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Universidade Rovuma

Extensão do Niassa
Departamento de Letra e Ciências Sociais
Curso de ensino de História com habilitações em Documentação
Cadeira de Sociologia de Informação
Docente: Mestre Ana Paula Elias Abdula
Discente: Maria Carlos konho

Referência bibliográfica
DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. Trad. Paulo Neves. São Paulo: Martins Fontes,
1995.
WEBER. Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Trad. Regis Barbosa e
Karen Elsabe Barbosa. Brasília: UNB, 1994.
Ficha de leitura

SOCIOLOGIA DE INFORMAÇÃO
Conceito da Sociologia
Sociologia é uma ciência que estuda a relação entre as pessoas que pertencem a uma
comunidade ou os diferentes grupos que formam a sociedade. Ela pertence ao grupo
das ciências sociais humanas.
Objeto de estudo
O objeto de estudo da Sociologia engloba análise dos fenómenos da interação entre
os indivíduos, as formas de estrutura (camadas socias e mobilidades socias), os
Descrição dos valores, as instituições, as normas., as leis, os conflitos e as formas de cooperação
conteúdos geradas através das relações socias.
Na Sociologia estuda as relações de formalidade presentes na vida e nas sociedades.
Como é relativa a realidade não determina regras socias e das particularidades da
conduta humana, porque este é o objeto da filosofia e ética social.
Sociologia foi criada por Angel Comte, mas o conceito surgiu através do
pensamento socia filosófico do iluminismo. (por ex: em Montesquieu e Hobbes) e
no idealismo alemão ( por ex: Hegel).
A Sociologia abrange várias áreas, existindo a sociologia comunitária, económica, financeira, política,
jurídica, do trabalho, familiar,..etc.
Através das pesquisas sobre os fenómenos que repetem nas interações socias, os sociólogos observam os
padrões comuns para formularem teorias sobre os fracos sociais. Os mesmos estudos da sociologia
envolvem técnicas qualitativas (descrição detalhada de situações de comportamentos) e quantitativas
(analises estatísticas).
Surgimento da Sociologia
A Sociologia surgiu no século XVIII, como disciplina de estudo, sobre as consequências de dois grandes
acontecimentos: Revolução Industrial e Resolução Francesa, que causaram profundas transformações
económicas, políticas e culturais nas sociedades daquele período.
O termo Sociologia foi utilizado primeiramente com o filósofo francês Augusto Comte, no seu curso de
filosofia positiva em 1838, na tentativa de unificar os estudos relativos ao homem, como a História,
Psicologia e Economia.
A corrente sociológica positivofuncionalista fundada por Comte, foi mas tarde desenvolvida por Émile
Durkheim. Outras importantes correntes sociológicas foram iniciadas por Karl Marx e Marx Webber.

Sociedade de informação

A Sociedade da informação está baseada nas tecnologias de informação e comunicação que envolvem a
aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da informação por meios electrónicos,
como a rádio, a televisão, telefone e computadores, entre outros. Estas tecnologias não transformam a
sociedade por si só, mas são utilizadas pelas pessoas em seus contextos sociais, económicos e políticos,
criando uma nova comunidade local e global: a Sociedade da Informação.”

Esta sociedade emergente tem como principal característica as convergências tecnológicas, onde a
internet é seu expoente. Como outras descobertas da humanidade que facilitaram os processos
comunicativos, deixando marcas profundas em nossa história – a saber, a escrita, a imprensa de massa, o
rádio e a televisão – as redes cibernéticas são responsáveis por uma transformação na sociedade
contemporânea de grandes proporções.

A Comunicação e as teorias sociológicas


Sociologia da Comunicação
Comunicação Social
Desde que teve início à formação de sociedade começou-se a utilizar a comunicação como forma de
interação entre diferentes pessoas e camadas. A comunicação social é um fenômeno que acompanha a
formação da sociedade, ganhando mais força com o surgimento da imprensa. Certamente, a máquina de
tipos móveis inventada por Gutemberg, em 1450, foi de grande importância para aumentar a
comunicação impressa. Na segunda metade do século 19, a inovação técnica no processo de feitura dos
jornais modifica a forma de pensar a comunicação. A partir de então, passou a ser desenvolvida uma
comunicação que necessitava de representar seu valor para ter condições de se auto-sustentar. A
revolução industrial com sua exigência de custo e lucro fez que informação e legitimidade recebessem
atenção.
Teorias sociológicas
Teoria funcionalista
A teoria funcionalista, diretamente influenciada pelo Positivismo, buscava a compreensão dos
fenômenos sociais. Estabelecendo uma analogia entre o corpo social e o biológico, o funcionalismo
analisava a organização social, bem como os papeis desempenhados pelos membros e pelas instituições.
As funções exercidas pela comunicação de massa na sociedade aparecem comoquestão central na teoria
funcionalista, ou seja, buscava-se analisar as consequências efetivas da ação dos mass media sobre os
indivíduos inseridos na vida social. Essa teoria aponta, dessa forma, uma relevante orientação
sociológica inserida na communication research.

Teoria Empírica de Campo  (ou Teoria de Efeitos Limitados):


Fundamenta-se em aspectos sociológicos, e deduz que a mídia tem influência limitada na sociedade por
ser apenas um instrumento de persuasão, pois a mídia é apenas parte da vida social. A Teoria Empírica
de Campo entende que a mídia exerce influência social limitada assim como qualquer outra força social
(igreja, política, escola, etc.), ou seja, a mensagem midiática passa por diversos filtros individuais de
caráter social do indivíduo antes de ser absorvida pelo mesmo. Derivando daí a intensidade do efeito da
mensagem no indivíduo, a Teoria Empírica de Campo conclui que os filtros individuais são de caráter
sociológico.
Teoria da Persuasão:
 Diferentemente da Hipodérmica, é baseada em aspectos psicológicos, e defende que a mensagem
enviada pela mídia não é assimilada imediatamente pelo indivíduo, dependendo de várias perspectivas
individuais. Portanto essa Teoria não seria de dominação ou manipulação como a Hipodérmica e sim
de persuasão, pois o indivíduo tende a se interessar por informações que estejam inseridas em seu
contexto sócio-cultural e político, e com as quais ele esteja de acordo.

A Comunicação na Sociedade da Informação


Fazemos referência aos meios de comunicação de massa como instrumentos que intermediam o processo
comunicacional, mas regularmente confundimos com o canal de comunicação. Etimologicamente, a
palavra “Comunicação” tem origem no Latim “Communicatio” que significa “ação de tornar algo
comum a muitos” (POYARES, 1970). A omunicação ocorre quando o emissor traduz a sua ideia para
uma linguagem ou código que possa ser compreendido pelo receptor.
Os Tipos de Comunicação
A Imprensa
Há milênios que a humanidade exprime suas ideias através dos jornais. A “Acta Diurna”, “Acta Popidi”
ou “Acta Publica” (Diário de Registros Públicos), foi o primeiro jornal até então conhecido do mundo
produzido por ordem do imperador romano Júlio César em 59 a.C. Com base nesses eventos, Johannes
Gutenberg inventa a prensa tipográfica ou prensa de impressão, em 1440, inaugurando um novo período
na história dos jornais com palavras impressas. Por volta de 1450, o entusiasta Gutenberg faz um
empréstimo com Johann Fust, que em contrapartida exigia um percentual nos lucros da empresa. Assim
é criada a Fábrica de Livros (Das Werk der Buchei), possibilitando a impressão da Bíblia (também
conhecida como Bíblia de Gutenberg ou Bíblia de 42 linhas), em 14559. Para Tosseri (2010), Gutenberg
não inventou, mas sim reinventou a imprensa no século XV.
O Cinema
De 1890 a 1895, Louis e Auguste Lumière desenvolveram a arte de registrar e produzir imagens em
movimento a partir da fotografia, técnica que ficou mundialmente conhecida como “cinema”. Contudo,
algumas invenções contribuíram para o surgimento da “sétima arte” como o praxinoscópio, do francês
Charles Émile Reynaud, e o cinetoscópio, de Thomas Edison. Por sinal, sem o cinetoscópio13 os irmãos
Lumière dificilmente teriam concebido o cinematógrafo. Uma vez transformado em um meio de
mediatização entre um público e uma tecnologia do som e da imagem que evolui e que independe de sua
contribuição, o cinema se caracteriza como uma técnica de transmissão da espetacularização de sons e
imagens (RUIZ, 2003), reconhecido pelo escritor Jacques Aumont como “a mais singular das artes”.

O Telefone
Em livros escolares, atribui-se a invenção do telefone ao cientista escocês Alexander Graham Bell, em
1876, mas existem dúvidas e controvérsias quanto a primaz autoria. Pampanelli (2004) comenta que
Graham Bell e Elisha Gray descobriram, simultaneamente, que tons sonoros poderiam ser emitidos de
uma só vez utilizando o fio telegráfico, em 1875, e descobrem que estão trabalhando no mesmo projeto.
“Enquanto Bell buscava a solução pelo lado acústico, Gray buscava pela aplicação da corrente elétrica”
(FIORESE, 2005, p.319). Mas Gallo e Hancock (2002) enfatizam que o mérito da invenção é de
Alexander Graham Bell, pois é o detentor oficial da patente 174.465 concedida em 7 de Março de 1876.

O Rádio
Etimologicamente, a palavra “rádio” provém do latim “radius” = “raio”, também conhecida como
“radiotelegrafia” ou “telegrafia sem fios” até a década de 20. Por sua vez, a radiotelegrafia é baseada na
palavra “radiocondutor” (substância ou dispositivo que tenha a sua condutividade alterada de alguma
forma por ondas elétricas)17 do francês Édouard Eugène Désiré Branly. O nome “telegrafia sem fios”18
foi concebido porque muitos projetos de radiocomunicação desenvolvidos no final do século 19 não
conseguiam transmitir nem a fala e nem o som. Pouco se sabe, mas um dos fatores que contribuíram ao
seu desenvolvimento do rádio enquanto meio de comunicação de massas foi a criação do “radar” (Radio
Detection And Ranging ou Detecção e Telemetria pelo Rádio), em 1904. O radar fornece
radiofrequência para a antena em forma de pulsos eletromagnéticos, ou seja, o mesmo princípio da
radiodifusão hertziana.
A Televisão
A história da televisão tem início no ano de 1817 em Estocolmo – Suécia, quando o cientista Jöns Jacob
Berzelius descobriu e isolou o elemento químico “selênio”. Quando exposto à luz, o selênio emite
elétrons, convertendo-se em algo passível de ser modulado e transmitido (DENICOLI, 2011). Após duas
décadas, o físico francês Alexandre Edmond Becquerel descobriu o efeito fotovoltaico (também
conhecido como célula fotelétrica), que consiste no surgimento de uma diferença de potencial nos
extremos de uma estrutura de material semicondutor, produzida pela absorção da luz incidente, explicam
Severino e Oliveira (2010). Norteando-se pelas descobertas de Jacob Berzelius e Edmond Becquerel, o
engenheiro InglêsWilloughby Smith comprovou, em 1873, que o selênio possuía a propriedade de
transformar a energia luminosa em energia elétrica, permitindo a transmissão de imagens por meio de
corrente elétrica. Em 1884, o inventor alemão Paul Julius Gottlieb Nipkow ficou internacionalmente
famoso ao conceber o disco de Nipkow, possibilitando a emissão de imagens à distância.

A invenção de Nipkow contribuiu para que os físicos alemães Julius Elster e Hans Friedrich Geitel
desenvolvessem, em 1892, a célula fotoelétrica. Posteriormente, o inventor russo Constantin Perskyi cria
a palavra “televisão” em 25 de Agosto de 1900, durante o I Congresso Internacional de Eletricidade, em
Paris.
Socialização, comunidade e sociedade
Socialização
a) A Perpetuação da Sociedade pela Socialização:
 A sociedade sobrevive aos indivíduos que a compõem.;
 Socialização é o processo pelo qual os “novatos” de uma sociedade são preparados para o convívio, para
adquirir os modos de vida que essa sociedade elaborou através de sucessivas gerações.;
 Patrimônio cultural – modos de vida de uma sociedade: tecnologia, costumes, técnicas de comunicação
social, crenças, sentimentos e formas de expressão;
 A socialização envolve a aquisição de conhecimentos, de hábitos e de sentimentos próprios da sociedade.
Ou seja, é preciso aprender a utilizar os conhecimentos a serviço dos objetivos que a sociedade preza.
 Há padrões sociais que quase todos sabem, sentem e praticam (universais), porém, há outros que
pertencem a determinadas categorias da população (especiais);
 Padrões alternativos - modos de agir nãoobrigatórios, entre os quais os indivíduos podem escolher (ex:
cortar cabelo ou barba, etc.).
b) A Formação da Personalidade pela Socialização:
 No processo de socialização, o homem simultâneamente tornar-se membro útil da sociedade, e pessoa
social, no contexto daquela determinada sociedade e cultura;
 A personalidade tanto tem conteúdo social como se forma num processo social; ela tem um substrato
físico moldado pela influência de outra pessoas que, por sua vez, funcionam como intermediários da
sociedade e da cultura;
 A socialização é um processo cumulativo em que novas aquisições não apagam as anteriores, mas se
integram no sistema pessoal já existente.

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