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Esta obra não é mundialmente conhecida

Esta obra não é nacionalmente conhecida


Nenhuma editora aceitou publicar
Mas essa obra foi elaborada com todo o meu coração.
[TEXTO SEM TÍTULO]

Eu busquei o certo por muito tempo, estive lá sempre perdida,


procurando um jeito de me encontrar, mas sem saber como chegar a
isso, caminhando no escuro, me perdendo na luz da lua, me afastando
do que e procurava. Esbarrei em seu olhar e quando achei que tinha
chegado, eu estava ainda mais perdida. Mas foi errando, caindo, se
concretizando em cacos doloridos, que eu aprendi o que é certo. O certo
é nunca imaginar o fim, ou melhor, nunca achar que existe um certo.
Eu aprendi o que é certo com nossos erros.
[EU SOU PÉSSIMA COM TÍTULOS, SÉRIO.]

Te confesso que caminhei sozinha ao lado de alguém. Confesso


que busquei lá no fundo de mim um amor que não existia, confesso
ainda que pisei em muitas gramas secas esperando florir. Eu nem ao
menos sabia quem era eu, mas confesso que eu busquei conhecer um
alguém. Minha cabeça gritava alto, sim eu confesso.
Eu baixava os olhos e gritava em silêncio. Só precisava de
calmaria, pra sentir o mais puro dos amores. Mas, eu nunca soube
como fazer isso, talvez até soubesse, mas eu nunca tive a chance de
amar alguém, eu nunca tive a chance de fazer alguém feliz, ninguém
nunca me deixou ter essa chance. Confesso que te encontrar foi a
melhor coisa que eu nunca esperei ganhar.
Deixa-me cuidar de você e mostrar que nenhuma dor supera um
amor, nenhuma dor me fez desistir de encontrar o amor e que foi
através desse mesmo amor que o meu cérebro calou e eu respirei. Esse
amor foi quem me apresentou a mim. Foi esse amor.
[UMA AMIGA ME PEDIU PRA ESCREVER]

Você me olha com esse rosto de "eu quero você agora" e depois,
depois sai de fininho com o olhar 46, porque 43 é pouco pra descrever.
Você me toca com essa mania de deixar marcas de saudade. Me beija e
depois sorri, me faz enlouquecer de amores e depois eu não te encontro
em lugar algum que não seja nos meus sonhos. Eu fico confusa e quero
te dizer, garoto, que está difícil, está ficando impossível não desejar você
aqui o tempo todo. Descomplica!
[SUA FOTO]

Tua foto é aquela coisa difícil de deixar pra lá,


Difícil de só olhar uma vez.
É aquela coisa que chama,
que a gente guarda no fundo da galeria oculta,
mas mesmo assim não para de olhar um dia.
Tua foto é a concretização do
"eu não estou por perto".
[CACOS DOLORIDOS]

Ousei pisar em cacos de vidro quando na verdade meu coração


suplicava por paz. Porque eu sou dessas pessoas que vão atrás do
perigo e tentam fazer o medo correr com medo. Claro que na maior
parte das vezes tudo vira um caos, mas eu não me importo. O caos
sempre fui eu na minha própria vida e é assim que gosto, ou não sei...
acho que foi assim que me acostumei a ser.
Viver pisando em cacos de vidro, chutando garrafas com um certa
brutalidade mental, quando na verdade eu queria ver o mar, sonhar e
receber atenção das ondas. Eu grito, quando preciso de silencio e
resmungo quando preciso agradecer. Eu realmente sou um caos, mas
aquele caos que me faz suspirar aliviada com um peso nas costas.
[TENHO MUITAS COISAS QUE NÃO SÃO MINHAS]

Tem aquele cantor que quando passa na TV que eu grito que é


meu, mas não é. Tem aquela musica qu quando passa eu dito que é
minha, mas eu não escrevi. Tem aquele cachorrinho que eu olho a foto
e digo que vai ser meu, mas nunca ganhei. Tem aquela gata que mora
comigo, mas que é do mundo. Tem aquele sorriso que eu digo que é
meu, mas que qualquer um leva embora fácil fácil. Tem aquela amiga
que eu disse que era minha, mas que se foi. Tenho aquela memória que
eu conto com gratidão, mas que falha na mente às vezes. Tem o café
que eu detesto, mas que nunca precisei gostar. Tem esse texto que é
meu, mas que possui um eu-lírico. Tem essa inspiração que é minha,
mas que você que esta lendo pode dizer "foi pra mim". Tenho uma
porção de escritos, mas que não possuem publicações bibliográficas.
Tem os cachos no meu cabelo, mas que são da minha identidade,
identidade na qual a negra disse que não estou inserida, que a branca
me empurrou pra negritude e os pardos aboliram. Sei lá. Tenho um
poema de uma poetiza que eu disse que parece comigo, mas milhões
acham o mesmo que eu. Tem tanta coisa, e tem essa vontade de viver
que eu sismo em repetir quando não estou morta. Tem tudo isso e tem,
sei lá.. No fim, não tenho nada enquanto tenho tudo. Tenho tudo,
quando no fim, eu não tenho nada. É... Nada!
[SÓ MAIS UM ARRANHADINHO]

Arranhou, soprou, passou. Entendi que não sou mulher pra


homem frouxo, sou não. Não sou mulher pra sentir raiva de ninguém,
muito menos de homem sem sentimento, sinto pena. Não sou mulher
pra mimimi. Não sou mulher pra se doer por pouco. Não sou mulher
pra esse lance de chorar pelos cantos por macho escroto que não sabe
da valor. Não sou mesmo essa mulher mesquinha. Sei falar de poesia,
de moda e de futebol. Sou mulher pra demostrar mesmo, sou mulher
pra receber em dobro. Sou mulher pra sorrir para o mundo. Sou mulher
pra ser mulher e não menina.
[ELA NÃO PREFERIU VOCÊ]

Ela teve muitas, não é? Eu sei que sim. Você a deixou escolher o
mundo, ou você esperou um poema que dissesse que você era o mundo,
mas ela não soube ser poesia, ela nunca foi. Perdoou e esperou, porque
quando a gente perdoa espera que as coisas se acertem. Foram vias,
foram chances, foram lagrimas e coração partido em mil pedaços. Eu
estava lá, eu estive sempre lá, eu era o objeto mal olhado, a cama
bagunçada ou o despertador chato. Eu estive lá e quando você cansou
de chorar, eu estava lá. Dentre as mil chances, só precisei de uma. Você
não notou.
[UMA DROGA PESADA]

Eu prometi nunca mais falar de você,


Eu prometi nunca mais chorar por você,
Eu prometi nunca mais escrever sobre você, eu prometi...
Droga, eu prometi. Eu sou péssima em promessas, não é? Meu
Deus.
Eu não vou mais falar de você e já estou falando
Nunca mais choro por você, pera, droga... eu estou chorando.
Droga... que droga.
Você é uma droga e eu não consigo deixar pra lá de vez e eu não
quero mais falar.
Droga e droga.
Já esqueci. Pronto. Foi a última vez que falei de ti.
E ei, que droga você é, garoto.
Que droga...
[TENTANDO ESCREVER UM ROMANCE, NASCI PRA POESIA]

E com ele gastou todas as suas primaveras.


Todos os banhos de mar no verão
E assim gastou também as gotas de chuva do inverno.
Ela jogou entre as pedras da cachoeira os sonhos de viver sozinha
e viveu comigo os latifúndios do que é viver um amor.
Porém, não foi o suficiente para que pudesse ficar.
[NA JANELA TUDO PARECE MAIS DENSO]

Da janela do ônibus eu pensava em você,


que não pensou em mim e foi embora.
Você que agora tem outra pessoa
e não merece poesia nenhuma.
Você que está tão longe e eu sinto tão perto.
Você que eu prefiro esquecer.
Você a quem eu dedico essa última poesia
antes de partir para outra.
[EM MIM, MAS NÃO AQUI]
Ouvindo: Vambora – Adriana Calcanhoto

Ainda tem você aqui em mim, tem você por todo lugar. Se eu vou
ao quarto você está lá, deitado com os lençóis todos revirados e
empacotados pelo quarto e teu cheiro incendeia meus instintos mais
tranquilos... ainda tem você no meu apelo, tem você nas minhas
melhores frases, nos versos mais sólidos, nas águas, nas extremidades
da minha vida. Ainda tem você no meu cheiro, tem você nos livros, tem
você na rua e está até mesmo nos meus olhares tristes e parados e o
carteiro que chama na porta se assemelha a você. Os olhos azuis do
meu vizinho me lembram os pretos dos teus cabelos... Isso não tem
sentido e tem. Você está em mim, mas você não está aqui.
[DUAS VIDAS NÃO SE CRUZAM POR ACASO]

Vai virar poesia sim, vai pegar esse machucado e vai fazer uma
poesia sim. Disseram-me que só era triste quem não escrevia poesia,
fiquei pensativa e sem entender muito bem a questão. Eu que escrevo
poesia desde os onze anos, não concordei, mas depois pude ver, quem
escreve poesia não é triste porque joga nos versos tudo que precisa
dizer, desabafa tudo que está preso lá dentro. A tristeza foge do poeta,
foge pela tinta no papel e o poeta sorri. Pode até doer, mas eu fiz uma
poesia. Nada é em vão.
[NEVE NO CALOR]
"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida,
removendo pedras e plantando flores." - Cora Coralina

Está nevando. Aqui dentro está nevando. Eu estou nevando. A


neve é fria e doce amargada, a neve é estranha. Eu não sei por que
estou a escrever na primeira pessoa quando na verdade queria mesmo
era estar escrevendo na terceira, mas seria sintaticamente inusitado
mudar de perspectiva agora.
Caro leitor, desculpe-me a ousadia de escrever tão mal, de fazer
você ler um texto tão estranho. Caro leitor, eu me descobri. Eu estou
confusa com o que descobri em mim, mas mesmo assim, descobri quem
sou e me sinto livre, sendo livre estou escrevendo esse texto chato e sem
sentido para que você perca seu tempo lendo-o.
Desculpe-me leitor. Neste exato momento estou pensando em
alguém, este alguém não está aqui comigo, nem esta comigo de longe
porque resolveu pensar sozinho. Eu não quero pensar em ninguém,
mas estou a pensar. Ah, pare leitor, pare de ler isto. Pare de ler para
que não fique louco igual a mim, pare!
[EM UMA SACADA, OLHANDO AS ESTRELAS, MAS SENTINDO
O CHEIRO DO CIGARRO]

Levantou e olhou as estrelas.


De lá tudo parecia um pouco mais próximo.
Pensou em muitas poesias e não escreveu,
olhou o sorriso dele e aquilo parecia bastar,
mas o maior erro da moça era achar
que ele iria ficar mais tempo que os demais.

Depois que tudo passou, ela chorou


Como sempre
Como sempre tudo acaba com ela chorando
Que droga, né?
[SÓ HOJE E QUEM SABE DEPOIS]

Hoje quero cantar, ouvir Roberto Carlos e depois dançar forró.


Falar pra mocinha na rua que ela é linda, falar para meus pais que eles
são tudo que tenho de mais precioso e para minha irmã que estou
morrendo de saudade. Quero falar pra meus amigos que eu os amo e
mandar um poema arrebatador, quero ver todos ao seu medos e fazer
pessoas sorrirem, indicar um filme e adoçar uma vida. Dar conselhos e
abraçar os sozinhos de alma. Quero preencher corações e esvaziar
mentes tristes. Eu quero agradecer pela vida e dizer a Deus que eu
sempre confiei nele e que continuarei a confiar. Uma vida sem fé e
sorrisos é uma vida acabada.
[NO BAR]

Ele disse que as boas garotas estariam em casa, chorando de


coração partido. Mas eu não estava chorando, não estava em casa e
meu coração estava costurado, blindado pra vagabundo nenhum
quebrar. Botei guarda na porta pra que não deixasse nenhum idiota
interferir na reforma.
Eu estava lá pensando o que pedir ao barman, qual boca ia beijar
e que horas eu ia parar.
- Ei garçom... Manda uma dose de amor!
- Com açúcar?
- Amargo! tô cheia de diabetes, todo dia eu jogo versos doces por
aí. Hoje não, hoje não!
[DEPOIS TUDO É FIM]

Depois que acaba você não entende nada, não entende as batidas
do coração que se confundem ao latejar da dor infernal que fica. Não
entende nada, não entende a cabeça que tudo associa a pessoa. Não
entende como todo mundo resolve de uma vez só usar todas as gírias e
o possuírem o mesmo cheiro... Ou será que a gente que fica meio louco
e não entende como isso aconteceu? E o tempo vai passando e as coisas
vão se acertando (ou não), talvez a gente sempre demore a permitir que
as coisas se ajeitem, como se pudéssemos comandar tudo e na verdade
não comandamos nem o nosso próprio eu, o próprio sentimento.
Quando a vida enfim passa para uma segunda etapa a gente
consegue entender, depois que deixou de ser assim tão importante,
depois de tudo, de chorar, espernear como um bebê, depois de aprender
a viver, você percebe. Não era pra ser e se tivesse sido teria sido tudo
errado. Seria sim. E você diz que aprendeu a lição, só fica quem deve
ficar, mas vem mais alguém e esse alguém vai e sabe a lição? A gente já
tem jogado fora. Calma, é a solução. Calma!
[VOCÊ NÃO ESTAVA LÁ]

Eu precisei de você, sabe?! Quando as coisas ficaram estranhas,


quando eu solucei a noite sentindo as lágrimas caírem nos ombros e o
teto me olhar. Eu precisei de você quando me procurei dentro de mim
várias vezes e não encontrei. Eu não soube falar tudo, eu sempre
escrevo muito, quando quero falar já não sei quais palavras usar. Eu
precisei de você, precisei mesmo, mas não sei o que aconteceu. Você foi
embora e levou um pedacinho de mim. Não volte mais, por favor. Toda
vez que você vem à tona o meu coração acaba acostumando e depois
quando precisa de você, já não te encontro. Não volta mais. Por favor,
sai. Não volta mais.
[NÃO BAGUNCE SE NÃO VAI FICAR]

Eu não sei esquecer, pois é, eu simplesmente não sei esquecer. Se


você fala para mim que me ama, eu vou lembrar para sempre, inclusive
vou tentar entender quando você quiser sair da minha vida, porque era
amor não era? O amor sempre entende. Eu não sou mesmo boa em
esquecimentos, eu lembro de tudo, todas as frases, os elogios, os
terremotos que caíram nos meus pensamentos, sim eu lembro. Nunca
fui boa em esquecimentos. Se você não quer que eu te lembre pra
sempre, pra que veio? Eu não vou saber te esquecer!
[DOS TEXTOS QUE EU DEVERIA APAGAR]

Depois que ela te conheceu não consegue mais escrever uma


poesia completa, não consegue ler uma página completa do livro, e vou
sabe, ela adora ler. Não consegue mais ter insônia, porque ela pensa em
você e ai tudo fica tão tranquilo ai as horas passam e não da pra notar
que a vida está passando e que já é outro dia, o mais importante é que
por mais um dia você esteve lá. Quando você esta la tudo vira
outracoisa. Depois que te descobriu vive uma adrenalina, de todo dia
tentar entender que sentimento é esse que está lá dentro.. Eu só vejo
que está aumentando, e aumentando, aumentando... Eu não sei mais
escrever nada completo. Desculpa!
[VAZIO CHEIO DE GENTE]

Sabe quando você sente o mundo meio vazio, meio sem cor, meio
pelo meio, metade, sozinho? Sabe quando os rios parecem que pararam
de navegar, os barcos de velejar, as ondas de assustar? Quando você
parece sozinho em um mundo sem amor? Sabe quando tudo o que você
tem parece escorrer pelos dedos, pelos fios de cabelo, pelos pelos do
corpo, pela cor da sua pele? Quando você quer se jogar no abismo, mas
parece que o abismo não quer que você se jogue? Pois é... Ta pesando,
as pálpebras dos meus olhos estão pesando. E eu só queria não querer.
[JÁ SE PASSARAM SETE ANOS]
Estou ouvindo aquela música

Quando você se foi, eu fiquei me perguntando se eu realmente


teria feito à coisa certa, e eu tenho certeza que não fiz. Eu deixei você ir,
a única pessoa que queria ficar, eu deixei ir. Eu me lembro de quando
me disse por mensagem que iria voltar um dia e que esperaria que eu
houvesse mudado de ideia, me chamou de anjo. No dia que você
retornou eu te disse tudo aquilo que estava engasgado desde os meus
quatorze anos de idade. Não sei se em vão, mas eu disse. Você é um
passado bom, que vale a pena ser guardado. Não sei se naquela época
as coisas poderiam ser diferentes como você disse no nosso terceiro
quase reencontro, mas você já tinha outra pessoa. Hoje eu estou aqui
me lembrando de você e pensando que eu talvez não estivesse aqui se
eu não tivesse deixado que você fosse. Que a vida siga.
[SEU CHEIRO]

Estou sentindo o seu cheiro, não sei de onde está saindo, mas eu
estou sentindo. Acho que é minha mente que não conseguiu parar de
pensar em você. Estou meio bêbada, ou seria melhor confessar que eu
estou pra lá de bêbada? Já dei PT e retornei duas vezes essa semana e
meu estômago não está gostando muito das novidades. Acho que minha
intensão é matar as borboletas que estão lá dentro, mas tem sido em
vão. Ignore-me, ignore e finja que eu não escrevi porque provavelmente
eu vá tentar fazer o mesmo quando o efeito do álcool passar, mas talvez
eu vá tomar mais uns goles pra remendar meu peito. A verdade é que
parece que tem seu nome escrito no gargalo e eu encosto-me a ele
sentindo o amargo de sentir seu cheiro, mas não ter você.

Como se desenha cheiros?


[EU FINALMENTE DE ESQUECI]
Ouvindo Clarice Falcão

Eu queria te dizer que esqueci, achei que você precisasse saber


disso. Saber que eu esqueci aquela sua mania de arrumar os livros
empilhadinhos, esqueci até mesmo que você gosta de livros, veja só. Eu
esqueci que a sua música favorita fala de flores, esqueci que você gosta
de usar aquela camisa branca e que eu gostava a beça quando você
sorria para mim depois do banho. Eu esqueci que você às vezes fica
meio tímido quando eu te observava.  Eu esqueci que você não gosta
que olhem nos seus olhos, pois tem medo que vejamos as cicatrizes na
sua alma. Eu esqueci até que fui eu que cheguei a concluir esse fato e
você concordou de cabeça baixa.
Esqueci-me de você por completo, não sei mais nenhum detalhe
seu, nem mesmo o castanho dos teus olhos eu me lembro. Eu nem
escrevo mais sobre você, vou jogar as poucas centenas de textos que fiz
em teu nome, falarei para as estrelas pararem com essa mania de
repetir coisas sobre você, pois eu nem me lembro mais. Esqueci até que
as estrelas não falam. Esqueci das promessas que fez, até mesmo
aquela que você disse em dia de chuva onde nós sentíamos frio
constante e nos abraçávamos olhando as gotas de água no teto. Esqueci
que foi a primeira vez que eu disse que te amava e que fizemos planos
para o futuro, eu esqueci de tudo, esqueci seu número, apaguei a muito
tempo, esqueci, mas enviarei essa mensagem.
 Eu esqueci que ainda te amo e que não sei esquecer.
[ANTÍDOTO]

Oi. Você tem um remédio pra me dar?


Sei lá, qualquer coisa, dipirona, doflex, purpurina, juízo, qualquer
coisa, pode ser uns tapas mesmo... Não, tapa não, pensando bem isso
não resolve, a vida faz isso direto e eu não paro. Aliais, ele me deu um
baita tapão e a marca ficou forte... Ah, não me pergunte da cor, isso lá
importa? Importa é que ficou. Eu e essa mania de sentir falta do que
não aconteceu e soluçar de ciúmes do que não é meu. Ei, me da um
remédio vai. Pode ser amor mesmo.
[A TAL DA GRAMÁTICA]

A gramática padrão da língua portuguesa me disse que saudade


não varia em número e grau. Fiquei confusa. Como vou expor tudo que
sinto por ti sem falar que sinto muitas saudades, sim porque não é só
uma, são muitas mesmo. Saudade do aconchego, saudade das
conversas, saudade de sentir você perto, saudade e saudade, são
muitas saudades, daí quando junta tudo da uma saudadezona bem
forte sabe?! Você ainda me pergunta por que sou louca por literatura.
Lá eu sinto a saudade do tamanho e do número de vezes que eu quiser.
[TALVEZ]
Inspirado em uma música de Clarice Falcão

Penso que talvez se ela não possuísse tantas borboletas no


estômago alguém a amasse para sempre. Talvez se a vida mudasse do
nada e ela mudasse juntinho com a vida, talvez alguém a amasse para
sempre.
Talvez se ela fosse como a amiga, a irmã, a rival... talvez alguém a
amasse para sempre. Talvez se ela parasse de escrever coisas assim,
alguém a amasse para sempre. Talvez se ela esquecesse todas as dores
passadas e mudasse o presente, alguém a amasse para sempre. Se seu
cabelo fosse liso, se tivesse um metro e oitenta e os dedos juntinhos
sem costumes de escrever, alguém a amasse para sempre. Talvez se ela
fosse calada no momento de falar e falasse no momento de calar,
alguém a amasse para sempre.
Talvez se ela não se recordasse de nada, de ninguém e não
tentasse usar as suas dores para evitar as alheias, alguém a amasse
para sempre. Mas talvez, se ela fizesse tudo isso, não fosse ela. Aí com
certeza ninguém a amaria de verdade porque quem estaria lá não era
ela e sim outra pessoa com o seu nome e o seu nome é o que mais
gosta, ela iria querer ser aquela pessoa de cabelo cacheado que fica toda
hora no impasse de “quero cortar para mudar, porém quero que
cresça.”
Os meninos disseram que cabelo liso é bonito, mas ela flui cachos
pretos. Ela é essa mesmo que ninguém costuma conhecer pois sempre
tiram conclusões precipitadas e apontam defeitos. Talvez ela só acredite
em coisas não mais acreditadas e goste do barulho que o silêncio faz às
vezes.
[TIRA-ME TUDO, MENOS O AMOR]

Tira-me tudo. O prato, o riso, a saudade ou o aperto. As lagrimas


vazias, os preenchimentos. Tira-me os caminhos, as rosas e afasta os
jardins, tira-me tudo. Tira-me o sossego, o acaso, o desengano, o
desespero, as paixões e os desejos. Tira-me de mim, tira-me o apelo, os
concertos, a música e as imagens. A comida, a bebida, a dormida que
seja. Tira, tira tudo. Mas não tire o amor. Sem ele eu não sobrevivo.
[PESSOAS FORTES SÃO ELAS MESMAS]

Desde cedo ouvi e tive que engolir que pessoas fortes não choram
e nem dizem o quanto estão doloridas por dentro. A fraqueza sempre me
tolheu, sempre me senti uma pessoa fraca por nunca conseguir sorrir
na hora da dor, por nunca segurar as lágrimas, nunca ser alguém que
ignora.
E então descobri que às vezes é preciso ser bem forte para
demostrar, para deixar que as lagrimem desçam, para que as pessoas te
olhem com cara de angústia, como se você fosse uma coitadinha. É
preciso muita força para se deixar ser si próprio. Eu ainda me sinto
uma menina fresca e mimada, e não sei mais se gosto da ideia de ficar
fingindo que não machuca pensar assim. As pessoas machucam, e eu
não gosto de ser machucada.
[UMA AMIGA ME INSPIROU]

Conclui que não é a tua falta de dói, é o sentimento de perda que


fere. Dane-se se você não está aqui comigo, dane-se o lugar que você
mora, a profissão que você segue, o presidente que você vota. Eu não
me importo, de verdade mesmo, não me importo. Já me importei, isso é
fato. Você disse aquelas coisas bonitas e mentirosas pra mim por um
mês inteiro e não tinha como eu não me importar, tenho muito que
admitir isso. Mas hoje o que machuca é perder. É saber que você a
preferiu. É saber que mesmo recebendo tudo o que eu tinha de bom pra
oferecer em mim, você preferiu aquela pessoa e não eu, entende? O que
dói não é a tua ausência, é a presença dela na minha mente. O que dói
é essa minha capacidade de ser trouxa ao ponto de gastar meu tempo
escrevendo isso. O que dói já não quer doer. Mesmo que mil e uma
pessoas me digam que não é preciso pressa pra encontrar o amor, eu
tenho pressa e isso me dói. Não ter alguém pra me amar como ela tem
você, dói. Acho que é um pouco de inveja, inveja de quem é amado e
tem alguém do lado. Admito, inveja dói. É tudo no tempo de Deus, eu
sei. Toda noite peço perdão a Deus por desejar que esse teu amor
despenque como você fez com meu sorriso. Que Deus me conceda um
homem e não alguém como você.
Olá, me chamo Ítala Morgana, tenho 24
anos, sou cearense e atualmente moro em Rio
Branco, capital do Acre.
Primeiramente gostaria de agradecer
imensamente por tirar um pouco do seu tempo
para ler minhas letrinhas. Muito obrigada
mesmo, de todo o meu coração.
Como escrito de principio, esta obra fui
eu mesma quem desenvolvi, mas é bom
ressaltar que nenhuma das imagens aqui
inseridas são de minha autoria, apenas os
textos são criados por mim.
Não tenho muito o que falar aqui, apenas que esta obra é um
sonho meu, que por diversas vezes eu procurei editoras para a
publicação, e infelizmente, ao menos que eu tivesse no mínimo dois mil
reais eu conseguiria fazer uma publicação oficial do mesmo.
No entanto, quero dizer que a minha vontade nunca foi conseguir
ganhar dinheiro ou sobreviver dos meus textos, isso é até mesmo uma
piada no Brasil, mas sim fazer com que as pessoas possam ler e
conhecer os meus escritos, sendo assim esta obra é grátis e será
enviada e repassada para todos aqueles que quisessem ler e apreciar
aquilo que eu mais amo e me empenho em fazer.

Que Deus possa abençoar todos vocês.


Abraços cheios de borboletas para vocês!

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