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RESUMO: PEDUZZI, LUIZ O Q. A Gravitação Newtoniana. IN: Evolução dos


conceitos da Física: Da Física e da cosmologia de Descartes á gravitação
newtoniana. Florianópolis: UFSC, 2010, Pgs 79 - 110.

Expondo a Gravitação Newtoniana neste capítulo, o autor propôs pra o


entendimento do assunto uma linguagem atualizada referente aos aspectos
matemáticos do cientista Isaac Newton. O próprio Newton, segundo Peduzzi,
relevando este aspecto de compreensão, já apresentara no Principia sugestões de
leitura. Primeiramente as leis e depois três seções do livro um.

Interessante é que um diagnóstico sobre os trabalhos de Newton tem sido


realizado por autores contemporâneos que abrangem a mesma preocupação de
Peduzzi. Um exemplo, trazido pelo mesmo, é Cohen. Este tópico assim destaca o que
seria o tratamento da didática no estudo Newtoniano, importante neste assunto
Gravitação.

O próximo tópico deste capítulo, Peduzzi reporta claramente aos problemas


existentes em que Newton se debruçara: a mecânica dos choques e a dinâmica do
movimento circular. Este ultimo já se apresentava com teóricos como Huygens e
Descartes, ambos baseando o movimento circular em força centrífuga que seria o
afastamento do objeto do seu centro em rotação.

Além dessa concepção da centrífuga, o autor traz o Robert Hoock, que no final
do século XVII supôs que haveria dois movimentos neste deslocamento, um a sua
tangente e outro a centro da trajetória. Além de Borelli em concepção planetária, em
que força entre a ação do Sol e a centrífuga dos planetas era de homeostase.
Seguindo e muito bem, o processo do trabalho de Hooke, Peduzzi apresenta
suas novas prospecções a respeito do movimento orbital em que relacionava centro
existente de força, com o equilíbrio, velocidade, raio e intensidade da força entre a
trajetória de corpos em torno de outros, como Terra em volta do Sol. Suas teorias
desenvolvidas eram encaminhadas á Isaac Newton para que o mesmo explanasse sua
opinião a respeito, em principio, do movimento dos planetas e depois sobre a
variação da curva de um objeto com o inverso do quadrado da distância. Newton não
se manifestava sobre, entretanto o autor traz no capítulo e final do tópico que sua
hispótese era aceita por Newton sim.

É conveniente observar o trabalho de Hooke sob a percepção construtiva do


autor. Este lineamento, esta cronologia do seu trabalho permite compreender ainda
mais não só o cientista, mas também, outros que estavam envolvidos na época.

A segunda lei de Kepler e a força centrípeta compreende o segundo tópico do


capítulo. De início, Peduzzi é bem claro ao estabelecer o que seria inércia dentro do
contexto das orbitas planetárias, o que para Newton durante seu trabalho constata
sendo a segunda lei de Kepler com o movimento orbital sujeito a uma força
centrípeta.

Peduzzi, para explicar, demonstra essas considerações de Newton de forma


didática e propriamente ilustrativa. A leitura de formação dos triângulos para o
movimento inercial é explicado áreas iguais e bases iguais e se conclui no que para
Kepler seria movimento retilíneo uniforme intervalso de tempos iguais em áreas
iguais. Interessante é que o deslocamento do objeto seria ocasionado por um
impulso em um intervalo de tempo. Sendo este tempo igual em todos os pontos, teria
assim a segunda lei de Kepler.

Rapidamente o autor discute a problemática das proposições de Newton, que


constituía a força centrípeta em uma elipse, em cônicas e parábolas. Movimentos
que variam com o inverso do quadrado da distância.

Consciente e perspicaz em seus trabalhos Isaac Newton não só traduziu para


matemática suas realizações, mas também, para filosofia e é este o próximo tópico
que Peduzzi aborda, com uma sequência de suas regras filosóficas.
As reflexões são abordadas para que o leitor compreenda ainda mais o que
Newton estava querendo expor. Suas regras assim consistiam em trazer uma única
veracidade sobre a as causas e sequencialmente aos seus efitos; saber da
consistência daquele objeto para experimento, ou seja, com suas particularidades
sempre as mesas e por ultimo e não mais importante uma consideração sobre a
filosofia experimental sendo considerada até o momento como verídica até que
outros fenômenos prove o contrário.

Sobre este mesmo raciocínio da escrita sobre os seus feitos, Peduzzi esclarece
o que Newton chamava de fenômenos nas sequenciadas regras. Apresentam-se
simultaneamente os planetas que giram ao redor de Júpiter e possuem áreas
proporcionais ao tempo de trajetória; os que giram ao redor de Saturno com a mesma
concepção do anterior; os primeiros planetas que giram ao redor do Sol e têm 3/2º
potências distância média ao mesmo, finalizando com uma constatação de que esses
planetas primários não têm suas áreas proporcionais ao tempo, e sim a área em torno
do Sol que são proporcionais.

Posteriormente o autor traz a lei de força sobre um planeta que possui


trajetória circular em torno do Sol. As concepções matemáticas abordadas incluem
velocidade orbital do planeta bem como a força de atração do Sol.

Para a gravitação universal Newton tem que a massa do planeta é proporcional


a esta força de atração do Sol. O mesmo obtém sua constante a partir de uma
proporcionalidade em seus cálculos. Hoje se sabe que é 6,67 x 10-¹ validando a para
qualquer corpo que possui massa.

Mais perspicaz ainda Newton conseguiu estabelecer essa aceleração


gravitacional e a queda livre dos objetos. Ele constata de forma clara que no vácuo,
objetos de massas deferentes se caírem, caem juntos por sofrerem da mesma
aceleração, ou seja, esta vale para todo o planeta. Para obtê-la foi preciso utilizar da
constante gravitacional, massa e o raio do objeto, expressando- a também no
segmento do sistema Terra - Lua.

Finalmente depois, Peduzzi traz um pouco de contexto histórico que é


relevante na vida de Newton. Uma passagem importante no cenário europeu que foi
a peste. Assim é explicado que o momento, segundo o autor e uma autobiografia de
Newton mostra seu pensamento sobre a gravidade e remete o leitor sobre a reflexão
da história da maçã que fora publicado por Voltaire em 1727 pela primeira vez. Um
membro da Royal Society também teria narrado este momento da maçã e afirmando
a declaração do próprio Newton sobre o episódio. Um dilema histórico e que causa
reboliços na comunidade cientifica de fato. O autor foi feliz prestando estas
declarações e finalizando como mau uso desses relatos utilizados hoje em dia na
didática.

A história não para quando o autor novamente volta a Gravitação e apresenta


u m diálogo sobre cometas entre Newton e Flamsteed. Newton havia abandonado a
teoria das trajetórias retilíneas dos cometas e aceitado as trajetórias curvas no
diálogo que apresentava um dilema sobre o ou os cometas. O Halley que é hoje
conhecido veio de Edmund Halley, com quem Newton estivera trabalhando para
chega até ao movimento dos corpos em uma órbita.

No final do capítulo o autor trouxe uma apresentação interessante sobre a lei


da gravitação e as leis de Kepler feito por Duhem em que concepções de Kepler
teriam auxiliado Newton a propagar seus feitos científicos. É importante destacar
algumas situações neste final do capítulo que servem para didática do ensino na
educação básica, como as órbitas planetárias não serem exatamente elípticas, são
aproximadamente elípticas, além de irregularidades orbitais como é o caso de Urano.
A lei da gravitação universal de Newton não pode ser derivada por generalização e
indução a partir das leis de Kepler se não haveria uma contradição.

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