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SINTESE DO ESTUDO: VISÃO GERAL DA BÍBLIA

1. O QUE É A BÍBLIA?

Bíblia é uma palavra grega, biblos substantivo plural que quer dizer Livros. É uma mini-biblioteca
composta de livros, os quais fazem parte de uma literatura que levou séculos para ser escrita. A Bíblia
católica contém 73 livros sendo que: 46 livros são do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento.
Às vezes, também a chamamos de Sagradas Escrituras ou somente Escrituras. A Bíblia trata de
diversos assuntos: doutrina, provérbios, cânticos, salmos, lamentações, epistolas, oráculos, profecias,
meditações, romance, cartas de amor, tratados, contratos, leis para organizar o povo e o culto, orações,
rituais, história, sabedoria, parábolas, exortações e até mesmo poesia. Tudo em grande harmonia, pois
por inspiração Divina destaca a Aliança e o Plano de Salvação de Deus para com a humanidade. A
Bíblia é como um álbum de fotografias que ficam misturadas. Para entendê-las alguém tem que
explicá-las. E daqui a necessidade do estudo profundo da Bíblia para melhor tramitá-la na
evangelização.

A Bíblia é muito antiga, pois é a história de um povo que por muitos séculos era apenas uma Tradição
Oral. Nasceu como a ação de Deus na história de um povo e como a resposta deste povo à ação de
Deus. Da preocupação de transmitir as novas gerações e a nós essa fidelidade, fazendo de tudo para
não esquecer o passado e manter o povo na caminhada. Nasceu sem rótulos, porque inspirada por
Deus e da vontade do povo de ser fiel a Deus e a si mesmo. É o registro de várias pessoas, em diversos
lugares e contextos, é a memória do povo, como resultado de longa experiência religiosa de Israel.
Antes da experiência da Bíblia os homens e as mulheres já tinham religiões e já cultuavam divindades.
Acontece, no entanto, que em Israel, com Abraão e principalmente com Moisés, inicia-se uma nova
experiência de Deus e de religião. É Javé quem se revela.

Toda Bíblia gira em torno da Aliança de Deus com a humanidade. A Aliança é o ponto central da
Bíblia. A palavra Aliança: em hebraico, BERT e em latim TESTAMENTUM tem um significado
muito rico. Traduzimos em português por: pacto, vínculo, comunhão, união, diálogo, casamento,
tratado, compromisso... ALIANÇA: É amor e fidelidade que dura para sempre; amor fecundo que se
expressa em entrega; acolhimento que gera vida nova; fidelidade mútua que mantém a união no dom e
respeito; fidelidade que produz relação de liberdade e libertação. Os cristãos colocam o fundamento
de sua fé na revelação de Deus ao antigo Povo hebraico. Esta revelação teve a sua plenitude em Jesus
Cristo. Esta grande experiência histórico-religiosa se encontra no Livro - Bíblia.

A Aliança entre Deus e os homens e mulheres atinge o ponto mais alto na pessoa de Jesus Cristo. Ele
é o Centro da Aliança (Jo 1,14-18). É como a central que liga, alimenta e ilumina todas as outras
alianças que há na Escritura. Toda a Bíblia converge para um ponto central que ilumina o passado e o
futuro: mistério pascal de Jesus, sua encarnação, ministério, paixão, morte e ressurreição. É a partir
desse centro que encontramos o fio condutor da Bíblia.

2. QUANDO E COMO A BIBLIA FOI ESCRITA?

A Bíblia começou a se formar segundo alguns estudiosos, por volta de 1900 (a.E.C) outros dizem
1400 (a.E.C.) (antes da era cristã). Isto significa que a Bíblia é algo relativamente novo na história da
humanidade, pois hoje as ciências nos mostram que o mundo já existe há muitos milhões de anos. A
redação começou por volta do séc. XV a.C. e foi concluída por volta do ano 100 depois do nascimento
de Jesus Cristo. Acredita-se que tenha sido escrita ao longo de um período por cerca de seis seculos,
por 40 pessoas das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais. Esse é, aliás, o motivo
pelo qual, muitas passagens são difíceis de serem compreendidas, obrigando-nos, às vezes, a recorrer
a cursos bíblicos ou outros livros de apoio.

A experiência fundante para a formação da Bíblia inicia com a libertação do Egito, liderados por
Moisés, que se organizam e se libertam, passando pelo Mar Vermelho. Esta experiência passa a ser
chamada de Páscoa, ou Êxodo e todos os anos é celebrada e trazida à memória do povo, passadas de
pais para filhos, durante muitas gerações. Faz-se uma aliança com Javé, devido à libertação ocorrida.
Sobre a experiência da passagem do Mar Vermelho, Êxodo, desenvolveu a religião javista e, aos
poucos vão se formando diversas tradições que enriqueceram esta experiência e hoje estão presentes
nos livros do Pentateuco: Genesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio e outros. Na instalação
da monarquia, em Israel, algumas tradições já estavam escritas e neste período da monarquia partir do
séc. VIII a.E.C., foram escritos algumas tradições e textos dos livros proféticos

Mas a redação das tradições bíblicas, ou tradições orais, tais quais as temos hoje, aconteceu a
partir de 589 a.E.C. O povo de Israel havia sido levado para o exílio na Babilônia. Foi lá que muitas
das tradições orais foram escritas para não serem esquecidas, ou para não perdê-las. Foi então que,
escribas reuniram as velhas tradições e as escreveram. Mais tarde, com a volta do exílio, por volta de
530 alguns destes livros foram completados e dispostos como os temos hoje na Bíblia. Assim temos o
Pentateuco, os profetas, os livros históricos e também a literatura sapiencial.

Os livros da Bíblia chegaram até nós da era cristã por meio de manuscrito e códices. Os códices se
diferenciam dos manuscritos pelo fato de não serem escrito de ambos os lados. Atualmente temos
mais de 190 manuscritos do Primeiro (Antigo) Testamento.

"Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens, dos quais se serviu fazendo-os usar suas
próprias faculdades e capacidades a fim de que, agindo Ele próprios neles e por eles escrevessem,
como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse" (Dei Verbum, 11).

Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso
consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada. Para o cristianismo a Bíblia é a Palavra de Deus,
portanto ela é mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade, nela
se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e
normas de moral.

3. ONDE E EM QUE LINGUA A BÍBLIA FOI ESCRITA?

A maior parte da Bíblia foi escrita na Palestina, onde o povo de Deus vivia. Algumas partes foram
escritas na Babilônia, onde o povo viveu durante o cativeiro (580-530 a.E.C.). Outras partes foram
escritas no Egito para onde o povo emigrou depois do cativeiro. O NT foi escrito na Síria, Ásia
Menor, Grécia e Itália onde foram sendo fundadas as comunidades. Na Bíblia percebemos grande
diferença de costumes, culturas, religião, situação econômica, social e política desses povos.

A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: HEBRAICO, ARAMÁICO E GREGO

O HEBRAICO sempre foi à língua sagrada. Devia ser estudada por todos os meninos israelitas.
O ARAMAICO era a língua familiar dos hebreus falada por eles até a entrada na terra de Canaã,
quando a Palestina foi invadida pelos gregos (333 a.E.C.) então o povo foi obrigado a falar a língua
grega. Como o hebraico era muito difícil e não era mais falado pelo povo, surgiram às traduções
gregas. A mais famosa tradução foi a dos “setenta” feita por 70 sábios, pelo ano 250 a.E.C, em
Alexandria.
AS TRADUÇÕES:

ARAMAICO (Targum)

GREGO (LXX)

LATIM (Vulgata e Vetus Latina)

Os católicos seguindo o exemplo dos apóstolos, ficaram com a tradução grega dos Setenta, contendo
sete livros que não constavam na Bíblia hebraica, mas que foram considerados inspirados por Deus
como os demais. Os protestantes (Evangélicos) ficaram com a bíblia hebraica, com sete livros a
menos: Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, 1º e 2º Macabeus e parte do livro de Daniel e
Ester.

A Tradução para o latim foi feita por São Jerônimo, no 3º século d.C (depois de Cristo) e recebeu o
nome de “Vulgata” ou popular. Hoje a Bíblia está traduzida nas principais línguas de todos os povos.
No Brasil temos várias traduções.

A divisão em capítulos aconteceu pelo ano 1214, feita pelo inglês Estevão langton, arcebispo de
Catuária, e a divisão em versículos foram feita em 1527, pelo dominicano Pagnini. A Bíblia foi
impressa pela primeira vez, em latim, no ano 1450 depois de Cristo.

● Bíblia Católica: possui 73 livros, sendo 46 do 1º. Testamento e 27 do 2º. Testamento.


● Bíblia Evangélica: possui 66 livros, pois ela não considera os sete livros deixados fora pelos
judeus, chamado de Deuterocanônicos, que são: Tobias. Judith. Sabedoria. Eclesiástico. Baruc. I e
II Macabeus.
● Bíblia Hebraica: Os judeus consideram como bíblia somente 39 livros do primeiro testamento,
que está dividido em: Torá ou Lei, Nebiim ou Profetas, Ketubim ou escritos = TaNak. Os judeus
terminaram de selecionar os livros inspirados da TaNak, no ano 95 - E.C.

4. PARA QUÊ FOI ESCRITA A BÍBLIA?

4.1 A Bíblia foi escrita para manter o povo na caminhada. Três coisas animam a caminhar:

a) Contar o passado – O povo de Deus (da Bíblia), olhando o que Deus tinha feito por ele no
passado, se animava a caminhar. Os livros que falam do passado do povo de Israel chamam-se:
Pentateuco (lei ou torá), que são os cinco primeiros livros da bíblia e os livros Históricos (josué,
juizes, 1º e 2º samuel, 1º e 2º reis...)

b) Anunciar o futuro. Olhando as possibilidades que temos no futuro nascem a esperança e a


coragem. Assim, o Povo de Deus se animava, quando eram colocadas, pelos profetas as promessas
de Deus para o futuro. Os livros que falam do futuro do povo de Israel chamam-se livros
Proféticos: isaías, jeremias, ezequiel...

c) Mostrar o presente. Ficamos felizes quando sentimos que Deus caminha conosco. Assim
aconteceu com o Povo da Bíblia quando começou a caminhar com Deus. Olhava não só para o
passado e o futuro, mas também para o presente buscando soluções para seus problemas. Estão
nos livros Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes...

Cristo é a luz que ilumina o passado, o presente e o futuro. Fazendo referência a Ele podemos
entender a mensagem da Bíblia hoje.
4.2 A Bíblia foi escrita para ajudar a compreender melhor o sentido da vida. (Sto. Agostinho)           
A Bíblia é o livro base do cristão. Hoje, quando tantas doutrinas querem fazer a cabeça das pessoas, convém
lembrar o que diz 2Tm 3, 16-17: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para refutar, para
corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra”.
- Toda Bíblia é inspirada por Deus. Embora tenham sido homens e mulheres que escreveram a Bíblia, eles não
agiram apenas como seres humanos. Deus os inspirou para que sua obra não fosse apenas humana. A
linguagem é humana, mas as verdades reveladas são divinas;
- Útil para instruir. Para que a nossa fé seja autêntica ela deverá se basear na Bíblia. ali está o fundamento de
toda teologia.
- Para refutar e corrigir. Tantas falsas doutrinas permeiam o nosso mundo. Falsos valores impregnam a
sociedade. A confusão é geral. Ás vezes, não sabemos onde nos agarrar. Temos um caminho seguro. A Bíblia
nos ensina a refutar e nos corrige. Por isto, diante de doutrinas, de filosofias, de teorias passageiras, está a
Bíblia como caminho seguro para refutar os erros e corrigir os desvios. Importa deixá-la entrar em nossa vida,
pela reflexão e pelo estudo.
- Para educar na justiça. Só seremos verdadeiramente justos quando agimos motivados pela Bíblia, ou seja,
quando nos pautamos pelas palavras de Jesus Cristo. Se nossa justiça não se inspirar em Jesus Cristo, não será
verdadeira justiça. Poderá bem ser justiça dos homens, mas não a justiça de Deus.
- A fim de que o homem de Deus seja perfeito. A perfeição do homem e da mulher chega ao auge, quando se
aproximam de Deus. O ser humano vem de Deus e somente em Deus realiza o seu fim último. Quem pautar sua
vida por outros valores nunca atingirá a perfeição última. Fomos criados por Deus e para Deus. É nele que
encontramos a perfeição. Ele nos ensina isto na Bíblia. Para que de fato possamos ter uma fé verdadeira, livres
dos desvios, maduros na justiça e perfeitos no amor, não podemos nos esquecer que há um caminho. Este
caminho é a revelação de Deus que se dá de maneira privilegiada na Bíblia. Por isto mesmo, a Bíblia deve
merecer um lugar de destaque em nossos lares e em nossa vida. Quem não lê a Bíblia corre o risco de se desviar
das verdades de Deus. Será um guiado de outros, mas se estes outros que o guiam não forem verdadeiros, corre
o risco de se desviar do caminho.

4.3 A Bíblia nos revela o próprio Deus Já no Antigo Testamento, Ele se revelou através de Abraão, Moisés, e
dos profetas, mas quando chegou a plenitude dos tempos, Deus se revelou na pessoa de Jesus Cristo (Novo
Testamento). Ou seja, em Jesus Cristo encontramos a plenitude da revelação. Tudo aquilo que nós precisamos
saber sobre os planos de Deus, nós o encontramos em Jesus Cristo. Em Jesus Cristo Deus nos deu a conhecer
seu Plano Salvífico de amor.

4.4 A Bíblia foi escrita principalmente para conhecemos Jesus Cristo


Podemos ouvir falar de Jesus Cristo e experimentá-lo na comunidade de fé, no testemunho, na oração. Mas
quem vai nos definir Jesus Cristo sempre será a Bíblia. A Carta aos Hebreus nos diz: “Muitas vezes e de modos
diversos falou Deus, outrora, aos Pais pelos profetas; agora, nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio
de seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e pelo qual fez os séculos” (Hb 1,1-2).

A melhor maneira é conhecer Jesus é na Bíblia, principalmente no Novo Testamento, onde Ele é apresentado
em suas origens, infância, vida oculta e na vida pública, (mistério da encarnação). e especialmente na entrega
de si na cruz por amor e salvação da humanidade (mistério da paixão-morte-ressureição. Marcos o apresenta de
um jeito, Mateus e Lucas o reinterpretam cada qual para sua comunidade. João tem outra cristologia de Marcos,
Mateus e Lucas. Assim também  Paulo e os demais escritores do Novo Testamento. Mas em algo todos são
unânimes: Jesus é a revelação do Pai. Ele é o caminho que conduz ao Pai.

A Bíblia é o principal livro dos cristãos e nela se baseia a nossa fé. Deus continua falando, também hoje. Na
Bíblia temos os paradigmas da Palavra de Deus. Assim como Deus entrou na história de Abraão, Moisés,
profetas e na pessoa de Jesus, vejamos sua ação em nossa história à luz da Bíblia. A leitura da Bíblia é como o
alimento cotidiano. Se faltar, tornamo-nos fracos. Fracos, sucumbimos. Se sucumbirmos, nossa fé morrerá e se
torna ineficaz. Para que Jesus Cristo seja o nosso vigor, para que possamos ser fiéis a Deus, leiamos a Bíblia
todos os dias.

Por isto, um cristão sem a leitura da Bíblia é como um caçador sem arma, ou um músico sem instrumento. Sem
a leitura da Bíblia nossa fé sempre será frágil, sem consistência. Hoje existem pessoas mal informadas que
buscam curiosidades na Bíblia. Querem saber segredos sobre o fim do mundo, sobre guerras, catástrofes, etc.
Porém, Jesus não veio satisfazer curiosidades de ninguém. Ele veio instaurar o Reino de Deus e revelar o que
Deus quer de cada filho e filha. Então busquemos na Bíblia o alimento sólido de nossa fé, para que Jesus Cristo
não seja desfigurado.

5. ORGANIZAÇÃO e LIVROS DA BÍBLIA

Genesis não é o livro mais antigo da Bíblia canônica, mas sim Juízes. (970-932 a.E.C.). E o livro mais
recente é o Apocalipse. (100 E.C.). Os livros da bíblia canônica têm no centro duas personagens
impares do judaísmo e cristianismo. O livro do Genesis trás a Criação do Ser Humano e sua vida no
paraíso terrestre (Éden - Árvore da vida). O livro do Apocalipse trás a narrativa da Jerusalém Celeste
(Arvore da vida).

No centro da bíblia estão os livros de Malaquias e Mateus, encerrando o Primeiro Testamento e


iniciando o Segundo Testamento. Malaquias termina falando do profeta Elias. E o evangelho de
Mateus inicia falando de Jesus. Elias e Jesus são símbolos de vida no judaísmo e no cristianismo.

ANTIGO E NOVO TESTAMENTO ou PRIMEIRO E SEGUNDO TESTAMENTO

Quando dizemos primeiro e segundo testamentos, afirmamos que há uma continuidade entre os
mesmos. Um não supera o outro. São dois modos possíveis de Deus se manifestar no meio de nós.

1. ANTIGO TESTAMENTO: Que são todos os livros escritos a partir do séc. XV a.C. até o
nascimento de Cristo. Contém a Lei de Deus dada a Moisés, a história do povo de Israel e suas
reflexões, bem como a previsão da vinda do Messias, que se deu com a vinda de Jesus Cristo.
Pentateuco. Históricos. Sapienciais. Proféticos

2. NOVO TESTAMENTO: são todos os livros escritos após a vinda de Jesus até o final do séc. I
E.C. Corresponde a Segunda Etapa, ou seja, Nova Aliança, a história do novo povo de Deus. Contém
os livros que narram à vida e as obras de Jesus, e das primeiras comunidades cristãs, a criação e a
expansão da Igreja, além de documentos de formação do povo cristão. Evangelhos. Cartas (epistolas)
Atos e Apocalipse.

ANTIGO TESTAMENTO

PENTATEUCO: contém "cinco livros", que abrem a Bíblia, e falam da Criação de Deus e da
formação de seu Povo Eleito, Israel. Traz a lei da Primeira Aliança e é chamada também de TORÁ=
LEI. Os cinco livros do Pentateuco são os seguintes:

1. Gênesis (= origens): Nele estão escritas as reflexões do povo da Bíblia sobre as origens:
● Do universo, do mundo, da vida (plantas, animais, homem, mulher...);
● Do mal (o pecado);
● Da História da Salvação do povo de Deus, consciente de que Deus caminha com ele.

2. Êxodo (= saída):
Reflete sobre a saída do povo Hebreu da escravidão do Egito, sob a liderança de Moisés, Aarão e
Miriam.

3. Levítico (= levita):
Traz as reflexões e leis referentes ao culto, aos servidores do culto (os levitas) e as obrigações dos
sacerdotes do povo da Bíblia.

4. Números (= lista):
Este livro começa contando o número dos habitantes do Israel. Faz um recenseamento.
5. Deuteronômio (=segunda lei):
Traz as reflexões sobre a releitura da lei e sua nova proclamação. Convida a uma vida de conversão e
penitência.

LIVROS HISTÓRICOS:

São 16 os livros históricos e narram a história da formação do povo da Bíblia com a vida, nome, lutas
e a fé de seus heróis e do próprio povo. São os livros que descrevem as guerras de Israel, bem como a
história de seus reinos.

Josué:
O livro de Josué relata a conquista e a partilha da terra de Canaã (terra prometida) pelas tribos de
Israel, lideradas por Josué.

Juízes:
O livro dos Juízes descreve a continuação da conquista da terra que foi um longo processo. Descreve
também a vida das tribos. Neste período, o povo é liderado por líderes populares, chamados juízes.

Rute:
O livro de Rute conta uma história familiar, de luta do pobre pelos seus direitos, especificamente de
luta da mulher pelos seus direitos que estão sendo desrespeitados logo após o Exílio da Babilônia.

I Samuel:
Conta como surgiu a autoridade política do rei em Israel, oferecendo uma visão crítica sobre a
mudança de regime. Começa a contar a história do rei Samuel e a do rei Davi.

II Samuel:
Continua relatando sobre a figura do rei Davi e avaliando o sentido e a função da autoridade política
do rei.

I Reis:
Continua a contar a história da monarquia que se divide em dois reinos, após o reinado de Salomão.

II Reis:
Continua a história da monarquia, dando destaque à reforma realizada pelo rei Josias e a missão dos
profetas que criticam a ação política dos reis para que a justiça e o direito se cumpram.

I Crônicas:
Narra a história do povo da Bíblia no período de Saul e Davi.

II Crônicas:
Continua a história da monarquia unida (Davi e Salomão), da monarquia dividida (reino de Israel e
Judá) e da grande catástrofe do Exílio na Babilônia.

Esdras:
Este livro relata a história de Israel que se organiza a partir da volta dos judeus exilados da Babilônia
sob a liderança de Esdras e Neemias.

Neemias:
O autor mostra os problemas dos judeus repatriados e a ação de Neemias e Esdras para organizar a
comunidade.
OUTROS LIVROS HISTÓRICOS:
Os livros de Tobias, Judite, Ester, I e II Macabeus não refletem acontecimentos históricos, mas
mostram situações típicas dos judeus na Palestina (Judite) ou fora (Tobias e Ester), fazendo uma
análise das situações reais em que viviam.
Tobias:
Conta a história de um judeu justo e fiel a Deus, mostrando que a verdadeira sabedoria consiste em
amar a Deus e obedecer a sua vontade, aconteça o que acontecer.

Judite:
Este livro conta uma história para encorajar o povo a resistir e lutar contra seus opressores.

Ester:
O livro apresenta um “conto” que analisa a situação da comunidade judaica espalhada entre as nações
estrangeiras.

I Macabeus:
O livro descreve a resistência dos judeus contra o dominador grego que quer obrigá-los a deixar de
lado seus costumes, sua cultura e sua religião para seguir a dos gregos.

II Macabeus:
O livro retoma a história dos Macabeus, mostrando o testemunho dos mártires coroados pela fé na
ressurreição. Deus gera vida onde os opressores produzem a morte.

LIVROS SAPIENCIAIS:
Nestes livros encontramos reflexões e expressões de sabedoria, tiradas da experiência da vida.

Jó:
O livro trata do tema da relação entre a pessoa humana e Deus que é uma relação de gratuidade e
comunhão.

Salmos:
Salmo quer dizer oração cantada e acompanhada com instrumentos musicais. São 150 salmos: orações
que manifestam a fé que os pobres e oprimidos têm no seu Deus.

Provérbios:
O livro é um verdadeiro resumo da sabedoria de Israel. Os provérbios nascem da experiência que o
povo tem da vida.

Eclesiastes:
O autor do livro denuncia a exploração que recai sobre o povo através de pesados impostos e conclui
que a felicidade é viver o presente, podendo usufruir do resultado do próprio trabalho.

Cântico dos cânticos:


Apresenta a experiência humana do amor que revela o grande amor e a ternura de Deus pela
humanidade.

Sabedoria:
O objetivo do escrito é reforçar a fé e ativar a esperança do povo de Israel, cuja cultura e religião
estavam ameaçadas pela influência da cultura e filosofia grega.

Eclesiástico:
Nas páginas deste livro está relatada a luta do povo de Israel para preservar sua identidade e
salvaguardar a sua fé e sua vocação como povo de Deus.
LIVROS PROFÉTICOS:
Os livros proféticos testemunham a vida e a ação dos profetas que são pessoas de uma fé profunda e
procuram levar o povo a um relacionamento verdadeiro com Deus.

Isaías:
O livro de Isaías pode ser dividido em três grandes partes:
⮚ Na 1º parte, a mensagem central é a santidade de Deus;
⮚ Na 2º parte, o livro traz uma mensagem de esperança e consolação para o povo exilado na
Babilônia;
⮚ Na 3º parte, temos palavras de ânimo para a comunidade que retornou do exílio e se reuniu em
Jerusalém com os que estavam dispersos.

Jeremias:
Jeremias profetiza em nome dos camponeses de seu país, denunciando as grandes injustiças e pecados
dos reis que causaram o exílio do povo para a Babilônia.

Lamentações:
O livro descreve de modo doloroso e poético, a destruição de Jerusalém pelos babilônicos e as
consequências: fome, sede, matança, incêndios, saques...

Baruc:
O livro conserva o sentimento religioso dos israelitas dispersos pelo mundo logo após a ruína de
Jerusalém. Mostra como eles conservaram vida a consciência de ser um povo adorador do verdadeiro
Deus. Eles têm consciência de seus pecados, mas conservam uma viva esperança de que Deus não os
abandona.

Ezequiel:
O profeta Ezequiel, como exilado, dirige-se à sua comunidade, indicando os passos para a cosntrução
de uma nova sociedade:
⮚ Converter-se;
⮚ Assumir o projeto de Deus;
⮚ Construir uma sociedade justa e fraterna.

Daniel:
A finalidade do livro é sustentar a esperança do povo fiel para que resistam contra os opressores.

Oseías:
Oseías compara o relacionamento de Deus com o povo de Israel a um casamento em que o marido é
traído pela esposa. Deus, o esposo fiel, não desiste de esperar o retorno de sua esposa infiel, o povo de
Israel.

Joel:
Fala do dia do julgamento, o grande dia em que a humanidade prestará contas a Deus. Diz também
que, pela penitência e jejum, o dia do julgamento se transforma em um dia de libertação e salvação.

Amós:
Amós anunciava que o julgamento de Deus iria atingir não só as nações pagãs, mas também e,
principalmente, o povo escolhido, por causa dos seus pecados. Só depois do exílio na Babilônia é que
o povo reconhece o seu pecado.

Abdias:
Abdias trata de uma questão muito séria e importante: a solidariedade entre os mais fracos, diante de
um opressor.
Jonas:
No livro de Jonas aparece o tema da misericórdia de Deus, que não é um Deus nacional, mas um Deus
de toda humanidade. Ele quer que todos se convertam, para que tenham vida.

Miquéias:
Miquéias denuncia uma situação mais perversa que a própria guerra: a cobiça e injustiças sociais,
onde ele vê a causa principal dos outros males.

Naum:
Este livro profético é a visão da queda do império da Assíria. Mostra Deus como o Senhor de tudo e
de todos, mas toma o partido dos oprimidos.

Habacuc:
Neste livro, a profecia é esta: os que sofrem as conseqüências da violência são chamados a ser agentes
na história, sendo féis ao projeto de Deus e à prática da justiça.

Sofonias:
Sofonias denuncia a idolatria do dinheiro e do poder e anuncia que a única possibilidade de salvação é
a união dos pobres de Javé que vão realizar, na história, o projeto de Deus.

Ageu:
O profeta Ageu encoraja os seus compatriotas na reconstrução do templo no retorno do exílio da
Babilônia.

Zacarias:
Zacarias, no pós exílio, anima seus compatriotas a arregaçarem s mangas para reconstruir o templo,
símbolo da fé e unidade nacional.

Malaquias:
50 anos após a reconstrução do templo, Malaquias ajuda seus compatriotas a rever a própria fé: não
basta cumprir a lei e rezar, mas é preciso que a religião esteja comprometida com a vida e a prática da
justiça.

2. O NOVO TESTAMENTO:

NOVO TESTAMENTO ou 2ª ALIANÇA: Escrito depois da Ressurreição de Jesus. Apresenta a


Encarnação de Jesus na terra de Israel e a experiência das primeiras comunidades cristãs. Com Jesus
realiza-se um Testamento Novo, uma Nova Aliança com Deus.

Também os livros do N.T nasceram nas comunidades. Os apóstolos foram transmitindo através da
palavra, cartas e bilhetes o que Jesus fez e ensinou, e davam conselhos de como continuar a missão.
Mais tarde, as comunidades começaram a escrever esta pregação que começou a se chamar,
Evangelho. São Paulo foi o primeiro a escrever.

OS EVANGELHOS:

Evangelho é uma palavra da língua grega que significa “Boa Nova”, “Boa Notícia”. Temos quatro
narrativas diferentes. Mateus, Marcos e Lucas são também chamados de Evangelhos Sinóticos, pois
tem muita semelhança entre si. Já o estilo do evangelho de João é diferente. Narram à vida, os
ensinamentos, os milagres e a obras do Messias Jesus Cristo.
Mateus:
Mateus apresenta Jesus com o título de Emanuel, que significa “Deus está conosco”. Deus está
presente em Jesus, comunicando a palavra e a ação que libertam os homens e os reúnem como novo
povo de Deus. A comunidade reunida em torno de Jesus torna-se portadora da Boa Notícia a todos os
homens, a fim de que eles pertençam ao Reino de Deus.

Marcos:
O evangelista Marcos apresenta quem é Jesus, não com palavras e discursos, mas apenas relata a sua
prática. Marcos deixa que o leitor chegue por si mesmo à conclusão de que Jesus é o Messias, o Filho
do Deus.

Lucas:
O evangelista Lucas mostra, em seu evangelho, o caminho de Jesus que se concretiza em sua missão
de evangelizar os pobres. Na visão de Lucas são os pobres que vão construir a nova história, a história
da Salvação do povo de Deus. Jerusalém é o ponto de chegada do caminho de Jesus onde morre,
ressuscita e sobe aos céus. O ponto mais alto desse evangelho está nas palavras de Jesus na cruz: “Pai
em tuas mãos entrego o meu espírito”.

João:
No evangelho de João encontramos apenas sete milagres que são chamados de sinais e alguns
discursos repetindo sempre os temas mais importantes. O seu evangelho é uma espécie de meditação e
quer despertar e alimentar a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus, a fim de que os homens tenham a
vida.

LIVROS HISTÓRICOS: apresenta a instituição e expansão da Igreja Cristã, primeiro na Palestina e,


a seguir, no mundo até então conhecido.

ATOS DOS APÓSTOLOS:


⮚ Narra a reflexão de Lucas sobre os atos dos apóstolos, mas especialmente de Pedro e Paulo;
⮚ Descreve a organização das primeiras comunidades cristãs;
⮚ Mostra a presença e a ação do Espírito, com força e alegria profunda dos apóstolos e das
comunidades;
⮚ Lucas é autor também deste livro que está mostrando o caminho da Igreja que começa em
Jerusalém e vai até os confins do munido.

CARTAS DE PAULO:
Hoje os estudiosos atribuem, com certeza, apenas sete cartas a Paulo: Romanos, Coríntios I e II,
Gálatas, Filipenses, I Tessalonicenses e Filemom.

Romanos:
Paulo escreve sobre a gratuidade da salvação pela fé. Ele mostra que só Deus pode salvar e que ele
salva não apenas os judeus, mas toda a humanidade destruída pelo pecado. E Deus salva através de
Jesus Cristo.

I Coríntios:
O primeiro objetivo de Paulo é restabelecer a unidade na comunidade, advertindo que o único líder é
Cristo e Cristo não está dividido.
⮚ Paulo aproveita para traçar um retrato do verdadeiro líder;
⮚ Denuncia os escândalos;
⮚ Elabora a Teologia do corpo que é o Templo do Espírito Santo;
⮚ Orienta os cristãos sobre o matrimônio, celibato, divórcio, sobre o culto cristão, sobre os
carismas, sobre a ressurreição.
II Coríntios:
⮚ Paulo defende a autenticidade do seu ministério, pois alguns duvidavam que ele fosse verdadeiro
apóstolo;
⮚ Reconcilia-se com alguém que o teria injuriado pessoalmente;
⮚ Dá instruções sobre uma coleta para ajudar a Igreja de Jerusalém.

Gálatas:
Também nesta carta ele defende o seu apostolado e doutrina, afirmando que o evangelho não tem nada
a ver com o legalismo de alguns que negavam a autoridade de Paulo como apóstolo. Prega a libertação
em Jesus Cristo, para uma vida adulta na fé e consciente.

Efésios:
Nesta carta, o olhar de Paulo se concentra em Jesus Cristo no céu. Cristo é o centro e o ponto mais
alto do eterno projeto de Deus. A Igreja é descrita por Paulo com esposa, como corpo e como
edifício. Esta carta descreve o mistério da Igreja.

Filipenses:
Os cristãos de Filipos foram sempre os mais ligados a Paulo e diversas vezes o socorreram com
auxílio material. Paulo está preso em Éfeso e escreve aos Filipenses para agradecer o auxílio que lhe
enviaram. Paulo prossegue a carta dando orientações para que a comunidade permaneça unida na
doutrina ensinada, relembrando que a autenticidade do evangelho, anunciado e vivido, está na cruz de
Cristo.

Colossenses:
Nesta carta, Paulo, informado de que a comunidade estava sendo invadida por heresias, mostra com
clareza que Cristo é o único Mediador entre Deus e o mundo criado. Os cristãos, portanto, devem
empenhar-se na fé em Cristo, pois este é caminho único para a verdadeira sabedoria e liberdade.

I Tessalonicenses:
Este é o primeiro documento escrito do Novo Testamento e do cristianismo. Paulo e a comunidade de
Tessalônica sofreram perseguições por causa do Evangelho. Paulo teve que fugir de lá. Mais tarde
escreveu para eles, depois de saber que continuavam fervorosos e ativos. Ele escreve para comunicar
sua alegria e estimular a comunidade para viver na espera ativa do Senhor: construindo a comunidade,
respeitando o próprio corpo e vivendo a fidelidade ao Senhor.

II Tessalonicenses:
Esta carta continua orientando sobre a espera ativa do Senhor: como esperar? Quem espera a vinda
gloriosa do Senhor se distingue por estas atitudes:
⮚ Não se acomoda, não cruza os braços como se não houvesse nada mais a fazer neste mundo;
⮚ Diante da perseguição, tem fé ativa, perseverança, firmeza no testemunho, ânimo e coragem.

I Timóteo: (carta pastoral)


Esta é uma carta pastoral, pois apresenta orientações a Timóteo como responsável pela Igreja de
Éfeso.
Paulo insiste para que Timóteo desempenhe com firmeza e coragem a função que recebeu de Cristo,
mediante a imposição das mãos. Exorta-o a tornar-se anunciador e defensor da verdade, a organizar o
culto e a ser pastor da comunidade, unindo os vários grupos.

II carta a Timóteo: (carta pastoral)


O tema central da carta são as considerações sobre os últimos dias. Paulo está no fim da vida, está
preso em Roma. Diz na carta, que quer rever Timóteo. Paulo relembra os próprios sofrimentos e está
feliz por ter combatido o bom combate e está certo de que vai receber a coroa da justiça. Recomenda a
Timóteo para não se envergonhar do Evangelho, mas proclamá-lo com integridade, mantendo-se na
perseverança, mesmo no sofrimento.

Carta a Tito: (carta pastoral)


O centro desta carta é a “sã doutrina”, isto é, a vontade salvadora de Deus e a salvação gratuita trazida
por Cristo. Paulo exorta a Tito para combater as heresias ensinando, praticando e fazendo praticar a sã
doutrina.
Carta a Filemon:
É uma carta de recomendação em favor de Onésimo, um escravo que fugiu de seu patrão Filemon.
Onésimo pediu o apoio de Paulo que estava na prisão e acabou se convertendo ao cristianismo.
Paulo manda-o de volta a Filemon pedindo a este que o trate como irmão. Em Cristo todos são irmãos.

Carta aos Hebreus:


A carta diz que a piedade cultural ligada ao templo de Jerusalém e aos sacrifícios não assegura o
perdão e a comunhão com Deus. Apresenta Jesus Cristo, o único Sacerdote verdadeiro, que realizou o
seu sacrifício fora do templo e da cidade santa, como criminoso, eliminado da sociedade. Afirma que
o sacrifício de Jesus é o único ato salvador que obtém, de uma vez por todas, o perdão. O autor ainda
afirma que o verdadeiro culto a Deus se realiza através da própria vida.

OUTRAS CARTAS (CATÓLICAS)


As cartas de Tiago e Judas, as duas cartas de Pedro e as três cartas de João são consideradas católicas
porque se dirigem a todas as Igrejas cristãs (católico significa universal).

Carta de Tiago:
Esta carta, como os evangelhos, resume toda lei judaica no mandamento do amor ao próximo. A carta
explica as exigências do mandamento do amor: igualdade cristã, preferência pelos pobres, amor ativo.
Tiago liga a fé e a prática da justiça, afirmando que ”a fé sem obras é morta”.

I Carta de Pedro:
Esta carta foi escrita aos que vivem dispersos como estrangeiros por todas as regiões da Ásia Menor.
A comunidade cristã acolhe estas pessoas com tanta fraternidade que formam junto com elas a casa de
Deus, uma família. A comunidade se torna “um lar para quem não tem casa”.

II Carta de Pedro:
A carta estimula os desencorajados e denuncia com firmeza as doutrinas estranhas á fé. Ao mesmo
tempo em que anuncia o final do mundo, ensina também a paciência e a perseverança, destacando que
os cristãos devem ser fermento na história. Defende o essencial da fé e insiste na Palavra de Deus.

I Carta de João:
O centro da carta é o amor que traduz a fé em vida concreta. Não é possível amar a Deus sem amar o
próximo e sem formar comunidade. Portanto, amar a Deus é praticar a justiça, [e ser filho de Deus,
obter o perdão dos pecados e libertar-se do medo.

II Carta de João:
A carta orienta a comunidade para se manter longe daqueles que negam que Jesus é o Messias enviado
por Deus e deixam de lado o mandamento do amor. Esses que negam Jesus e não necessitam da fé
nele e nem do seu evangelho de amor, estão rompendo sua relação com Deus.

III Carta de João:


É uma carta de encorajamento a uma comunidade que, em algum momento, se viu impedida de
acolher os peregrinos na comunidade, isto por causa dos desmandos de um líder autoritário. João
exorta a comunidade: “não imite o mal, mas o bem. Que faz o bem é de Deus. Quem faz o mal, não
viu a Deus”
Carta de Judas:
A principal preocupação da carta é:
⮚ Defender o essencial da fé com muita garra;
⮚ Denunciar com coragem as heresias daqueles que negam que Jesus Cristo é o Senhor;
⮚ Não permitir que o mistério cristão se enfraqueça.

APOCALÍPSE:
Apocalipse quer dizer revelação. Este livro, portanto, é uma mensagem reveladora. O autor procura
revelar o mistério do que está acontecendo e do que vai acontecer: Deus vai agir na história, julgando
e destruindo o mal, para definitivamente implantar seu Reino no mundo.

Formação para catequistas – Formosa setembro 2021

Ir. Maria de Lourdes Lara - sjbp

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