AFRICA II – Dom Bitone

RESOLUCOES DE TESTES DE HÁ

Teste 1 – 07/05/2015

1.Se bem que é verdade que a escravatura foi uma prática comum em África antes
da presença europeia, não se pode negar a sua influência nesta prática.

a) Caracterize a escravatura antes da presença europeia.

R: o processo da escravatura antes da presença europeia, foi efectuada de forma que o

escravo não perdesse os seus direitos, direitos de propriedade, direitos de família e
direitos a conviver a sua vida social e normal. Portanto, estes podiam pagar suas dívidas
por meio de prestação de serviços e entre outras actividades que não pusesse em causa a
sua vida normal, diferentemente da escravatura praticada com a presença do povo
europeu.

b) Avalie os efeitos da presença europeia neste comércio.

R: com a presença europeia em África, o processo no qual era praticada aos escravos
acabou ganhando outros sentidos, verifica-se a mudança de rotinas onde o escravo passa
a não ter direitos de sua vida, de propriedade, de conviver familiarmente e de levar uma
vida normal. No entanto, este passou a ser vendido como mercadoria e sem nenhum
valor humano, em outras palavras podemos afirmar que “o africano não teve nenhum
valor humano”.

2. No contexto das resistências a servidão, os africanos demonstraram varias

formas de oposição.

a) Identifique-as.

R: foi por meio de destruição de máquinas de trabalho; por meio de fugas aos
trabalhos; e por meio de fraca realização das actividades.

3. Ao mesmo tempo que produziam escravos de maneira maciça, as conquistas da

expansão do islão provocaram consequências decisivas no desenvolvimento do
tráfico da escravatura dos negros. (MBOKOLO, 2003:213)
AFRICA II – Dom Bitone

a) Explique de que maneira o islão contribuiu para o desenvolvimento do tráfico

da escravatura.

R: Com a expansão islâmica a história da África ganhou novos rumos. Desde os fins do
século VIII, os árabes, partindo da região do Golfo Pérsiuco e da Arábia, disseminaram
o islamismo pela forçada palavra, dos acordos comerciais e, principalmente, das armas.
Eram as guerras santas, as jihad, destinadas a islamizar populações, converter líderes
políticos e escravizar os “infiéis”, ou seja, quem se recusasse a professar a fé em Alá.w

b) estabeleça um quadro comparativo entre o islão e o cristianismo sobre a

escravatura, explorando os pressupostos dos seus livros sagrados.

Cristianismo
A religião romana tinha seus altares,
ídolos, sacerdotes, processionais, ritos e
praticas que o povo podia ver, os
romanos não se opunham a acrescentar
um novo ídolo ao grupo de ponteao. Os
cristãos não tinham ídolos e no seu culto
nada havia para ser visto. Seu culto era
espiritual, quando se punham de pé e
oravam de olhos fechados, suas orações
não eram dirigidas as manifestações
matérias simbólicas de seu Deus.
As suas reuniões despertavam suspeitas,
por isso foram acusados de praticarem
actos imorais e criminosos durante
celebrações da ceia do senhor. Eles se
reuniam antes de nascer do sol ou então
a noite, quase sempre em cavernas. Eram
acusados de canibalismo e de práticas
desumanas.
Islão
O Corão não condenava o cativeiro. Para
os seguidores do profeta Maomé, a
escravização era uma espécie de missão
religiosa. O infiel, ao ser escravizado,
“ganhava” a oportunidade da conversão
e, depois de devidamente instruído nos
preceitos islâmicos, tinha direito a voltar
a ser livre. Entretanto, não bastava se
converter para ter direito a alforria. Havia
razões bem mais comerciais e bem
menos altruístas a justificar o crescimento
do número de escravos no mundo
muçulmano. Primeiro, porque uma vez
escravizado o indivíduo nem sempre
dispunha de tempo e condições para ser
educado de acordo com as leis islâmicas,
e segundo, porque o trabalhador escravo
era fundamental para a viabilidade do
comércio dos mercadores muçulmanos.

4. Explique os efeitos da escravatura em África, tomando em consideração os

seguintes aspectos: demográficos, políticos, económicos.

R: na vertente demografica é incalculável a perda dos indivíduos na África

(despovoamento), pois a densidade populacional baixou enquanto nas Américas subia.
O predomínio dos homens nas exportações dos escravos provocou em toda parte
desequilíbrio de sexo.
AFRICA II – Dom Bitone

Na vertente política - houve a destruição dos aparatos político-administrativo,

causando a desestruturação da sociedade.

Na vertente económica – houve a falta de mão-de-obra para as actividades económicas

e no entanto, a economia tendia acrescer.

Teste de 18/06/2015

1.De o conceito de escravo

R: que ou aquele que, privado da liberdade, está submetido à vontade de um senhor, a

quem pertence como propriedade.

2. Segundo Ki-Zerbo (1999), a prática da escravatura não se limitou apenas a África

como alguns pretendem fazer ver afirmando que os europeus mais não fizeram do que
imitar as práticas correntes em África.

a) Não concordo. Porque os europeus não imitaram a maneira como os africanos faziam
a sua escravatura, no entanto, os europeus criaram outros meios de escravizar o povo
africano, criando divergências no seio das sociedades africanas e aliciando aos seus
líderes para ceder cada vez mais escravos.

3. Lás casas aconselha em libertar os índios e em sua substituição usar os negros

africanos. MBKOLO tenta chamar a atenção para não se dar a culpa do
desenvolvimento do tráfico negreiro na América ao Lás casas.

a) Discuta a posição de MBOKOLO.

R: Lás Casas aconselha a substituição dos índios pelos negros africanos, alegando que
os índios são fracos e que não suportam as altas temperaturas, e que no entanto, os
negros africanos eram capazes de realizar todas as actividades a qualquer temperatura.

6. Explique como é que o iluminismo e a revolução francesa influenciaram na

reforma do Egipto.
AFRICA II – Dom Bitone

R: o iluminismo contribuiu na medida em que, as suas ideias tendiam a desenvolver as

capacidades humanas, e tendiam a novas visões do mundo e na perspectiva de que os
homens tivessem um conhecimento cientificamente desenvolvido acerca dos aspectos
sociais. Foi neste ponto doutrinário que o iluminismo influenciou no desenvolvimento
de perspectivas nas reformas egípcias. Enquanto, a revolução francesa contribuiu
devido aos seus pressupostos teóricos e práticos, na medida em que a população egípcia
baseou-se nessas perspectivas e usando de exemplo para a revolução e reforma dos seus
território.

TESTE 1 – 13/06/2016

1.a) explique em que consistem as propagandas psicológicas.

R: as propagandas psicológicas consistiam no aliciamento da população africana “com

mais ênfase para os líderes”, na perspectiva de demonstração de outros níveis de vida,
por meio de promessas de viagens para a Europa e no conhecimento de outras cidades,
outros mundos, tudo isso em troca de escravos africanos.

2. a) Explique as posições tomadas pelas correntes historiográficas em torno deste

processo.

R: a corrente europeia - esta corrente defende a ideia de que o tráfico de escravos

realizado sob forma de coação não foi mais do que uma migração, uma mudança de
uma zona para a outra.

Corrente afro-centrista - Defende que a escravatura não teve origem em África, mais
sim foi uma actividade desenvolvida em todas as sociedades do mundo, a escravatura
corrente em África não teve finalidades lucrativas, o escravo tinha direito a
propriedades e a família contrariamente a escravatura europeia.

3. O abolicionismo foi um movimento político que visou a abolição da escravatura

e do comércio de escravos.
AFRICA II – Dom Bitone

a) Fale da contribuição da religião e do factor económico nesse processo.

R: factor económico - Segundo KIZERBO (2009:277-78) Sustenta que a Inglaterra,

primeira potência europeia a levar a cabo a sua revolução industrial estava saturado de
produtos manufacturados e procurava mercados regulares e seguros para eles. Foi nesta
perspectiva que preferiu a abolição da prática da escravatura para que estes passassem a
ser trabalhadores assalariados e que devessem comprar estes produtos industrializados.

Factor religioso - Segundo MʼBOKOLO (2003:399), Durante o século XVI o padre

Tomas empenhou-se em denunciar o tráfico como contrário as regras do comércio e da
humanidade, considerando os africanos como naturalmente bons, ele acusava os
portugueses de os empurrar para as guerras produtoras do escravo

EXAME NORMAL HÁ II - 2018

1.Apesar do tráfico de escravos ter sido um fenómeno abrangente para todas as

regiões do continente africano, os seus efeitos não foram uniformes.

a) Que factores estão na origem deste facto?

R: O factor que estivera, na origem deste facto está essencialmente ligado a questão
racial, sendo assim a África negra a mais explorada em relação a África branca.
Portanto, é neste contexto que fez com que a exploração, ou seja a prática da escravidão
incidisse mais para algumas regiões.

b) Apresente as similaridades e peculiaridades do tráfico de escravos na região de

África oriental e ocidental.

R: Quanto as similaridades, importa referir que, importa referir que, é de referir que,
nas duas regiões de África houve a prática e a exploração dos escravos, sendo estes
transportados de um lugar para o outro como sendo mercadorias.

Quanto as peculiaridades, é de referir que a região da África oriental foi a que mais
sofreu a exploração da mão escrava, estes eram levados de um lugar para o outro e
também pelo número que eram levados, nessa região a prática da escravatura já vinha
sendo praticada mesmo antes da chegada dos portugueses no século XV, mais virada
pelo processo doméstico.
AFRICA II – Dom Bitone

- Na África austral houve a prática de escravatura mas não foi muito intensificada em
comparação com a região oriental, porque essa região é parte da África branca, que
muito menos assistiu este processo.

2. Não foi a revolução industrial que impôs o fim ao tráfico de escravos e da

escravidão. Essa é uma tese Marxista de 1944, porque foi, há muito, contestada e
ultrapassada. Se os homens pensassem apenas no interesse material a escravatura
teria prosseguido. Como os tempos actuais nos tem relevado. “João Marques”.

a) Quais os reais factores que contribuíram para a abolição da escravatura?

R: os factores que contribuíram para a abolição da escravatura são: (factores

económicos; factores políticos e factores religiosos).

Factor económico – foi a partir da superprodução da Inglaterra, ou seja, os produtos

manufacturados das industrias que não tinham compradores, havendo a necessidade de
libertação dos escravos para que estes passassem a ser trabalhadores assalariados e
comprassem os produtos manufacturados.

Factor religioso – foi a partir do papel do padre Tomas, que sustenta que o trafico é
contrario as regras do comercio e contra as regras da humanidade.

Factor político – foi mediante certos debates na Europa, que foram apresentando
criticas a prática da escravidão, alegando que este facto gera conflitos ou guerras na
medida em que estes aliciavam alguns líderes a ceder seus irmãos em troca de melhores
condições de vida.

3. Dentre os homens que mais influíram nos destinos históricos de regiões inteiras
de África, se tivéssemos de considerar cinco deles, teríamos de incluir Tchaka.

Enquadre esta afirmação no contexto dos efeitos da reforma de Tchaka na área político-
administrativa.

R: Ao nível político administrativo, houve a restauração do quadro tribal a favor de uma

colectividade mais vasta;

- Forma-se um estado centralizado a qual Tchaka era o chefe supremo, proprietário de

toda terra, juiz supremo, para os crimes maiores, pois, os mais pequenos eram julgados
pelos chefes subalternos.
AFRICA II – Dom Bitone

- Os melhores conselheiros de Tchaka eram nomeados administradores das províncias

conquistadas.

b) Apresente os impactos dessa reforma na região austral de África.

R: os impactos das reformas na região de África austral foram de carácter negativo e

positivo.

- Impactos negativos insistiram no carácter devastador de uma serie de operações

militares de grande envergadura; desarticulação das entidades sociopolíticas pré-
existentes; destruição das culturas e do gado, e a fome que se fez sentir nessas regiões:

- Impactos positivos – a emergência do estado, tendo como arquitecto o reino Zulu;

estruturação geopolítica da África austral; por fim contribuiu para modificar
radicalmente as estruturas políticas e militares da África austral, para impor o modelo
Zulu nomeadamente no domínio cultural e linguístico.

TESTE 1 DE HA, 2 ANO 2018

1.Abrahan Lincoin, escrevia em 1858. O seguinte: “existe uma diferença a nível

físico entre a raça negra e a raça branca, que me leva a acreditar na
impossibilidade da existência de igualdade política e social entre ambos. E na
medida em que tal não pode acontecer, a consistência entre ambos só pode
acontecer com uma posição de superior e inferior e eu, tanto como outro homem,
sou a favor de que a posição de superiores esteja a cargo da raça branca”.

a) Relacione o texto com as teorias sobre a origem da escravatura.

R: (1) é de referir que, segundo Ki-Zerbo (2009), antes da expansão europeia, a Europa
estava a braços com uma grande fome de ouro para satisfazer as suas compras de
especiarias do continente asiático.

(2) As guerras desastrosas entre os estados europeus, (a guerra dos 100 anos), havia
ainda agravado esta deflação de metais preciosos, assim como o marfim, que
constituíam a moeda de troca com os árabes.

(3) Também nesta época, nota-se a teoria de metalismo – mercantilismo, ou seja, o ouro,
então, comprar o menos e vender o mais possível para acumular reservas de ouro.
AFRICA II – Dom Bitone

2. Apesar do comércio de escravos já ser praticado na África, foi com a chegada

dos portugueses que este comércio tomou novos rumos.

a) Explique de que forma estes contribuíram a sua modificação.

R: contribuíram para a sua modificação na medida em que estes foram aliciando alguns
chefes para lhes ceder escravos, em troca, prometiam-lhes melhores condições de vida,
e viagens para Europa, foi assim que a escravatura acabou tomando novos rumos,
diferentemente do que se praticava antes da chegada dos europeus. No entanto, antes, a
escravatura era feita como sendo uma forma de prestação de serviços, portanto, estes
tinham direito a sua família e a propriedade.

3.As reformas no Egipto e na Etiópia, geraram resultados bastantes significativos.

a) Aponte os resultados gerais dessa reforma.

R: no geral as reformas consistiam no carácter unificador dos povos e dos territórios.

4. Na Etiópia as reformas tiveram o seu apogeu no reinado de Manelique II.

a) Enfatize o seu contributo para o efeito.

R: criou novas organizações na área administrativa que consistia em “criação de um

gabinete de governação em 1907, Adis Abeba passa a ser a capital da Etiópia, criou três
níveis de governação: provincial; distrital e Central ou a capital”.

- Na economia – introduziu uma moeda nacional;

- Na área social – criação de escolas e hospitais;

- Na área diplomática – houve o desenvolvimento de relações com a Itália, franca,

Rússia, para o fortalecimento tecnológico.

Na área militar – modernizou o exército, nota-se a aquisição de material bélico na

Alemanha, Rússia, franca, e permaneceu no pagamento de salário onde a Etiópia passa a
ser um império.

TESTE I 2016
AFRICA II – Dom Bitone

5. Na sua apreciação sobre as reformas no Egipto, Abdel Malek refere que elas
foram multissectoriais. No que refere a área da agricultura, Muhamed Ali levou
acabo uma reforma agrária que consistia na redistribuição de terras.

a) Que objectivos se pretendia com essa reforma?

R: com essa prática, o principal objectivo era de colectar e enviar a receita devida por
sua vila ao tesouro central ou provincial.

b) Avalie os resultados dessa reforma

R: quanto a Avaliação, é de referir que essa politica agrária permitiu a modernização

agrícola, sendo que este forneceu o capital indispensável para transformar a economia
agrícola egípcia, de subsistência para uma economia de lavouras comerciais. E fez isso
sem sacrificar a produção de cereais que antes era feita nas sociedades egípcias.