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JOGOS TEATRAIS

o fichário de
Vio la Spoli n
JOGOS TEATRAIS
o fichário de
Viola Spolin

Tradução lngrid Dormi en Koudela

Supervisão edito rial J. Guinsburg


Revisão Ju liana Cardoso e Évia Yasurnaru
Projeto gr áfico Adriana Garcia ~\III
Assessoria técni ca Sergio Kon ~ ~ PERSPECTIVA
Produ ção Ricardo W. Neves e ~I\\~
Raquel Fernande s Abranches
Co py right © 1975, 1989, by Viola Spolin

Dad os Intern acion ais de Ca talogaçào na Pub licaçào (C IP)


(Câ ma ra Brasileira do Livro , S P, Brasil)

Sp olin , Viola
Jogos Teatrais : o fichário de Viola Spo lin / Viola Spo lin ;
tradu çào de Ingrid Dormi en Koudela . - São Pau lo :
Persp ecti va, 200 8.

Tit ulo orig inal: Theater ga me file


I" reimp r. da 2. ed.
Bib liogr afia
IS BN 978-85-27 3-0269-2
Para meus netos, David Michae l, Rache i, Poli)'
I. Art e dr am ática 2. Jogo s infan tis 3. Spolin, Vio la, 1906- Maria , A retha, Neva, I enn ifer e I onathan Sills; mi-
1994 I. T ítulo. nhas bisnetas Nadia e Katrina Sills; e meu querido
esposo N. Kolmu s Greene.
01- 4912 CDD- 792.0 1

índices para ca tálogo siste mát ico:


I. Jogos tea tra is : Teor ia : Art es 792.0 I

2' edição - I" re imp ressão

Dire itos reservados em língua portugu esa ú


EDITO RA PERSP ECT IVA S.A.

Av. Brigade iro Luís Antônio, 3025


0 140 1-000 - São Paulo - SP - Brasi l
Telc fax: (0-- 11) 3885-8388
www.cdit oraperspccti va.com .br

200 8
l'rcfácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7
A..radecime ntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Nota à Edição Br as ileira 9

I ' ARTE I
Co mentários de Professores so bre os Jogos Teatrais 13
Por que Trazer os Jo gos Tea trais para a Sa la de Aula? . . . . . . . . . . . . 20
() Fichário de Jogos Tea tra is . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 21
A O ficina de Jogos Teatrais 24
O Planejame nto e a Preparação da Oficin a . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 24
Ordem do Dia 24
Aq uecimentos 26
Jogos In trodutóri os 26
Instru ções para o Coord en ador 26
Área de Jogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Lista de Checage m da Ofici na 27
Três Essências do Jogo Teatr al . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 28
Fo co 28
Instrução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 30
Avaliação ' 32
A Atmosfera da Ofi c ina :...................... 33
Autoritarismo 33
Tro ' ;1 de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
T iro e m Falso 35
1\i 111iogrufia 36

I' i\ I(I'E II
( )s Co me ntár ios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
( ' O IU ' ntá rio so bre Parte do Todo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
( .(uupctição .' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
l lm O utro Aspecto da Com petição 40
Tim es " 40 ,
Acordo de Grupo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 41 PREFACIO
Comentário sobre Caminhada /l O Espaço " 41
Como Dar Instruções para os Jogos com Espaç o . . . . . . . . . . . . . 42
Comentário sobre Objeto /l O Espaço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Comentário so bre o Espelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Comentário sobre Siga o Seguidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Comentário sobre Não-Movimento - Câmera Lenta 44
Em 1963, a pub licação de Impro visa ç ão para o Teatro " introdu ziu pela pri-
Balançar e Cambalear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. 45
meira vez os jogos teatrais de Viola Spolin e sua filosofia para o teatro nos Esta-
Jogo s Teatrais co m Câmera Lenta 45
dos Unidos . Em 1973 , a edição feit a pela Editora Pitman levou esse trabalho para
Com entário sobre Estímulos Múltiplos " 46
o Rein o Unido, Quênia , África do Sul e Au strália . É amplamente reconh ecid o que
Comentário sobre Transformação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
os jo gos teatrais tivera m um grande impacto no trei namento e fazer tea tral. Um
Coment ário so bre Ond e/Qu em/O Quê 47
entusiasta disse que Os jogos teatrais são para o teatro o que o cálculo é para a
Ond e (Ce nário e/ou Ambiente) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
mat em ática . É recom endad o que aqu eles que necessitam de mais embasamento
Quem (Personagem e/ou Relaci onamento 48
teórico e/ou ampliação de repertório para o desen vol vimento dos jogadores (ato-
O Quê (Ação de Cena/Ati vidade ) 48
res) e para a produ ção de dramaturgia co nsultem Improvisação para o Teatro.
Jogar Versus Desempenho de Papéi s. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
As múltiplas dimensõ es dos jogo s teatrai s; tant o teatrai s co mo extrateatrai s e
O Glossário de Reflex ões 50
a abordage m de Vio la Spolin para o ensi no/a prendizage m fize ram co m que fos-
sem introduzidos nos ca mpos da psico logia , recreação , trabalh o e m prisões, saúde
P ARTE IIJ
mental e especialmente na ed ucação , em v ários níveis e áreas do curr ículo .
Esboçand o Oficinas para ir ao Encontro Jogos Teatrais: O Fichário de Viola Spolin é uma se leção espec ial de jogos
de Necessidades Especí ficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 71 teat rais sintetizados a partir de Improvisação para o Teatro, de jogos tradici onais
Nível 1: Participação 71 infanti s e de jogos/ex ercíc ios inéditos da autora , aprese ntados em forma s de fi-
Nível 2: Solução de Problemas .............. 72 chas, visando à prá tica e m sala de aula. Por meio desse fichário, pro fessores e
Nível 3: Ação Catalisado ra 72 alunos já podem praticar jogos teatrais co m benefíc io para todos.
Oficinas de Jogos Teatrais para o Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . 73
Nova Seqüência de Jogo s Teatrais para o Ensino Fundamental . . . 74
Apêndi ces. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

* Tra d. bras., São Paulo, Perspecti va. 197 9. (N . da T.)


AGRADECIMENTO

Ag radeço a Paul S ills qu e fez síntes es esse ncia is de Impro visação para o t )Sj, Igos teatrais, de Viola S polin, vêm sendo e logiados por pessoas de diferent es
Teatro ; à Mary Ann Brandt, sec re tá ria, apre nd iz e am iga e à Sharon Bockl age , palll'S do mundo, do leigo ao pesqui sador de teatro , da criança ao adulto. No present e
ed ito ra desse projeto. .//l g/ls Teatrais: O Fichário de Viola Spo lin , incluímos de poimentos de professore s e
Ag radeci me ntos es peciais a Northwestern U nive rsity Press, Evanston, Illin ois, IlIl1a listngem da pesquisa brasileira so bre jogos teatrais desen vol vida notadam ente em
qu e publicou Impro visação pa ra o Teatro e permitiu utili zar e ada ptar a lguns nível de pós-g raduação na Escola de Comunicação e Artes - ECNOSP.
materiais daquel e livro par a o pre sente trab alh o. () reco nhec imento, vindo de público tão vari ado, de di fer entes faixas etá rias,
IIIIS incentivou a fazer a presente tradução, torn ando ace ssí vel ao público bra sil ei-

Viola Spo lin lO .Il1glls Teatrais: O Fichá rio de Viola Spolin.


() fic hár io ve m co m a prop o sta de e ns inar, passo a passo , pa ra c ria nças,
Ildo !l'sCl.: llll.:s e ad ultos, as e struturas d a lin guagem teatral , por me io da deli cad a
Il' ia da apre nd izag e m do artesa nato e da cria tiv ida de no jogo tea tral.
( ) mai s importante nesta pre c io sa co letânea de jogos é a desc rição pormen o-
r i/.ada d as regras e das instru çõe s no jogo teatral. Se m perder seq ue r um a in fo rm a-
~'n o 1111 de ta lhe, Viola Spo lin s iste mat iza um método para o e ns ino do teat ro .
I ~S sl.: método poderá se r adeq uado a d ifer ente s faix as etár ias e ser ut ilizad o
" 0 11 1 obj eti vos dive rsos , dep endendo do d irec iona mento d a ava liação rea liza da
ai" s os jogos , Da mo s aqui a lgumas suges tões.
( ) proCI.:SSOde avaliação pode rá ser acompanhado, por exe mplo, por leituras do
/l ;";lI l/Iír ;1I de Teatro " , de P atrice Pavi s , se ndo que os protocol o s de ava liação
d. I (11 C1l"" SStl farão o confro nto e ntre a teori a e a prática por me io da co ntext ua lizaç ão
dI' l'OIll'I' itos te óricos de teatr o. E m nossa prátic a , trabalh am os co m os mod el o s de
1I ~'II0 111' xtOS) da peça d idática de Bertolt Brecht e Heiner M ülle r entre outros .
Vi.lia Spolin enfat iza a funç ão ed ucac iona l do jogo tradi cional, um patrim ôni o
rulturnl que pertence à mem ória co letiva . O jogo trad icional é um jogo de regras, na
1'111 . i l i l ' a~' a o l.: p i s ( l.: mo l óg ica de Piaget, importando na lóg ica de meios para jogar e
p II I11 ar ojol 'o , Â di sciplina à reg ra cede à sua superação no uni verso simbó lico do
JOI 'o truuul . ((SSI.: pri ncípio j á pode ser exerci tado desde a Ed ucação Infant il.
()11l' tal a pro ve ita r ao máx imo e apre nde r esse processo passo a passo ?
110111 d ivert imento e ó ti mo apre ndizado!

ln grid Dorm ien Kou del a e Ed itora Perspecti va

+ I'.u" , hras.. s,;" Paulo, Per spectiva. 1999. (N, da T.)


PARTE I
COMENTÁRIOS DE PROFESSORES
SOBRE OS JOGOS TEATRAIS*

1'1 oíessores Am ericanos

"As crianças estavam fantásticas - co ncentradas, relaxadas, porém , atentas,


absortas, e saíra m revigoradas, co m o lhos brilhantes e alertas" . Professor de Junior
lI igli Scho ol (E nsi no Médi o) so bre Sen tindo o Eu eom o Eu (A2) .
" Parece ajudar a criança, dando-lhe co nsciênc ia e auto-estima. A participa-
~' a o em ativ idades de sala de aula é not adament e impl ementada" . Professor de
Middle Schoo l (Ensino Fundamental) sobre Sentindo o Eu com o Eu (A2).
" A Caminhada no Espaço # 1 é prazerosa, re laxante e gratifica nte. Os joga-
dores observam inicialmente uns aos outros, depois se u trabalho, seus cadernos e
tln almente o ambiente da sala de a u la'~ . Professor de Middle Schoo l (E nsino Fun-
.l.uncntal) sobre Caminhada 110 Espaço #1 (A6).
"A habilid ade para comunicar se m utilizar palavras, aque le se ntimento q ue
dllas pessoas têm ao estarem sintonizadas , torna esse jogo part icu larmen te útil ao
lidar co m cr ianças tímidas" . Professor de Elementar)' School (Ensino Fund amen-
tal) sobre Espe lho (A 15).
" Uma obra-prima de jogo para crianças que es tão aprende ndo a decodificar
palavras na apre ndizage m da leitura. As crianças são capazes de memorizar a dife-
rençu entre vogais e co nsoa ntes e nomeá-Ia, mas e las não adquirem seu sig nifica -
do . As crianças pareceram ex ibir um sentimento de aha! quando se co ncentraram
nas sílabas das palavras" , Professor de Third Grade (Ensino Fundamental) sobre
Vogais e Consoant es (A73).
"Válido por tirar a ênfase do talento artístico do aluno, ressa ltando a rep re-
sc nia ção intuiti va ao co municar". Professor de Third Gra de (E nsino Fundamen-
iu l) sobre Jogo do Desenho (A60) .
"U m jogo maravilhoso para quebrar toda sorte de barreiras e m uma sala de
aula, especialme nte entre cria nças que têm mais faci lidade de verbalização e bom

* Os níveis de en sino apontados no Ma nua l cor respo nden tes aos níveis de esco laridade
Estados Un idos fora m substituídos pelo s equiv alente s brasileiro s, de acordo com a nova
III IS

n-nninologia apresentada pelos PCN - Parâm etro s Curriculares Nacionais (Brasil, MEC , Se-
crctnria de Educação Fundamental, 1998). (N. da T.)
desempenho ac ad êmico e criança s que têm menos facil idad e de verba lização e I 'rofessores Brasileiros
poucas oportunidades de sucess o na es co la" . Professor de Third Grade (E nsino
Fundamental ) so bre Jogo do Desenh o (A60). "Os jogos teatrais se o rigina ram e m co munida des de bairro de imi gr antes
" Se rve para increm en tar hab ilidad es de au dição de forma não pen osa e lias grandes cida des am eri canas, es tando ligad os a cam ad as de população despro-
moti vadora tant o para alunos co mo para professores". Professor de First Gra de vidas de teatro, e seguem a tradição de jogos tradicionais populares. Viola Spolin
(Ed ucação Infantil ) so bre Construindo uma Hist ória (A76). recebeu também influ ências de Stanisláv ski , ao qual faz um a dedicatória em Im-
" A regra para parar de falar apenas no meio de uma palavra le vou me u grupo de pro visação pa ra o Teatro.
primeiro ano a elaborar estórias muit o imagin ativas" . Professor de First Grade (Ed u- A aplicação múltipla para os jogos teatr ais, dir ecion ad a pelo contexto do
cação Infantil ) sobre Construindo uma História: Congelara Pala vra do Meio (A79) . grupo de jogadores e pela ab ordagem crítica utilizada durante as aval iações, suge re
" A s c ria nças ado ra ra m esse j ogo e muitas, qu e tinh am difi culd ad e de qu e o sistema ofe recido por Viola Spolin, ao mesmo tempo e m qu e regul a a ativi-
verbalização, saí ram-se mu ito be m nesse exercíc io" . Pro fesso r de Middl e School dadc teat ral, traz e m si a possib ilidad e de sua própri a superação co mo método.
(E nsino Fun dam ental ) so bre Blabla ç ão: Vender (A86). No presente Fichário as possibilidad es did áticas dos j ogos teatrais são am-
" Blablaç ão provou ser ab solu tam ente e fic ie nte para o de senvol vimento de pliadas para os diferentes nívei s do Ensino Bá sico (Educa çã o Infant il, Ensino
habil idade s o ra is e implementação de padrões de discurso. Vári os passa ram se us lundamental e Médi o) e pa ra a sua apli cação e m diferentes 'áreas de ex periê n-
relatos prim eiro em Blablação e dep ois e m Inglês; ha via um increm en to notáve l cia' , qu e podem prom o ve r articu laçõ es interdi sciplin ares e o exe rcício co m os
e m altura, clareza e exp ressivid ade a ca da vez e muito prazer na sala de aula" . eixos de aprendizage m da área de Arte.
Profe ssor de Junior High Sch ool (E ns ino M édio) . De acord o co m os Parâm etros Cur riculares Nacionais , a experi ência do teatro
"C ria nças tím idas, qu e normalment e têm pou co a di zer, muitas vezes se to r- lia esco la deve ampliar a capa cidade de dialogar, desen vol vend o a tolerância e a co n-
nam alta me nte ve rbais qu ando são o dubl ad or. Esse j ogo pro vê um mé tod o pa ra vivência com a ambigüidade. No processo de construção da linguagem , a cria nça e o
rela cion ar-se e sa ir de si mesm o". Professor de Middle ScllOOI (E nsino Funda- jov e m estabelecem com seus pares uma relação de traba lho, co mbinando sua irnagi-
ment ai ) sobre Dublagem (C39) . Ila\"ão cri adora co m a prática e a con sciênc ia na obse rvação de regras de jogo. O teat ro
" De forma ge ral, o trabalho na sa la de aula foi melh orado, co mo també m as rumo diálogo e ntre palco e platéia pod e se tom ar um dos parâmetro s de orient ação
relações entre aluno/aluno e aluno/ professor fo ram estre itadas" . Professor de Middle ed ucac ional nas aulas de teatr o" . Ingrid Koudel a, Escol a de Comunicações e Artes-
Schoo l (Ensino Fundamental ). 1':< ';\/USP.
"Os j ogos teatrais dão às crianças a op ortunidade de supe raçã o de si mesm as "Coo rdenar proc essos de aprendizagem teatral no norte do Marrocos, junto
de uma maneira qu e pro vavelmente não era possível du rant e a parte teó rica do a prolcsso res de Fran cês e es tuda ntes de Artes Plástic as, se m d úvida, co nsis tiu em
dia" . Professo r de M iddl e School (E nsino Fundamental). umn ex periê ncia tão fasc ina nte qu ant o deli cad a. Os primei ros tinh am com o obj e-
"Co mo resultado dir eto do s jogos teatrais, eu vi mu itas mud anças nas crian- tivo a conquista de meios ativos para a ab ord agem da literatura, e nq uanto os outros
ças. Eu vi c rianças defensiv as e tímidas com eçarem a parti cipar ; e u vi crianças procu ravam uma expe riê nc ia de co municação artísti ca que incluísse as manifesta-
ag ress ivas e impulsiv as apren dere m a esperar pacient em ente, o uv ir e res pe itar as ,'I)CS co rpor ais. No qu e tan ge à coorde nação propri am ente dit a, por um lad o, foi
o utras; e u vi todas as crianças trabalh ando e m eq uipe, co m co nsc iência apurada e preciso mergulhar nos co mplex os referen ciais culturais do s participantes, atrav es-
ate nção umas nas o utras" . Professor de First Gra de (E d ucaç ão Infantil ). sados por conflitos entre preceitos religiosos ancestrais e os desafios de um mun-
"Estando plen amente co nve ncido da imp ort ância ca pital do jogo teatral e m li- d I) glo balizado , Por o utro lado , fo i possí vel co ntar co m a poss e, por parte do s

bertar os indivídu os das PI;SõeS de sere m totalm ente program ados por outros, e viver ntua ntcs, de um rico re pertório de jogos tradi cion ais - do qu al fazem parte, por
vidas robóticas é a sorte de tantos hoje em dia. Fiz de tudo e m meu limitado poder ex e mplo, a am arelinha e o co rr upio - o qu e em muito co ntribuiu para a compreen-
para intere ssar as pessoas pela s oficinas de j ogos teatrais. Algumas das mais sensí- sao dos funda me ntos do sistema de jogo s teatrais pelas pessoas envolvidas. As-
veis come çam tam bém a ver os jogos teatrais co mo uma fo rma de e nvo lvime nto co m sim, o pra ze r do lúdi co foi retomado em novas bases medi ante a depuração da
o lado espiritual de nossa natureza, utilizando o físico com o um instrume nto". Pro- cu usc iênc ia se nsorial, que permitiu a con stru ção de uni versos ficc ionais no espa-
fessor de Secondary School Drama Teacher (pro fesso r de teatro de Ensino Médio). " I) c ênico , Metaforicamente, o j og o teatral desvela va aos próprios participantes
inesperadas visões de mundo que emergiam nos grupos e eram posteriormente Isto facilitava a discussão com os alunos sobre as histórias narradas por escrito e
examinadas. Ao mesmo tempo em que puderam articular um discurso teatral que a reestruturação dos textos quando necessário". Ulisses Ferraz de Oliveira, pro-
era o deles, aqueles jovens se apropriaram também de instrumentos para ler criti- tcssor de teatro e de português de Ensino Fundamental.
camente a representação. O caráter lúdico do aprendizado assegurou que belas "Conheci Ingrid e os jogos teatrais em 1981 quando estudava na ECA/USP.
teias fossem tecidas entre duas culturas até então pouco familiarizadas entre si" . Naquela época, em função da pesquisa de linguagem teatral , a descoberta dos
Maria Lúcia Pupo, Escola de Comunicações e Artes - ECA/USP. jogos teatrais teve o efeito de uma 'Eureka'! A idéia fundamental de que o Teatro
"Conheci o sistema de jogos teatrais através de Improvisação para o Teatro, I: um jogo, e como tal pode ser acessível a qualquer pessoa que aceite suas regras
em 1979, num momento em que eram raríssimas as referências teórico- c descubra o prazer de jogar, é formidável. O jogo teatral pode ser praticado por
metodológicas para o ensino de teatro no Brasil. Desde então, busco utilizar a pro- qualquer um , em qualquer espaço e, ainda mais, promove a discussão e a crítica
posta de Viola Spolinjunto a estudantes universitários, professores, grupos de teatro dentro do grupo que o pratica. Os papéis de jogador e platéia são vividos por
amador e interessados leigos, quer como fonte de inspiração para cursos e oficinas, lodos, o que aprofunda a experiência estética dos participantes.
ou mesmo como ferramenta teórica da pesquisa acadêmica. Olhando minha traje- Até hoje eu ainda os pratico, com entusiasmo, de mil maneiras, adaptando-os
tória profissional , é interessante verificar como o uso dos jogos teatrais articula-se para contextos sociais e culturais muito variados. Aqui em Richmond, Canadá, onde
organicamente ao meu próprio aprendizado da linguagem dramática, misturando resido desde 1997, coordeno cursos de Teatro nos quais utilizo os jogos teatrais. A
suor, prazer e vontade de exercer a docência com dignidade e competência". Arão diferença com a minha prática brasileira? Aqui, onde tudo é organizado, falta espon-
Paranaguá de Santana, Universidade Federal do Maranhão - UFMA. taneidade. É surpreendente observar como os jogos que tratam do contato não-ver-
"Além de ser um método capaz de garantir o prazer e a ludicidade, os jogos hal, por exemplo, são os mais interessantes para as crianças e jovens". Marilda Car-
teatrais estimulam as ações criadoras de alunos e professores. Ao aplicá-lo, pode- valho, Escola de Comunicações e Artes - ECA/USP.
mos perceber o desenvolvimento de habilidades e competências que auxiliam os "Os jogos teatrais de Spolin foram instrumentos eficazes para que eu pudes-
jovens a lidar com novas situações, a trabalhar em equipe e a saber aceitar, nego- se trabalhar sistematicamente o conceito teatral dejisicalização junto a alunos da
ciar e sugerir novas regras de jogos. escola pública.
Jovens que tiveram oportunidades de trabalhar com os princípios dos jogos A fisicaliração refere-se à capacidade dos jogadores de tornarem visíveis
teatrais tornam-se mais seguros e se sentem mais capazes para se aventurar na re- para observadores do jogo teatral objetos, ações e papéis sem o uso de qualquer
presentação teatral. Pouco a pouco, aprendem a se comunicar no palco e a se rela- suporte material (figurinos, adereços, cenografia etc .). Isso permite ao educando
cionar com a platéia de maneira espontânea. O aprendizado teatral é construído ao descobrir as possibilidades expressivas do seu corpo e compreender o princípio
longo das experiências do grupo". Joaquim Cesar Moreira Gama, professor de tea- serniótico da linguagem teatral.
tro de Ensino Médio . O fato de os desafios cênicos formulados por Spolin serem apresentados
" A aquisição de competência de codificação precisa estar articulada com a corno jogos com regras permite que os alunos se apropriem de conceitos teatrais,
aquisição da competência da decodificação. O instrumento da avaliação objetiva prazerosamente, em sala de aula . Além disso, assegura a oportunidade para uma
dos jogos, pela descrição do ocorrido em cena e da conservação ou não do foco e interação ativa, espontânea e verdadeira por parte de todos" . Ricardo Japiassu,
das regras do jogo, propõe que não se trata só de ensinar a ser ator, mas de ensinar professor de teatro da Universidade do Estado da Bahia - UEB .
a ser platéia" . Marco Aurélio Vieira Pais , professor de teatro de Ensino Médio. "Podemos afirmar que os jogos teatrais se inserem no quadro geral de uma pe-
"Em minhas aulas, como professor do Ensino Fundamental da rede pública dagogia do jogo, não deixando possibilidades para que OCOITam soluções fáceis ou
da cidade de São Paulo, utilizei o sistema de jogos teatrais para a construção de falseadas por tensões no processo de aprendizagem, autorizando professores e alu-
situações de produção de textos narrativos, A partir da estrutura básica (Onde, nos a ultrapassarem os modos tradicionais do trabalho educativo em artes . Constitui
Quem, O Quê) e da focalização das próprias ações na produção de textos, os um modo objetivo e sistemático que poderá resgatar a prontidão necessária para a
alunos tiveram a oportunidade de improvisar situações que eram transformadas atuação cotidiana na educação e ainda o desenvolvimento das habilidades expressi-
em narrativas escritas . Inventar histórias a partir de uma linguagem cên ica permi- vas e comunicativas requisitadas pelos diversos tipos de teatro na atual idade". Mauro
te a conscientização e a visualização dos acontecimentos, cenários e personagens. Rodrigues, professor de teatro da Universidade Estadu al de Londrina - UEL.
~;'\NT I A<OO ,
Maria do Socorro. Pelos Cami nho s do Sa in': lhu h .ltll'/"'/" \t" ' 'I ' ",1/1/,,,
Bibliografia Brasileira sobre Jogos Teatrais
to da Cultura Popular no Teatro- edu ca ç ão. São Paulo, 1(( '/\/lI SI' 1'1, , d, 1'''11
tora do) , 1996.
Várias publicações e pes q uisas br asil e iras se oc upa m co m o métod o de jo- S,INT( IS, Vera Lúcia Bert on i. A Estét ica do Faz-de-Conta. Práticas Tcutruls 1/" I ,/" , "
gos teat ra is, ori undas pri nci pa lmente da pesquisa re ali zad a e m ní vel de pós-gra- ~ ·t70 Inf antil. Porto Alegre, URG S (Dissertação de Mestrado), 2000.

d uação e m Artes, na ECA/USP.


A lé m d a traduç ão de lmprovisation fo r the Thea tre, Northwes te rn, 19 63 ;
Theat re Gam esfo r Reh earsal: A Director 's Ha ndbook , No rt hwes te rn, 1985;
Th eatre Game F ile, No rt hwes te rn, 1975 , f iz um levantamento do s tr ab alho s
d e pe squ isa de minh a a u to ria que se oc upa m com o mé todo de J o go s Te a-
tr ai s .

ALVES, Amara C. A Brincadeira Pro metida ... o Jogo Teatra l e os Folh etos Populares.
São Paulo, EC AlUs p (D issertação de Me strado ), 1992 .
ARAÚJO, Ger aldo Sal vador de . O Teatro na Educaç ão. O Espaço de Con stru ç ão da
Consciência Político- estética. São Pa ulo, ECA/US P (Tese de Dou torado), 1999.
BONOME, Marly. Histórias da História do Teat ro Aplicado à Educaç ão. São Paulo ,
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,
POR QUE TRAZER OS JOGOS TEATRAIS O FICHARia DE JOGOS TEATRAIS
PARA A SALA DE AULA?

Todos podem jogar! Todos podem aprender por meio do jogo. Jogos Teatrais :
o Manual
O Fichário de Viola Spo lin é um curso organizado para o professo r de classes reg u-
lares q ue quer trazer o prazer, a disciplina e a mágica do teat ro pa ra a sala de au la.
Este Manual é seu guia para Jogos Teatrais : O Fichário de Viola Spo lin q ue
Devido às incríveis de mandas colocadas hoje à escola, corremos o risco de es tá dian te de você. O ma nual divide-se em três partes. A Pa rte I dá os e leme ntos
professores e alunos ficarem exauridos ou automatizados, se m perceber que isso
do jogo teatral, uma explanação da seqüência como oficina e algumas dicas de
está ocorrendo. Experimentar os jogos teatrais em sua sala de au la pode trazer
co mo planejar e coordenar. A Parte II busca trazer uma maior compree nsão da
novo alento (e mais)!
abordagem para o ensi no/aprendizagem .
Os jogos teatrais foram originalmente co ncebidos por Viola Spolin para ensinar Leia as Partes I e II do Manual com atenção an tes de ap rese ntar os jogos
técnicas teatrais para jovens estudantes, escritores, diretores e técnicos, sem se constituí-
teatrais para um grupo e refira-se ao ma terial aí contido qua ndo necessário para
rem em lições de cornofazer. Por meio do jogo e de soluções de problemas, técnicas
tirar as dúvidas na medida em que o trabalho progrida.
teatra is, discip linas e convenções são absorvidas organicamente, naturalmente e sem
O Fichário foi concebido como um instrumento de extrema flexibilidade lúdica
esforço pelos alunos . Jogos teatrais são ao mesmo tempo um simp les divertimento e c didática, permitindo formas das mais variadas na escolha e seqüência dos jogos
exercícios teatrais q ue transcendem ambas as disciplinas para formar a base de uma teatrai s. Assim a PaI1e UI do Manual e os Apêndices oferecem ao professor um
abordagem alternativa para o ensino/aprendizagem. Por essa abordagem, professores e leque de sugestões quan to ao modo de selecioná-los, adaptá-los e rearranj á-los para
alunos, duran te curtos períodos durante a semana, podem sair do conteúdo, colocar de ir ao encontro das necessidades específicas da sa la de au la e dos interesses do alu no.
lado objetivos e papéis e jogar. Tempo de oficina para todos! Vamosjogar!
Jogos teatrais, experimentados em sala de aula, devem ser reconhecidos não como
diversões que extrapolam necessidades curric ulares mas sim como supo rtes que podem
ser tecidos no cotidiano, atuando como energizadores e/ou tram polins para todos. Ine- Os Jogos Teatrais
rente a técnicas teatrais são com unicações verbais, não-verbais, escritas e não-escritas.
Habilidades de comunicação, desenvolvidas e intensificadas por meio de oficinas de jo- A uni dade básica do Fichário é o jogo o u exercício individual, descrito de
gos teatrais co m o tempo abrangem outras necessidades curricu lares e a vida cotidiana. forma padronizada em uma ficha de 13,5cm x 20,5 cm . A uti lização de cada fic ha
Ensinar/aprender deveria ser uma experiência fe liz, alegre, tão plena de des - deve ser tão simp les como seguir uma receita: os ingredien tes de cada jogo estão
co berta quanto a superação da c riança que sai das li mitações do engatinhar para o listados e as instruções de como combiná-los foram incl uídos em cada ficha. Uma
primeiro passo - o andar! Para além das necessidades c urric ulares, os jogos tea - re prese ntação gr áfica de ca da ficha aparece na página 23 .
trais traze m momentos de espo nta ne idade. O intuitivo {...J gera suas dádivas no Todas as fichas de jogos estão reunidas em uma embalagem do Fichário que
momento de espontaneidade'. Aqui /agora é o tempo da descoberta, da c ria tivida de , divide o corpo dos jogos em três seções - A, B e C, A seqüência de jogos dentro de
do aprendizado. Ao participar dos jogos teat rais, professores e al unos podem en - cada seção e a construção de cada uma em relação a q ue lhe antec edeu visa co nduzi r
co ntrar-se como parceiros, no te mpo presente, e prontos para com unicar, co nec tar, () grupo mais facilme nte através do trabalho. Essas três seções em conjunto foram
responder, experienciar, experimentar e extrapolar, em busca de novos horizon tes . planejadas visando a autonomia. Você, o professor, pode iniciar com o Jogo A I e
proceder na ordem através das seções A, B e C, encontrando aí um programa com -
I . Ver. hnprovisação para o Teatro, p. 4. pleto , seqüencial, que pretende dar suporte e preparação pa ra todo o aprendizado.
A seção A está para a seção B e C como a abertura está para uma ópera. A
seção A é uma seleção de jogos teatrais estruturados e jogos tradicionais que
revelam a dinâmica pessoal inerente ao jogo, tornando todos abertos para a expe-
riência do teatro e do trabalho coletivo. A seção A contém material básico que
pode ser tirado da seqüência e apresentado a qualquer grupo com facilidade e
sucesso.
Repita um jogo favorito tanto tempo quanto perdurar o interesse. Isto é par-
ticularmente verdadeiro no trabalho com grupos de educação fundamental. Não
há necessidade de pressa em apresentar novos jogos. Quando um grupo está par- PREPARAÇÃO
ticipando de um jogo predileto com grande energia, envolvimento e entusiasmo, Aquecimentos (Jogos para inic iar a oficina) .
ele estará aprendendo (participação). Jogos Introdutórios (Jogos que naturalmente introduzem ao jogo em pa uta) .
Aconselhamos a utilização dos jogo s teatrais da seção A até que você e seus Instruções do coordenador (Requisitos de participação - platéia ou grupo todo ;
objetos de ce na necessários etc .).
alunos se sintam confortáveis com o formato do jogo teatral: Foco, Instrução e
Avaliação. Quando ficar evidente que o grupo todo está jogando com prazer e que
FOCO
o crescime nto está acontecendo no trabalho, sendo que todos estão interessados
O ponto focal do jogo; um instrume nto para adquirir expe riênc ia o FOCO
em mais experiência teatral, vá para os jogos da seção B. pod e ser lido diretamente para a classe .
A seção B é uma seleção de jogos teatrais com foco adicional nas conven-
ções e estruturas teatrais (dramáticas): Onde (cenário e/o u ambiente), Quem (per- DESCRIÇÃO
sonagem e/ou relacionamento) e O Quê (atividade). Como jogar - regras, limites , número de jogador es por time , limites de horá -
Há um velho ditado utilizado durante o ensaio de peças de três atos: O ter- rio etc.; pode ser lido em voz alta para a classe.
ceiro ato acontece por si só. A seção C contém jogos /exercícios adicionais.
INSTRUÇÃO
Enunciados para o coordenador que devem ser falados durante o jogo para
manter os jogadores com o FOCO e participando do jogo; os en unciados para
A Ficha de Jogo
Instruções estão impressos em ambos os lados da ficha.

Cada jogo é apresentado por uma ficha em formato semelhante a uma recei- AVALIAÇÃO
ta, de forma que possa ser lida e entendida com facilidade. A seguir apresentamos Questões objetivas para manter a discussão afastada de julgamentos pessoais
um diagrama de uma ficha de jogo típica, com os elementos básicos de cada jog o. - bom ou m au - e presente ao FOCO do problema a ser solucionado no jogo;
avalie depois que cada time tiver jogado.

NOTAS
Pontos de observação para o profess or, que atua da ndo instru ções para auxi-
liar na com preensão, ap resentação, instrução e avaliação do jogo .

ÁREAS DE EXPERIÊNCIA
Tipo de jogo; sugestões para correlações curric ulares.
A OFICINA DE JOGOS TEATRAIS OFICINA: #3 Data: 4 fe ver e iro Dur a çã o: 50 m in o
N. de jogadores : 18 Grup o: primeiro ano Ensino Fundam ental

PLANEJAME NTO: (Durante a sessão de oficinas. faça um círcu lo em torno


daqueles jogos/exercícios realizados e numere a seqüên cia com
que foram realizad os .)

JOGOS TRADICIONAIS (aqu ecimento) JOGOS TEATRAIS

Jogo dos Seis Nome s (A50) J ~doo Eucomo E~


Passa- Passa Gav ião (A5) :z.. ~SãO da Visã o ~
3 ~Mudanças(~ Visão Periférica (A53)
o Plan ejam ento e a Preparação da Oficina
(, Corrida de Índio s (AB5) t~
o termo ofici na é aqui utilizado para significar uma seqüência de atividades com Jogo do Desen hoI àôü) f ~ é o Esp elho? ~
jogos teatrais - uma seqüência com um início (jogos introdutórios, jog os de aqueci-
Siga o Segu idor #1 (A17)
mento, outras preparações); um meio (jogos/exercícios com ênfase particular); e um
final (energia intensificada e antecipação para a próxima experiência de aprendiza- Notas : De forma ger al, resp osta ex celente; especialme nte os jogos de espelho. Desajei ta-
gem - matemática, estudos sociais - e a próxima oficina de jog os teatrais). dos e desconfortá veis inicia lmente no exercício Sen tindo o Eu com o Eu ; ten tar
Se possível, reserve um tempo regulai' de seu horário semanal para realizar novament e no próximo encontro como introdutório para Siga o Segui dor #1.
oficinas de jogos teatrai s. Jogar por dez minutos aqui e acolá trará resultados, mas
o idea l seria 45 minuto s duas vezes por semana. Um jo go selecionado da seqüência
do Fichário co m os aquecimentos e jogos introdut órios pode ser a moldura para OFICINA : #12 Da ta : 2 outubro Dur a çã o: 1 hora
N. de jog ad ore s : 9 Gru po: elenco de TV, adultos
uma sessão de oficina. O tempo necessário para cada jogo específico pode variar
muito, dependendo do interesse e da energia do grupo. Um grupo de primeiro ano
PLANEJAMENTO: (Durant e a oficina , faça um círcu lo em torn o daqueles jogos/
do Ensino Funda mental pode levar vinte minu tos para abso rver e ter uma atividade exercícios realizad os e nume re a seqüência com qu e foram
prazerosa com determin ado jogo teatral que outro grupo mais velho pode captar em realizados.)
cinco minutos. Você, o professor de classe, o diagnosticador, descobrirá a melhor
so lução para essa que stão de temp o a partir de sua própria experiência. JOGOS TRADICIONAIS (Aqueciment os) JOGOS TEATRAIS

z.eE-passa GaViã~ J EO O EU Com o ~


Ord em d o Dia
3 ~ e Vielas (~ t € ta to (CED

É prática confortável vir para a oficina co m uma orde m do dia, ou plano, que f € do Desenho ~ Dar e Tomar: Aque cimento(A74)
inclui ao menos 50% do s jogos teatrais que você poderia cumprir no temp o pre- Dar e Tomar (BB)
visto. Interesse, energia e entu siasmo podem exigir que se dei xe de lado um deter-
minado jogo teatral, substituído por outro quando o momento assim o exigir. Fi- Notas : Sessão leve e boa. Discussão sobre marcação na TV. Os jogadores sugeriram a
chas de 5x8cm podem ser usada s para anotai' sua ordem do dia, e guardada s como repetição dos jogos de espelho; jogos de Playgro un d , Blabla ção e Vogais e Consoan -
tes. Nova frase para ins trução : Observe sua ati tu de diante do qu e está r ealizando!
fichário pessoal. Seguem dois exempl os de ordens do dia, uma para ser usada com
Intensifiqu e-a!.
alunos do primeiro ano do Ensino Funda mental e outra utilizada pela autora co m
atores profissiona is.
Aquecimen tos
selecionado e para acomodar os jogado res na platéia. A área de jogo irá varia r, na-
turulrnente de aco rdo co m as necessidades do jogo. Na medid a em que o grupo
Atletas, ca ntores, ginastas e outros reconhecem o aquecimento (seja ao equi- progride para as seções B e C, mais ex periências teatrais serão almejadas. É possí-
librar um bastão; solfejar ou correr) como esse ncial para sua performance. Os vel estabelecer uma área com cortinas na sala de aula e, dependendo da viabilida-
aquecimentos listados em cada ficha de jogo são jogos tradicionais ou jogos tea- de, praticáveis (para serem utilizados como camas, sofás, tronos, escritórios etc.);
trais em que o grupo todo participa simultaneamen te, por algu ns minutos, ao ini- suporte para figurinos e peças de figurinos; um canto de som co m microfones, gra-
ciar a Ofici na. Aquecimentos distendem e relaxam, trazend o todos para o co ntato vadores e efeitos sonoros; refle tores e outros que poderão produ zir a mágica do
cons igo mesmo e com o espaço (a sa la de aula) e preparando para o que está por tea tro , Com raras exceções, no entanto, os jogos teatrais do Fichário podem ser
vir. Caso um aquecimento específico não esteja listado co mo jogo, co nsulte o jogados sem adereços ou equipamento teatral de qualquer espécie.
Apê ndice 18 que traz a lista de todos os aquecimentos no Fichário . Dependendo
daquilo que precedeu e o que está por vir, o coorde nado r pode escol her um aqueci- Lista de Ch ecagem da Oficina
mento apropriado desse Apêndice. Um exercíc io básico de aquecimento é colocado
no início das seções B e C para fác il acesso . Sinta-se livre para utilizar aqueci- I. Antes de aprese ntar qualqu er jogo teatral, leia as fic has que você selecio-
mentos no final da ofic ina de jogos teatrais para reafirmar o grupo - para reuni-l o nou para a Ofic ina para estar seg uro que entende u o que irá aco ntecer.
novamente co mo um todo. 2. Quand o não há exigência de times, apresente o jogo para o grupo todo.
3. Quando há necessidade de times para o jogo teatral, ele inicia no momento
Jogos Introdutórios da contagem/div isão dos times. Jogadores com o mesmo número se agrupam, reú-
nem-se e formam um corpo (o time). Todos os times devem ouvir o que será pedido'.
Os jogos introdutórios listados em uma ficha são aqueles jogos específicos 4. O Foco e a descrição do jogo pode ser lido para os jogadores a partir da
experimentados anteriormente na seqüência do Fichário que prepararam o grupo ficha. Man tenha seu próprio nível de energia elevado nesse momento. Seja entu-
para o jogo teatral que você irá propor. Dependendo da prontidão e desen volvimento siasta, rápido e preciso; traga seu grupo para o es pírito do jogo co m os ges tos de
do grupo, você poderá repetir o jogo introdutório listado para a sessão da Oficina seu próp rio corpo, risada, alegria e entusiasmo. Co mece a participar do jogo você
ou simplesmente referir-se a ele durante a apresentação do novo jogo teatral. À me- mesmo no mome nto de apresentá-lo.
dida que trabalha com o Fichário, encontrará fichas que repetem jogos já experi- 5. Não seja professor. Insistir muito na aprese ntação mata a vitalidade do
mentados anteriorme nte. Essas fichas repetidas foram incluídas para ressaltar a im- jogo e provoca pergun tas ansiosas (perguntando ao professor para dizer como) .
portâ ncia daq uele jogo anterior como introdutório para o novo jogo teatral e co mo Não fique parado de braços cruza dos . Seja parceiro de jogo, parte do todo durante
uma fonte de insight para você e para o grupo. Lem bretes: I ) não hesite em repetir a oficina de jogos teatra is. Apresentações do jogo como lições irão reduzir a
jogos com os quais o grupo tenha prazer; 2) jog ue sempre. excitação e a expectativa e diss iparão a energia necessária para jogar. Em alguns
casos , o próprio jogo irá restaurar essa energia, mas nem sempre. A abordagem
Instruções para o Coordenador por meio de lições pode criar resistência e levar a atitudes defensivas.
6. Ev ite dar exem plos. Aqueles que aparece m na ficha são para a sua co m-
As instruções indicadas na ficha refere m-se a objetos de cena; a equipamen- preensão do jogo como instrutor. Experimente fazer co m que os jogadores atuem
to necessário; a co mentários a sere m lidos no Manual e se há ou não necessidade sem exe mplos; alguns jogadores automatica mente limitam sua própria liberdade
de platéia para o jogo. de esco lha para ir ao encontro dos exemp los.
7. Mesmo que alguns jogadores não esteja m captando e pareçam confu-
Área de Jog o sos, comece o jogo. Você cava um fosso ca vando . A instrução dada durant e o jogo
e os períodos de avaliação após cad a jogo irão remover equívocos.
A área de jogo é qualqu er espaço na sala de aula em que possa ser realizado o
jogo. Deve ser ampla o suficiente para acomodar o jogo teatral específico que foi L. Ver Times, p. 40 .
8. Com o tempo, a ansiedade para ser o primeiro time irá mudar. Os times permite movimento estabilizado, o jogad or é liberto para a resposta plena , sem
vão querer ser os últimos para obter benefícios dos períodos prévios de avaliaçã o. censura, orgânica, diante dos muitos estímulos e fenômenos em constante muta-
9. Sugestão: quando um jogo exige um único jogador e todos querem ser o ção que entram ou emergem durante o jogo. Atitude s, atenção difusa, defesas e
primeiro, peça para o jog ador mais insistente , escolher quem será o primeiro jo- censuras são a bsorv i~as diante do FOCO estabelecido e a resposta espontânea se
gador. Se todos forem temerosos, o coordenador poderá ter que ajudar um jogador torna uma probabilidade.
ou time a iniciar. FOCO é uma pausa, um ponto de partida para tudo. Todos se encontram pelo
10. Quando todos os jogadore s estiverem prontos a iniciar o jogo para a FOCO. A Instrução ajuda osjogadores a encontrar/manter o FOCO que coloca o jogo
platéia, eles podem dizer Cortina ! Quando se tratar de um time, não aponte um em movimento e todos se tornam parceiros de jogo ao lidar com o mesmo problema
jogador para executar essa tarefa, deixando que os jogadore s como grupo entrem de diferentes pontos de vista. O professor/instrutor vai ao encontro do FOCO ; os jo-
espontaneamente na experi ência teatral, invocando sua própria cortina. A manei- gadores em cena vão ao encontro do FOCO; os jogadores na platéia vão ao encontro
ra como os jo gadores invocam a cortina pode ser uma medida para você sobre o do FOCO . Desta forma, com o FOCO entre todos, dignidad e e privacidade são
desenvol vimento do sentido de parte do todo pelos jog adores. mantidas e a parceria verdadeira pode ser criada, pelo professor transformado em
11 . Quando um jogador ou time inicia, os remanescentes tornam- se jog ado- jogador que sabe tanto sobre o resultado do jogo quanto os jogadores na platéia.
res na platéia para aqueles que estão em cena. (Quer se trate de fato de um palco O FOCO não é o obj etivo do jogo. Procurar permanecer com o FOCO gera a
ou de uma simples área de jog o na sala de aula.) energia (o poder) necessária para jogar que é então canalizada e flui através da
12. Se o tempo for um fator de limitação , alguns jog os teatrai s podem ser estrutura dada (forma) para configurar o evento de vida real. Um aluno de oito
jogados por vários times simultaneamente, como por exemplo, Cabo de Guerra anos disse certa vez: É preciso investir toda sua força para perman ecer com o
(A 12); B1ablação: Portu guês (A88), Espelho (A IS). No entanto, a platéia de jo- FOCO, No entanto, manter o FOCO não significa colocar viseiras diante de ou-
gadores deve ser form ada sempre que possível por seu valor significativo no pro- tros estímulos que surgem durante o jogo. No futebol, o FOCO é a bola. Jogado-
cesso de aprendizagem para todos. res, instrutores e torcedores nas arquibancadas dirigem toda sua atenção (energia)
13. Finalize a Oficin a quando o nível de energia estiver alto. para a bola e, sem censuras relat ivas ao passado/futuro determinando o que deve
ou não ser feito, o jogo toma conta de si mesmo".
Pela utilização do FOCO como um instrumento, emergindo na área X, uma
Três Essências do Jogo Teatral abertura é criada para energias novas, regeneradoras, abrindo portas para o insight.
O esforço para manter o FOCO e a incerteza sobre o desfecho diminuem atitudes
Foco de defesa, criando auxilio mútuo e gerando envolvimento orgânico no jog o na
medida em que ele se desenvolve e que professores e alunos são surpreendidos
Os ingredientes-chav e da abordagem do jogo teatral de Spolin são dados pelo momento presente - alertad os para solucionar o problema - aprendendo !
para cada jogo pelo FOCO ; Inst rução e Avali ação . Atenç ão especial é dada aqui
para esses três itens essenciais como um auxílio para compreender sua utilidade o PROCESSO
e poder. (O Cometa)
FOCO - Os exercíci os são instrume ntos contra a artificialidade; estruturas
criadas para despertar a espontaneidade - ou talvez uma estrutura cuidadosa-
~ FOCO
.>
mente construída para isolar inferênc ias. Imp ortante no j ogo é a bola - o FOCO ,
um probl ema técnico, às vezes um dupl o problema técnico que mantém a mente
(um mecanismo de censura) tão ocupada fa zendo com que o gênio (esp ontan ei-
"'rl
il
dad e) aconteça sem querer - Tung, em Fi/m Quart erly.
Cada enunc iado dado pelo FOCO é um problema essenci al para a atuação
que pode ser solucio nado pelos jogadores. A mente ocupada em um ponto focal 2. Ver Comentário sobre Onde/Quem/O Quê, para lima ampliação desse exemplo. p. 47.
o exercício de Exposição (AI) deveria ajudar a tornar claro o FOCO. Na professor como um parceiro, trabalhando com o mesmo FOCO, participando do
Parte II desse exercício, quando é dado um FOCO, os jogadores experimentam mesmo jogo. Ouça minha voz, mas não preste atenção a ela! é uma boa frase a ser
bem-estar e paz de espírito. A mente que divaga, preocupada em assumir atitudes, usada durante a instrução quando os jogadores interrompem para obedecer. Gru-
é focalizada - ocupada, trazendo harmonia para o organismo no ambiente. pos de qualquer faixa etária intuitivamente compreendem. (Não preste atenção
em mim, o professor.) Este é um passo muito importante para o desenvolv imento
Instru ção da dignidade, quando o aluno é libertado do medo - medo de quebrar a dependên-
cia da aprovação/desaprovação do professor - na medida em que ensinar e apren-
Esse guia essencial , vital para o jogo, cresce a partir do FOCO do jogo. Ele der passam a ser complementares*.
se dá por meio do enunciado de uma palav ra ou frase que faz com que os jogado- Dê a instrução buscando resposta orgânica, mantendo o jogador com o FOCO
res se atenham ao FOCO (Veja a bolal ). Os alunos abandonam seus papéis e c incrementando os níveis de energia Veja o objeto com seus pés!, Com a parte
tornam-se jogadores; o professor abandona o papel de professor e torna-se parcei- posterior de sua cabeça!
ro de jogo, um guia , através da instrução. Durante o jogo, a instrução, como em
Compartilhe sua voz! Intensifique! Explore e intensifique!
um jogo de bola, torna-se os olhos e ouvidos dos jogadores.
Sem dramaturgia!
Com o tempo, todos podem aprender a dar instruções. Idade e experiência
Jogue o jogo!
são irrelevantes. A instrução, que acompanha as ações dos jogadores, é enunciada
Sustente o FOCO!
instantaneamente, de acordo com as necessidades do jogo. Os jogadores, por seu
Veja a bola!
lado, seguem, utilizam e constróem a partir da instrução enquanto estão jogando.
Mostre! Não conte!
Todas as fichas contêm sugestões de instruções para cada proposta de jogo.
Mais um minuto de jogo !
Utilize inicialmente as frases sugeridas, a serem enunciadas durante o jogo, em
Ajude seu parceiro que não está jogando!
momentos apropriados. Exceções e acrés cimos às instruções listadas nas fichas
são muitas vezes necessárias e surgem espontaneamente a partir do jogo, se o
Estas e muitas out ras frases similares serão encontradas nas fichas de jogos tea-
coordenador permanecer com o FOCO. Muitas vezes o professor como jogador
trais. A instrução mais eficiente é espontânea e surg irá durante o jogo.
pode perder o FOCO e a instrução toma-se ineficiente ou fora de propósito . Caso
A instrução busca intens ificar o jogo até o auge de energia e percepção dos
isso aconteça com você , permita que o jogo o auxilie a encontrar novamente o
jogadores - um passo para a ruptura! Evite imagens (Imagine ou Faça de conta)
FOCO. Tire da cabeça e coloque no espaço! é uma boa frase de Instrução nesse
ao dar instruções. A sugestão de imagens (Seria assim ou assado) impõe pensa-
caso, assim como no Jogo de Bola # I(A9). Procure compartilhar o mesmo espa-
mentos passados para aquilo que está acontecendo aqui/agora e aniquila a experiên-
ço dos jogadores! Durante a instrução esse espaço é o FOCO!
cia de cada um ede todos (Você, jogadores, platéia) . As instruções não deveriam
A instrução deve conduzir o processo teatral, libertando pensamentos e emo-
alterar o curso do jogo, mas simplesmente canalizar para o FOCO .
ções ocultas , sem interromper diálogo e ação. A instrução permite que o professor
Instruções dadas pelo aluno : o trein amento para os alunos auxilia a construir
tenha a oportunidade de participar do jogo. Jogos teatrais não são lições ! Nin-
coordenadores/professores na sala de aula . Blablação: Português (A88) , Vogais e
guém sabe o que vai acontecer!
Consoantes (A73) , Ruas e Vielas (A44) , Espelho com Fala Espelhada #1 (A52),
A instrução deve ser dada com voz clara e conduzir os jog adores, eliminando
c Fala Espelhada #2 (B20) são adequadas para o treinamento em dar instruções
as distrações. No entanto, é errado confundir os jogadores com grande quantidade
lia oficina. Por exemplo, caso seu grupo tenha jogado e compreendido Blablação:
de comentários ou direcionamentos. Devem existir pausas entre as frases enun-
l'ortuguês, inicie com uma oficina de treinamento em dar instruções:
ciadas na instrução para que jogos emergentes, ações , relacionamentos e aconte-
cimentos possam tornar-se visíveis no espaço entre você , os jogadores no espaço Hoje vamos fa zer um treinamento em dar instruçõ es com Blabla ção: Português. Tudo
cênico e os jogadores na platéia . /1/'111, vamos fazer a contagem (para times com três jogadores). (Veja TImes, página 40.)
O aluno que foi bem treinado para mostrar que ele ou ela está prestando
atenção quando o profes sor fala terá inicialmente alguma dificuldade em aceitar o " Ver também Perguntas Ansios as p. 64. (N. da T.)
I Vamos jogar todos ao mesmo tempo. Cada participante dos diferentes times irá escolher
um n úmero: J. 2. 3. Dois participantes de cada lime serão os jog adores e um panicipante será
o instrutor: Número J será o primeiro a dar instruções e os números 2 e 3 ser ão os jogadores.
Quando eu chamar Número 2, ent ão os jo gadores de número 2 se tornarão o instrutor e os
Illímeros I e 3 os jo gadores e assim por diante.
Para os jogadore s na platéia : A corda estav a na mente do s jogado res ? Os
jogadores estavam fa zendo de conta? A co rda estava nó espaço? A co rda esta be -
leceu co nex ão entre os jogadores? A corda estava na mente de vocês ? - pla téia ?
Para os jo gadores atuante s: Vocês co ncordam co m os jogadores na pl at éia ?
;\ co rda estava apenas na mente ? Ou estava no espaço ?
Caminh e pela sala, de time em time , para ajudar e dar assistência às instru- Em um ambiente livre de autoritarismo, preconceito, assunção e interp reta-
ções . Algumas instruções dos alunos podem alterar de 8lablação: Portug uês rá- ções', a questão dirigida para os jog adores atuantes: Vocês co ncordam com os
pido demais, outras poderão ser por demais lentas. Permita que cada memb ro da jogadores na platéia ? é aceita sem ofensa - como um auxílio de parceiros de jogo
classe tenha oportunidade para dar instruções. Encontrando-se na posição de gui- empenhados na solução de um problem a.
ar as necessidades de outros, mesmo o aluno mais resistente irá superar suas resis- Questões para ava liação objetivas aparecem em cada ficha, centradas no pro-
tências co mo num passe de mágica. blerna (FOCO) e não no jul gamento do jogador:
Uma variante para o jogo acima será utilizar um time de três jogadores. A Para os jogadores na platéi a: O qu e vocês est ão vendo? O que os jogado res
platéia de jogadores avaliam então cada instrução individual: com unicaram ? Vocês es tão infe rindo ? Adivinh ando ?
Para os jogadores na platéia: A ins truç ão mante ve o j ogo em movimen to ? A Para os jogado res atuantes: Vocês co ncorda m co m os j ogadores na p lat éia ?
inst ruçã o fo i ráp ida demais ? A instru çã o fo i dada prestando at en çã o para o qu e você (seu tim e) tirou pro veit o da s avaliações dos j ogad ores que os anteced eram ?
os j ogadores estavam fa zendo ? Professor/instrutor, procure atentar para co mo ou quando você está desvian-
Para os alunos que deram a instrução: Vocês co ncordam co m os j ogadores do as questões de avaliação para respost as com expectativas - seu próprio ponto
na platéia ? Vocês esta vam realme nte p restando atenção aos jogado res ou vocês de vista' . A avaliação verdadeira, que está baseada no problema (FOCO ) a ser
estav am da ndo ins truçõe s a bel-prazer (o uvin do ap en as a si mesm os) ? solucionado, elimina críticas e julgamento de valores e dissolve a necessidade de
A instrução pode ser avaliada para muitas atividades em sala de aula (Comparti- o professor/jogador e/o u o jogador/aluno domin ar, co ntro lar, fazer preleições e/
lhe sua vozl, Veja a palavra!, Vogais e consoantes '], Se alguns alunos perderem o FOCO ou ensinamentos' . Esta interação e discussão obje tiva en tre jogadore s e grupos de
do jogo no meio de uma atividade, experimente dar a instrução em câmera lenta: Lutem jogado res desenvolvem confiança mútua. For ma-se um grupo de parceiros e to-
em câme ra lenta! Empurrem em câmera lenta! Olhem em câmera lenta! Conforme disse dos estão livres para assumir responsabilidade pela sua parte do todo, jogando.
um professor de Ensino Médio: A instrução atinge o real significado dos Jogos Tea-
trais na escola - a renovação do relaciona me nto professor/aluno.
A Atm osfera da Oficin a
Avaliação

A utori tarism o
Quando um jogador ou time trabalha co m o problema apresentado (FOCO)
na área de jogo, todos os outros jogadores torn am-se platéia. A platéia de jogadores
Não há papéis a desempenhar! Não há nada a ensinar! Não há nada a apren-
não permanece sentada esperando pela sua vez, mas está abert a para a co munica-
der! Durante o encontro na oficina, por que não férias - de ensinar, de aprender,
ção/experiência e toma- se responsável pela observação do jogo a partir desse ponto
de provar, de represen tar, de agradar, de recompensar, de apaziguar, de punir, de
.de vista. Aquilo que foi co municado ou percebido pelos jogadores na platéia é
disciplin ar?
discutid o por todos.
Avaliação não é crític a. Avaliação (assi m como a instrução) cresce a partir
do FOCO que é ree stabelecid o a partir de pergunt as dirigida s tanto para os joga-
3. Interp retação - Aluno : Não é desse je ito que deve ser fe ito. Instrutor: Quem lhe disse
dores na platéia como para os jogadores atuantes. Por exemplo, se o FOCO de um
isso? Alu no: Meu professor:
jogo é ma nte r a co rda no espaço - fora da ment e , como no Cabo de Guerra, 4. Ver Improvisaç ão para o Teatro, p. 266 .
(A I2), as questões de avaliação lidam co m esse problema e sua so lução. 5. Ver infra, p. 56 .
Quando fica claro para cada jogador que e le não tem nada a provar, que não Troca de En ergi a (Fora da M ente! n o Esp aço!)
lhe serão colocada s perguntas que ele não sa iba responder, nen hum problema q ue
ele não possa resolver, os j ogadores deixarão acon tece r! Q ua ndo ape nas o fazer e A energia faz co m que rod as gire m e máquin as funcio nem. Pare ! O lhe! Ouça!
a resposta são solic itadas, a co nfiança é aceita com prazer. quando por alguma razão os nívei s de energia caírem du rante um a oficina. Ener-
Au toritari smo em toda s as suas gradaçõe s (aprovação/desaprovação; bo m/ gia acumulada (morta) pode causar doe nça - física, emocional e/ou psíquica. Q ue-
mal;certo/errado; defesas; livros didáticos ; notas etc.) é co loc ado de lado durante das de energia são sinais pa ra ação e exigem muda nça.
as ofici nas de jogo s teatrai s, de forma que professores e alunos po ssam ser liberta- Energia é gerada e trocada dentro do grupo quando tod os estão verdadeira-
do s do ditador (passado/ futuro) para encontrar aqui /agora o FOCO e tornare m-se ment e jogando (expe rienciando) . Por exemplo, Vogais e Consoantes (A73) re-
parceiros de jogo. Impondo ou apoiando-nos em experiênc ias de outros, qu adros quer FOCO tão inten so que tod as as partes produt oras de energia do corpo do
de refe rência e padrões de comportamento torn am todo s vítimas. Vemos com os jogad ores formam um todo para conectar com os parceiros no espaço . Se você
olhos dos outros e sentimos cheiros com os narizes dos outros . Seja exercendo a caminhar de ntro do círculo enq uanto os jogadores estão jogando, a troca de ener-
autoridade ou submetendo-nos , o autoritaris mo não permi te assumir o ser hu mano gia é tão inte nsa que as conexões entre os parceiros podem ser literalmente se nti-
único q ue so mos . Idealmente, a oficina de jogos teatrais perm ite que cada part ici- das ! Amarras inv isíveis no espaço!
pante (inclusive o professor) assuma seu próprio espaço de ser. O professor torna - 4
se o instrutor por meio do FOCO, ao mesmo tempo em qu e confia profundament e
3
que os parceiros jogadores tenham os rec ursos interiores para completar (so lucio-
nar) o prob lema. *""__
2 ......_ _ ~ 2
Não seja sabich ão! Todo s nós temos o direit o de dizer Eu não sei! Não existe
uma maneira absol uta mente certa ou errada para solucio nar um prob lema. Um pro-
3
fessor co m larga experiência no pas sado pode conhecer uma centena de forma s para 4
solucionar um problema particular e ainda assim um aluno pode aparecer com a
sol ução cento e um. Deixe que o aluno tenha a cha nce de surpreendê-lo. É por essa raz ão que você poderá encontra r se u gr upo de alunos jogando
Você pode recai r em regras autoritárias oca sionalmente durante as oficinas Vogais e Consoantes no recreio. O desafio de manter -se a par de distrações gera
para impor ordem , par a ser ouvido ou para lidar com algu ém q ue não sabe distin- crescente ent usiamo pelo jogo.
guir entre liberdade e licenciosidade. Si mples mente to me co nsciênc ia do fato e A troca de e nergia que aco ntece em Vogais e Consoa ntes também pode ser
tome nota . Sem a necessidade de recompensas exteriores com o defesa , a ofi cina observada nos j ogos de Transforma ção (vej a Ap ênd ice 6). O FOCO, que propi c ia
de jogos teatrais dev e intensificar as relações entre os jogadores e pe rmitir liber- atençã o física para o proble ma gera e nergia canalizada, seja em um jogo de bola
dade para experimentar com os parce iros, com o amb iente e co nsigo mesmo. Des - ou numa sit uação co m personage ns.
sa form a as o ficinas revelam suas recompensas inerentes por me io da atu ação , Conceitos, respostas intelectuai s, associa ções, imaginação, dramaturgia, desem-
seja ela teatra l, cu rric ular ou pessoal. penho de papéis, fazer-de-conta e pré-planej amento de co mo faze r mantêm a energ ia
Seja re vigorado! Lib ert e- se da nece ssidade deter que ser o professor du- circulando na cabeça dos jogadores em lugar de ocupar o espaço entre eles . A instru-
rante as oficinas . Experimentar a experi ên cia deve inc luir o professor tanto ção indicada nas ficha s ajuda a circulação da energia direta, prov ocando uma abertu-
quanto o alu no . Ainda que isso possa parecer d ifícil e um imped imen to para ra entre os jogadores. Os jogos teatrais podem ser os primeiros passos na co mpree n-
muitos professores que não estã o acostumado s com o j ogo, trabalhe (jogue) são da troca de energia com objetos, com pensamentos, com pessoas, com tudo aqui-
co m isto ! Com o tempo, tanto voc ê qu anto seus alunos encontrarão liberd ade lo que somos quando saímos do nosso eu interior e nos relacionamos com o espaço.
jogando . Considere-se a si me smo como jogador e po r favo r, por favo r, jogue:
Tiro em Falso
Encontre tempo para re unir-se com alguns professor es colegas e jogue algu ns
do s jogos sem a presença das crianças - em ca sa, depo is da escola . Q ue ta l na Qua ndo um jogo não func iona , quando você e seus jogadores estão fatiga-
próx ima re união de professor es? dos , faça as seguintes perg unt as a si mesm o: Estou dand o energia sufici ente ?
Estou dand o tempo suficie nte às ofic inas ? As sessões estão muito intensas ? O
horário é tarde ? Estou send o ofe nsivo ? Estou aborrecendo ? Os jogadores estão
trabalhando contra mim ? Estou usando os j ogadores como marionetes ? Estou
exigindo mais resposta s do que os j ogad ores podem me dar ago ra ? Confi o em
meu grup o ? Confio em mim mesmo ? Estou sendo part e do grupo? Estou aqui na
sala de aula ? Meus jogadores estão aqui comigo? Necessitam os de um aqu eci-
mento para estarmos aqui reunidos na sala de aula ? Estamo s jogando? Devería -
mos ir todos para casa?
Se você, o coordenador, atua como anfitrião , se rá capaz de procurar uma
resposta e encontrá-la. Se tiver selec ionado um jogo que está além da capacidade
do grupo o u outro que não sabe colocar em ação, pare esse jogo e jogue outro.
Não tenha medo de mudar ou alterar as regr as do jogo se essa mud an ça escl arec e
a apresentaç ão e/ou intensific a o inte ress e, e nvo lv imento e res posta",
Finalize a oficina quando o nível de e ne rg ia estiver a lto e voc ê e se u grupo
I PARTE II
estiverem na busca do desconhecido.

Bibliografia

BANCRoFf, Jessie H. Games. N.Y., Macmillan, 1937 . Esta seg unda parte do Manual dos Jogos Teatrais visa au-
BoYD, Neva L. Handbook of Games. Ann Arbor, University Microfilm s, 197 5. xiliar você e seus alunos a ex plorar a abordage m dos jogos
_ _ Play and Game Theory in Group Work. Chicago, Unive rsity of lll inois, 1971 . de Spolin em seu sentido mais am plo. Comentários sobre
BROWN, Florence W. & BoYD, Neva L. Old Eng/ish and American Gomes. Chicago, tipos de jogos particulares, centrais nesta abordage m, são
Fitzsimon s, 1915. apresentados , aco mpanhados de um glossá rio de reflexões
PEDERSON, Dagny & BOYD, Neva L. Folk Games of Denmark mui Sweden. Chic ago, sobre jogar, aprender, ensinar e conhece r.
Fitzsimon s, 1915 .
_ Folk Games and Gymnastic Pia)'. Chic ago, Fitzsimons, 1915.
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SILLS, Paul. Story Theatre. Can ada, Applause Book s, 2000 .


SPACEK, Anna & BOYD, Neva L. Folk Dances of Bohemia and M oravia . Chi cago,
Fitzsim ons, 1917.
SPOLlN, V iola.lmprovisationfor the Theatre. Evanston , Northw estem University Press,
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_ _ o Theatre Games f or Rehearsal: A Director 's Hankbook. Evanston, Northw estem
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_ _o Theatre Game File. Evanston , Northwestern Uni versity Press, 1985 .
_ _ oTheatre Games for the Classroom. A Teacher's Handbook. Evan ston , North-
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_ _ o lmprovisationsthe chnikcn [iir Piidagogik, Terapie und Theater. Paderborn,
Junfermann-Verlag, 1983.

6. Ver Esboçando Oficinas para Ir ao Encontro de Necessidades Específicas, p. 71.


Coment árío sobre Parte do Todo
(Comunicação e Harmonia)'

A parte mais fra ca deve resistir ao esfo rço;


De mal/eira a represá-Ia {...}
É tom ar aquela parte tão forte quanto o resto' .

o jogo teatral Parte do Todo é o fio condutor do processo de Jogos Teatrais.


'Iornar-se ou ser parte do todo produ z um corpo único , por meio do qual jo gado-
res atuantes, jogadores na platéia e a instrução são diretam ente envolvidos, dando
suporte uns aos outros. Um jogado r unific ado (corpo- mente-área X), funcionando
,' 111 níveis elevados de energia indi vidual, co necta-se parceiros de jogo por um

esforço livre de lim itações do passado. Um jogador assi m apoiado por muitos é
livre para jogar e muitos jogadores podem dessa forma atuar como um só. O es-
forço e a ruptura daí resultante (se atingido) são comp artilh ados igualmente por
lodos como parte de 11111 todo .

(:ompetição

Competição e comparações que fragmentam uma pessoa e isolam um jogador


de seus parceiros destróem parte do todo . A competição, originalmente usada como
11 111 incentivo para maior produtividade e como um instrumento de ensino para de-

senvolver mais habilidades, infelizmente funciona apenas para poucos e deveria es-
lar superada por ser inoperante. A competição pode alimentar astúcia, manipulação,
violência e/ou defesa. Quando a marcação é mais importante do que os jogadores e o
jogo, valores pessoais são distorcidos pela necessidade de vencer . Quando mesmo o
jogador mais jovem percebe que ele não pode puxar a corda sem que haja alguém do
outro lado ou quando um time de futebol é capaz de ver o time oposto não como o

l. Ver Apêndice I.
2. Oliver Wend ell Holmes, "The Deacon 's Masterpiece or The Wonderfu l 'O ne-Hoss Shay ' ".
inimigo mas como parceiro de jogo, o inimigo torna-se parte do todo (em harmonia) fileiras ou em volta das mesas) um número em seqüê ncia, de um a cinco, iniciando
dando e tomando em função de uma realização mútua - jog ando! novamente a partir de um e assim por diante até que todos tenham dito um número.
Disputas para queb rar recordes existente s - no esporte, na música e outro s - ()s jogadores de número 1 são o primeiro time, aqueles de número 2 o segundo etc.
nos qua is entramos pelo puro prazer, estímulo e exaltação inere ntes (uma planta Se você tiver 31 jogadores, um dos times terá seis jogadores. Se houver um grande
alca nçando o sol, nossos antepassados saindo da caverna, o homem chegando na desnível no desenvolvimento do grupo, você poderá fazer a indicação de jogadores
lua) inspiram um esforço que está por trás desses momentos históricos - momen- por times. Faça isso sem apontar a questão para os jogadores.
tos de fazer História - seja no universo ou na sala de aula. O novo moment o então
instantaneamente se torna passado e o desconhecido se torna conhecido! História! /l cor do de Grupo
Galgamos os próximos degraus mais elevados para todos! O avanço de um toma -
se ava nço para todos. Uma vez estabelecidos os times e apresentadas as regras de jogo, os co mpo-
ncntes de cada time devem entrar em acordo sobre a orga nização e posição de
Um Outro A sp ecto da Competição lodos os jo gadores dentro do time , seja com relaç ão a uma profissão no jogo
tradicional Três Mocinhos de Eu ropa (A36) ou entrando em acordo sobre o Onde,
Esteja atento, verificando se a co mpetição por atenção através de recompen- Quem e O Quê na seção B do Fichário.
sas está sendo fomentada em sua sala de aula. Tome cuidado para não ser um tira- Acordo de grupo não é conformismo com a tirania da maioria nem é a obedi-
no benevolente que dispensa dádivas aos "bons " súditos e castigas aos "maus'". ência cega a um líder. Pelo acordo de grupo os jog adores tem liberdade de escolha,
Veja o Apêndice 1 para consulta de jogos que são facilitadores de Pane do Todo*. que permite altemativas. Diferenças e similaridades são respeitadas. Ninguém é ridi-
cularizado ao dar uma sugestão. Ninguém assume a decisão. Deferência de um pelo
Times outro é exercitada entre os jogadores. Todos têm o direito de participar na medida de
sua capacidade. Todos recebem e assumem livremente responsabilidade por sua par-
Times são uma estrutura organizac ional útil e a maioria das descrições de
te no todo. Todos trabalham individualmente ao máximo para a realização do evento.
jogos teatrais exigem um número específico de jogadores por time. Para favorecer
Inicialm ente os times podem não trabalhar com o verdadeiro acordo de gru-
o esp írito de Parte do Todo na sala de aula, os times de vem ser esco lhidos aleato-
po conforme descrito acima. A chance para desen volver a quase perdid a capaci-
riamente. Isso evita o sofrimento, a dúvida e a solidão que, na maioria das vezes,
dade para o j ulgame nto indepe nde nte é ofe recido aqui. O professor coo rdenador,
surgem quando os jogadores aguarda m o chamado do professor ou capitão do
indo de time em time depois de apresentar o jogo, pode auxiliar o ditador a dar e
time. Sub serviência e dependên cias de amigos e "panelas" podem ser dissolvid as
a criança passiva e tímida a tomar a sua parte no todo. Períodos de avaliação e o
através da seleção randômica, quando todos os jo gadores estivere m seg uros do
jogo em si irão favorecer essa abertur a de espírito na qual a parceria nasce entre os
seu envolvimento no processo de aprendizagem do teatro.
jogadores. Emb ora nem todos os jogadores tenh am as mesmas habilidades, todos
O jogador assustado e bravo é surpreendido "jogado na piscina" sem tempo
têm a mesma oportunidade para desen volver respostas sinceras.
para Eu não posso, Eu não quero etc. pelo recurso do acaso - por meio da conta-
gem. Por exemplo, se umjogo exige um time de cinco jogadores e você tem trinta
jogadores, terá seis times. Os jogadores fazem a contagem até seis enunci ando (nas
Comentário sobre Caminhada no Espe ço"
3. Ver Improvisação para o Tea/IV, p. 250.
Cam inhada no Espaço e Sentindo o Eu com o Eu (A2), mais do que exercícios
* Os jogos teatrais listados no Apê ndice I trabalham co m o FOCO em Par/e do Todo.
Éramos unidos! O aprendizado cumulativo do jogo teatral Par/e do Todo provoca particip ação e de percepção sen sor ial, são maneiras orgâ nicas de perceber/sensib ilizar/
responsabilid ade, interação, atenção , co munhão, expressão física e vocal, habil idades narrati- cxperienciar o ambiente (espaço) à nossa volta como uma dimensão atual na qual
vas, agi lidade sensor ial, consc iênc ia corpo ral e tantas outras apre ndizage ns no processo de pes- lodos entram, comunicam , vivem e são livres. Distrações são abando nadas e os
quisa da linguagem do teatro. Se inicialme nte o princípio aparece apenas etu flashe s, (pequenos
repentes de espo ntaneidade ), repita a experimentação co m esse jogo teatral até que o apren diza-
do cumulativo de Pan e do Todo seja instaurado em sua equipe de trabalho teatral. (N. da T.) 4. Ver Apê ndice 2.
jogado res são ajudados a ent rar no momento presente, com outros j ogadores e co m com freqüê ncia . Tod os intuitiva me nte percebem, sentem a substância do es paço
formas e objetos . Cada jogador tom a-se um instrumento receptivo/em isso r ca paz invisível co mo um fenômeno manifesto , real! O espaço (o desconhecido) tom a-se
de ir além de seu ser físico e do amb iente imediato. A Cam inhada no Espaço inva- visível por meio do aco ntecimento. Por meio da sub stância do espaço todos podem
riave lmente cri a um estado de alerta e um sentido de pertencimento e co nexão (Parte fazer novas trocas em liberd ade, essenciais para joga r, comunicar, aprender e viver.
do Todo). Assi m co mo a água alime nta a vida marinha, a substância do espaço nos O obje to no es paço não é pantomim a. Pantomima é uma form a de arte, irmã
envo lve e alimentas. Há espaço suficie nte para todos! Cad a qual no seu es paço abre da dança qu e utili za obje tos invisí veis com o o ato r utiliza falas. O obj etivo do s
espaço para os outros. Isto ser á intuiti vament e compreendido pelos jogadores: Saia obje tos no espa ço não é desenvolver es sa técn ica (e mbora possam ser utili zado s
de si mesmo! Saia de si mesmo! Onde quer que esteja!. para tal ), mas despertar esta área do intuitivo que compreende e vê essa evidênci a
física do eu interio r até ent ão oc ulta. Reconheciment o de ssa d imensão do uni ver -
Com o Dar Instru ções p ara os Jog os com Esp aço so traz exci tação e revigoramento a todos. Quando o invi síve l (aquilo que está
submerso, interior izado, desconh ec ido) tom a-se palp ável - a mágica do teatro !
A instrução pode ser lida diretamente para o grupo a part ir das fichas. O coor- Ca mpo fértil para o artist a, o pesquisador, o ator!
den ador inicia o exe rcíc io caminhand o. Ele deve part icipar ativa me nte nesses exer-
cícios. Se por alguma razão você se sentir desconfortável nos exercícios de es paço,
Comentário sobre o Espelho
evite usá-los dur ante as ofici nas iniciais e recorr a ao exercício mais simples Sen-
(Um Passo para a Es pontaneidade)"
tindo o Eu com o Eu (A2), deixand o que os jogadores perm aneç am sentados".
Caminhadas no Espaço deveriam ser dadas semp re como aquecimento para o dia Esp elh o (A I 5) e Espe lho com Fala Espe lhada 1 (A 52) est ab elecem uma
de aula, para a oficina de j ogos teatrais, ou como um revigoramento quando os alunos relação para ca da jogado r por me io do ato físico de ver o u ouvir. As ins truções
ou você parecem cansados (em lugar nenhum). As frases para instruções nas fichas de dadas pa ra Espelho (A I 5) e outros nessa sé rie são: Refl ita aqu ilo que está ven-
espaço irão desenvolver familiaridade com os exercícios e com o tempo modificações do! e n ão aq uil o que você ac ha que está vendo! Ma ntenham o espe lho entre
para dar as instruções irão emergir das necessidades de seu grupo. U ma vez que tenha vocês!
experimentado outros tipos de jog os como Ouvir/Escutar e Olhar/ver descobrirá que é Espelho são exe rcícios de reflexo es pontâ neo e não de imitação . Essa diferen-
natural introduzir frases de instrução dos jogos Caminhada no Espaço. ça, sutil e esse ncia l, deve fica r clara para que os j ogos de Espelho sej am eficient es
ao mob ilizar a resposta intern a plen a e física co mo extensão do eu. O Espe lho ex i-
Comentário sobre Objeto n o Espaço ge res pos ta es pontânea ao outro sem es paço de tempo. Refletir é agir. Imitar é reagir.
(Tornando Visível o Invisível)" Na imitação , aquilo qu e é visto é primeiramente en viado pela ca beça para
análise criando um períod o de temp o. A mente de ve ima gin ar o que fazer. A es pe-
O professor que tem objetivos a cumprir e co nteúdos a ensinar raram en te tem ra permite tempo para a inserção de atitud es, ambivalência e frag me ntação da
tempo ou ene rgia para permitir que sentime ntos ou pen sament os internos emerja m. experiê nc ia: Eu de veria fa zer isso assim ? Ou assa do ? Boa imitação é uma habi-
As oficinas com Obje to 110 Espaço auxiliam a descobrir o eu interior. Objetos fei- lidade, mas é limi tada e limitante. A capac idade da imitação é um obs tác ulo na
tos de substância do esp aço são projeções desse eu interior (invisível), col ocados nossa busca pela es pontaneidade.
no universo visíve l. Com efeito, a bola invisível jogada para um parceiro no Jogo Espelho é o es tado de atuar diretamente sobre aquilo que é visto (perce bido).
Refletir é orgâ nico . A pessoa com o um todo torn a-se viva e alerta no momento
de Bola # 1 (A9 ) é um compartilhar estabelece ndo co nexão co m um parcei ro que
prese nte, aq ui/ago ra. Não há necessidade de discuti r a d iferen ça entre refleti r e
acei ta e pega a bola invisível. Para alcança r essa co nexão , Mant enha a bola no es-
imitar com seus j ogadores. Perm ita que a autodescober ta orgâ nica, não-verbal
paço e não em sua mente! e Dê à bola seu temp o e espaço! são instru ções dadas
aco nteça ao jogar.
5. Tocar - Ser Tocado (A32) oferece uma boa possibilidade para sair de si mesmo e gera
expansão.
6. Ver os coment ários de professores sobre esse exercício, p. 13.
8. Ver Apêndice 4.
7. Ver Apêndice 3.
Comentário sobre Siga o Seguidor O aquecimento com Não -Mov imento (A30) traz o rec onhec imento qu e o
(Um Momento de Liberdade e Repouso)? movimento emerge do ' não-movimento; que cada não-movimento ou não -pen sa-
mento ap arent e é um passo compl eto, tão importante quant o o últim o ou o próx i-
Espelho (A I 5) e Quem é o Espelho ? (AI 6) introdu zem naturalmente Siga o mo. Veja també m Começo e Fim com Obj etos (B48).
Seguidor #1 (A 17). Ao seg uir o seguido r, não há líder. Todo s os jogadores lide- Col ocar uma ação ou pen samento em mo vimento aj uda a criar tran sforma -
ram. Ninguém inicia. Todos iniciam . Todo s refletem. Você está consigo mesmo!, ção, Pen samento peri férico, pens am ento ambíva lente não se encontra em lugar
Não inicie ', Siga o iniciado r!, Siga o seguidor! são frases de instrução para ess e algum. Não-m ovimen to faz co m que o pen sam ent o/ação cozi nhe em fogo lent o,
jogo. Refletindo co ntinuamente a si mesm o, sendo refletido por outro j ogador, gera criando vitalida de, aquietando o eq uipa mento físico (corpo/me nte) e trazendo
movime nto e mud ança fluente se m que ninguém seja iniciador del iberad o: é refle- energia e novo co nhecimento de fo ntes profund amente ocultas.
tir simples me nte o que está sendo visto. Para auxiliar a torn ar esse pont o familiar Você poderia di ze r que um ce ntro-av ante está em não-movimento ao atra-
para os jogadores, ao ve r um jogador iniciando um movimento dura nte o j ogo, vessar o ca mpo . Sua mente está em repouso abso luto, livre de atitudes , para ver,
pergun te ao j ogador Você viu esse movimento ? Ou : você está iniciando. Siga o Se- ouvir e, dessa forma, selecionar es po ntanea me nte a rota a ser tom ada, ev itando
guidor aquieta a mente e aj uda os jo gadores a entrar em um tempo, espaço, mo- obstác ulos e parceiros que procuram obstrui r sua corrida.
ment o, se m lugar para ati tudes ou pen sam ent os (o passad o). Ao mesm o tempo A frase de instru çã o Não-movim ento! não é um chamado para co nge lar, mas
seg uidores e líderes, os jogadore s pressent em sua próp ria profund idade. É um mo- antes esperar. Tome distância de seu próprio corpo! é uma instru ção que es po nta-
mento de aleg ria e prazer. Os jogador es percebem que es tão inter- relacion ados em neame nte evoca um es tadode es tar em não-mov imento. Quando tom am os distân-
um plano não-físic o, não-verbal , não-psicol ógico, não-anal ítico , se m julgamentos, cia não nece ssit amos guiar, não há temp o para ver o cenário. Utilize Não-movi -
área de seu eu interior livre. Apenas sendo ! menta! co mo instrução qu and o for útil no jogo .
Qu and o tod os se tornarem líderes,
Quem se rá o seg uidor? l1alan çar e Cambalear
Quando todos se tornarem seguido res,
Quem fic ará para ser o líde r? Desprendiment o em função de mais envo lvimen to. Envo lvime nto em fun -
Quem fica rá para ser líder ou liderad o \'ão de uma visão mais ampla.
Quando tod os forem seguidores e líderes?
Siga o seguidor é um fio tecid o atrav és de toda a estrutura do processo de jogos Joqos Teatrais com Câmera L enta
teat rais 10.
Se Não -Mov imento : Caminhada (A3 1) parecer por dem ais sofis ticada inici-
almente (e mbo ra mesmo cri anças de En sino Fundamental tenh am gos tado desse
Comentário sobre Não-Movimento - Câmera Lente"
exerc ício), experimente dar a instru ção Câaammmeraaaa leeeeental em lugar de
Não-movimento é um estado de descanso silencioso (silêncio na tem pestade) Não-movimentol, Vej a Jogo de Bola #1 (A9) , Câmera Lenta - Pegar e Conge/a r
no qual ninguém precisa provar nada a ninguém. Os jogadores podem persistir no (A56) e Caminhada Cega no Espaço (B5 1), em que se encon tram frases de ins-
estado de não-movimento durante alguns momentos, na preparação para a "corti na trução. Utilize frases de instrução para auxiliar os j ogadores na movimentação em
teatral" ou durante as cam inhadas no espaço quando é dada a instrução: Não-movi - câmera lenta co m o co rpo todo . Pisque em câme ra lenta! Masque chicletes em
mentol . Não -movimento ajuda a clarear a mente (atitudes) e co nversação interior. câmera lenta! Respire em câmera lenta! Inici almente a maioria dos j ogadores
irão moviment ar- se simples mente em câ mera lenta co m moviment os desaj eita-
dos, iniciando e interrompendo o movimento. Com o temp o, os j ogad ores irão
9. Ver Apênd ice 4.
IO. Quando jo gado diariamente, var iando os parceiros, Siga o Seguidor # 1 (A 17) pode
perceber organicamente que por meio da câmera lenta cada movimento flui para o
trazer unidade e harmonia miracu losas para a sala de aula. próximo movimento e que, mesm o par ad o e m câ mera lenta, o corpo está e m
11. Ver Apênd ice 11. consta nte mo vim en to fluido como um filme em câ me ra lenta.
Não-Movimento e Câmera Lenta estão relacionados. Fazer jogos com o formações são mágica teatral e uma parte intrínseca dos jogos teatrais . Transforma-
dois jogos teatrais ajudará a entender similaridades e diferenças . , "-ICS. na forma de objetos, ambientes inteiros etc . aparecem ou surgem espontanea-
mente quando os jogadores permanecem com o FOCO dentro da estrutura dada do
jtIgO selecionado, No entanto, Transformação de Relacionamento (C53) e Debate em
Comentário sobre Estímulos Múltiplos" Contraponto #2 e #3 (C II e C 12) são três exercícios no Fichário que exigem especi-
ricamente um ciclo de transformação, dissolução e transformação contínuas . Por
Os jogadores tomam-se ágeis e alertas, prontos e desejosos de novos lances ao
exemplo, na Transformação de Relacionamento (C53) os jogadores geram movirnen-
responderem diversos acontecimentos acidentais simultaneamente. A capacidade pes-
t,)em tomo e através de um relacionamento conhecido. Por meio do movimento e da
soal para envolver-se com os problemas do jogo e o esforço dispendido para lidar com
troca de energia, a primeira relação é cristalizada, exaurida e então é permitida a sua
os múltiplos estímulos que ele o provoca, determinam a extensão desse crescimento".
dissolução, a partir da qual uma nova relação pode aparecer. Uma vez que a aparên-
Para alcançar a sobrevivência em nossa sociedade complexa, os indivíduos de-
cia (um papel) foi introduzida, a transformação termina , Quando a relação se toma
vem lidar, integrar e trabalhar com uma variedade de dados . Seja guiando um carro,
relacionamento, dê a instrução para que os jogadores voltem para o movimento in-
voando em um jato ou apenas atravessando uma rua comercial, a atenção é necessa-
tcnsificado e troca de energia, distanciando-se da aparência, do conhecido (desempe-
riamente dividida, ao mesmo tempo em que tudo deve ser simultaneamente integra-
nho de papéis) em direção a uma nova transformação desconhecida a ser criada entre
do, coordenado e selecionado com harmonia, unidade, bem-estar e segurança.
os jogadores. A mudança ocorre não apenas uma vez, mas muitas e muitas vezes!
Apesar de a maioria dos jogos lidarem automaticamente com estímulos múl-
Pelo fato de os exercícios de transformação não visarem a cenas, associa-
tiplos, jogos específicos foram incluídos no Fichário para 'intensificar habilidades
ções deveriam ser evitadas . Associações podem ser muito espertas, imaginativas e
nessa área . Quanto Você Lemhra? (A90) ; Conversação em Três Vias (A91); Escre-
divertidas, mas a dissolução e a transformação não acontecem quando a energia
ver em Três Vias (A92); Desenhar em Três Vias (A93); e Debate em Contraponto
#1,#2 e #3 (CIO, CU e C12) exigem do aluno uma abertura e resposta para muitos permanece na cabeça e não no espaço entre os jogadores.
estímulos simultâneos. Você pode achar que os exercícios com estímulos múltiplos Jogar com transformação muitas vezes traz uma compreensão intuitiva que,
provocam ansiedade nos jogadores, mas isso não irá ocorrer se eles forem experi- ao "deixar acontecer", libera o processo, a energia em movimento se dissolve em
mentados com espírito de aventura. Os jogadores irão criar capacidade crescente transformação. É possível reconhecer intuitivamente por esses exercícios que a vida
para lidar com uma multiplicidade de fenômenos e para selecionar espontaneamente em si mesma e as relações na vida são passíveis de transformações.
sua sobrevivência dentro do problema" colocado. A instrução é responsável em man-
ter o espírito de aventura operando nesses jogos teatrais . Divirta-se!

Comentário sobre Ttensiormeçêo'"


i
Mudança está dentro de nós. Podemos mudar, ser mudados e criar mudança.
Impossível de ser captada plenamente por meio de palavras, as transformações
parecem surgir do movimento físico intensificado e da troca dessa energia em
movimento entre os jogadores. A partir da união dessa energia, no espaço entre os
jogadores, nasce uma nova criação - a transformação. 'omentário sobre Onde/Ouem/O OUê15
Parece, a partir de anos de observação desse fenômeno admirável, que existe
uma fonte entre os jogadores que pode transformar-se em um evento visível. Trans- Muitas descrições dos jogos teatrais utilizam os termos Onde, Quem e O
Quê , Os termos teatrais cenário, personagem e ação de cena limitam os jogado-
t2. Ver Apêndice 5.
13. Ver Improvisação para o Teatro, p. 5.
14. Ver Apêndice 6. 15, Ver Apêndice 7.
Manter o FOCO despe rta a energia necessária para jogar. A energia flui atra-
res à situação teatr al. Utili zand o Ond e, Quem e O Quê co nduz os jogado res de
vés da es trutura (Onde, Quem , O Quê), dand o forma ao evento.
forma não-verbal para o mund o exterior de ambie nte, relacion amento, e ativida-
de, o universo do cotidiano. Ao introduzir os term os Ond e, Quem e O Quê quan -
do aparece m no Fichário, propo nha a seg uinte discussão:
Jogar Versus Desem penho de Papéis
Onde (Cenário e/ ou Ambiente)
Desemp enho de Papéis: relac ionamentos do passado - ser alguém que você
Como sabe mos Onde estamos ? Você sempre sabe Onde está ? não é - versus Jogar um papel: exper ienciando relações de um para um - se r quem
você é - jogar!
Às vezes não sei Onde esto u.
Como sabe se está num ambi ente familiar ? Como sabe se está na co;:inlw? No dese mpe nho de papéis, os joga doresentram no papel (mãe, pai, profes-
Se todos os ambientes da case,fo ssem modificados, como saberia qua l dos cômo- sor, alunos, diretor etc .) e reage m de aco rdo . Ao jogar um papel, os jogado res
atuam no momen to presente, experienciand o a si mesmos e aos outros. Dessa
dos é a cozinha ?
Pelas pergunt as, os jogad ores irão co ncl uir que sabem Ond e es tão (ou não form a todos atinge m um nível mais elevado de co mpree nsão ao se relac ionarem
sabem Onde estão) por meio dos objetos físicos no ambiente. co nsigo mesmos e com os outros .
Reconh eça o fato de que o desemp enh o de papéis conforme está descrito
Quem (Personagem e/o u Relaci onam ento) aqui trabalha co m co mportame ntos co mo relacion amentos (co nflitos: pai/filh o;
professor/aluno etc.) e usualm ente se refere a fatos antigos, seja por meio de co n-
Em uma discussão similar, os jogadores co nco rdarão que ~s pessoas mos- flitos do passado na fa mília, vizinhança ou scripts de telev isão. O desemp enh o de
tram Quem elas são por me io das atitu des que manifestam umas para com as papéis pode ser útil para a ident ificação de co mpor tamento socia l e para auxi liar a
outras , mais do que contando Quem elas são: alte rar ou co mpreender pad rões de desvio co mo drogas, alcoo lismo, racis mo e
Em um ônibus, como sabe a dife rença entre dois colegas de esco la e dois es- disput as familiares. É es plênd ido como socio drama quand o a atuação tende a tor-
tranhos ? nar-se clínica. Evitando o desempenho de papéis na oficina, os jogadores serão
A utilização do Quem durante as oficinas de jogos teatrais tomará osjogadores mais poup ados de situações e de linguagem med íocres e monótonas (óbvias).
abertos para uma observação mais ampla de seu pr óprio mundo. Mostre!. Não conte! é Durante as oficinas com Onde, Quem, O Quê os exercícios podem mu itas
uma instrução utilizada nos jogos teatrais que trará uma compreensão mais profunda de vezes regre di r para o dese mpenho de papéis. As instruções nas fic has trarão to-
como nos revelamos uns para os outros no cotidiano, sem dizer uma palavra. dos novament e de volta para o jogo. Não há rote iro conhecido ! Ao dar as inst ru-
ções, não seja o di retor, ex igindo qualidades de personagem , maneiri smos, con-
O Quê (A ção de Cena/Ati vidade) flitos e interp retações dura nte o jogo Mais emoção! Esfreg ue suas mãos! Mai s
raiva!. Ao cont rário, dê a instrução para que parcei ros joguem co m outros par-
Não co nfunda o O Q uê co m enredo , história ou dramaturgia !16 O Q uê, co n-
ce iros (Explore e intensifiq ue! Veja seu pa rceiro de jogo! Sustente o problema!
forme utilizado neste trabalho, é uma atividade (assis tindo televisão) entre joga-
Seja m o espel ho um do outrol ).
dores que definem Quem (marido, mulher, filho, es tranho) e Ond e (sala de est ar).
O roteiro é secundário - quer se trate de uma peça ou roteiro, um jogo de fute-
Uma vez estabe lecidos , o O nde, Quem, O Quê agirão por si mesmos. Ond e,
bolou uma lição de geog rafia - , o co nteúdo irá surgir espontaneame nte, sendo que o
Quem e O Quê são o cam po (estrutura) no qual o jogo aco ntece . Por exemplo, no
jogo é inspirado a partir da experiência física, intuitiva. Conteúdos e relacionamentos
futebo l: Onde é o ca mpo de jogo e as traves que delimitam o gol, a marca de pênal-
de personagens transfo rmam-se em relações em transform ação. Pense-os, papéis
ti, as linhas da pequena área; Quem é o goleiro, os ataca ntes e os jogadores da de-
como figurinos, co mo marionetes através dos quais passam pessoas vivas" .
fesa; O Quê é a atividade de chutar a bola, dribl ar o adve rsário, marcar gols (Dois
cartões amarelos e você está expulsol ) O FOCO do jogo é olhar para a bola .
17. Para aqueles interessados em se aprofundar nos aspectos teatrais do personagem e de-
sempenho de papéis, ver imp ro visaç ão para o Teatro , pp. 159, 229-2 30 e 338.
16. Ver Glossário.
Parceria
Relação/Relacionamento
o GLOSSÁRIO DE REFLEXÕES Passividade Responsabilidade
Paternalismo
Respostas/Solução de Problemas
Perguntas Ansiosas Rótulos
Período de Tempo Saltos Inexplicáveis
Permissividade Saúde
Potencialidade Talento
"Preste Atenção!" Tempo Presente
Processo Trabalho
Psicodrama " Um Minuto!"
Vida, Liberdade e Felicid ade ! Ond e podem ser enco ntrados ? Na fa mília? Na Realização Viajando
vizinhança? Na televisão? Na sala de aula? No co lo de sua mãe ? . . , .
As seg uintes reflexões, em combinação co m os jo gos tea trais no F, c!/{/ I"/O , Aborrecimen to (Fadiga Corporal)
promovem independ ência , autonomia, co munhão, liberdad e.
Envo lvimento co m aquilo que es tá acontecend o, ativamente ou em silênc io,
produ z e feitos físicos visíveis: corpo s alertas, o lhos brilhante s e faces rosadas
Aborrecimerno Espontaneidade
Aluno/Professor - Professor/Aluno Experiência tanto para os jogadores como para você. Fraqu ezas co rporais ter minam quand o o
"Explore e Intensifique!" en volvimento surge!
Apatia
Aprovação/Desaprovação Fazer-de-Conta
Atitudes "Fo ra da Mente! No Espaço!" Aluno/Professor - Professor/Aluno (Sem Compar tim en tações)
Autoprote ção Ganhando/PerdendolJ ogando o Jogo
Avanços Grupo Na oficina de jogos teatrais, abandone o papel de professor e torne-se parceiro
Barulh o versus Desordem Hipocrisia de jogo. A utilização de Instruções tanto pelo professor como, com o tempo, pelos
Cerebral Imaginação alunos jogadores irã transforma r alunos em professores e professores em alunos na
Compartilhar Informação
medida em que todos se tornam jogadores. Lembre-se que a cada distância que você
Compromisso Inibições
percorre com se u~ alunos, você (professor) ga nha mais espaço. Quando você guia um
Comunicação Iniciativa
Intuição estuda nte para onde você esteve, todos necessariamente se movem um passo à frente.
Comunicação Não-Verbal
Comunidade Inventividade
Apatia (In ércia)
Conceitos Jogadores na Platéia
Confiança Jogar com Segurança
Conformidade Jogo Aberto Sem co nexão. Sem resposta. Se m interesse. Se m envo lvimento. Se m inic ia-
Criatividade Liberdade tiva. Sem es perança. As ofic inas devem tirar os apáticos de sua atitude de defesa
Crise Liderança pelo de envolvimento (ser necessário) espec ialmente quando lhes é dada a chance
Crítica Limites de dar instrução para pequenas unidades que jogam '.
Desenvol vimento Desigual Lut a/ V ôo
Desequilíbrio Medo de Participação A p ro vação/D esap rovação (Falso Reforço)
Diálogo Memorização
Didatismo Moralidade Lados opostos de uma mesma moeda , a ap rovação/desaprovação produ zem
Disciplina Mostrar, Não Contar! Fisicalização respo sta emoc ional e dependência de autorid ade, que obstrui ou desencaminha o
Dramaturgia Objetivos
jo gad or do trab alho real - experienciar a si mesmo e o problema . Quand o tem os
Ego Olhar-Ve r
Ensinamentos Orgânico que olhar para os out ros para dizer-nos onde es tamos, quem somo s e o que está
Enviar e Receber Ouvir- Escutar
Envolvimento Palavras I . Ver instruções dadas pelo aluno. p, 31.
II
acontecendo, nos afast amos de no ssa própria identidade . Onde estamos? O Cer ebral (Memória) i
que estamos fazendo? E perguntamos eternamente: Quem somos? I'
O cerebral é um armazém do passado que , aband onado a si mesmo , limita a
A ti tudes respo sta co rporal dianre do novo acontecimento.

AIJ.l0: Eu não sei! Não sei f azer! Seria melhor! Nunca tive uma chance! Ela Compartilhar
é queridinha da prof essora! Eeeiiiihl Aquele j ogo novamente! Eu sou estúpido!
Não aprendo! Estou cansado! Quando podemos i r para casa? O professor me odeia! Compartilhe sua voz! Compartilhe o quadro de cena! Compartilhe seu IVstO!
Professor : Não posso! Quem precisa disso ? São todos bobo s! Eles não gos- e outr as frases de instrução enco ntradas no Fichário promo vem o reconhe cimento
tam de mim ! Por que não sabem fic ar quietos ? Não consigo ensinar nada! Como instantâneo orgânico da respon sabilidade pessoal para comuni car. Compartilh e sua
f arei isso ? Estou cansado! Quando poderei ir pa ra casa? voz! não significa necessariamente falar mais a1t02 . Quando Compartilhe! é enun-
Atitudes dos profe ssores e dos aluno s podem interromper o jogo antes que ciado du rante o jo go teatral, todos os jogadores intuitivamente co mpree ndem e res-
ele inicie. Quando aparecerem atitudes como essas durante os jogos, experim ente pondem a essa necessidad e. Não discuta esse ponto com os jogad ores. Através do
dar as seguintes instruções: Observe o que Você está sentindo, Continu e fazendo o compartilhar, os jogadores aprendem a divid ir o quadro de cena e a projetar com
que está f azendo, Não interrompa! Apenas observe seus sentimentos l, c lareza se m nunca ter ouvido uma preleição sobre esse ass unto. Compartilhe! não
deve ser d irigid o a um jogador individual chamando-o pelo nome. Todos os joga-
Autopro teção dores em ce na são resp onsávei s pelo todo.

Autoproteção nos imped e de ass umir riscos. Há perigo em assumi r riscos - Compromisso
você pode falhar .
Co mpro misso verd adeiro re vela-se através da ex periência, ação respon sá vel
Avanços (Um Passo para o Além , o Espírito, um Novo Lugar, um Novo e preocup ação co m o bem-estar dos outros. Pode ser desen vol vido desde os mais
Pensam en to, ou Mu dan ça n a Pessoa) joven s por meio do jogo teatral.

A es pontaneidade que vai além das limitações do passado em dire ção a um Comunicação (Mostrar e Con tar)
novo evento; indo além de si mesmo e das sua s capacidades . Ir além de si mesmo
é alcançar... aprend er ! (ve r gráfico abaixo) Não pedimos aos espectadores adivinharem o que foi co municado pelos joga-
dores em cena, mas simplesmente para mostrarem o imagin ário, a mágica do teatro.

Comuni cação Não- Verbal

Atuar é às vezes melhor do que falar. Co municar a partir de uma porção mais
pro fund a e inusitad a de si mesmo. As séries de Espelho (Apêndice 4), Objetos no
Espaço (A pêndice 3) e Blabla ção (A pênd ice 10) desen vol vem habilid ades de
co municaçã o não- verb al.

Com uni da d e (H armonia , Unidade)


Baru lho versus Desordem

Jog ar produ z barulho. Aprenda a reconh ecer a diferen ça entre o barulh o que Uma sa la de aula muitas vezes não é mais do que um ag rupamento arbitrá-
rio de pessoa s, mas, em alguns casos, pode ser a úni ca comunidade qu e o a luno
nasce da desordem e barulho que nasce da energia libertada a se r ca nalizada atra-
vés do jogo.
2. Ver S U.UlIITO de Cena (C 16).
possui. Com a vida em família em declínio e a televisão usurpando o tempo Crítica
do aluno, o significado de comunidade deve ser atingido em sala de aula . A
comunidade deve ser pensada como um fenômeno do espírito a ser delibera- Embora muitas vezes visto como construtiva e útil, a crítica coloca aquele
damente buscado . Os jogos teatrais constróem o espírito de comunidade no que está sendo criticado na defensiva! O jogo teatral permite que a avaliaçõa per-
ambiente da sala de aula . maneça no plano simbólico e estético do fenômeno teatral.

Desenvolvimento Desigual (Diferen ças Individuais)


Conceitos

Habilidades desenvolvem-se em graus variados em cada grupo. Desenvolvi-


Teorias rotuladas, muitas vezes mal digeridas de achados de outras pessoas.
mento desigual deve ser esperado nas oficinas, mas ao atender com resposta indi-
Durante as oficinas procure evitar a evocação de conceitos que bloqueiam a expe-
vidual à instrução, a compreensão do jogador dar á conta disso. Parta de onde seu
riência pessoal. Buscamos uma fonte mais profunda. Através do corpo físico para
aluno está, não onde você acha que ele ou ela deveriam estar. Cada qual se desen-
além do conhecido.
volve de acordo com sua capacidade ou limite, padrão de crescimento e natureza .

Confiança (Estendendo uma Mão) Desequilíbrio

Quando não mais necessitamos viver pelos olhos e ouvidos de outros e As oficinas trarão muitos momentos de desequilíbrio, que libert a os jogado-
aprendemos a conhecer nossa própria substância, a confiança pode ser gerada. res de atitudes de defesa na medida em que o organismo responde como um todo.
Dentro de um estado de confiança, podemos confiar em nossos parceiros (mes- O movimento constante para reequilibrar liberta a energia necessária para atingir
mo quando falham). aquilo que ainda não foi tocado, o desconhecido.

Conformidade (Diiercn çes Sufo cadas) Diálogo

Medo produz conformidade. Com o tempo, os jogadores (professor e alunos) Quase todos os jogos teatrais exigem diálogo. No trabalho inicia l, o medo da
começam a confiar no esquema e aceitar diferenças consigo mesmos e para com os troca verbal pode ser muito elevado . Os jogadores podem perguntar Podemos
outros. falar? ou ruminar palavras silenciosamente. Dê simplesmente a instrução Com-
partilhe sua voz! e imediatamente ação e diálogo serão uma unidade. Também os
Criatividade (Nascer e Rec ome çar) jogos de Blablação' farão com que a troca de diá logo entre os jogadores se torne
uma resposta orgânica, sem medos .
Criatividade exige um máximo de empenho, seja ao fazer um bolo, pintar
Didatismo
um quadro ou ensinar.

O didatismo amac ia, cobre e muitas vezes mata possibilidades de nova visão
Crise (Vida e Morte)
pela insistência em velhos fatos como caminho único .

o momento máximo O/I ponto de mutação de uma situação ou momento Disciplina


estático quando muitas eventualidades selo possíveis; um momento de tensão no
qual o resultado é desconhecido. Fazer teatro é uma série de crises . O jogador Nos jogos teatrais trabalhamos com autodisciplina em lugar de vara de mar-
deve enfrentar as mudanças simples ou extraordinárias que a crise apresenta' , melo! É mais divertido assim!

3. Ver improvisação para o Teatro. p. 338. 4. Ver in/ia. p. 81.


Drama turgia (Plan ejar o Como) Veja e olhe através do olho como instrumento, e não com o olho.
Ouça e escute através do ou vido como instrumento, e não com o ouvido.
Nc70 fa ça dramaturgia ! é uma frase de instrução que ao ser utiliz ada quando Tome distância de seu próprio corpo !
os atuantes estão jogando faz com que os jogadores deixem de se esconder por trás Envie o olhar. Receba a visão .
de palavras e vejam o mundo real de relações indo ao encontro dos acontecimentos Envie a audição. Receba a escuta .
em proces so. Quando a dramaturgia precede o jogo nas oficinas de jogos teatrais, o Env ie o tato . Receba a sensação .
processo está morto . Dramaturgia é planej ar o como e a util ização de materi al ve-
Fenômenos inte rnos/externos pod em ser vistos , ouvidos , sentidos e tocado s.
lho, mesmo que esse material tenha apena s alguns minutos de duraç ão . A drama-
turgia leva à manipulação do grupo pelos dramaturgos . Quando os jogadores se En vol vim en to
reúnem em times para estabelecer o acordo sob re Onde, Quem, O Quê, o coor-
denador deve ir de grupo em grupo desencorajando o pré-planejamento de como Envolv imento com aquilo que está acontece ndo produz o estado físico e
solucionar o problema. As se gure aos jogadores que , se permanecerem com o mental, necessário para a aprendizagem. Aquel a crianç a que está pedindo atenção
FOCO, o problema será solucionado. Isso é tudo! As oficin as de jogos teatrais não busca envolvimento. Não ignore a criança!
requerem desempenho, roteiros ou cen as aca badas, mas apenas que os j ogadores
perm aneçam com o FOCO . A dram aturgia torna-se impossível quando o jogador Esp ontan ei dade (Evocando a Genialidade!)
perm ane ce com o FOCO, já que ninguém sabe com o o jogo vai con tinuar. Ca so
Material espontâneo aparece de forma suscinta, altamente organi zada. O mo-
uma cen a acab ada for uma resultante, isso é um extra ! Naturalmente Nc70 faça dra-
mento muitas vezes acontece quando você meno s espera. Aconteceu! Surpresa!
maturgia ! não significa que um grupo não possa reunir-se para escrev er uma peça *.

Experiên cia (Um Processo Vi vo)


Ego

A bajul ação exacerba e isola as necessidades do ego através do esforço para A exp eriên cia não pode ser recon struída através da memona. O inst rutor
recebe r palm adin has na cabeça. Vaidade e orgulho, que exigem estímu los externos sabe quando o jo go é uma experiência vivida. Pergunte aos seus jogadores!
para manterem-se, são dissolvidos em um ambiente não-autoritário. O ego , integra-
"Explore e In tensifiqu e! "
do como parte do todo na pessoa, torn a-se então um instrumento para maior pene-
tração no amb iente e conduz ao es forço, objetivo e traba lho real.
Utilize a frase para instrução Explore e Intensifique! Muitas vezes . Os jo ga-
dores crescem fisicam ente , intelectu almente e intuitivamente. Veja também Ex-
Ensinamen tos (Preleições)
plorar e Intensificar (C6 ).
Ensinamentos dão conforto a quem os dá. Quem recebe o conhecimento ? A
maioria dos ensinamentos não permite que o aluno experienc ie a lição que você Fazer -de -Con ta

est á ensina ndo .


Durante as ofic inas ev ite a expres sãofazer-de-conta ou outras palavras como
Enviar e Receber (O Corpo com o In strum ento) imaginar ou acreditar que prend em os j ogadores a exp eriên cias passad as impe-
dind o a relaç ão com os parce iros diante de um acontecimento novo.
O artista, o ator e o dançarino, utilizam o corpo como um instrumento. Por
que não o alun o e também o professor ? "Fora da M ente! No Espeço!"

* Paul Sills, filho de Viola Sp olin , desenvolveu a form a de Story Th ea tre , uma moda lidade A edu cação perm aneceu por dem asiado tempo na mente . Por causa de sua enor-
de jog os teatrais em que o ele nco se leciona uma histó ria . Ger alm ent e os texto s utilizados são
me importância para os jogos teatrais e para a sala de aula, a frase de instrução : Fora
conto s popu lares, com o aqu eles co letados pelos irmão s Grimm. Vide Pau l Sill s, Stor)' Th eat re,
Nova York , Apl au se Book s. (N. da T.) da mente, coloque no espaço! é enfatizada. Ao ser dada durante o jogo, a frase não é
fantasiosa, produ z uma campo real - ESPAÇO - no qual a troca de energia, o jogo, Informaçã o
aco ntece entre os jogadores. Tire da mente e coloqu e 110 espaço ! é reco mendado tan-
to para a instrução co mo para os períodos de ava liação . Mesmo o jogado r mais jo- Inform ação qua ndo co nfu ndida co m aprendizage m leva a um baixo nível de
vem responde, e sentindo essa área da nossa percepção - o Perceba o Espaço - como co municação qu e pod e impedir a pesqui sa. No en tanto, qu ando entend ida co mo
algo real ! A pergunta Esta va na sua cabeça ? 0 11 110 espaço ? é ace ita sem nec~s.sida­ mais uma forma de buscar o passado - história - , a info rmação pode auxiliar o
de de defendas. Fora da mente, no espaço! elimina ou previne respostas condiciona- processo porqu e pe rmiti mos qu e se torne mai s um tra mpo lim para um no vo lugar.
das, limpa a cabeça, a mente, os julgament os de atitudes subjet ivas, bem/mal/celt o/ Dessa forma a aprendizage m factual pode ass umir seu lugar próp rio na estrutu ra
errado. A percepção corpo ral e o equipamento sensorial são intensificados e a troca de e nsino/aprendizage m.
de energia é facilmente atingida para ser utilizada em nossas necessidades cotidian as.
Inibições
Ganhando/Perdendo/Jogando o Jogo
Inibir o pensamento ex plorató rio do aluno pode ser cons iderado uma boa
Não importa se você ganha a li perde, mas C0/l10 joga. forma de disc iplina, mas pode ta mbé m fechar a po rta para o pesqu isador. Em uma
Qu ando a auto ra era uma jovem j ogadora de basqu ete, fez muitas cestas e foi sa la de aula num erosa, o poeta, o sonhador, o ave ntureiro precisam às vezes ser
co nside rada uma ca mpeã . Anos mais tarde, um grupo de psicólogos em Chi cago, alertados, mas na ofic ina de jogos teatrais eles podem ex perime ntar a liberdade.
duran te uma discu ssão sobre o valor da co mpe tição com o incen tivo, não queria
acreditar qu and o dis se que raramente tomava co nhec imento, ao j ogar basquete , Iniciativa
co mo estava o placar. Por que, ent ão, ele s pergunt aram , você fe z tantas ces tas ? A
autora respond eu Porqu e minha ta refa era f azer ces tas! Para ass umir o risco de tom ar a inic iati va de uma ação, o jogador prec isa
se ntir co nfiança . Ele precisa acreditar no j ogo, no grupo e em ser parte do tod o.
Gru po (Um Corpo de Indivíd uos) Q uando o cas tigo e a rep ree nsão deixam de ser os únicos critério s para a produ ti-
vidade, a co nfian ça é alime ntada pela ava liação do grupo so bre o pro blema e as
o grupo é essencial para que o jogo aco nteça. Grande parte dos jogo~ tea-
inic iat ivas do jogador são apoiada s pela inst rução .
trais iniciais no Fichár io e a utilização es pecífica de times buscam co nst ruir um
grupo de parceir os na o ficina. Os times nem se mp re irão produ zir um grupo. Por Intuição (Área X)
meio dos times, no entanto, aspiramos o acordo e es pírito de grupo .
Intuição, da maneir a como é utilizada neste trabalh o, receb e outras den omi -
Hipocrisia nações por inúm eras outras escolas. Pelo fato de se r uma font e indefin ida e tal vez
Qu ando você ignora a criança qu e es tá men tindo, amo lando etc., a cr iança inde finí vel , a intuição significa aqui área X - a área a partir da q ual o artista (o
sabe que você (professor, mãe etc .) sabe d isso . Isso não é negligenciar um parceiro? poeta, o filósofo, o c ientis ta, o profe ssor, a do na de casa) busca inspiração. O
intu itivo pro move o intelecto, a ment e, a memória, o conhec ido e mergulh a em
Imagin ação (Jogo M ental) fontes esco ndidas, sem rótu los. O uso do intuitivo (área X) não pode ser ensinado.
É prec iso ser surpree ndido por e le. É algo qu e simplesme nte acon tece!
É preciso prestar aten ção para não permi tir q ue a imaginação, por mais char-
mosa que seja , restr inja desnecessari am ente maior ex ploração. A ima gin ação e Para evitar que a palavra "intuitivo " 10m e-se vazia ou que a usem os para con ceitos
fantasia podem tom ar co nta da psique do jogado r e trazer possívei s peri gos futu- ult rapassado s, utili ze-a para del/o/ar aquela área do conhecimento que está al ém das
ros para a estrutura emocion al, criando defesas e bloqueios. Na ofi cin a, os joga- restriçõe s de cultura, raça , educação. psicologia e idade; mais profundo do que as roupa-
gel/s e man eirismo, preconce itos. iutelectualismos e adoçõ es de idéias alh eias que a maio-
dor es util izam a SlIbstância do Espaço e não a sua imagin ação para dar form a aos ria de I/ás usa para viver o cotidiano. Ao invés disso. abracemo-n os 1II1S aOS outros em
obje tos . Na busca do novo, do desconhecid o, pen se em trallsfo n naçüo e não em nossa pura tuunan idade e I /IIS esforcemos dura nte as sessõ es de trabalho para liberar essa
humanidade den tro de I/(Js e de llOSSOS alunos. EIlIÜU, as pa redes de nossa jaula de precon -
imaginação.
ceitos, quadros de referência e o certo-errado predeterminado se dissolvem. Então, olha- Limites
mos CO III um "olho interno ">.
Impostos pela autoridade, os limites podem impedir crescimento. Quando
In ventividade aceitos pelo grupo como regras do jogo, os limites tornam-se guias e apoio para o
tempo presente no jogo e na vida.
Inventividade é esperteza individual que corta o diálogo espontâneo . A
inventividade segue padrões conhecidos e busca resposta prevista.
Luta/Vôo (Ação Espontânea para a Sobrevivên cia)

Jogadores na Platéia
Mobilização do sistema físico como um todo; excitação, ação física total
Os jogadores na platéia devem partilhar do jogo no mesmo espaço que os ato- necessária para ir ao encontro do momento de risco . Não há tempo para pensar o
res. Os espectadores na platéia não respondem pelos jogadores em cena, mas de que fazer ou como agir - fazer! Atuar! Essa liberação espontânea parece limpar
outro ponto de vista estão abertos para o que se passa na área de jogo. O espectador todo o sistema de pensamento morto . Todo aquele que tem que atuar no momento
aprimora seu equipamento perceptivo/sensorial. A percepção do jogo teatral do ator presente para evitar um acidente conhece muito bem o sentimento de integração e
amplia a visão do espectador. clareza que acompanha a salvação de si mesmo. O mecanismo de luta foi seria-
mente atrofiado na vida moderna e precisa ser regenerado para a sobrevivência
Jogar com Seguran ça (Medo de Exposição/Ridículo) animal. Talvez a crescente delinqüência/passividade de nossas crianças devesse
ser buscada, ao menos em parte , na aberração dessa liberação natural e fisiológica
Sentir-se seguro impede o enfrentamento de acontecimentos inesperados ou
(instrumento de sobrevivência). A oficina de teatro como a atividade de esporte,
novos . Sentir-se seguros não permite que os jogadores usem nova energia.
exige resposta física espontânea podendo oferecer o exercício do equipamento de
luta/vôo e fortalecer o comportamento cotidiano e futuro.
Jogo Aberto
Medo de Participação
O jogo aberto acontece quando os jogadores aceitam o acordo de grupo e se
libertam da necessidade de ser o melhor. Mesmo no nível mais simples da opção entre jogar ou não jogar, a liberdade
de escolha é respeitada nas oficinas. No entanto, um aluno que está exercendo
Liberdade
esse direito de não jogar pode estar com medo da participação. A contagem alea-
A liberdade pode ser criada na oficina quando os jogadores, como Parte do tória para formar os times quase sempre "joga os jogadores na piscina", fazendo
Todo, reconhecem os limites e aceitam seu direito de explorar o avanço e romper com que joguem antes que tenham tempo de tomar fôlego. Um aluno que não
limitações . querjogar, deve ser observado já que o medo pode ser minimizado e uma eventual
participação possa ser encorajada. Se um jogador se recusa a jogar durante o jogo,
Liderança (Responsabilidade, Compromisso com o Grupo) experimente dar a instrução: Ajude seu parceiro que nela está jogando! . Nunca
chame os jogadores pelo nome . A partir da incerteza sobre qual jogador não está
Posicione aqueles alunos que são catalisadores naturais em posições nas jogando, nasce o acordo de grupo.
quais possam ajudar a difundir a atividade até que todos os jogadores sejam ca-
pazes de tomar iniciativas na oficina. Mas preste atenção para que não tomem Mem orização (Informa ção)
conta. Com o tempo, todo e qualquer jogador será capaz de desenvolver habili-
dades de Iiderança ". Embora a memorização e troca de informação sejam instrumentos
necessários, não deveriam ser confundidas com aprendizagem. Se a memorização
de informação fosse o único objetivo, os alunos saberiam apenas aquilo que já é
5. Ver Improvi .wçüo para o Teatro, p. 18.
conhecido.
6. Ver Comentário sobre Siga o Seguidor. p. 44.
M oralidade (Valore s) (Suas idé ias preconcebidas sobre a árvore. )
Ver é a parte negl igen ciada de olhar. Desperte sua habilidade de ver! Con-
As crianças que foram minhas alunas em 1938* diziam : Professora, você não é sulte as fichas de jogos teatrais que contêm Áreas de E xperiência.
uni ladrão (mentiroso, canalha , trapaceiro) enquanto não forpego. Essa moralid ade
delinqüente parece ter permeado toda nossa cultura. O ensino de valores é tido como Orgânico
parte do trabalho de educ ação . No entanto, umas poucas hora s vendo televi são faz
Um ser integrado em um ambiente integrado desenvolv ido por meio do jogo
com que reconhe çamos que a prática de violên cia, esperteza, manipulação, roubo e
produz resposta orgânica. Na experiência orgânica, a natureza é revelada !
"pis ar nos outros " são cultivados como valores reinantes em nossa cultura. Quando
uma sociedade é fragmentada e não trabalha como um todo para produzir valores , Ouvir-Escutar
como pode um professor solitário fazê-lo aqui e acolá ? Os jogos teatrais não buscam
inspirar comportamento moral adequado (bom/mau), mas sim libert ar cad a indiví- Escutar é a parte negl igenciada de ouvir. Ao enfatizar o escutar nos jogos
duo para sentir a sua própria natureza e a de seus parceiros - espera-se que a partir teatrais, (ouvir/escutar) colocamos a responsabil idade para o escutar sobre aquele
dessa experiência a moralidade verdadeira, o amor pelo próximo possa nascer. que quer/necessita ser ouvido?

Mostrar, Não Con tar! Fisica lização Palavras (Sons, Fatos, Inform ação, Sím b olos)

Mostre! Não conte! é outra frase de instrução. Mostrar é fisicali zação - tor- Eu digo para minha professora o que ela quer ouvir; assim ela me deixa em paz.
nar objetos, relacionamentos, sentimentos etc. físicos - e permitir que aquilo que Palavras podem dizer o que você quer ouvir e podem esconder o que você necessita-
está acontecendo eme rja e seja revelado . Contar é falar sobre o que est á acontecen- ria saber. Procure absorver a mensagem real e não as palavras que estão em seu lugar.
do em vez de deixar que aconteça. Diálogo é permitido na medida em qu e é nece s- Deixe que as palavras sejam sons que precisam ser ouv idos - ativadores - não apenas
sário e não deve ser confundido com contar. Uma excelente frase de instrução para gravações, rótulos e inform ação usada em lugar de encontro, diálogo, contato. Os
ajud ar os jogadores a fisic alizar é Tire da cabeça, coloque no corpo, 110 espa ço ' significados das palavras devem penetrar e ativar o ouv inte, o escritor, o leitor.

Objetivos (Início/Fim/Início) Parceria

Pense nos objetivos como inícios, que sempre se estendem para nov os in íçio s. Durante as oficinas, o aluno/professor e o professor/aluno devem estar aber-
tos para dar e receber parceria, o direito à pergunta e à resposta. Pela parceria, as
Olhar-Ver hab ilidades ind ividuais podem variar muito, mas todo s estão da ndo e tomando,
jogando com igualdade. Todos, alunos/professores e professores/alunos unidos
U/1/a árvore é uma ár vore antes que você pense que você pode ver uma enfrentam o desconhecido.
árvore.
Passividade (A gressão Pie ga s, Escondida)

* Viola Sp olin matric ulou-se na Recruti on al T rainn ing Sch oo l diri gida na Chi cago' s Hull Pass ividade é um a resposta ao autoritarismo. Passividade é desistência de
Hou se por Nev a Boyd. O co ntato co m o traba lho dessa edu cador a exe rce u uma influência decisiva
na visão de Spolin acerc a do jogo e da educaçã o. Por indicação de Boyd , Sp olin foi supe rviso ra em
ação resp onsável , de ixando que outros pensem por você. A pessoa medrosa seduz
Chicago do Work Progre ss Adrn inistration' s Recret ion al Project (W PA) que , integrad o il políti ca outra a agi r. Essa atitude indefesa provoca o domínio dos outros. Reconheça a
do Ne\V Deal do preside nte Rooscvclt buscava co m bater a rece ssão eco no mica e se us efeitos atra- atitude passi va! Quaisquer que sejam as razões clín icas ou experiências anterio-
vés de aula s de arte e a rtesanat o para trabalhadores pobre s. Foi nesse trabalho que Spo lin percebeu
res, com o tempo, a prática de jogos teat rais aj udará todos os alunos. Confie em si
a necessidad e de um sis te ma de treinament o teatral que fosse de fác il entend iment o e que pud esse
superar as barreira s culturais e étnicas . Baseand o- se no se u treinam ento co m Boyd, desenv ol veu o
que seria chamado dep ois de Th eatre Gumes (Jogo s Tea tra is). (N. da T.) 7. Ver Apêndice 13 qu e contém exercíci os/j og os pa ra Ouvir- Escutar.
mesmo . Con fie nos parceiros. Interrompa desvios. Tome dec isões. Inici e açõe s. professor permi ssivo, ao dar com uma das mãos e retirando com a outra , nunca
Assuma riscos. Procure a liberdade ! deixa na realidade o processo fluir. Precaução : não confunda liberdade com licen-
ça. Se os alunos estiverem testando a atmosfera anti-autoritária da oficina de Jo-
Pat ern alismo (Autoritarismo Ocu lto) gos Teatrai s, ex perimente dizer para os jovens autoritários: Não queiram tomar
vantagem de mim só porque são pequenos!
A men os qu e você , o professor, parti cip e do jogo co m o aluno, estar á
paternalizando! Jogue! Não tenh a medo de perder sua dign idade, seu control e ou Pot encialidade (Todo M om en to é o M ais Imp ortante de sua Vida!)
sua posiçã o. Todos são parceiros de jogo .
Potencialidade não é futuro . Potencialidade é agora. Poten cialidade pode
Pergun tas Ansiosas. (Medo de A ssumir Responsabilidade, M ed o de ser ex perime ntada a cada momento. Atua lize sua potencialidade a cad a minuto .
Assumir Posições, M edo da Independência) Poten cialid ade , co mo todo organi smo vivo, deve ser alimentada para cre sce r,
não para algum vago momento no futuro, mas no futuro imed iato, o pró xim o
o medo não é trivial. Aprenda a reconhecer questões de ansiedade como passo. Agora! Ne nhum momento é sem import ância. Todo momento pode ser
medo e terror Como quer que eu faça? Perguntas ansiosas coloca m o resultado da o mais importa nte de sua vida !
ação sobre o outro Foi isso o que você me disse! Se aparecere m pergunt as ansio-
sas nos jogos teatrai s, ex perimente o seg uinte: "Preste Aten ção!"

I. Peça ge ntilmente que o jo gador repit a a pergunt a tanta s vezes quant o Prestar atenção para o quê? O que você e seus alunos esperam ?
necessário até que você e os outros encontrem as repostas possíveis. Deixe que a
pergunta seja respondida muitas outras vezes. Processo (Movimen to, M udan ça)
2. Rep ita brevemente as regras. Exp licações pormenori zadas atraem muitas
outras pergun tas ansio sas Você, coo rdenado r, está ansioso? Está "jogando mais Processo, co mo o fogo , queim a a crosta, as camadas de defesa que nos impe-
lenha na fogueira" ? dem de dar.e tomar. O processo é o objetivo e o objetivo é processo sem fim.
3. Inicie o jogo. Lem bre-se que faze r as co ntagens dos times antes de apre-
Psi codram a
sentar um no vo jogo dá início ao jogo antes que os jogadores se dêem conta . Jogar
dissolve o medo, a ansiedad e.
Representar probl emas pessoais em uma atmosfera terapêuti ca; desempenho
4. Respeite o medo! Mas não tenha medo do medo!
de papéis . Psicodrama pode invadir a privacidade dos jogadores. Durante as ofici-
Perio do de Tempo nas não é necessário utilizar o so frimento pessoal para o jogo teatral.

Realização
Período de temp o é co ntro le e ambivalência do passado (Eu deveria ou não?),
planejamento etc., para entrar e dissipar o momento - o espontâneo. Não há tem- Mude a palavra real ização para realizar (trabalhando, movendo, mudando ) e
po para pensar sobre o jogo - o jogador joga. aproxime-se mais do sentido de realização.

Perm issividade (Liberdade Fingida) Relação/Relaci on amen to

Permi ssivid ade é desistir da responsabilidade pela nossa parte em casa, na Todo relacionamento se torna estático, transformado em desempenho de pa- I
vizinhança, na sala de aula etc. ou procurar co locar-nos na posição de nunca assu- péis se a relação for perdida. Relaci onamento é algo consolidado; relação é uma
mir um erro. Eles estão livres para fa zer o que querem; n ão é culpa minha! Ob- força em movim ento - vendo, ouvindo, percebendo. Os jo gos de Transforma ção I
serve os co ntroles sutis que estão esco ndidos na permissividade e reconheça quc o aj uda m os jogado res a entender esse ponto. I
II
Responsabilidade dos . O nutricionismo produziu uma literatura impressionante sobre esse as-
sunto importante. Embora você possa fazer pouco pelos subnutrid-os, a
Sendo mestre de nosso próprio destino", damos uma contribuição pessoal consciência sobre o problema pode ajudar. Boa saúde para você, professor!
para um projeto, comunitário ou coletivo, em vez do cumprimento do dever para
com uma autoridade. Talento (Criatividade)

Respostas/Solução de Problemas As oficinas de jogos teatrais irão tocar o talento natural que existe em cada
um. Por isso todos dão um passo gigantesco em direção ao gênio que espera por ser
Não há maneira certa ou errada para solucionar um problema na oficina; despertado.
existe apenas uma maneira - a busca! Quantas pessoas foram torturadas , ridicula-
rizadas e exiladas por não darem a resposta correta ? Respostas mudam e se alte- Tempo Presente (Agora! Presença! Veja a Bolei)
ram com o tempo . Seja consciente do livro de respostas.
Não pense no tempo presente como tempo cronológico considerando como
Rótulos um momento em que todos estão mutuamente engajados em uma experiência cujo
resultado é ainda desconhecido. Deixe que o momento o preencha! Jogos tradicio-
Evite rótulos; eles são muitas vezes utilizados em lugar do pensamento. Saber nais quando livres de competição e egocentrismo oferecem o momento presente.
os nomes das coisas e não saber nada a respeito delas não faz com que os joga- Caminhada no Espaço (Apêndice 2), Espelho (Apêndice 4) e os jogos de Trans-
dores façam descobertas e investigações pessoais. formação (Apêndice 6) desenvolvem consciência e firmeza em relação ao mo-
mento vivo .
Saltos Inexplicáveis
Trabalho
Em uma oficina de uma hora por semana, observou-se, após um período de
cinco semanas, que um garoto hispano-americano bastante bravo, de seis anos, Jogos teatrais na sala de aula não são frivolidades . A experiência de jogo
que tinha limitações de linguagem, recusou-se a entrar nas atividades da oficina pode preparar a pessoa para os propósitos de outras atividades, pois o jogo
durante as primeiras semanas, exceto no jogo Espelho (AIS) . Na quinta semana, verdadeiro cria o incentivo para usar nossas melhores habilidades',
essa criança, que deve ter levado um bom tempo ponderando sobre a bola invisí-
vel e o Espelho, trouxe uma bola real. O coordenador propôs um jogo de bola "Um Minuto! "
envolvendo todas as crianças no grupo como aquecimento. Essa criança juntou-se
ao grupo jogando de coração aberto pela primeira vez. Depois da oficina, pegou a Quando é dada a instrução: Mais um minuto para terminar o jogo! não sig-
mão da professora e, ao atravessar o pátio da escola, apontou e disse Olhe! Veja o nifica que se deseja que a cena termine, e sim ajudar os jogadores a encontrar,
reflexo das nuvens na água! Sem discussão, o coordenador e a criança sabiam que manter ou intensificar o FOCO.
esse primeiro vôo poético estava conectado com aquilo que havia acontecido an-
tes no Jogo Teatral. Como explicá-lo? Viajando

Saúde (Como Pode Afetar o Aprendizado) Um novo pensamento necessita de um novo espaço. Momentos insuspeitados,
de desequilíbrio comuns no jogo teatral por meio do FOCO oferecem oportunida-
Muitas respostas lentas, fadiga e falta de interesse na sala de aula podem ser des para fazer com que os jogadores viajem para um novo espaço.
devido à falta de nutrição . Isso pode ser igualmente verdadeiro para os bem-nutri-

8. Ver Acordo de Grupo, p. 41. 9. Neva Boyd, Pia)' and Gome Theory in Group Work, Nova York, Dover, 1945, p. 86.
PARTE 111

A seqüência de jogos conforme está descrita nas fichas (A I


até C54) podem ser utilizada s como estrutura de uma série
co mpleta e coesa de oficinas de jogos teatrais. Mas o Fichá -
rio também foi destinado a ser flexi vel - os jogos podem ser
seq üenciados de form as variad as para ir ao enco ntro de ne-
cessi dades instruci onais es pecíficas . A Parte III deste Fichá-
rio oferece alguns direc ionam entos para novas seqüências ,
especialmente para ofic inas de jo gos teatrais para crianças
de Ensino Fundamenta\. As Áre as de Experiência que estão
listadas na ficha para cada jogo es tão aqui co mb inadas de
forma que se você quiser fazer unia o ficina ou uma série de
oficina s sobre Movimento Físico e Expressão ou Comuni-
cando at ravés de Pala vras, por exemplo, enco ntrará uma
listagem de jogos que se relacionam com essas áreas.
ESBOÇANDO OFICINAS PARA IR AO
ENCONTRO DE NECESSIDADES ESPECíFICAS

Um j ogo é uma estrutura ope rac iona l (trampo lim) para manter o jogador
jogando. Exis tem ao men os três níveis no jogo e provave lmente mu itos mais.
Níve l I - Part icipação: interação e envo lvime nto, prazer e jogos.
Ní vel 2 - Solução de problem as: desenvol vimento de hab ilidades físicas,
mentais, percept ivas (instrumentos) .
Níve l 3 - Ação cata lisadora: possibilidade de co ntato espon tâneo, área X
indi vidual (para além do aparente - indefinido).
Ut ilize as três áreas acim a como se us guias para ada ptar o Fichário. Jogar
em qualqu er um desses níveis é vá lido .

Nível 1: Par ti cipa ção

Os jogos teatrais são adequados a todas as faixas etárias e origens. Quando ne-
cessário, no entanto, o jogo deveria ser modificado ou alterado para ir ao encontro
de limitações de temp o, espaço, limites físicos, privações de saúde, medos etc. Não
há padrões estabelecidos para isso. Experimente no início ser fiel à apresentação nas
fichas. Qualqu er alteração ou mudança deveria surgir espo ntaneamente a partir do
jogo, quando necessá rio.
Uma variação de Construindo uma História (A76) foi desenvolvida espo nta-
neamente em função de uma menin a de sete anos que não conseg uia falar. Ao ser
chamada para co ntinuar a história, a única resposta da criança foi um so m assustado,
quase inaudí vel. Imed iatamente as regras foram alteradas para inclui r essa criança:
pediu- se a todos no círc ulo para que fizessem um som baixinho quando chegasse a
sua vez. Sentindo-se incluída, a criança libertou-se do medo e passou a ser capaz de
responder ao jo go. Continuando a focar na liberdade da criança diante do medo de
participar e seu crescente prazer e empenh o, novas regras mais desafiadoras foram
gradativamente acrescentadas (faça dois sons, três sons, uma palavra, duas palavras
etc.). Enquanto as necessidades de uma criança foram dessa forma atendida s, o gru-
po todo participou com prazer e a crian ça nunca percebeu que ela era o foco de aten-
ção, na medida em que a história foi rapidamente passada de um para outro. O pro-
fessor ficou tocado com a experiência, comentando depoi s com outro profe ssor que OFICINAS DE JOGOS TEATRAIS PARA O
Sa lly pa rticipo u p ela primeira vez ! ENSINO FUNDAMENTAL

Níve l 2: Solu ção de Problemas

Cada jogo teatral traz intrinsecam ente um pro blema que é enuncia do no Fi -
ch àrio co mo FOCO. O jogo irá desenvolver as hab ilidades necessárias para so lu- Fa ixa etá ria e orige m não devem limit ar o prazer com o j ogo teatral. Apre-
cio nar o problema prop osto . Sob o item Áreas de Exp eri ência no fi na l de cada se ntados em term os de se u própri o nível de experiência, os jogos teatrais da seção
fic ha , algumas das áreas de habilidades ex plora das são enunc iada s em te rm~s A foram ex pe rime ntados com as criança s mais pequ enas. As seg uintes sugestões
gerais . Defin ir rigid am ent e o co nteúdo ou disciplin a de cada j ogo teatral destrui- po de m se r úteis para professores de Ens ino Funda menta l.
ria: sua forç a vitaliza nte ' . I. Não trab alh e co m o exe rcíc io da Exp osição (A I) qu e poderá se r introdu-
Co nstruindo uma Hist óri a (A 76) pode se r utili zado para redação em sa la de zido mais tard e.
aul a mas isso não deve excluir sua utilid ade co mo trabalho narr ati vo ou co mo um 2. Jogu e os j ogos tradicion ais qu e há no Fichário (A pêndice 12) e outros
Sillll~les desvio da rotina de sa la de aula. O Jogo da Palavra # i : Chara das
(B3.0) que você co nheça com muita freqü ência ' .
pod e ser úti l para dramati zações históricas, sociológicas, mas tamb ém para di s- 3. Caso es tej a re lutando em pedir que os j ogadores experime ntem a cam i-
cu ssões e redações ' sobre probl em as comunitários. Vogais e Co nso antes (A 73) nhad a pel a substância do espaço, introduza o espaço pedindo aos jogad ores para
tem enor me valor para leitura em voz alta e para classificar padrões de fala, mas nomearem a substânc ia à sua volta na sa la. Deixe qu e os jogadores a denominem
seus alunos podem uti lizá-l o co mo diversão dur ante o rece sso . Deixe qu e as cate- como ar , oxigê nio, sala, atm osfera ou o que for, dizendo apenas que na ofi cin a de
gorias de j ogos atuem apenas co mo indícios para o professor/di agn ostic ado r. j ogos teatrai s nós a ch am amo s de subs tância do esp aço e que é possível atravessá-
la ca minha ndo e/o u descobrindo obj etos para j ogar.
4. Antes de apresentar os jogos com objeto no es paço com o Jogo de Bola # i e
Nível 3: A ção Catalisadora #2 (A9 e A IO) e Jogo da Trapaça (A 11) você poderá preferir que os jogadores pas-
se m uma bola real de um para o outro no círc ulo. Tenha eq uipamentos de playground
Avanço, ass im co mo a cr iat ividade, não pod e se r pro gram ado. Procu re man- à mão na sa la de aula para jogar se o temp o o permitir" .
ter os jogadores deseq~il ibrados para surpree nder o conhecimento espo ntâneo 5. Repit a os j ogos de Espelho (A pê nd ice 4) freq üen tem ente . Daí pode re-
novo, dand o a instrução para o inesperado durante todo j ogo teatral - Exp lore e sultar uma forte ligação de um jogador co m outro .
intensifiq ue! Blablaçüo ! Co ntato! etc/. Ne nhum jogo teatral tra rá ótimos res ulta- 6. Veja o Co me ntário de On de, Q uem, O Quê- para introd uzi r term os tea-
dos pa ra tod os os jogadores . Se as ofic inas não es tiverem se ns ib iliza ndo alguns trais para as cria nças de Ensi no Fundam en tal.
jogado res, pro cure novo s jogos teatrais que o faça m. 7. Crianças mai s jovens são ben efi ciad as co m a ut ilização de adereços reai s.
Ba ú Cheio de Chapéus ( B 12), Jogo da Pala vra # i e #2 ( B30 e B31), Quem Está
Bat endo ? #1 (A95), Quem Est á Bat endo? #2 (B33), Bon ecos #2 (B37) , Efeito s
Sonoros Vo ca is (C 34) e Dublagem (C 39) podem promover ex periênc ias teatrais
vali osas par a as crianças.

I. Co nsulte a lista de livros de jogos tradic iona is, p. 36.


• Spolin refe re-se aqui a obje tos que prom ov em atividade s lúdicas co mo bolas, petecas.
cor das, dado s etc . (N. da T.)
I . Ver Apê ndices , para escla reci mentos nessa área , p. 75.
2. Ver supra, p. 47.
2. Ver A Plat éia Dirige (C5 4).
8. Seg ue uma seqüência de jogos teatrais para as primeiras séries do Ensino
Fundamental. De forma alguma rígida, essa ordem pode tomar o material mais
acessível para crianças menores. As decisões finais sobre a ofici na cabem ao ex-
periente professor de classe.

Nova Seqü ência de Jogos Teatrais para o


Ensino Fundamental Para o pro fessor que desej a seg uir um tema específico nas o fic inas ou
intro duzir j ogos teatrais para co nteúdos curric ulares ex istentes , os seg uintes
Passa-Passa Gavião A5 O Que Esto u Com endo? Cheirando? Ou- apêndices são ofertados. Compartime ntar ha bilidades fis icas e men tais é artifi -
Sentindo o Eu com o Eu A2 vindo ? A37 cial. As Áreas de Experiência e categorias no Apêndice são lim itadoras. Não
Ouvindo o Ambiente A3 É Mais Pesado quando Está Cheio A38 de ixe que elas o lim item!
Extensão da Audição A4 Dificuldade com Obj etos Pequen os A39 Mui tas habi lidades sensoriais, fisicas , vocais criativas são inte rrompidas.
Quem Iniciou o Movim ento ? AI3 Jogo dos Seis No mes A50
Elas precisam ser redesco bertas para as necessidades da vida diária . No entan -
Três Mudan ças A 14 Construindo uma História A76
Espelho A I5 to, as hab ilidades e m si não é o que perseguim os na ofic ina de j ogos teatra is.
Construindo uma História: Congelar a
Quem é o Espelho ? A I6 Pa lavra no Meio A 79 Se as necess ida des curric ulares ou temas específicos distan ciam do jogo, você
Siga o Segu idor #/ A I7 Expos ição A I está no ca minho errado . Os jogos teatrais permitem que os alunos cr iem suas
Caça -Gav ião A18 Parte do Todo #/: Obje to A2 5 próprias ex periências e torne m-se don os de seu própri o destino.
Tocar - Ser Tocado A32 Parte do Todo #2 A26 Joga r unifica e aprimora o instrume nto de corpo/men te como um todo. Per-
Jogo de Identificação de Objetos A29
Envolvimento com Objetos Grandes A27 mitindo o confronto consigo mesmo e com os outros . Um ser humano único cami -
Jogo da Bola #/ A9
Preso A28 nha galgando novos degraus na vida onde vemos , ouvimos , cheiramos, tocamos,
Jogo da Bola #2 A IO
Não -Mo vimento: Aqueci me nto A30
Jogo da Trapaça A 1I pensamos, com unicamos, trabalhamos, vive mos, somos! Os jogos teatrais podem
Não-Movimento: Caminhada A31
Cabo de Guerra A 12 intensificar e alertar a percepção, servindo às necessidades curriculares. O artista
Substân cia do Espaço A33
Sentindo o Eu com o Eu A 19 [ator] capta e exp ressa um mundo q ue é jisico. Transcende o objeto - mais do
Mo ldando o Espa ço A34
Corrida de Índios A65
Transformação de Objetos A35 q ue informação e ob serv ação ac uradas, m ais do que o objeto fis ico em si . lv/ais
Exte ns ão da Visão A20
Penetrando Objetos A2 1 Fisical izando um Obje to A4 1 do q ue os olhos podem ver l •
Corr ida de Corda A43 Envo lvimento em Duplas A42
Pular Corda A22 Ruas e Vielas A44
Playground #/ A23 Ruas e Vielas: Variantes A45
(continue com a ordem numérica de acor-
1 Parte do Todo
Playground #2 A24
Três Mo cinhos de Europa A36 do com as fichas) Parte do Todo: In teração
J ogo de Bo la # / A9 e A40 Cabo de Guerra A 12
Jogo de Bola #2 A IO Pular Cord a A22
Jogo da Trapaça A I I Playground #/ A23

I. Ver Impro visaç ão para o Teatro, p. 14.


Onde com Ajuda B41 t nul« svsn ,\ 1,'0" 1\ d i
Playground #2 A24 Contato C I7
Onde com Ob stá culo s B42 ,\{odi/i< ',n,do " I':,nol''' o ( , \ I
Envolvi me nto em Duplas A42 Dublagem C39
Onde co m Aj uda - Obstá cul o B43 Ond« ctnn ,'ld,'rq 'o,l' .I,' ( 'cu« ( ' \.1
Parte do Todo #3: ProjissiioA67
Par te do Todo: Inter d ep endên cia Onde Esp ecializado B44 Vcrha lizaçâ» do t hul« l'art, II ( '·11
Part e do Todo #4 A68
Exe rcíc io do Onde B8 Começo e Fim com Obj etos B48 Cego Avan çado ( '43
Parte do Todo #1: Objeto A25
Jogo do Onde B9 Onde com At ividade Não-Relacionada B49
Parte do Todo #2 A26
Efeitos Sono ros Vocais C34
O Obj eto Move os Jogadores A46
Saídas e Entradas C5 I
Acrescentar uma Parte A47 4 Refletindo
Envolvimento em Três Partes ou Mais A48 Espelho/Siga o Segu idor
Par te do Todo: Liga ção
Onde com Ajuda B41
Ef eitos Son oros Vocais com Onde.
Esp elh o AIS Onde CO /1/ Obstáculos B42 Espelho AIS
Quem e O Quê C3 5
Siga o Seg uido r # 1 A 17 Onde CO /1/ Ajuda - Obstá cul o B43 Sig a o Seguidor #J A 17
Siga o Seguidor #2 A49 Dublagem C39
Eco C33 Moldando o Esp aço A34
Convergi r e Re-dividir C47
Siga o Seg uidor #2 A49
Trocando de Lugares C48
Espe lho com Penetraç ão #1 A51
Transform aç ão de Rela cionamento C53
2 Caminhada n o Espaço Fala Espe lhada # 1 A52
Dar e Tomar B6
Blablaç ão: Ensi nar B 10 Reconhecimento Esp on tâneo ao
Sentindo o Eu co m o Eu A2 e A 19 Não -M o vim ento: A q uecimento A30
Blablação int érprete #1 B 17 Refletir
Caminhada no Esp aço #1 A6 Não-Movim ento: Caminhada A31 Blablaç ão Intérprete #2 B 18
Cam inhada no Espaço #2 A 7 Câm era L en ta - Pegar e Congelar A56 Quem é o Espe lho? A 16
Espelho co m Pen etra ção #2 B 19
Cam inhada no Esp aço #3: Esqueleto A 8 Caminhada Cega no Espaço B5 I
Fala Esp elhada #2 B20

3 Objeto no Espaço 5 Estímulos Múltiplos

Jogo de Bola #1 A9 e A40 Envolvim ent o em Três Partes ou Mais A48 Jogos com Estím ulos Múltip los
Jogo de Bola #2 A I O Espe lho co m Pen etraç ão #1 A51 Debate em Contraponto #3 C 12
Quant o Você Lembra ? A90
Jogo da Trapaça A 1I Conve rsaç ão COII1 En volvimento A57
Conversaçào em Três Vias A91
Cabo de Guerra A 12 Encontrando Obj etos 110 Ambient e
Esc reve r em Três Vias A92 Seleçã o Espon tân ea
Pula r Corda A22 Imediato A84
Desenh ar em Três Vias A93
Playground #J A23 Blabla ção: Vender A86
Debate em Cont rapont o #1 C I O Jog o do Desenh o A60
Playground #2 A24 Dem onstraç ão do Onde B2
Debate em Contrapont o #2 C 11
Env olvimento com Obj etos Grandes A2 7 Onde #1: Cons truindo um Ambien tei
Preso A28 Cen ári o B3
Sub s tância do Espa ço A33 Onde #2: Construindo um Ambientei
Moldando o Espaço A 34 Cenário B4 6 Transforma ção
Transformação de Obj etos A35 Exercício do Onde B8
Jogos de Tran sform ação
Três Mocinhos de Europa A36 Jog o do Onde B9
É Mai s Pesado Quando Está Cheio A38 Onde Atra vés de Três Obj etos B25 Tran sformaç ão de Objet os A35 Debate em Cont raponto #3 C 12
Difi culdade com Obj eto s Pequ enos A39 Mostrando Qu em Através de um Transjannaçiio de Relacionamento C 53
Debate em Co n traponto #2 C I 1
Fisi cali zando um Obj eto A41 Obj eto B35
Envo lvime nto em Duplas A42 En volvimento co In o Am biente
O Obj eto Move os J ogadores A46 Imediato B39
Ac rescentar uma Part e A4 7 Expl oração de Ambiente Amplo B40
7 Teatro Blablação: Português A88 Efeitos Sonoros Vocais com Onde, Quem
Começo e Fim com Objetos B48 e O Quê C35
Teatro: Orientação Inicial para o Onde com Ajuda B41 Explorar e Intensificar C6 Dublagem C39
Onde com Obstáculos 842 O Que Está Além: Atividade C8 Deixando um Objeto em Cena C44
Onde (Cenário e/ou Ambiente)
Onde com Ajuda - Obstáculo 843 O Que Está Além: Evento Presente C49 Enviando Alguém á Cena C45
Envolvimento com Objetos Grandes A27 Onde Especializado B44 O Que Está Além: Acontecimento Passado Saídas e Entradas C51
Preso A28 Onde com Ati vidade Não-Relacionada B49 ou Futuro C50 Tensào Silenciosa C52
Acrescentar uma Parte A47 Onde sem Mãos B50 Transformação de Relacionamento C53
O Oue Está Além: Onde C7 Teatro: Onde, Quem e O Quê
Teatro : Orientação Inicial para o O,;;le com Adereços de Cena C32 Teatro: Atuando com o Corpo
Quem Está Batendo? #1 A95
Quem (Personagem e/ou Efeitos Sonoros Vocais C34 Todo
Verbalizaçào do Onde - Parte I C40 Trocando os Ondes B26
Relacionamento)
Verbalização do Onde - Parte li C41 Quem Está Batendo? #2 833
Pés e Pernas #1 CI8
Que Idade Tenho? A61 Cego B52 Pés e Pernas #2 C 19
Cego Avançado C43
Que Idade Tenho? Repetição A62 Exercício para as Costas #1 C20
Teatro: Quem (Personagem e/ou Teatro: Clareando o Quadro de
Exercício para as Costas #2 C21
Teatro: Orientação Inicial para o Cena; Marcação Autodirecionada
Relacionamento) Mãos C22
Quê (Atividade) Partes do Corpo - Cena Completa C23
Dar e Tomar B6
O Que Faço para Viver A66
Parte do Todo #2 A26 Afundando o Barco - Compartilhando
Parte do Todo #3: Profissão A67 Teatro: Fisicalização da Emoção
Envolvimento em Três Partes ou Mais A48 o Quadro de Cena 813
Parte do Todo #4 A68
Convergir e Re-dividir C47
Quem Sou Eu? A98 Modificando a Emoção C31
Teatro: Onde (Cenário e/ou Jogo do Quem B21 Trocando de Lugares C48
Ambiente) Mostrando Quem Através de um Teatro: Efeitos de Som
Teatro: Figurinos
Objeto 835
Oue Horas São? #1 A63 Movimento Ritmico 845 Efeitos Sonoros Vocais C34
Exercício do Tempo #1 A64 Baú Cheio de Chapéus B !2
lrritação Física #1 C24 Efeitos Sonoros Vocais com Onde, Quem,
Encontrando Objetos no Ambiente O Quê C35
irritação Física #2 C25 Teatro: Vinhetas
lmediato A84 Hábitos e Tiques Nervosos C26
Demonstração do Onde B2 Baú Cheio de Chapéus B 12 Teatro: Resposta Plena
Sustente! #1 C27
Onde #1: Construindo um Ambientei Jogo da Palavra #1: Charadas B30
Sustente! #2 C28 Cego Avançado C43
Cenário B3 Músculo Tenso C29 Jogo da Palavra #2 B31
Onde #2: Construindo um Ambientei Quem Está Batendo? #2 833
Modificando a Emoção C3 1 Teatro: Movimento em Cena
Cenário B4 Tensào Silenciosa C52 Bonecos #1 B36
Plantas Baixas e Direções de Cena 87 Transformação de Relacionamento C53 Bonecos #2 837 Saídas e Entradas C51
Exercício do Onde 88 Automação B38
Jogo do Onde 89 Teatro: O Quê (Atividade) Movimento Rítmico 845 Seletividade
Onde: Blablação B l l Sussurro de Cena CI6
Seleção Rápida para o Onde #1 823 O Que Estou Comendo? Cheirando? Seleção Rápida para o Onde #1 B23
Contato CI7
Seleção Rápida para o Onde #2 824 Ouvindo? A37 Seleção Rápida para o Onde #2 B24
Onde com Adereços de Cena C32
Onde Através de Três Objetos 825 É Mais Pesado Quando Está Cheio A38 Efeitos Sonoros Vocais C34 Onde Através de Três Objetos B25
Que Horas São? #2 B27 Dificuldade com Objetos Pequenos A39
Exercício do Tempo #2 828 Fisicalizando um Objeto A41
Vendo um Esporte: Lembrança A59 8 Linguagem
Mostrar o Onde sem Objetos 829
Envolvimento com o Ambiente Parte do Todo #3: Profissão A67
Blablação: Vender A86
Jogos para Leitura
Imediato B39 Espelho com Penetração #1 A5!
Exploração de Ambiente Amplo B40 Blablaçào: Incidente Passado A87
Jogo dos Seis Nomes A50 Fala Espelhada #1 A 52
Conversação com Env olvimento A57 Jogo da Pala vra # i : Charadas 830 Construindo uma História a partir de Espelhu com Penetração #2 B 19
Relatando UI11 Incidente Acrescentando Jogo da Palavra #2 831 Sel eção Randômica de Palavras A80 Fala Espelhada #2 820
Colorido A58 Quem Está Batendo ? #2 833 Cali grafia Grande A81 Debate em Contrapon to #2 C I 1
Jogo de Observaç ão A69 Caligrafia Pequena A82 D ebate em Contraponto #3 C 12
Vendo o Mundo A 71 Si lab aç ão Caligrafia Cega A83 Contato CI7
Sílabas Cantadas A72 Encontrando Objetos no Ambient e
Sílabas Cantadas A 72 Imediato A84 Com unicação: Falando - Na rran do
Vogais e Cons oantes A 73
Construindo uma História: Con gelar a Jogo do Vocabulário A89
Dar e Tomar: Leitura A 75 Relat ando l/In incidente Acrescentando
Construindo uma História A 76 Palavra do M eio A 79 Conversação em Três Vias A91
Colorido A58
Construindo uma História para Leitura A77 Escrever em Três Vias A92
Vendo o Mundo A 7 1
Fantasma A 78
Padrões de Fala Iluminando A97
Construindo 1/I1U1 História A 76
Construindo unta História : Con g elar a Espelho com P enetração #2 B 19
Construindo uma Hist ória : Congelar a
Palavra do Meio A 79 Vogai s e Cons oantes A 73 Fala Esp elhada #2 820
>
Palavra do Meio A 79
Construindo uma História a partir de Sel eção Rápida para o Onde # 1 823
Palavra s como Parte da H i st óri a Construindo uma História com Subtons
Seleç ão Randômica de Pala vras A80 Seleç ão Rápida para o Onde #2 824
como um Todo de Emoção C30
Caligrafia Grande A8 1 J ogo da Palavra #1: Charadas 830
Verbalização do Onde - Parte I C40
Caligrafia Pequena A82 Jogo da Palavra #2 B3 I
Construindo 1/I1/([ História a partir de
Caligrafia Cega A83 Qu em Está Bat endo ? #2 833 Com unicação: Des enh o
Sele ção Randômica de Palavras A80
Jogo do Vocabulário A89 Debate em Contraponto #i C I O
Quanto Vo cê Lembra? A90 Jogos com Caligrafia Debate em Co ntrap onto #2 C I I J ogo do Desenho A6ü
Escrever em Três Vias A92 Debate em Contraponto #3 CI2 Desenhar em Três Vias A93
Iluminando A97 Caligrafia Grande A8 1 Contato C I7
Cali grafia Pequena A82 Irritação Físi ca # 1 C24 Comunicação: Sem Palavras
Espelho com Penetração #2 8 19
Fala Esp elhada #2 820 Cali grafia Cega A83 trritaçào Físi ca #2 C25
Blabl açào: Introduç ão A85
Con struindo uma História com Subtons
Blablaçào: Vender A86
de Emoç ão C30
9 Comunicação Verbalização do Onde - Parte I C40
Blablação: incident e Passado A87
Blablaç ão: Ensinar 810
Comunicação: A gilidade Verbal Com unicação: Familiaridade e Onde: Blablação 8 I 1
Comunicação: Falando - Diálog o
Fl exibilidade com Palavras Blablaçâo: Língua Estrangeira # i 814
Passa-Passa Gavi ão A5 Espelho com Penetração # i A5 1 Blablação: Língua Estrangeira #2 815
Ca ça-Gavi ão A 18 Jogo dos Seis Nomes A5ü Fala Espelhada # i A52 Blablação: Int érprete # i 817
Vogais e Consoantes A 73 Espelho com Penetração # 1 A5 1 Co nversaç ão com Env olvimento A5 7 Blablação: Int érprete #2 818
Chi co tinh o Qu eimado A96 Fala Esp elhada #1 A52 Vogai s e Consoantes A 73
Dar e Tomar 86 Conversação com Envolvimento A57 Encontrando Objetos no Ambiente Comunicação: Ressonân ci a n a
Diálog o Cantado 847 Relatando um Incidente A cres centando Imediato A84 Fala
A queci mento: Sussurro de Cena C 15 Colorido A58 Blablaç ào: Português A88
Sussurro de Cen a C 16 Jo g o de Obs ervação A69 Conv ersação em Três Vias A9 1 Dar e Toma r 86
Eco C33 Vendo o Mundo A 71 Iluminando A97 Diálogo Cantado 847
Efeitos Sonoros Vocais C34 Sílabas Cant adas A 72 Blablaç ão: Int érprete # i 817 Convergir e Re-dividir C47
Efeito s Sonoros 10 cais com Onde, Quem, Vogais e Consoantes A73 Blablaç ào: Int érprete #2 818 Trocando de Lugares C48
O Quê C35 Con struindo uma Hist ória A 76
Dublagem C39 Fantasma A 78
Conv ergir e Re-dividir C47 Construindo uma História: Congelar a 10 Comunicação Não-Verbal
Palavra do M eio A 79 M ostrar, Não Con tar
O Qu e Estou Co m endo? Cheirando ? É Mais Pesado Quando Está Cheio A38
Ou vindo ? A37 Difi culdade com Objetos Pequ enos A39
Blablação: Português A88 Tensão Silenciosa C52 Transformação de Relacionamento C53
Fisicalizando um Objeto A41
Vendo um Esporte: Lembrança A59 Quem Está Batendo? #1 A95
Blablação: Vender A86 Demonstração do Onde B2
Onde #1: Construindo um Ambientei
11 Consciência Física e Movimento
Blablação: Incidente Passado A87
Blablação: Português A88 Cenário B3 Exploração do Movimento Corporal
Quem Sou Eu ? A98 Onde #2: Construindo um Ambientei
Blablação: Ensinar BIO Cenário B4 Não-Movimento: Aquecimento A30 Mãos C22
Jogo do Quem B21 Dar e Tomar B6 Não-Movimento : Caminhada A31 Partes do Corpo - Cena Completa C23
Trocando os andes B26 Exercício do Onde B8 Câmera Lenta - Pegar e Congelar A56 Irritação Física #1 C24
Jogo do Onde B9 Bonecos #1 B36 Irritação Física #2 C25
Jogos com Comunicação Não- Blablação: Ensinar B LO Bonecos #2 B37 Hábitos ou Tiques Nervosos C26
Verbal Onde: Blablação B I) Automação 838 Sustente! #1 C27
Blablação: Língua Estrangeira #1 B L4 Movimento Rítmico B45 Sustente! #2 C28
Jogo de Sola #1 A9 Blablação: Língua Estrangeira #2 BIS Caminhada Cega no Espaço B5 L Músculo Tenso C29
Jogo de Bola #2 ALO Blablação: Intérprete #1 B 17 Pés e Pernas #2 C L9
Jogo da Trapaça A 1I Blablação: Intérprete #2 B 18 Percepção da Cabeça aos Pés
Pés e Pernas #1 C 18
Cabo de Guerra A 12 Espelho com Penetração #2 B L9 Contato CI7
Espelho AIS Fala Espelhada #2 B20 Vendo o Mundo A 71
Quem é o Espelho? A 16 Onde Através de Três Objetos B25 Movimentos Físicos e Expressão
Siga o Seguidor #1 AI7 Mostrando Quem Através de um Percepção Corporal
Pular Corda A22 Sentindo o Eu com o Eu A2
Objeto B35 Caminhada no Espaço #1 A6 Sentindo o Eu com o Eu A2
Playground #1 A23 Envolvimento com o Ambiente Caminhada no Espa ço #2 A7 Sentindo o Eu com o Eu
Playground #2 A24 Imediato B39
Envolvimento com Objetos Grandes A27 Caminhada 110 Espaço #3: Esqueleto A8 (Repetição A2) AI 9
Exploração de Ambiente Amplo 840
Preso A28 Jogo de Bola #1 A9
Onde com Ajuda B4 L Jogo de Sola #2 A I O Refinando e Intensificando a
Substância do Espaço A33 Onde com Obstáculos B42
Moldando o Espaço A34 Jogo da Trapaça A 1I Consciência
Onde com Ajuda - Obstáculo B43
Transforma ção de Objetos A35 Cabo de Guerra A 12
Onde Especializado B44 Sentindo o Eu com o Eu
Três Mocinhos de Europa A36 Explorar e Intensificar C6
Começo e Fim com Objetos 848
O Que Estou Comendo? Cheirando? (Repetição A2) A L9
Onde sem Mãos B50 Pular Corda A22 Jogos de Playground
Ouvindo? A37 O Que Está Além: Onde C7
É Mais Pesado Quando Está Cheio A38 Playground #1 A23
O Que Está Além: Atividade C8 Jogo de Bola #1 A9
Dificuldade com Objetos Pequenos A39 Playground #2 A24
Pés e Pernas #1 CI8 Jogo de Bola #2 A IO
Jogo de Bola #1 (repetição de A9) A40 Não-Movimento: Aquecimento A30
Pés e Pernas #2 CL9 Jogo da Trapaça A LI
Fisicalizando um Objeto A41 Não-Movimento: Caminhada A31
Exercício para as Costas #1 C20 Cabo de Guerra A 12
Envolvimento em Duplas A42 Jogo de Bola #1 (Repetição de A9) A40
Exercício para as Costas #2 C2L Pular Corda A22
O Objeto Move os Jogadores A46 Câmera Lenta - Pegar e Congelar A56
Mãos C22 Playground #1 A23
Acrescentar uma Parte A47 Partes do Corpo - Cena Completa C23 Onde sem Mãos B50
Caminhada Cega 110 Espaço 85L Playground #2 A24
Envolvimento em Três Partes ou Mais A48 Modificando a Emoção C31 Jogo de Bola #1 (Repetição de A9) A40
Siga o Seguidor #2 A49 Onde com Adereços de Cena C32 Exercicio para as Costas #1 C20
Espelho com Penetração #1 A5L Efeitos Sonoros Vocais com Onde, Quem , Exercício para as Costas #2 C21
Fala Espelhada #1 A52 O Quê C35
Encontrando Objetos no Ambiente Dublagem C39 12 Jogos Tradicionais
Imediato A84 Verbalização o Onde - Parte II C4L Jogos Tradicionais
Blablação: Introdução A85 Cego Avançado C43
Passa-Passa Gavião AS Quem Iniciou o Movimento? AL3
Blablação: Vender A86 Convergir e Re-dividir C47
Caminhada no Espaço #3: Esqueleto A8 Três Mudanças A 14
Blablação: Incidente Passado A87 Trocando de Lugares C48
Jogo dos Seis No mes A 50 Caminhada Ceg a no Espaço 851
Pegador - Pegador com Explo s ão A55
14 Tocar - Ser Tocado
Jog o do Desenho A6 0 Jogos Tradici onais: Jog os Sentindo o Eu com o E u A2 Transfonnação de Obj etos A35
Cor rida de fndi os A65 Dra máti cos Caminhada no Espaço # 1 A6 Caligrafia Cega A 83
Jogo de Observaçã o A 69 Caminhada no Espaço #2 A 7 Espe lho com Pen etração #2 81 9
Eu Vo u para a Lua A 70 Três M ocinh os de Europa A 36
Cam inhada no Espaço #3: Esq ueleto A8 OI/de sem Mãos 8 50
Sílab as Cantadas A72 Ruas e Vielas A44
Sentindo o Eu com o Eu (Repetição A2) A 19 Caminhada Cega no Espaço 8 51
Fantasma A7 8 Ruas e Vielas : Va riantes A45
J og o de ldentificaç ão de Obj etos A2 9 Cego 8 52
Jogo do Vocabulár io A89 Chicotinho Queimado A9 6
Tocar-Ser Tocado A3 2 Explorar e Intensificar C6
Quant o Você Lembra ? A90 J og o da Pala vra # 1: Cha radas 8 30
Substância do Espaço A33 Conta to C I7
Bat endo A94 J og o da Pa lav ra #2 8 31
Mo ldando o Espaço A34 Cego Avançado C43
iluminando A9 7

13 Som e Fala 15 Os Sentidos


Jogos de Ouvir-Escutar Série de Blablaçã o Jog os Sensoria is Jogo de Observa ç ào A 69
Sentindo o Eu com o Eu A2 Eu VOI/ para a Lua A 70
Ouvindo o Ambiente A3 Blablação: Introdu ção A8 5
Ouvindo o Ambiente A 3 Vogais e Consoantes A 73
Extens ão da A udição A4 Blablaçã o: Vender A 86
Extens ão da Audição A4 Dar e Tomar: Aq ueci mento A 74
Fala Esp elhada #1 A52 Blablação: Incidente Passado A87
Caminhada no Espaço # 1 A6 Dar e Tomar: Leitura A 75
Relatando UlII Incident e Acres ce ntando Blablaçã o: Portugu ês A8 8
Caminhada no Espaço #2 A7 Constru indo uma História A 76
Color ido A58 . Blablaç ào: Ensinar 81 0
Cam inhada no Espaço #3: Esqueleto A8 Construindo uma História para Leitura A77
Eu Vo u para a Lua A 70 OI/de: Blablação 81 1
Quem Iniciou o Movi mento ? A 13 Constru indo UI //(( Histór ia: Congelar a
Sílabas Cantadas A72 Blablaç ão: Líng ua Estrang eira # 1 81 4
Três Mu danças A 14 Pala vra do Meio A 79
Dar e Tomar: Aquecim ent o A74 Blablaçã o: Língu a Estrang eira #2 815
Espelho A IS Caligrafia Cega A83
Dar e Toma r: Lei tura A 75 Blablação: Int érp rete # 1 81 7
Quem é o Espe lho ? A I6 Quanto I1lcê Lem bra ? A9 0
Cons truindo uma História: Conge lar a Blablaç ão: Int érprete #2 81 5
Siga o Seg uidor # 1 A 17 Conversação em Três Vias A9 1
Pala vra do Meio A 79 Bat endo A94
Flu ên ci a Verb al e Qualidades Caça -Gavi ão A 18
Quanto Você Lembra ? A90 Quem Está Batendo ? #1 A95
Tonais Sentindo o Eu com o Eu (Repetição A2) A 19
Conversaç ão em Trés Vias A 91 /lum inando A97
Extensão da Vis ão A2 0
Batendo A94 Dar e Tomar 8 6
Blablação: Língu a Estra ngeira # 1 81 4 Penetrando Objetos A2 1
Quem Está Bat endo ? # 1 A9 5 Fala Esp elhada #2 8 20
Blablação: Língu a Estrang eira #2 815 J og o de Ident (/icaçiio de Obj etos A29
Iluminando A9 7 Nào -Movi inenta: Aqueci me nto A3 0 Quem Está Batendo ? #2 8 33
Diálog o Cantado 847
Dar e Toma r 8 6 Não -Movi me nto: Caminhada A3 1 Onde sem Mão s 8 50
Fa la Espe lhada #2 820 Resp osta ao Som Tocar - Ser Tocado A32 Caminhada Cegá no Espa ço 8 51
Quem Está Batendo ? #2 8 33 Cego 8 52
Sub s tância do Espaço A33
Caminhada Ceg a no Espaço 851 Quem Es tá Batendo ? #2 8 33 Moldando o Espaço A34 Exp lora r e Intensificar C6
Cego 8 52 Transformação de Objetos A35 Debat e em Contraponto #3 C 12
Exp lora r e In tensifica r C6 Extensão do Som Sussurro de Cena C 16
Espe lho com Penetraç ão # 1 A5 1
Contato C 17
Debate em Con trapo nto #3 C 12 Fala Espe lhada #1 A52
Diálog o Cantado 84 7 Cons tru indo um a Histór ia com Subtons
Suss urro de Cena C 16 Visão Per iférica A5 3
Aq uecimento: Sussurro de Cena C 15 de Emoção C30
Construindo uma His tór ia com Subtons Aquecimento Básico A5 4 Eco C33
de Emoç ão C30 Exploraçã o do Som Câmera Lenta - Pegar e Conge lar A56 Ef eitos SOl/aros li xais C34
Eco C33 Relatan do um Inci dente A crescentando .Dublage m C39
Efeitos Sonoro s Vocais C34 Eco C33 Colorido A58 Cego Avançado C43
Corrida de fndios A6 5 Convergir e Re-di vidir C47
16 Observa ção Aquecimento Básico A54 Caça-Gavião A 18
Jogo da Observação A69 Pular Corda A22
Jogos de Olhar- Ver Corrida de Índios A65
Eu /.0u para a Lua A70 Playground #2 A24
Jogo de Observaç ão A69 Sílabas Cantadas A72
Quem iniciou o Movimento ? AI3 Dar e Tomar: Aquecimento A74 Três Mocin hos de Europa A36
Três Mudanças A 14 Fan tasma A 78
Fa la Espelhada #2 B20 Jogo de Bola #i (Repetição de A9) A40
Esp elho A I5 Caligrafia Gra nde A8 1
Explorar e i ntensificar C6 Corrida de Co rdas A43
Quem é o Esp elho ? AI6 Caligrafia Pequena A82
R uas e Vielas A44
Siga o Seguidor # i A I7 Caligrafia Cega A83
Jog os de Memória-Observa ção Ruas e Vielas : Va riantes A45 ,
Caça -Gavião A 18 Jogo de Vocabul ário A89
Jogo do Desenho A60
Extensão da Visão A20 Bat endo A94
Relatando um incidente Acres centando Corrida de Ín dios A65
Pe netrando Objetos A21 Ilum inando A97
Colorido A58 Dar e Tomar : Aquecimento A74
Cego B52
Siga o Seguidor #2 A49 , Vendo um Esporte : Le mbrança A59 Chicotinho Queimado A96
Esp elho co m Penetração # i A5 1 Corrida de Índios A65 Aquecimentos Ativos Aquecimento : Sussurro de Cena C I5
Fala Espelhada # i A52 J og o de Observação A69
Visão Perifé rica A53 Eu Vou para a Lua A70 Passa-Pa ssa Gavi ão A5 Aquecimentos Vocais
Aquecimento Bási co A54 Vendo o Mundo A71 Jogo de Bo la #i A9
Jogo de Bo la #2 A 10 Aquecimento: Sussurro de Cena C 15
Jogo da Trap aça A I I
17 Tempo Presente/ Aqui, Agora ! Re vigoram en to
Cabo de Gue rra AI2
Sentindo o Eu com o E u A2 Blab lação : Intérp rete #1 B 17 Quem iniciou o Movimento? AI3 Aquecimento Básico A54
Caminhada no Espaço # i A6 Blablação : Intérp rete #2 B 18
Caminhada no Espaço #2 A7 Espelho com Penetraç ão #2 B 19 19 Demonstra ções
Caminhada no Espaço #3,' Esqueleto A8 Fa lá Espelhada #2 B20
Espe lho A I5 Cam inhada Cega no Espaço B51 Demonstrações de Direções Demonstrações do Foco
Que m é o Esp elho ? AI6 Debate em Con traponto #1 C IO de Cena
Exposição A I
Siga o Seguidor # i A 17 Debate em Contraponto #2 CII
Plan tas Baix as e Direçõ es de Cena B7
Não-Movimento: Caminhada A3 1 Debate em Contraponto #3 CI2
Transformação de Objetos A35 Efeitos Sonoros Vocais com Onde, Quem,
Siga o Seguidor #2 A49 O Quê C35 20 J ogos Repetidos
Espelho com Pe netraç ão #i A5 1 D ublagem C39
Câm era Len ta - Pegar e Congelar A56 Con vergir e Re -dividir C47 A2 Sentindo o Eu Com o Eu , repe tido A73 Vogais e Consoantes , repe tido como
Dar e Tomar B6 Trocando de Lugares C48 como A I9 B46 e CI4
Blablação: Ensinar B I O Transfo rma ção de Relacionamento C53 A6 Caminhada no Espaço #1, repe tido A74 Dar e Tomar: Aquecimento, repetido
como C2 como B5
A7 Caminhanhada no Espaço #2, repetido A88 Blablaç ão: Portugu ês, repetido
18 Aque cimentos como C3 como BI 6
Aquecimentos Silenciosos Sentindo o Eu com o Eu (Repetição A2) A 19 A8 Caminhada no Espaço #3: Esq ueleto, A95 Qu em Está Ba tendo? #1, repe tido
Extens ão da Visão A20
repe tido como C4 como B32
Sentindo o Eu com o Eu A2 A9 Jogo de Bola #1, repetido como A40 A97 iluminando, repetido como C9
Penetrando Objetos A21
Ouvindo o A mbiente A3 AI2 Cabo de Guerra , repet ido como B34 B6 Dar e Tomar , repet ido como C46
Jogo de Identificaç ão de Objetos A29
Extensão da Audição A4 A 17 Siga o Seguidor #1, repet ido como BI I Onde : Blablaç ão, repe tido como
Não -Movimento: Aquecim ento A30
Camin hada no Espaço #i A6 C38 C37
Não -Movimento : Caminhada A31
Caminhada no Espaço #2 A7 A54 Aquecimento Básico, repetido como B20 Fala Espelhada #2, repe tido como
Tocar - Ser Tocado A32
Caminhada no Espaço #3: Esqueleto A8 BI e C I C36
Jogo dos Seis No mes A50
Três M udanças A 14 A60 Jogo do D esenho, repeti do como B30 Jogo da Pa lavra #1: Charadas, repe-
Visão Perifé rica A53
B22 tido como C5
B51 Caminhada Cega no Espaço, repetido A80 Construindo uma História a Partir B22 Jog o do Desenh o
B4 7 Diál og o Ca nta do , repetid o como de Seleção Rand ômica de Pala vras 8 23 Seleção Rápida para o Onde #1
C I3 como C42
A81 Calig rafia Gran de 8 24 Seleç ão Rápida para o Onde #2
A82 Caligrafia Pequ ena 825 Onde A través de Três Obj etos
21 Listagem Numérica dos J ogos A83 Caligrafia Cega B26 Trocando os Ondes
A84 Encontrando Obj etos no Ambiente B27 Que Horas Selo? #2
AI Exposição A42 Env olvim ent o em Dup las
Im ediato B28 Ex ercício do Tempo #2
A2 Sentindo o, Eu com o E u A43 Corrida de Corda s
A85 Blablaçào: Int rodução B29 Mos trando o Onde sem Objetos
A3 Ou vindo o A mbiente A44 Ruas e Vielas
A86 Blublação : Vender B30 Jogo da Pa lavra #1: Charadas
A4 Extensão da Audição A45 Ruas e Vielas: Va rian tes
A87 Blablaç ão: Incidente Passado B31 Jog o da Pa lav ra #2
A5 Passa -Passa Gavião A46 O Obj eto Mov e os Jogadores
A8 8 Blablação: Portugu ês B32 Quem Es tá Batendo ? #1
A6 Caminhada no Esp aço # 1 A47 A crescentar lima Parte
A48 En vol vim ento em Três Partes o u A89 Jogo do Vocabulário B33 Quem Está Batendo ? #2
A7 Caminhada no Espaço #2 A90 Quanto 10 cê Lembra ? B34 Cabo de Gu erra
A8 Cami nhada 1/0 Espaço #3: Esq uel eto Mais
A91 Conversação em Três Vias B35 Mostrando Quem A trav és de um
A9 Jog o de Bola # 1 A4 9 Sig a o Segu idor #2
A9 2 Escrever em Três Vias Obj eto
A1OJogo de Bola #2 A50 J ogo dos Seis No mes
A9 3 Desenhar em Três Vias B36 Bonecos # 1
A I I Jogo da Trapaça A5 1 Espelh o com Pen etra çeio #1
A94 Bat endo B37 Bonecos #2
A 12 Cab o de Guerra A 52 Fala Esp elhada # 1
A95 Quem Está Bat endo? #1 B38 Automaç ão
AI3 Qnem lni ciou o Movim ent o ? A53 Viselo Periférica
A96 Chicotinho Queimado 8 39 En volvim ento com o Ambiente
A 14 Três Mudan ças A54 Aq ueci men to Básico
. A55 r egador - Pegador co m Explosão A97 Ilumi nando Imedi ato
A 15 Espelho A98 Quem So u Eu ? B40 Exp loração de A mb iente Amp lo
A 16 Qu em é o Esp elho?
A56 Câme ra Lenta - Pegar e Con g elar
A57 Co nversâçeio com Envolvime nto B4 1 Onde com Ajuda
A 17 Siga o Seg uidor #1 B 1 Aquecimento Básico B42 Onde com Obstáculos
A 18 Caça -Gavião A5 8 Relatando um Incidente
B2 Demonstração do Onde 8 43 Onde com Aj uda - Obstáculo
A t 9 Sentindo o Eu com o Eu Acrescentando Co lorido
A59 Vendo um Esp orte: Lembrança B3 Onde # 1: Construindo uni A mbientei B44 Onde Especializado
A20 Extens ão da Viseio Cená rio 845 Movime nto Rítm ico
A2 1 Penetrando Obj etos A6 0 J ogo do Desenh o
B4 Onde #2: Cons truindo um A mbiente/ B46 Vogais e Consoant es
A22 Pular Corda A6 1 Qu e Idade Tenh o ?
Cená rio B47 Diál og o Cantado
A23 Playground # 1 A62 Que Idade Tenh o ? Rep et iç ão
B5 Dar e Tomar: A quecime nto B48 Com eço e Fim com Obj etos
A24 Playground #2 A63 Que Horas Seio ? # 1
B6 Dar e Tomar 849 Onde com Atividade Não-Relacionada
A25 Parte do Todo # 1: Obj et o A64 Exercício do Temp o # 1
A65 Co rri da de ín dios B7 Plantas Baixa s e Direções de Cena B50 Onde Se m Mãos
A26 Parte do Todo #2 B8 Exercício do Onde
A66 O Que Faço para Viver B51 Caminhada Cega no Esp aço
A27 Env olviment o com Obj etos Grandes B9 Jo go do Onde
A67 Parte do Todo #3:' Profi ssão B52 Cego
A28 Preso A68 Parte do Todo #4 B IO Blablação: Ens inar
A29 Jo go de tde ntificaç ão de Obj etos A69 J ogo de Observação B I 1 Onde: Blablaçào
A30 Neio-Mov imento: Aquecim ent o C 1 Aquecim ent o Básico
A70 Eu Vou para a Lua B 12 Baú Cheio de Chapéus C2 Caminhada no Esp aço # 1
A31 N ão-Movime nto: Caminhada
A 7 1 Vendo o Mundo B 13 Afunda ndo o Barco -
A32 Tocar - Ser Tocado C3 Caminhada no Espa ço #2
A72 Sílabas Cantadas Compa rtilhando o Quadro de Cena
A33 Sub stância do Espa ço A 73 Voga is e Consoantes
C4 Caminhada no Espaço #3: Esqueleto
A34 Moldando o Espa ço B I4 Blablação: Língu a Estrangeira # 1 C5 Jog o da Pala vra # 1: Chara das
A 74 Dar e Tomar : Aquecimento
A35 Transformaç ão de Objetos B 15 Blablaç ão: Língua Estrang eira #2 C6 Explorar e Intensificar
A 75 Dar e Tomar: Lei tura
A36 Três Mocin hos de Europa B 16 Blablaçã o: Portugu ês C7 O Que Está A lém : Onde
A 76 Cons truindo lt/IUI História
A37 O Que Estou Come ndo ? Cheirando? B 17 Blab laçã o: Intérp rete #1
A 77 Cons truindo u nia Hist ória para C8 O Qu e Está A lém: A tividade
Ouvindo ? B 18 Blablaçào: Int ér p rete #2
Leltura C9 Ilum inan do
A38 É Mai s Pesado Quando Está Cheio B 19 Esp elho com Penetração #2
A78 Fantasma C 1O Debate em Contraponto # 1
A39 Dificu ldad e com Objetos Pequenos B20 Fala Espelhada #2
A 79 Construindo unia História : Cong elar C 11 Debate em Contraponto #2
, A40 Jo g o de Bola # 1 B2 1 J og o do Quem
a Pala vra do Meio C 12 Debate em C ontrapont o #3
A4 1 Fisicalizando um Obj eto
CI3 Diálogo Cantado C35 Efeit os Sonoros Vocais com Ond e, Seleção Randômica de Pala vras A80 Exercício para as Costa s #2 C21
C 14 Vogais e Consoantes Quem, O Quê Construindo uma História com Subton s Exercíci o do Onde B8
CI5 Aquecim ento: Sussurro de Cena C36 Fala Esp elhada #2 de Emoç ão C30 Exposição A I
CI6 Sussurro de Cena C37 Ond e: Blablação Construindo uma His tória : Congelar a Exploração de Ambiente A mp lo B40
C I7 Contato C38 Siga o Seg uidor # 1 Pala vra do Meio A 79 Explora r e Intensificar C6
CI8 Pés e Pernas #1 C39 Dublagem Construindo uma História para Leitura A77 Extensão da Audição A4
C 19 Pés e Perna s #2 C40 Verba lizaç ão do Onde - Parte I Cont ato CI7 Extensão da Visão A20
C20 Exercício para as Costas #1 C41 Verbalização do Onde - Parte II Con versa ção com Envolvimento A57
C21 Exercício para as Costa s #2 C42 Caminhada Cega no Espaço Conversaç ão em Três Vias A91 Fala Esp elhada #1 A52
C22 Mã os C4 3 Cego Avança do Convergir e Re-dividir C47 Fala Esp elha da #2 B20 e C36
C23 Partes do Corpo - Cena Completa Fantasma A 78
C44 Deixando um Objeto em Cena
C241rritação Físi ca #1 Dar e Tomar B6 e C46 Fisicalizando um Objeto A41
C45 En viando Alguém à Cena
C25 Irritaçã o Fís ica #2 Dar e Tomar: Aquecimento A 74 e B5
C46 Dar e Tomar
C26 Hábitos ou Tiques Nervosos Dar e Tomar: Leitura A 75 Hábit os ou Tiques Ner vosos C26
C47 Convergir e Re-dividir
C27 Sustente! # 1 Debat e em Contraponto #1 CIO
C48 Trocando de Lugares
C28 Sustente! #2 Debate em Contrap onto #2 C II Iluminando A97 e C9
C29 Músculo Tenso C49 O Que Está Além: Ev ento Presente
Debat e em Contrapont o #3 C12 Irrita ção Física #1 C24
C30 Construindo uma História com C50 O Que Está A lém : Acont ecim ento Deixando 11111 Objeto em-Cena C44 irritação Física #2 C25
Subtons de Emoção Passado ou Fu turo Demon stra ç ão do Onde B2
C3 I Modifi cando a Em oçã o C5 I Saídas e Entradas Desenhar em Três Vias A93 Jogo da Palavra #1: Charadas B30 e C5
C32 Ond e com Adereços de Cena C52 Tensão Silenciosa Diálogo Cantado B47 e CI3 Jogo da Pala vra #2 B3 1
C33 Eco C53 Transform açã o de Rela cionam ento Dificuldade com Objetos Pequ enos A39 Jogo da Trapaça A I I
C34 Ef eitos Sonoro s ViJcais C54 A Plat éia Dirige Dublagem C39 Jogo de Bola #1 A9 e A40
Jogo de Bola #2 AlO
É IV/ais Pesado Quando Está Cheio A38 Jogo de ldentificação de Objetos A29
22 Listagem Alfabética de Jogos Eco C33 Jogo de Observa ção A69
Ef eitos Sonoros ViJcais C34 Jogo do Desenho A60 e B22
Acresc entar uma Parte A47 Bon ecos #1 B36 Ef eitos Son oros ViJcais com Ond e, Quem, Jogo do Ond e B9
Af undando o Barco - Comp artilh ando o Bon ecos #2 B37 O Quê C35 Jogo do Quem B21
Quadro de Cena B 13 Encontrando Obj etos no Ambiente Jogo do Vocabulário A89
A Plat éia Dirige C54 Cabo de Guerra A12 e B34 Imediato A84 Jogo dos Seis No mes A50
Aqueci mento: Sussurro de Cena CI5 Caça-Gavião A 18 Enviando Algué m à Cena C45
Aqu ecimento Básico A54 , B I e C I Caligrafia Cega A83 Envo lvime nto em Duplas A42 Meios C22
Automação B38 Caligrafia Grande A81 En volvimento com Objetos Grandes A2 7 Modificando a Em oção C31
Caligrafia Pequ ena A82 En vol viment o co m o A mbiente Im ediato Mo ldando o Espa ço A34
Batendo A94 Câm era Lenta - Pegar e Congelar A56 B39 Mostrando o Ond e Sem Objetos 829
Baú Cheio de Chapé us B 12 Caminhada Cega no Espaço B51 e C42 En vol vim ento em Três Part es ou Mais Mostrando o Quem Através de um Objeto
Bla blação: Ensin ar B 10 Caminhada no Espaço #1 A6 e C2 A48 B35
Blablação: In cidente Pas sado A87 Caminhada no Espa ço #2 A7 e C3 Escrever em Três Vias A92 Movim ento Rítmico B45
Blabla ção: Int érprete #1 B 17 Caminhada no Espaço #3: Esqueleto A8 Esp elho AI5 Músculo Tens o C29
Blablaçã o: Int érprete #2 B 18 e C4 Espelho com Penetraç ão #1 A5 1
Blablação: introdução A85 Cego B52 Espelh o com Pen etração #2 B 19 Não-Movimento: Aquecimento A30
Blablação: Língua Estrangeira #1 BI4 Cego Avançado C43 Está Além: Evento Presente C49 Nã o-Mo vimento: Cam inhada A31
Blablação: Língua Estrangei ra #2 B 15 Come ço e Fim com Objetos B48 Exercício do Temp o #1 A64
Blablação: Portugu ês A88 e B 16 Construindo uma História A76 Exercício do Tempo #2 B28 O Que Está Além: Acont ecendo Passado
Blabl aç ão: Vender A86 Construindo uma Hist ória a Partir de Exercício p ara as Cos tas #1 C20 ou Futuro C50
o Que Está Além: Atividade C8 Que Horas São? # 2 B27
O Que Está Além: Event o Presente C49 Que Idade Tenh o? A6 1
O Que Está Além : Ond e C7 Que Idade Tenh o? Repetir A62
O Que Estou Comendo? Cheirando ? Quem É o Espelho? A 16
Ou vindo? A3 7 Quem Está Batel/do ? # I A95 e B32
O Que Faço pa ra Viver A66 Quem Está Batel/do ? #2 B33
O Objeto Move os Jogadores A46 Quem Iniciou o Mo vimento ? A 13
Onde # 1: Construindo 1II1/ Amb iente/ Quem Sou Eu? A98
Cenário B3
Onde #2: Construindo um Amb inte/ Relatando um Incidente Acrescentando
Cenário B4 Colorido A 58
Onde Através de Três Obj etos ~25 Ruas e Vielas A44
Ond e: Blablaçã o B 11 e C37 Ruas e Vielas: Va riantes A4 5
Ond e com Adereços de Cena C3 2
Onde com Aj uda B4 1 Saídas e Entrada s C 5 1
Onde Com Ajuda - Obstáculo B43 Seleçã o Randômica de Pala vras A8 0
Onde com A tividade Não -Relacionada Se leção Rápida para o Ond e # 1 B23
B49 Seleção Rápida para o Onde #2 B24
Ond e com Obstáculos B42 Sentin do o Eu co m o Eu A2 e A 19
Ond e Especializado B44 Sustente ' #1 C27
OI/de sem Mãos B50 Sustente! #2 C28
Ouvindo o Ambiente A3 Siga o Segui dor # 1 A 17 e C38
Silabas Cantadas A72
Parte do Todo # 1: Objeto A2 5 Subs tância do Espa ço A 33
Parte do Todo #2 A2 6 Sussurro de Cena C 16
Parte do Todo #3: Profiss ão A67
Part e do Todo #4 A68 Tensiio Silenciosa C52
Part es do COI p O- Cena Completa C23 Tocar - Ser Tocado A32
Pegador - Pegador com Ex plosã o A5 5 T ransform açã o de Relacionam ento C53
Penetra ndo Objetos A2 1 Transf orm aç ão do Obj eto A35
Pés e Perna s # 1 C 18 Três Mudanças A 14
Pés e Perna s #2 C 19 Trocando de Lugares C48
Planta s Baixas e Direções de Cena B7 Trocando os Ondes B26
Playg round # 1 A2 3
Playg round #2 A24 Vendo o Mun do A 7 1
Preso A28 Vendo um Esporte: Lem brança A59
Pular Corda A22 Verbalização do Onde - Parte I C40
Verbalizaçã o do Onde - Parte /I C4 1
Qua nto Você Lembra? A90 Vis ão Periférica A5 3
Que Horas S ão? # 1 A63 11Jga is e Consoantes A73, B46 e C 14

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