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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

CLAUDEMIR SIMIÃO MOREIRA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL


(PTI)
CLAUDEMIR SIMIÃO MOREIRA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL


(PTI)

Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar


apresentado como requisito parcial para a obtenção
de nota semestral na disciplina interdisciplinar
individual.

Tutora-CST em Gestão Ambiental: Tatiana Peres V.


Schreiner

CUIABÁ - MT
SETEMBRO - 2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2 OBJETIVO GERAL..............................................................................................................5
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................................5
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA........................................................................................6
4.1 Diagnóstico Ambiental da Área – Alvo de Recuperação.....................................................6
4.2 Metodologia e Técnicas de Plantio.......................................................................................9
4.3 Cronograma Físico..............................................................................................................11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................11
REFERÊNCIAS......................................................................................................................12
ANEXOS..................................................................................................................................14
Anexo A - Mapa Demonstrativo Temporal – 2008..................................................................15
Anexo B - Mapa Demonstrativo Temporal – 2011..................................................................16
Anexo C - Mapa Demonstrativo Temporal - 2020...................................................................17
1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, ouvimos muito sobre a preocupação relacionada ao meio


ambiente e maneiras para minimizar os impactos ocasionados a ele. Muitas empresas
estão adotando o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com o intuito de reduzir tais
impactos para com o meio ambiente e sociedade advindos das atividades da madeireira,
pois as atividades podem influenciar negativamente nos lucros da empresa, ocasionando
danos irreparáveis no curso hídrico sem tratamento prévio, pois seus recursos são
procedentes de florestas e resultam em grandes impactos na sociedade e no meio
ambiente.

A Legislação Federal através da CONAMA - 001, de 23 de janeiro de 1986,


define impactos ambientais como sendo:
[...] qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas no meio ambiente, causadas por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam:
 à saúde, segurança e o bem estar social;
 as atividades sociais e econômicas;
 à biota;
 às condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e
 à qualidade dos recursos ambientais. (Antunes, 1990, p.327)

Segundo Antunes (1990), os impactos ambientais são causados por mudanças no


meio ambiente, que tem como agente as atividades antrópicas, que possam modificar as
condições de vida ou ameaçar os recursos naturais de nosso planeta.

Em relação a Gestão Ambiental, o Art. 4º, VII, da Política Nacional do Meio


Ambiente (Lei Federal 6.938/1981) afirma que

visará “à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar


e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela
utilização de recursos ambientais com fins econômicos”.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), define o SGA como um


conjunto de informações inter-relacionadas que são utilizadas para que se estabeleça a
política de uma organização e seus objetivos, incluindo a estrutura organizacional,
planejamentos, procedimentos, processos e recursos da organização e assim se gerencie
os aspectos ambientais (ABNT NBR ISO 14001, 2004, p. 2).

https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/44571/R%20-%20E%20-
%20RAPHAEL%20EIDAM.pdf?sequence=1&isAllowed=y

https://repositorio.museu-
goeldi.br/jspui/bitstream/mgoeldi/1241/1/Analise_da_industria_madeireira_na_Amazon
ia_gestao.pdf
O sistema de gestão ambiental segundo a ISO14001: 2004 “possui como
finalidade o equilíbrio a proteção ambiental e a prevenção da poluição com as
necessidades econômicas das organizações.”

Conforme Mello (2002), essa nova fase que a humanidade passa a ter maior
responsabilidade com o meio ambiente, advém da diminuição de qualidade de vida e do
nível gradativo que a natureza atingiu ao longo dos anos.

Donaire (1999) ressalva que com um novo paradigma ambiental, defendido pela
sociedade, a mesma passa a exigir e influenciar modificações nos demais atores sociais,
como o Estado e as organizações empresariais.

Neste sentido, o objetivo do estudo é identificar como a implantação do SGA,


baseado na Norma ISO 140001, pode melhorar os indicadores dos impactos ambientais
nessa empresa, adaptando conforme as necessidades da empresa, cujo intuito é reduzir
gastos, aumentar receitas e principalmente, minimizar os impactos ambientais.
2 OBJETIVO

Identificar e apresentar uma proposta de implantação de SGA – Sistema de


Gestão Ambiental na Madeira Certa, cuja a finalidade é mensurar as atividades
realizadas e os impactos ambientais originados o entorno do empreendimento.

3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Fundada em janeiro de 1961, o município de Três Barras está localizado no


Estado de Santa Catarina a aproximadamente 362 km da Capital. Situado entre os
municípios limítrofes Canoinhas, Major Vieira, Papanduva, Mafra, São Mateus do Sul
(PR), Antônio Olinto (PR).

Localizado a uma latitude 26º06'23" sul e a uma longitude 50º19'20" oeste,


estando a uma altitude de 802 metros. Sua população era de 18.131 habitantes, segundo
estimativa IBGE (2010). Possui uma área de 438 km² com uma densidade de 41,4
hab/km2.

O município apresenta um clima equilibrado, com verões acentuados e invernos


rigorosos.
Figura 1 – Mapa de Localização do Município de Três Barras

Fonte: Imagens Google Earth

4.1 Metodologia

Considerado um dos segmentos abrangentes e diversificados dentro do contexto


ambiental, a marcenaria apresentou nos últimos anos crescente evolução no mercado
nacional e internacional, revolucionando o setor com a extração de madeira, sendo esta
ideia cada vez mais aceita e fiscalizada ante aos projetos de sustentabilidade ambiental
adotados entre as esferas federal, estadual e municipal.

A partir desta premissa, o presente trabalho apresenta uma proposta de


implantação de SGA- Sistema de Gestão Ambiental em uma madeireira, trazendo uma
proposta desafiadora com oportunidades de melhoria nas organizações, pois surgem e
passam a ser variáveis relevantes na adoção de estratégias para o posicionamento das
empresas no cenário comercial dos mais diversos ramos e segmentos, sejam eles
atividades da manufatura ou do serviço, com a finalidade de identificar as atividades
realizadas e seus impactos no meio ambiente.

Por se tratar de empreendimento localizado bem próximo ao corpo hídrico e de


núcleo urbano, como identificados na Figura 2, é de suma importância a questão da
gestão e saneamento ambiental, pois visam uma melhor relação entre a sociedade e o
ambiente onde se encontram, sendo possível a melhoria na qualidade de vida, proteção
ao meio ambiente, caso contrário a população ficam expostas e vulneráveis,
comprometendo sua saúde.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o
controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer
efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. De outra forma, pode-se dizer
que saneamento caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que tem por objetivo
alcançar salubridade ambiental.
Diante deste fato, podemos destacar duas situações a serem resolvidas: 1ª Quais
são os problemas de haver lançamento incorreto de efluentes em corpos hídricos e 2ª
Como esses problemas poderão ser resolvidos se a empresa obter um melhor
desempenho ambiental?

Figura 2 - Localização da Madeira Certa

Fonte: Imagens Google Earth

A Madeira Certa é composta por diversos setores, estes por sua vez produzem
diferentes tipos de resíduos. O quadro a seguir apresenta como acontece a geração de
resíduos dentro do empreendimento.

Quadro 1- Geração de resíduos em cada setor do empreendimento


Setor Tipo de Resíduos
 Metal;
 Plástico;
 Papel;
Setor de colheita e manutenção florestal  Orgânico;
 Óleo;
 Baterias;
 Plástico;
Escritório  Papel;
 Metal;
 Cartuchos de tinta;
 Papel;
Refeitório  Orgânico;
 Plástico
 Metal;
 Óleo;
Serraria  Preservativo químico;
 resíduos de serragem.
Fonte: Elaboração pelo autor

A partir da identificação dos resíduos existentes dentro da empresa, apontamos a


classificação dos resíduos. Após esta etapa iniciamos com os não perigosos sendo
recolhidos em recipientes nos locais de geração e em seguida depositados em contêiner
do deposito reservado para o tipo de resíduos e recolhidos a cada 15 dias.
Em relação aos copos descartáveis, a empresa adotou o sistema de copos
individuais para seus funcionários, evitando o desperdício, envolvendo a equipe no
papel sustentável.
O reaproveitamento dos papéis, é utilizado para impressão (frente e verso),
quando os dois lados foram utilizados, tanto os papéis quanto os toners usados são
doados para a associação de recicladores do município.
Já os resíduos de madeira provenientes das etapas dos processos realizados,
passam por um tratamento e armazenamento, sendo aproveitado na geração de energia
interna.

Para os resíduos considerados perigosos, a empresa busca o destino final mais


apropriado. Os resíduos, como: Óleo lubrificante usado limpo e contaminado (como pó
de serragem). Preservativos químicos e os seus respectivos vasilhames são destinados
por meio de empresas devidamente credenciadas para o transporte e recebimento desses
tipos de resíduos. A empresa recebe, para cada coleta, um certificado de destinação final
emitido pela empresa credenciada ao recebimento desse tipo de resíduo.

http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_266_528_35769.pdf

Notou–se que, o gerenciamento de resíduos na organização é feita de forma


adequada, colaborando para a saúde de seus funcionários e para a situação crítica do meio
ambiente. No setor de resíduos eletrônicos não há uma destinação final adequada, evidencia–
se a falta de empresas para fazer parceria. A valorização do resíduos, pela reutilização dos
mesmos, é importante e é considerado um grande diferencial da organização. Os resíduos
madeireiros da organização são disponibilizados aos cidadãos que moram nas comunidades
próximas, estes por sinal, utilizam os resíduos para a fabricação de artesanatos.
Notou-se que os resíduos são acomodados de forma adequada mas poderia haver
melhorias na estrutura do mesmo

https://www.revistaespacios.com/a13v34n10/13341017.html

Segundo Kotler (2000) o processo de planejamento estratégico pode ser divido nas
seguintes etapas: (i) declaração da visão e da missão do negócio, (ii) análise do
ambiente externo e interno, (iii) formulação de metas e objetivos, (iv) formulação de
estratégia, (v) implementação e (vi) monitoramento e controle.
Para Drucker (1981), um planejamento estratégico caracteriza três aspectos
fundamentais: (i) diagnóstico dos ambientes para maior conhecimento possível das
realidades atuais e futuras; (ii) tomada de decisões que envolvam riscos e organização e
(iv) sistematização da retroalimentação sobre a execução das decisões.

Também Oliveira (2004) fundamenta as concepções de Drucker (1981) de maneira mais


prática e metodológica. 

Para isso, segundo PORTER (1980), faz-se necessário proceder a uma análise
detalhada das forças que atuam nos ambientes competitivos dos vários setores
para, em seguida, adotar um critério para o necessário posicionamento
estratégico da organização.

Para realização do diagnóstico estratégico, pode-se utilizar o estudo do


ambiente competitivo através das cinco forças proposta por PORTER (1986),
sendo um importante método de avaliação do ambiente externo para
formulação de estratégias, onde são criadas as cincos forças avaliadas pelo
autor: (a) ameaça de entrada de novos concorrentes, (b) ameaças de produtos e
serviços substitutos, (c) poder de negociação dos fornecedores, (d) poder de
negociação dos compradores e (e) rivalidade entre os concorrentes, como
apresenta a figura 1.

A análise SWOT foi descrita Learned et al. (1965), e segundo Panagiotou (2003)
ela está sendo usada com sucesso crescente como uma ferramenta de planejamento
estratégico, tanto por pesquisadores quanto por profissionais. Esta ferramenta é de
grande importância para abordar situações estratégicas complexas, pois reduz a
quantidade de informações para a tomada da melhor decisão.

Segundo Shahir et al. (2008), o termo SWOT tem origem no inglês e é uma sigla
de forças (S–strengths) e fraquezas (W–weaknesses), ameaças (T–threats) e
oportunidades (O–opportunities), também conhecida como F.O.F.A. a qual é acrônimo
das mesmas palavras na língua portuguesa, embora reordenadas diferentemente.

Para a implantação do SGA será utilizado a Análise através da matriz SWOT,


como uma ferramenta que auxilia no diagnóstico dos ambientes externo e interno, ou
seja, permite relacionar as oportunidades e ameaças presentes no ambiente externo com
as forças e fraquezas identificadas no ambiente interno da organização.

Quadro 2 – Análise SWOT da Madeira Certa


Forças Fraquezas
 Qualidade dos produtos e  Falta de definição de funções e cargos
serviços; dos funcionários;
 Prazo de entrega, não há atrasos;  Falta de um programa de gestão
 Estoque organizado e atende toda (sistema arcaico, pedidos e notas feitos
a demanda; a mão);
Ambiente Interno

 Preço; Conhecimento da área  Poucos vendedores para efetuar vendas


aprofundado; (somente o gestor sabe preços para
 Confiabilidade dos clientes; fazer e finalizar a venda e os métodos
Referência no mercado na região; de pagamentos).
 Bom relacionamento com os
clientes, fornecedores e
concorrentes;
 Experiência dos funcionários;
 Legalização em dia.
Oportunidades Ameaças
 Credibilidade no mercado;  Instabilidade econômico-financeiro do
Ambiente Externo

 Região de atuação com alto consumidor;


potencial;  Matéria prima;
 Baixa concorrência com  Impactos ambientais;
material de qualidade e bom
preço na região;
 Facilidade de compra do
consumidor.
 Inclusão de programas de
Sustentabilidade Ambiental;
 Elaboração de Plano junto ao
SGA da empresa;

Fonte: Elaboração pelo autor

A análise Swot é analisada do ambiente interno (forças e fraquezas) e do


ambiente externo (oportunidades e ameaças) de uma organização. Com estas
informações, o gestor consegue criar o plano e manter a empresa dentro dos parâmetros
ambientais exigidos junto ao seu empreendimento, a fim de mitigar e minimizar tais
impactos identificados. Esta separação é necessária, pois a organização tem que agir de
forma diferente em cada uma destas situações (DUARTE et. al, 2006).
Após as etapas Os resíduos do processamento (lenha e pó de serra), são reaproveitadas em
padarias, fogões a lenha, haras, entre outros.

refaz
er essa figura

Desenvolvimento sustentável significa atender às necessidades da


geração atual sem comprometer 0 direito das futuras gerações
atenderem as suas próprias necessidades. (Valle, 1995, p.09)
BIBLIOGRAFIA

ANTUNES, Paulo de B. Curso de direito ambiental, Rio de Janeiro: Ed. Renova, 1990.

BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental, Lei 9795. Diário Oficial da


República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 abr. 1999. Disponível em: Acesso em:
15 jan. 2012

ARAUJO, O. Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) ou


(Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças). [Acesso em 17 de abril,
2013].Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgibin/asp/analiseSwot.asp.

Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de


novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010.

DRUCKER, P. F. (1981); Práticas de Administração de Empresa. São Paulo:


Pioneira.

DUARTE, C.; ETTKIN, L. P.; ANDERSON, M. S. (2006);  A SWOT analysis.


Competitiveness Review, The challenge of Venezuela v.16, n. 3, p 233 – 247.

KOTLER, P. (2000); Administração de marketing: a edição do novo milênio. São


Paulo: Prentice Hall.

LEARNED, E.P.;CHRISTENSEN,C.R.;ANDREWS,K.E.;GUTH,W.D.
(1965); BusinessPolicy:Text and Cases Irwin, Homewood, IL.

NBR ISO14001 :1996, Sistemas de gestão ambiental: especificações e diretrizes para


uso

OLIVEIRA, D. P. R. (2004); Planejamento estratégico - conceitos, metodologias e


práticas. São Paulo: Atlas.

PANAGIOTOU, G. (2003); “Bringing SWOT into Focus”, Business Strategy Review,


v. 14, n. 2, p. 8 - 10.
PORTER, M. (1980); Estratégia - A busca da vantagem competitiva. Rio de Janeiro:
Campus.

PORTER, M. E. (1986) Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias


e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, v.7, 448 p.

VALLE, Cyro E. Do. Qualidade ambiental: comose preparar para as Normas ISO-
14000. São Paulo: Pioneira, 1995.

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