade e Solidariedade: Fraternidade.

"A Conspiração Aquariana também está agindo no sentido de amenizar a fome - pela
significação, conexão, integração. Cada um de nós é o "projeto integral", o núcleo de uma massa
crítica, um administrador da transformação do mundo."
Marilyn Ferguson (5)

Quem possui Fé possui também Esperança e quem possui Esperança pode e sabe Amar. Assim, a
tríade Coração Global completa o movimento nuclear eneagramático 9 - 6 - 3 da Unidade
Global. Perdemos a Esperança quando perdemos a Fé no futuro. Uma humanidade que teme o
futuro não pode ter esperança. Isso é o que acontece atualmente. As estatísticas mostram que as
novas gerações não têm fé no futuro e estão perdendo a esperança. O que se lhes oferece é
inaceitável, absurdo e mentiroso. Os jovens sabem e por isso não confiam no atual sistema, nem
nos seus líderes. A perda da esperança aumenta o egoísmo que se transforma em insensibilidade
social e ecológica e na perda do sentimento de solidariedade. Esse é o quadro atual. Quem se
torna insensível e incapaz de enxergar as necessidades alheias, não pode sentir as necessidades
globais e coletivas e descuida das próprias com o desejo de satisfazer falsas necessidades. Desta
forma se perde a capacidade de ver e sentir a constante e sempre presente Unidade de Todas as
Coisas.

Quem não tem esperança não pode atuar em benefício dos demais, não pode ver a seus próximos
como "irmãos" e, portanto não pode ser fraterno. Seres insensíveis não podem compreender os
conceitos de Corpo Global e Mente Global. Nós, os Eleitos, devemos resgatar a Esperança
latente no coração da nossa espécie, porque sabemos que existe uma Evolução possível e que
podemos trabalhar juntos para que ela se realize num futuro alternativo que nós podemos
viabilizar já, no nosso presente, conscientes do Eterno Agora. Podemos fazer isto por que
conhecemos a Unidade de Todas as Coisas e possuímos a Fé (Mente Global) que é a certeza do
Bem que está por Vir. Então devemos nos unir numa Fraternidade Mundial, num movimento
global que nos permita espalhar a Esperança no mundo, sensibilizando (Ponto 4 do Eneagrama
da Unidade) aos nossos semelhantes para que estes também se transformem em Eleitos e se
sintam motivados a realizar ações em benefício da espécie e da natureza.

Seres humanos ecológica e socialmente sensíveis se tornam, naturalmente, solidários e fraternos.


Assim, colaboram solidariamente ativos (Ponto 2 do Eneagrama da Unidade Global) para
reverter o atual quadro de desesperança que atinge tantos milhões de corações humanos.
Sensibilidade e Solidariedade: estas são as forças que devolverão a Esperança ao nosso sofrido
Coração Global que clama pela Fraternidade.
Todos devem se unir nesta tarefa. As religiões, fraternidades e seitas devem superar suas
dogmáticas diferenças em prol deste despertar da Esperança. Elas devem hoje, mais do que
nunca, promover e pregar a fraternidade e tolerância solidárias e a sensibilidade ecossocial.
Políticos e empresários devem criar programas contínuos de solidariedade social, junto com
todas as forças vivas da sociedade, criando trabalho e oportunidades de desenvolvimento para
todos. Nós, os Eleitos, somos os portadores da Esperança porque sabemos que o Bem que está
por Vir é uma realidade que se concretiza e atualiza com cada ação que diminui a dor e a miséria
no mundo.Todos devemos fazer nossa parte para recuperar a Esperança.

Assim a Trindade Fazer, Pensar e Sentir se torna Una, e o movimento eneagramático dos pontos
1 a 7 se realiza em harmonia com essa Unidade:

Ponto 1: Os Eleitos são cientes do Corpo Global e trabalham para conservar a


harmonia social e o meio ambiente;

Ponto 4: Eles sensibilizam a todos os seus semelhantes para trabalhar em prol de ideais
ecológicos e sociais;

Ponto 2: Quando todos são sensibilizados e unidos pelo Coração Global resgatam a
Esperança, então a Solidariedade acontece, provocando ações;

Ponto 8: Essas ações estão baseadas na compreensão de que, protegendo o planeta e a


sociedade, se criam as condições para que a Vida Una continue seu natural desenvolvimento
harmônico de acordo com a Lei de Unidade de Todas as Coisas;

Ponto 5: Essas condições apropriadas se estendem a todos sem diferenças de nenhuma


espécie. A ciência e a tecnologia se aperfeiçoam com este objetivo. Um novo sistema de
educação global é estabelecido. O sentimento de separação é eliminado e todos se unem
mentalmente com o mesmo objetivo: transformar este planeta num paraíso.

Ponto 7: Unidos mentalmente todos promovem a Mente Global, criando,


desenvolvendo e compartilhando tecnologias e conhecimentos que aumentam a Unidade Global
e a Harmonia planetária num clima de Igualdade (Ponto 9 do Eneagrama da Unidade), Liberdade
(Ponto) e Fraternidade (Ponto).

O sistema de comunicação global incentiva a união e o progresso mundial. A Fé no futuro se


transforma numa certeza, o que aumenta nossas capacidades para aperfeiçoar a Unidade Global
iniciando-se assim um novo movimento até o Ponto 1 do Eneagrama da Unidade Global, o que
implica a consolidação do processo 9,3,6, que assim continua se aperfeiçoando, sendo cada
perfeição obtida não um fim mas apenas o início de um novo processo eneagramático positivo
para a evolução da nossa espécie num mundo harmonioso e ordenado de acordo com a Lei da
Unidade de Todas as Coisas!

O Eleito que refletir profundamente no Eneagrama da Unidade Global, poderá descobrir muitas
outras coisas relacionadas aos movimentos e processos eneagramáticos positivos e criativos,
desdobrando seus benefícios tanto para as organizações para as quais trabalha quanto para o
aperfeiçoamento de si mesmo, de seus próximos e da sociedade planetária na qual está inserido.
Este é o início de uma verdadeira Globalização. Sei que todos os conceitos envolvidos neste
processo eneagramático para a Unidade Global implicariam a análise de muitos aspectos teóricos
e práticos, porém, devido a urgência dos tempos alternativos, posso apenas dar um explicação
breve de cada um deles com a certeza de que os Eleitos de todo o mundo aperfeiçoarão e
ampliarão não apenas estas idéias básicas como também descobrirão os meios para levá-las à
prática.

Sim, esta é a hora de realizar todos os esforços necessários para livrar nosso planeta do novo e
provável "desvio" evolutivo que terá que enfrentar dentro de pouco e quanto mais perto
estivermos dessa possível e nova Unidade Global.

Será que conseguiremos servir conscientemente ao Princípio Único de Todas as Coisas, o Amor?

Será que seremos finalmente livres de todos os nossos tiranos, visíveis e invisíveis, e que a
Vontade do Todo se fará por fim neste nosso precioso mundo?

Será, enfim, que conseguiremos "abreviar os tempos do fim" escolhendo-nos cada um de nós,
consciente e deliberadamente para pôr um fim a todas as formas de dor, ignorância e injustiça?
Reflitamos: quanto nos tem custado voltar a recuperar parte dessa unidade global perdida na
última Grande Catástrofe! Quantas dores e sofrimentos, quantas guerras cruéis, quantas idades de
trevas e escuridão, quantas inquisições e fogueiras em todos estes séculos, quanta ignorância,
quantas mentiras, quantas falsas interpretações da existência, da vida, e da natureza!
Quantos demônios nos têm assombrado! Quantos seres se sacrificaram por nós, quantos Mestres
e sábios sofreram por nossa causa, quantos esforços, trabalhos e pesquisas!

Quando penso nas terríveis visões que me foram mostradas dos "tempos-alternativos-futuros" no
caso de nada fazermos para deter o possível "desvio", estremeço só de imaginar o sofrimento
vindouro de milhões de nossos irmãos. Ora, se o superamos, podemos transformar nosso "tempo-
presente" num "portal dimensional" para uma nova e superior oitava evolutiva, uma nova Idade
de Ouro que já existe nessa Dimensão Alternativa da qual fui testemunha!

Por isso, ainda tenho esperança de que superaremos este "instante temporal de possível desvio",
de uma ou de outra maneira, e voltaremos a ser um mundo unido ao Centrum Cósmico,
participando de todas as suas Vibrações Positivas.

Eu vi que temos apoio de forças superiores que amam a espécie humana e que querem libertar-
nos. São muitos os Iluminados que hoje formam o "Círculo Consciente "da nossa humanidade e
que esperam que cada um de nós decida ser um eleito e um colaborador para preparar o caminho
para esse "Bem Que Está Por Vir". Porém sei também que aqueles que não amam a nossa espécie
estão incentivando nossa divisão e destruição e, vingativos, eles desejam que voltemos à
ignorância.

Escolha-se, leitor, para ajudar na nossa unificação global, escolha-se para abreviar os tempos do
fim! Sejamos Um só povo novamente! O desafio no presente é o de recuperarmos a unidade que
um dia nos levou tão perto de realizar a Vontade do Todo nesta Terra. Estamos muito perto de
consegui-lo na atualidade, e paradoxalmente, muito perto de perder esta nova oportunidade, para
alegria dos nossos velhos inimigos.

Deixo até aqui o relato do que Anthor e Tanaim me permitiram revelar daquilo que observei na
Dimensão das Memórias Cósmicas, dimensão na qual não existe nem passado, nem presente
nem futuro, apenas o Eterno Agora.

Notas

1- Biblia. Novo Testamento.Primeira Carta aos Coríntios 14,13

2- Jacques Cousteau -1910-1997 "que (...) em 1975 pediu permissão ao governo grego
para mergulhar no Mar Egeu.Queria buscar evidências arqueológicas da existência da Atlântida
(...)" Jornal do Brasil 26/6/97.

3- Escrevi sobre esta possibilidade antes que os cientistas revelassem em 1998/1999 o


risco de este fato vir a acontecer, provavelmente, no ano 2008. De acordo com o calendário maia
esse evento deveria acontecer em dezembro de 2012.

4- Em Bill Gates A Estrada do Futuro (Companhia das Letras, São Paulo, 1995), cap.
5, p.124.
5- A Conspiração Aquariana (Editora Record/Nova Era, Rio de Janeiro, 6ª
edição,1980), p.395.

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O ENEAGRAMA E O QUARTO CAMINHO

A descoberta do Eneagrama ou do conhecimento do Quarto Caminho não pode ser atribuída a


alguém. Sabe-se apenas que faz parte de uma sabedoria muito antiga da humanidade, que
permaneceu restrita às paredes de algumas escolas iniciáticos do oriente durante milhares ou
talvez dezenas de milhares de anos. Porém, um homem foi o primeiro responsável em resgatar
esta sabedoria e introduzi-la no Ocidente. Seu nome era Gurdjieff.

George Ivanovitch Gurdjieff nasceu entre 1872 na cidade de Alexandrópolis, na província de


Kars, Rússia. Sua vida foi dedicada a uma completa busca e transmissão do conhecimento,
retratada muito bem no filme e no livro "Encontro com Homens Notáveis" (Ed. Pensamento).
Diversos foram os seus seguidores, com quem compartilhou suas vivências e levou-os a
experienciar os seus conhecimentos, dentre eles devemos citar Piotr Demianovich Ouspensky e o
compositor Thomas de Hartmann. Dedicou-se a escrever, ao final de sua vida, três obras
literárias: "Relatos de Belzebu ao seu Neto ou Crítica Objetivamente Imparcial da Vida dos
Homens", "Encontros com Homens Notáveis" e "A Vida Só é Real Quando "Eu Sou" ". Somente
a segunda obra foi traduzida para o português.

Gurdjieff faleceu em Paris, em 29 de outubro de 1949. A linha de trabalho difundida por


Gurdjieff é conhecida como o QUARTO CAMINHO, provavelmente é o caminho mais difícil a
ser seguido, uma vez que nos é imposto praticá-lo em meio a vida cotidiana - no dia-a-dia, sem
renunciar ao mundo. No Quarto Caminho é importante manter uma relação ativa e direta de
comprometimento com as circunstâncias variáveis da vida, que nunca são fixas e habituais.
Deve-se ter capacidade de adaptação às diferentes condições da vida pondo em prática todos os
conhecimentos do Trabalho Em Si.

Auto-observação e Lembrança de Si são chaves para a evolução neste caminho. O homem do


Quarto Caminho deve estar conectado, sintonizado com a vida. Deve realmente compreender o
significado de ESTAR NO MUNDO SEM SER DO MUNDO. Deve entender que o melhor
caminho é o caminho do meio, do centramento, do alinhamento dos centros (físico, energético,
emocional e intelectual), da harmonização entre o interno e o externo, e aceitar o convite para o
verdadeiro DESPERTAR, permitindo assim a manifestação do EU SUPERIOR.

Mais tarde, vindo da mesma fonte, Oscar Ichazo e Claudio Naranjo trouxeram o mesmo
aprendizado, porém, como elos condutores subjacentes, que vão produzindo o aprofundamento e
maior clareza neste conhecimento.

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ENEAGRAMA

Edina de Paula Bom Sucesso*

O livro "Os Nove Tipos de Personalidade" da Editora Objetiva é de autoria do chileno Cláudio
Naranjo, que estudou psicologia, medicina, música e filosofia. Morou nos Estados Unidos, tendo
convivido com renomados professores de Psicologia da Personalidade, entre eles Gordon
Allport, Henry Murray e Raymond Cattell.

Naranjo é um respeitado estudioso do Eneagrama, uma tipologia conhecida há mais de 2000


anos, que descreve nove estruturas de personalidade e foi aperfeiçoado por mestres Sufistas no
término da Idade Média.

Estrutura dos Tipos:

Tipo 1: Corretos, formais, perfeccionistas, voltados para o dever e não para o prazer. Exigentes e
críticos em relação a si. O pecado raiz deste tipo é a Ira, traduzida pelo ressentimento, excessiva
racionalização e controle na expressão verbal da raiva. Costumam esconder a tendência
destrutiva aparentando uma atitude bem intencionada. Irritam-se com os erros dos outros, vigiam
e são impulsionados a reprovar.
Costumam ser indulgentes e humildes. Impressionam pela meticulosidade, pela ordem e acham
que podem fazer tudo melhor que os outros. Vivem de acordo com um padrão preconcebido e
irrevogável, ruminativo e desconfiado.

Tipo 2: Generosos, excêntricos, rebeldes, despreocupados, arrogantes, seduzidos pelas


novidades. O pecado raiz é o Orgulho, mostram falsa generosidade e comportamento sedutor. A
conduta lisonjeira é a forma de se manterem no centro das atenções. Costumam parecer mais do
que são. Incapazes de relacionamentos duráveis costumam viver fases de relacionamento teatral.
Experimentam pouco a culpa, mostrando reação excessiva diante de situações que outros
consideram sem importância. Costumam mostrar explosões de raiva e são percebidos como
superficiais, desprovidos de autenticidade. Mostram pouco empenho na busca intelectual,
embora criativos e imaginativos.
Tipo 3: Controladores, hipervigilantes, autoconfiantes. O narcisismo é parte do perfil,
mobilizam-se para provar seu valor. O pecado raiz é a Vaidade, exteriorizada através da
apaixonada preocupação com a própria imagem. Buscam a apreciação dos outros através da
realização da eficácia, da aceitação social de um estado característico de neutralidade, de
controle dos sentimentos. Não têm dúvida que são pessoas especiais, falam incessantemente
sobre suas maravilhosas qualidades. São convictos de que não existe nada que não possam fazer,
ninguém que não possam superar. Não aceitam ser questionados e suas manifestações de afeto
são muito controladas. São pragmáticos, bons negociadores, capazes de tirar empresas do
vermelho.

Tipo 4: Personalidade autoderrotista, têm sensação dolorosa de carência e anseio em direção ao


que sentem que está faltando. O pecado raiz é a Inveja, estando sempre querendo alcançar o
inatingível. Pessimistas, céticos, sérios e amargurados. Consideram o sofrimento coisa nobre.
Contemplam a si mesmos de forma aristocrática. Preocupação com a estética, apresentando um
jeito diferente de vestir e de viver. São melancólicos, resmungões. Rejeitam ofertas razoáveis de
ajuda. Evitam companhia, pois temem ser depreciados, ou mesmo aborrecer os outros. O amor é
a única coisa que confere um conteúdo positivo à sua vida.

Tipo 5: O desapego, o isolamento, a capacidade de retenção. O pecado raiz é a Avareza.


Minimizam as suas próprias necessidades, mostrando obediência compulsiva. Seu forte superego
os leva ao sentimento de culpa. Mostram auto distanciamento e uma exagerada vulnerabilidade.
São, ao mesmo tempo, sensíveis e frios. Vida rica em pensamentos e pobre em ações. Amam a
privacidade, são discretos na expressão dos sentimentos. Se têm problemas preferem ficar sós.
Nem sempre colocam no papel as suas boas idéias. Adiam, procrastinam, recusam-se a assumir
responsabilidades. Seu grande traço é o intelectualismo: adoram teorizar, racionalizar. Costumam
substituir a vida pela leitura. Precisam desenvolver a capacidade de amar e de se relacionar.

Tipo 6: Cautelosos, guerreiros, obsessivos, desconfiados. São tensos, hipersensíveis, não toleram
suspense. Buscam clareza de regras, regulamentos. O pecado raiz é o Medo. São corteses e
afáveis, mas conseguem desarmar o oponente. No rumo de suas idéias são obstinados, teimosos,
pouco receptivos às influências. Estruturam tudo, mostram necessidade de liderar. Pensamento
empírico e objetivo, são extrovertidos e, por medo de cometer erros, podem ficar imobilizados,
temendo as conseqüências futuras das ações presentes. Estão sempre de sobreaviso, procurando
os significados ocultos.

Tipo 7: Narcisismo, a intemperança, a paixão pelo prazer. Aproximam-se do mundo pela


estratégia da palavra. Manipulam através do intelecto, tomam os sonhos como realidade. O
pecado raiz é a Gula. Sensíveis e altamente influenciáveis pelo mundo exterior. Inclinados à
autoanálise, sujeitos a excessos ocasionais de tristeza e irritação, apesar do excessivo otimismo.
Conduta social radiante, acessíveis às novas idéias. Seu estoque de pensamentos é inexaurível.
Encaram com desprezo quem os desrespeitam. Expansivos, não colocam limites nas fantasias.
Afeto relaxado, alegre, despreocupado. Condições estáveis o sufocam. Olham para o futuro e não
para o passado, tendem à satisfação excessiva dos desejos e a uma aparente modéstia.

Tipo 8: Rebeldia, desobediência e reserva. Considerado provocador, seu narcisismo se expressa


pela autoconfiança. O pecado raiz é a Luxúria. Não é de bajulador, tendo um caráter forte, estilo
provocador e afetividade hostil. Não se deixa intimidar pelo outro e mostra grande determinação
para alcançar objetivos e superar obstáculos. São peritos em frustrar os outros em suas
expectativas, esperanças, alegrias. Criticam mas não gostam de ser criticados. Têm postura auto
suficiente, e sentem prazer em dominar. Tendentes ao vício e ao prazer pelo que é proibido. Seu
comportamento é de confrontação, intimidação. Tipo divertido, espirituoso.

Tipo 9: A tolerância, a acomodação, a indiferença, a generosidade. Caráter resignado busca


excessiva de estabilidade e inclinação conservadora. O pecado raiz é a Preguiça. Conduta
tranqüila, facilidade de comunicar sentimentos. Buscam companhia quando estão com
problemas. Inclinados ao dever, tendem a se sacrificar pelos outros. Por medo de serem
rejeitados, concordam com o outro, procurando sempre agradar. Adaptam o seu comportamento
para agradar aqueles de quem dependem. São solidários, honram os seus compromissos. Tendem
a adiar, dispersar, gastar tempo com coisas não prioritárias, desgastar-se com pormenores. Podem
trabalhar exageradamente como forma de compensar a sua lentidão.

Contribuições para o autoconhecimento:

Tendo atuado por muito tempo como psiquiatra, o autor confessa o seu desconforto na prática da
Psicanálise - "Sentia que o que eu oferecia não ia ao encontro das necessidades e expectativas
dos Clientes". Encontrou no Eneagrama uma alternativa muito saudável para ajudá-los a lidar
com as dificuldades da vida. Admite que o terapeuta ajuda, mas, o trabalho de desenvolvimento é
uma construção do Cliente.

Considera que a auto observação é o primeiro passo para a auto análise, desde que a pessoa se
permita abrir um espaço para reconhecer e entender as suas inevitáveis imperfeições, decorrentes
das marcas da história de vida. Muitos resistem ao autoconhecimento, a descobrir as paixões
dominantes. Salienta a importância de criar a disciplina da auto observação, de escrever a
autobiografia como forma de recuperar as experiências passadas e identificar formas utilizadas
para sobreviver às circunstâncias dolorosas.

Ao recuperar-se cenários e sentimentos passados, pode-se identificar os episódios erroneamente


vividos, momentos em que o nosso comportamento ou palavras não foram como deveriam ter
sido. Experimentar a dor de sentir a natureza condicionada da nossa personalidade é um
mergulho inevitável. Mesmo que gere sofrimento, pode-se retirar daí um combustível para o
trabalho de auto transformação.

* Mestre em Administração, Psicóloga, Diretora da ERGON Consultores Associados.

A consultora apresentará os pontos importantes do livro "Os Nove Tipos de Personalidade",


discutindo contribuições e polêmicas com os presentes no XIX Debate de Obras Fundamentais.

O evento será realizado no dia 09 de junho de 19:30 às 21:30h no Plenário Minas Gerais do
CREA/MG
Av. Álvares Cabral, 1600 / 6.º andar. Informações: (031) 342 2449 ou 342 2030.
Realização: ERGON Consultores Associados.
Apoio: Coluna de Recursos Humanos / Jornal Estado de Minas.

Eneagrama da Personalidade

Aprender a aprender...a reeducação permanente por intermédio do autoconhecimento

Em nosso universo social sempre encontramos diferentes traços de caráter e de comportamento.


Existem pessoas que manifestam confiança, outras são excessivamente inseguras. Algumas são
apegadas ao que possuem e outras desapegadas ou até perdulárias. Há pessoas que são
naturalmente ganhadoras e outras que parecem fadadas ao insucesso. Algumas são guiadas pelo
sexo e outras destinadas ao celibato.

Há pessoas que constroem - são ativas. Para outras a depressão é uma experiência cotidiana mas,
para algumas, os estados depressivos não duram mais que alguns minutos. Vemos que a nota
dominante de alguns é a crítica, de outros a melancolia. Algumas pessoas não perdem a ocasião
de vingar-se, outras não dispensam a bajulação e existem aquelas que são indisciplinadas e outras
super disciplinadas.

O que há por trás desses diferentes modos de ser, sentir, agir e comportar-se das pessoas? Por que
parece tão natural para as pessoas portarem-se de determinada maneira? Por que são sempre
assim repetindo determinados atos, pensamentos, sentimentos e comportamentos durante toda a
vida, incapazes de mudar, mesmo reconhecendo os aspectos negativos que estes acarretam para a
sua existência?

O Eneagrama observa que as infinitas respostas individuais aos condicionamentos podem ser
agrupadas em nove grupos humanos que se diferenciam segundo as condições emocionais e
respostas racionais, como maneiras de estar e atuar no mundo. A tipologia completa, levando em
conta nuances relevantes, inclui 27 subtipos.

Todo indivíduo ao ser preparado para viver em sociedade recebe um certo grau de
condicionamento que o leva a buscar respostas internas necessárias à sua sobrevivência. Assim
desenvolve-se a Personalidade ou Ego, com o qual o indivíduo passa a se identificar, se
reconhecer e se comportar socialmente.

A Personalidade é constituída de mecanismos inconscientes que levam as pessoas a certos


estados de ânimo, atitudes, sentimentos, pensamentos, comportamentos e sistemas de crenças.
Assim, a própria pessoa não percebe a prisão em que vive, pois tais mecanismos automáticos
parecem-lhe naturais. Ela também não percebe o papel inibidor e limitante que o
condicionamento exerce sobre a sua maneira de viver.
GURDJIEFF, nutrido em fontes Sufis de antiga sabedoria, introduziu no Ocidente o uso do
milenar mapa do Eneagrama, de fecunda aplicação ao estudo de qualquer processo dinâmico.

Mais tarde, vindo da mesma fonte, Oscar Ichazo trouxe a semente que Claúdio Naranjo cultivou.
Este herdeiro de ambas vertentes serviu-se de sua sólida formação psicanalítica, gestáltica e
transpessoal para desenvolver o método paraclínico que, através da observação da estrutura dos
eneatipos de egos, dá respostas pertinentes às inquietudes existenciais deste final de Século e
transição de Milênio.

Um aprendizado teórico e vivencial segundo a dinâmica peculiar ao grupo, onde se alterna


informação com exercícios especiais de vivência. A história de vida de cada um é o elo condutor
subjacente que vai produzindo insights parciais de aproximação sucessiva até que o indivíduo se
localize com clareza em um dos Eneatipos.

A partir desta localização, sempre alternando informação com depoimentos pessoais obtidos dos
exercícios de vivência, o participante é conduzido a revelar a fotografia interna dos labirintos que
compõem os mecanismos inconscientes do seu Ego e de seu modo automático de viver.

Os participantes familiarizam-se com técnicas próprias do trabalho e recebem orientação especial


para que, sozinhos - através da auto-observação - possam ampliar a fotografia interna, tornando-a
mais nítida e reveladora. Segue-se um período propício para a sedimentação e a maturação dos
insights produzidos durante o curso.
Ocorrerá também um conseqüente distanciamento do impacto produzido pela autodescoberta e
autoclassificação.

A partir daí a pessoa estará apta para os módulos subseqüentes, para aprofundar conhecimentos e
explorar novas facetas do trabalho, segundo o seu ritmo e interesse na busca do
autoconhecimento e da transformação pessoal.

Sociólogo com estudos de Mestrado e Doutorado no Chile e na Inglaterra, Alaor Passos


Trabalhou como consultor da ONU em vários países. Na Califórnia, EUA, interessou-se pelo
Movimento para o Desenvolvimento do Potencial Humano, tornando-se Master e Supervising
Teacher na área terapêutica, do Movimento para o Desenvolvimento do Potencial Humano. É o
responsável, desde a década de 80, pela aplicação, no Brasil, do método desenvolvido por
Cláudio Naranjo.

Alaor integrou à Microsociologia técnicas alternativas para a condução de Dinâmica e


Treinamento de Grupos. Teve formação complementar na Índia, quando se familiarizou com as
práticas orientais de meditação e de autoconhecimento.

Há muitos anos estuda o Eneagrama. Sob a orientação de Cláudio Naranjo, dirige grupos de
estudo em várias partes do Brasil. É o único representante autorizado a aplicar, no país, os dois
primeiros módulos do estudo dos eneatipos, iniciando pessoas que podem ser, posteriormente,
integradas nos trabalhos do Instituto SAT (Seekers After the Truth),em etapas mais avançadas.
É um antigo sonho de Alaor Passos criar a Universidade Alternativa para o Estudo do Ser
Humano, em que a meta é o SER e o currículo é a história de vida. Por isso está empenhado na
consolidação do Instituto SATélite, em associação com Cláudio Naranjo, trabalhando na
aglutinação de pessoas e de institutos que atuam na área.

O objetivo é preservar a qualidade do estudo e do trabalho com os Eneatipos, para incentivar a


revolução interna e o despertar de um destino individual e coletivo melhor, na evolução da
humanidade.

Motivar, orientar e criar condições para que cada participante possa identificar seu defeito
principal, aquele que dá origem e suporte a todos os demais defeitos que compõem o arcabouço
das negatividades do Ego: pensamentos, idéias, sistemas de crenças, atitudes, estados de ânimo e
sentimentos que contaminam o self, mantendo o indivíduo apegado ao seu modo emocional e
automático de viver.

Trata-se de neutralizar a força automática do defeito principal aumentando-se o nível de


consciência de si mesmo por intermédio da auto-observação, condição que fará emergir a
verdadeira essência do indivíduo - o ser harmonioso, o tesouro potencial escondido dentro de
cada um de nós.

PERFECCIONISTAS

Os perfeccionistas são pessoas responsáveis, que gostam de realizar suas tarefas de forma a
chegar a resultados perfeitos. Seu radar está voltado para o que "deveriam" fazer e para "o que
deve ser feito". São pessoas detalhistas que exigem e valorizam a organização. O Certo e o
Errado são questões fundamentais para o Tipo 1.
Seu crítico interior é muito forte e está sempre apontando para aquilo que não está bom o
suficiente ou que pode ser melhorado. Tem uma necessidade de agir de acordo com o que parece
certo. Normalmente os Perfeccionistas acabam se responsabilizando por muitas tarefas, o que os
deixa ressentidos com a falta de responsabilidade dos outros. Ressentimento que acaba se
tornando em uma raiva que eles prefeririam não demonstrar. Na infância eram vistos como
meninas ou meninos bonzinhos. Acreditam que se todos trabalhassem para criar ordem como
eles, muitos dos problemas do mundo estariam resolvidos

PRESTATIVOS

Os Prestativos tem um radar voltado para as necessidades dos outros e normalmente se moldam
para satisfaze-las. São pessoas que se orgulham por serem assim, pela importância de si mesmo
nos relacionamentos, "nunca teriam feito sem mim". São pessoas sedutoras que acreditam saber
como fazer os outros felizes. Gostam de ajudar, mas o fazem com o intuito de receber carinho, ou
pelo menos agradecimento. Normalmente são extrovertidos e companheiros, sendo procurados
pelas pessoas que querem "desabafar". Seu orgulho faz com que, por vezes, entrem em situações
difíceis por "não dar o braço a torcer". Acreditam que se todos se preocupassem menos com suas
próprias necessidades muitos dos problemas do mundo seria resolvidos.

BEM-SUCEDIDOS

Os Bem Sucedidos são pessoas trabalhadoras que fazem de tudo para obter sucesso pessoal. Eles
têm um radar voltado ao que possa lhe trazer sucesso em suas realizações. São preocupados com
a aparência e procuram sempre causar uma boa imagem. São otimistas e contam com a sorte
como se ela estivesse empoleirada em um de seus ombros. Gostam de profissionalismo e
admiram aqueles que alcançaram o sucesso pela sua competência, embora às vezes busquem
atalhos não tão éticos. Procuram agradar as pessoas usando mascaras que nem sempre
demonstram seus reais interesses ou preferências, mas que com certeza expresse sua imagem de
Bem-Sucedido. A cultura americana valoriza muito o Tipo 3, onde "os fins justificam os meios ".
Os Bem-Sucedidos acreditam que seu valor está diretamente relacionado a suas realizações e que
se todos realizassem tanto quanto eles, muitos dos problemas do mundo estariam resolvidos.

ROMÂNTICOS

Os românticos são pessoas concentradas em seus sentimentos e necessidades pessoais. Gostam


de falar de coisas de seu passado e normalmente tem um tom melancólico. São preocupados com
sua imagem e buscam firmá-la como especial e singular. Normalmente gostam de coisas
refinadas e de bom gosto, costumando falar sobre elas com uma pitada quase imperceptível de
inveja. Quando muito voltados a si próprios tendem a ser depressivos. Sua busca é por encontrar
pelo menos uma pessoa que os entenda. Facilmente se vêem em meio de um monte de coisas
para fazer, mas acabam investindo horas no telefone falando a um amigo sobre quanto estão
atarefados e sem tempo. Acreditam que se todos meditassem sobre si mesmos e experenciassem
a plenitude ao expressar seus sentimentos, como eles o fazem, muitos dos problemas do mundo
estariam resolvidos.

OBSERVADORES

Os observadores são pessoas calmas, que normalmente só se manifestam quando alguém lhes
pede e quando não são interrompidos. Seu tom é professoral com uma leve pitada de arrogância.
São pessoas que se concentram na busca por conhecimento e que não gostam de tomar nenhuma
atitude ou decidir sem antes pensar e repensar o suficiente. Seu radar está voltado para
objetividade, como se estivessem coletando as informações no presente para refletir sobre elas
mais tarde sem o envolvimento emocional. Preservam os laços familiares e procuram promover
eventos ou situações culturais, como viagens, visitas a museus... Os observadores não se
identificam com profissões onde estejam em evidência ou que lhes exija lidar com pessoas.
Preferem profissões técnicas e normalmente são especialistas. Acreditam que se todos
deliberassem tanto quanto eles, muitos dos problemas do mundo estariam resolvidos.

QUESTIONADORES

Os Questionadores são pessoas trabalhadoras, responsáveis e que tem necessidade de estar com
pessoas afins. Não tem propensão a inovações ou pioneirismo, pois preferem aquilo que é certo e
comprovado diante do que é novo e desconhecido. São pessoas que gostam de estar em grupos,
muitas vezes em clubes, Lions, ou outras associações conservadoras. Seu radar está voltado para
o que possa trazer perigo ou risco e sentem uma forte necessidade de saber as regras de tudo em
que estejam envolvidos. Os Questionadores estão constantemente se questionado sobre a
intenção das pessoas ou sobre se o que fizeram foi correto, como se lhes faltasse confiança.
Acreditam que se todos se relacionassem com os outros como eles o fazem, muitos dos
problemas do mundo estariam resolvidos.

SONHADORES

Os Sonhadores são pessoas alegres, otimistas que buscam a felicidade. Não gostam da rotina e
por viverem intensamente, enjoam-se facilmente, mudando de direção, buscando algo que lhe dê
prazer. Os sonhadores são companhia agradável e dificilmente abordam temas pesados ou
negativos, pelo contrario afastam-se ou tentam quebrar a energia com uma piada. São
aventureiros e não se importam em estarem sozinhos, pois sabem que logo estarão novamente
"Enturmados" . Sua cabeça vive com vários planos para fazer o futuro melhor. Acreditam que se
todos tentassem tanto quanto eles trazer a felicidade ao mundo, muitos dos problemas do mundo
estariam resolvidos.

CONFROTADORES

Os Confrontadores são pessoas que apresentam uma postura forte e segura, são assertivos e tem
uma visão muito clara da vida, sem muito interesse em mudar. São pessoas práticas que não
gostam muito de rodeios ou papo furado, e querem chegar logo no assunto e resolvê-lo. Os
Confrontadores desprezam a fraqueza e admiram a força e o poder. Não são conhecidos pela sua
delicadeza, pois quando algo lhes impede em ir adiante não hesitam em pisar nos calos daqueles
que estão lhe atrapalhando. Seu radar está voltado para o ponto fraco, que se necessário, usarão
para manter o controle. São pessoas que lutam por um senso de justiça em prol daqueles que não
podem se defender. Acreditam que se todos realizassem coisas importantes como eles, muitos
problemas do mundo estariam resolvidos.

PRESERVACIONISTAS

Os Preservacionistas são pessoas extrovertidas que gostam de estar com pessoas e dão
importância ao status.
Sua energia não é direcionada para a realização de tarefas ou planos futuros, mas sim para
manter sua paz ou preservar seu status-quo. Tem uma postura despreocupada e preferem não se
envolver em problemas.Diante de um conflito se calam para acalmar os ânimos dando a
impressão de que concordaram, quando na realidade estão apenas retrocedendo para novamente
atacar e ganhar no cansaço.Empregam muito mais energia para se afastar do que não querem ou
preservar o quem tem, do que para buscar o que realmente querem. Acreditam que se todos
trabalhassem para preservar o status-quo, muitos dos problemas do mundo estariam resolvidos.

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