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1.

A Escrita
1.1. Contextualização

Desde os primórdios da humanidade houve sempre a necessidade transmitir a informação e


ideias sobre diversas realizações do homem na sociedade. Antes da invenção da escrita a
transmissão de ideias e informações era feita através da oralidade.

De acordo com Amaral (1995:1), durante esta fase a pré-história, a oralidade era o único
meio que o homem possuía para transmitir e difundir a informação, assim, a tradição a
cultura e o saber da sociedade eram armazenados na memória humana e o conhecimento
era transmitido em forma de lendas, mitos, canções, poemas, e tinha como suporte a mente
humana.

1.2. Conceito de Escrita

A invenção da escrita resultou do desenvolvimento da linguagem e da memória humana,


daí que Paes (2004:15):

A escrita e os resultados da junção ou conjunto de símbolos que o homem utiliza para


representar e fixar a linguagem falada, mas a escrita não e apenas um procedimento
destinado a fixar a palavra, e um meio de expressão permanente e do acesso direito as

ideias.

Devido a necessidade de comunicação o homem foi usando matérias a sua disposição que
constituía as primeiras bases de sistema de escrita, até a invenção da escrita. A medida em
que a escrita foi evoluindo, o homem aperfeiçoou os suportes de informação ou dos
documentos, destacam-se os seguintes suporte nas épocas remotas:

Mármore, o cobre, o marfim, as tabuas, as tabuletas de argila, mais tarde o papiro e o


pergaminho e finalmente o papel que tornou possível grandes quantidades de documentos,

Para Amaral (1995:2), afirma que:

Os suportes de escrita foram-se desenvolvendo com o desenvolvimento da própria escrita,


das pequenas placas de argila a casaca de arvore a da pedra, do papiro ao pergaminho, são
exemplos de suportes de escrita que foram sendo utilizados.

Depois da invenção da escrita, a invenção da imprensa foi o passo seguinte na fase da


Comunicação gráfica, assim a imprensa trouxe as seguintes vantagens:

 Produção e reprodução mais rápido dos documentos e principalmente de livros;


 Maior possibilidade de utilização e acesso aos documentos;
 Uma circulação mais rápida das ideias entre as pessoas, (Amaral, 1995:2).

O aparecimento de documentos imprensos com destaque para o livro permitiu a


popularização da cultura, que deixou de ser um patrimônio exclusivo dos nobres e
religiosos para atender a um número cada vez maior de pessoas.

2. Documento

Para VALENTIM (2002), afirma que:

Documento é toda informação registrada em suporte material, susceptível de consulta,


estudo, prova e pesquisa, pois comprova fatos, fenômenos, formas de vida e pensamentos
do homem numa determinada época ou lugar. Por exemplo: livro, revista, jornal,
manuscrito, fotografia, selo, medalha, filme, disco, fita magnética, banners, brindes
produzidos pela instituição, etc.

2.1. Classificação dos documentos

Formato

O formato diz respeito à configuração fisica de um suporte de acordo com a sua natureza e
o modo como foi confeccionado. Exemplos: formulários, fichas, livro, caderno, planta,
folha, cartaz, microficha, rolo, tira de microfilme, mapa, etc.

Gênero

Documentos textuais: são os documentos manuscritos, datilografados ou impressos. Ex.:


atas, cartas, decretos, livros, etc.

Documentos cartográficos: documentos que contêm representações gráficas da superfície


terrestre ou de corpos celestes e desenhos técnicos. Ex.: mapas, plantas, perfis, etc.

Documentos audiovisuais: documentos que contêm imagens fixas, ou em movimento, e


registros sonoros. Integram os iconográficos, filmográficos e sonoros.

Documentos iconográficos: que contêm imagens fixas, impressas, desenhadas ou


fotogradas. Ex.: fotografias, desenhos, gravuras, etc.

Documentos filmográficos: são documentos em películas cinematográficas e fitas


magnéticas de imagem (tapes), conjugadas ou não a trilhas sonoras, com bitolas e
dimensões variáveis, contendo imagens em movimento. Exemplo: Filmes e Fitas.
Documentos sonoros: registros sonoros. Ex.: discos, fitas audiomagnéticas.

Documentos micrográficos: são documentos em suporte fílmico resultantes da


microrreprodução de imagens, mediante utilização de técnicas específicas. Exemplo: Rolo,
Microficha, Jaqueta e Cartão Janela.

Documentos informáticos: são os documentos produzidos, tratados e armazenados em


computador. Exemplo: disco flexível (disquete), disco rígido (winshester) e disco óptico.

Natureza do Assunto

Quanto à natureza dos assuntos, os documentos podem ser ostensivos ou sigilosos.

Documentos ostensivos: são aqueles cujas informações podem ser de conhecimento


público, se divulgadas, não põem em risco os direitos individuais ou coletivos e não
prejudicariam a instituição.

Documentos sigilosos: são aqueles que por sua natureza devam ser de conhecimento
restrito e requeiram medidas especiais de salvaguarda para sua custódia e divulgação.

Ultrassecreto

Um documento não poderá ser mantido com grau de sigilo "ultrassecreto" por mais do que
vinte e cinco anos, salvo se o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à
soberania nacional, à integridade do território nacional ou grave risco às relações
internacionais do País, situação em que a classificação no grau de sigilo "ultrassecreto"
poderá ser prorrogada, por uma única vez, ao longo de período determinado não superior a
vinte e cinco anos. Portanto, em situações excepcionais o prazo total desta classificação
estará limitado ao máximo de cinquenta anos

Conceitos de Suportes e Suportes de Informação

Suporte é algo, seja físico ou simbólico, que serve como sustento ou apoio. Os suportes,
por conseguinte, são usados para suster ou manter uma coisa.

Segundo Cunha (2008), define suporte de informação como material empregado pelo
homem para fixar e transmitir seu pensamento.
3. Origem e Evolução dos Suportes de Informação

Os suportes da informação, ou suportes materiais ou ainda suportes documentais foram


utilizados para registar e guardar informações para gerações futuras. Essa evolução se
concretiza ao longo do tempo por meio das cavernas com a arte rupestre, ou melhor
dizendo, com a pictografia aonde o ser humano utilizava-se de desenhos para expressar
suas emoções.

Desde a pré-história o homem tem a necessidade de se expressar graficamente e para isto


utilizou as paredes das cavernas, registando aspectos da sua vida diária. Acredita-se que
possa ter sido pintados há mais de 30.000 anos atrás. (Vieira: 2010)

Os suportes evoluíram de acordo com os séculos e a sociedade que ansiava por uma
demanda diferenciada de informações. Segundo Santos (2010) com a evolução da espécie,
outras necessidades foram sendo descobertas, entre elas, a necessidade de registar as
informações quotidianas, mas que eram imprescindíveis para a sobrevivência e
continuação da espécie então o ser humano

As tecnologias de informações e comunicação (TICs) procedem, por assim dizer,


das primeiras invenções humanas para registar informações e comunicar. Elas são
o produto de milhares de anos de evolução, que se iniciou no momento que o
primeiro homem registou para outro aquilo que ele possuía de conhecimento.

Os suportes da informação evoluem conforme o progresso humano, ou seja, “que as


cavernas seriam o ponto inicial e logo outros suportes proporcionariam uma maior
mobilidade, podemos citar: a argila, ossos, folhas, o papiro, o pergaminho e o papel
mostrando-se mais adequados como suporte de escrita” Santos (2010).

Silva (2013) destaca que “os primeiros suportes estão ligados à escrita. Esta se revelou
durante muitos séculos o principal meio de fixação da linguagem e da preservação do
pensamento. É importante lembrar que foi entre os LX e IV milénios a escrita se
constituiu". O ser humano necessita registar seus feitos, méritos, acções e fixá-los em
algum lugar, ou seja, nos suportes.

Neles o conhecimento anterior é perpassado para outras gerações mediante novos


conhecimentos, baseado no que já foi descoberto anteriormente, garantindo o carácter
cumulativo da ciência e da produção de conhecimento, consequentemente: anotar o
pensamento, expressar seus sentimentos, criar formas não seria acções significativas senão
existissem o registo desses actos. O conhecimento humano desenvolve-se respaldado na
descoberta anterior. Não há um produto novo sem que se conheçam os anteriores. Essa
necessidade criou no homem o constante retorno à sua própria criação: o registo de um
pensamento, de um sentimento, de fórmulas ou formas poéticas – todos em algum lugar no
tempo e no espaço. (Milanesi, 2012, p. 33).

Isso demonstra que seja para um pesquisador, um estudante e/ou outras pessoas que
buscam conhecimento sempre retomam a existência de algo que já foi pesquisado,
estudado, anotado e/ou publicado pelo indivíduo anteriormente e este deixou seus registos
nas paredes das cavernas, nos entalhes dos tabletes de argila, na escrita feita no papiro
pelos escribas, no pergaminho e suas cópias feitas pelos monges copistas, no papel com os
tipos móveis de Gutenberg até ao presente momento de deixar seus manuscritos ou seus
textos em formatos digitais como registos de informações para eventuais consultas a
posteriori.

3. Fontes de Informação

Fontes de informação são todas as publicações, ferramentas e recursos que disponibilizam


informação a pessoa que dela necessita. É o local onde você encontrará a informação que
procura. Um periódico científico, por exemplo, é uma fonte de informação da mesma
forma que uma base de dados ou um catálogo de bibliotecas. 

As fontes de informação podem estar disponíveis de forma impressa (enciclopédias,


dicionários, livros, etc.) e/ou digital (bases de dados, repositórios, mecanismos de busca,
etc.). 

De acordo com Arruda (2002, p. 99), as “[...] fontes de informação designam todos os tipos
de meios (suportes) que contêm informações suscetíveis de serem comunicadas. ”

Também podem ser categorizadas como formais (publicações de editoras, periódicos


científicos, etc) e informais (comunicações, contatos pessoais, mensagens eletrônicas e
outros).

3.1. Tipos de fontes de informação


Para Dias e Pires (2005)
As fontes primárias devem conter informações originais ou, pelo menos, novas
interpretações de fatos ou ideias já conhecidas, como: livros; artigos de periódicos; teses;
dissertações; e até mesmo fotografias. As secundárias têm o objetivo de facilitar o uso das
primárias. Entre elas destacam-se os dicionários, as enciclopédias, os manuais, etc. Já as
terciárias direcionam os usuários para as outras duas já mencionadas e são os resumos, os
índices e os guias

A partir dessa descrição, é possível constatar que as fontes de informação são,


primeiramente, classificadas pela sua natureza (primária, secundária ou terciária) para
depois então serem subdivididas em tipos, como institucionais, bibliográficas, pessoais,
etc. Além dos tipos, existem ainda os suportes, que frequentemente são confundidos

Fontes de informação primárias

Fontes de informação primárias são as publicações originais, o documento propriamente


dito, a literatura escrita pelo autor, sem interferência e análise de outros meios. 

Normalmente, serão as fontes primárias que você utilizará na leitura e no embasamento


de sua pesquisa e/ou trabalho acadêmico:

Periódicos científicos; Tese; Dissertação; Trabalho de evento; Normas técnicas;


Entrevista; História oral; Relatório, etc.

Fontes de informação secundárias

Fontes de informação secundárias são aquelas que tem como elos de ligação entre a fonte
primária e a pessoa que necessita da informação. Este é o caso das obras de referência,
como enciclopédias, dicionários, manuais, bibliografias, revisões de literatura, catálogos,
etc. Guinchat e Menou (1994).

Fontes de informação terciárias

Fontes de informação terciárias são as que compilam e remetem às fontes secundárias e


primárias, indicando e organizando-as para facilitar o acesso.

Exemplo:

Diretórios; Portais; Mecanismos de busca (Google, BING, etc.); Catálogos coletivos;


Bibliografias; Centros de informação; Bibliotecas
Além das bibliotecas, dos arquivos e dos museus citados anteriormente, existem muitos
outros tipos de organizações que se constituem fontes informacionais. Entre eles destacam-
se:
 Os comerciais que fornecem informações úteis sobre elas próprias, seus produtos
e/ou serviços, apesar de seu objetivo principal ser a obtenção de lucro.
 As educacionais, que prestam serviços na área do ensino e da pesquisa, como as
universidades, produzindo grande quantidade de documentos técnicos, científicos,
culturais e artísticos, promovendo avanços do conhecimento, em geral sem fins
lucrativos.
 As internacionais que visam manter a colaboração entre diferentes nações, como a
Organização das Nações Unidas (ONU);
 As não-governamentais, que trabalham para o bem público, como o Greenpeace; as
oficiais, como o Senado Federal, que estão ligadas aos governos federal, estadual
e/ou municipal e divulgam as funções legais e administrativas dos órgãos públicos
para os cidadãos;
 E por fim as profissionais que estimulam o aperfeiçoamento de suas classes, como
os Conselhos e as Associações Profissionais (DIAS; PIRES, 2005).
Função das fontes de informação

As fontes de informação facilitam as profissionais de informação a atenderem as demandas


informativas dos seus usuários, na resolução da dúvida pontuais (Alves e Santos 2018:40).

 As fontes de informação permitem a investigador estar mais próximo dos


documentos
 As fontes de informação contribuem para a preparação do docente, estudantes para
execução das suas atividades individuais, sócias e profissionais para as quais
necessita desenvolver nível das suas capacidades.
4. Obras de referencias

CUNHA, (2001), Uma das principais finalidades das fontes de referência é facilitar a
localização da informação que se procura. Além de dicionários, outros tipos são:
enciclopédias, manuais e tabelas.

Dicionários
É comum que os dicionários especializados façam referência aos autores, escolas e teorias
associadas às definições de um termo. Esses dicionários especializados podem ser de três
níveis básicos: dirigidos ao público em geral, a estudantes e a especialistas.

Existem outros tipos de dicionários especializados: terminologias e glossários, dicionários


poliglotas especializados, dicionários de abreviaturas e tesauros.

Tesauros

Os tesauros são listas de palavras de uma determinada área apresentando o relacionamento


entre os termos, de forma hierárquica (do geral para o específico), de equivalência (termos
sinônimos) e de associação (termos relacionados). Os tesauros servem principalmente para
indexação de documentos em catálogos e bases de dados.

Manuais

Os manuais são os livros de referência mais usados por cientistas e tecnólogos, quando
surge necessidade de informações objetivas. Grande parte da informação contida nos
manuais é apresentada de forma compacta, por meio de tabelas, grá􀁷cos, símbolos,
equações e fórmulas. Os manuais incluem os conhecimentos já sedimentados.

Tabelas

A apresentação de dados em forma tabular é uma característica de muitos manuais. E


quando aumenta a proporção de tabelas e diminui a de texto, a obra passa a ser um livro de
tabelas.

5. Biblioteca

No dicionário de Aurélio (1986), biblioteca significa coleção pública ou privada de livros e


documentos congêneres, organizada para o estudo, leitura e consulta. Para este famoso
dicionarista, a palavra é originada do grego bibliothéke e chegou até nós pelo
latim bibliotheca.

Cunha (1997) também confirma que a palavra biblioteca em português se origina do latim,


que, por sua vez, deriva dos radicais gregos biblio e teca, cujos significados são,
respectivamente, livro e coleção ou depósito. Martins (idem: 71) resume, enfim,
etimologicamente, a palavra como depósito de livros.
A biblioteca, ou seu sentido, refere-se também à grande variedade de coleções
bibliográficas e aos diferentes fins e usuários. A maioria das nações desenvolvidas dispõe
de bibliotecas de vários tipos: nacionais, universitárias, públicas, escolares e
especializadas.

Na Antiguidade, o material sobre o qual se concretizava a escrita era o papiro, cujo rolo
podia chegar até 18 metros, e o pergaminho. Os rolos desses materiais eram organizados
em armários com divisórias e arrumados uns ao lado dos outros, com etiquetas visíveis
indicadoras dos títulos.

No século IV d. C. apareceu o codex, ou seja, o uso das duas faces do pergaminho, em


formato moderno do livro. Esse novo aspecto exigiu novos móveis, sobre os quais os livros
ficavam deitados e às vezes acorrentados.

Em relação às bibliotecas, a mais antiga foi de Alexandria, que reunia a maior coleção de
manuscritos do mundo antigo, cerca de 500.000 volumes. Ela foi fundada por Ptolomeu
I Sóter, rei do Egito, e os eruditos encarregados da biblioteca eram considerados os homens
mais capazes de Alexandria na época, como Zenódoto de Éfeso e o poeta Calímaco, que
fez o primeiro catálogo geral dos livros.

Segundo a lenda, a biblioteca foi destruída pelo fogo em três ocasiões: em 272 d.C., por
ordem do imperador romano Aureliano; em 392, quando o imperador Teodósio I arrasou-a,
juntamente com outros edifícios pagãos, e em 640 pelos mulçumanos, sob a chefia do
califa Omar I.

Perto do século I a. C., os romanos mais abastados começaram a criar bibliotecas


particulares com obras gregas e latinas. A crescente procura por livros deu origem ao
comércio de copistas, ao aparecimento de livrarias e ao estabelecimento de bibliotecas
públicas, que surgiram em Roma, próximo ao século II da nossa era.

Durante, os séculos VIII e IX, muitos textos científicos e matemáticos foram copiados e
conservados por mulçumanos e cristãos. Valiosa foi a contribuição da Escola de
Tradutores de Toledo, criada por Afonso X, o Sábio.

Na Europa Ocidental, a literatura foi preservada graças, sobretudo, à ação das bibliotecas
dos mosteiros, como o de San Milan de la Cogolla e de Ripoll, na Espanha, e o de Fulda,
na Alemanha. Cada uma possuía uma sala denominada scriptorium, oficina onde os
monges realizavam cópias manuscritas de obras clássicas e religiosas.

Depois do século X, outras bibliotecas cresceram  paralelamente às dos mosteiros e


conventos. Primeiro nas escolas  catedrais e, a partir do século XII,  nas
inúmeras universidades que se constituíram na Europa

Renascimento marcou o declínio das bibliotecas de tipo monástico:  as


primeiras colecções particulares dos humanistas podem ser consideradas como o ponto de
partida das bibliotecas modernas.

A biblioteca moderna, onde os livros estão principalmente para o uso do público, só


chegou com a difusão da imprensa, no século XVI  que, pela primeira vez, tornava possível
a produção de livros em grandes quantidades e a preço mais reduzido. É neste contexto que
se começam a constituir algumas grandes bibliotecas  universitárias, como a  Bodleiana em
Oxford (uma das mais antiga da Grã-Bretanha, restaurada e reorganizada em 1598, por
Thomas Bodley).

6. Bibliotecas (Nacional, pública e escolar)

A biblioteca nacional

A biblioteca nacional e um organismo estatal que tem por missão adquirir, tratar, conservar
e por a disposição do publico exemplares de todos os documentos publicados no pais e os
documentos de interesse para as actividades nacionais, seja qual for a sua origem. As
bibliotecas públicas dependem do Estado ou das colectividades locais. Suas colecções
estão a disposição dos habitantes da localidade para suas necessidades culturais, recreativas
ou práticas. Possuem, muitas vezes, sucursais nos bairros ou na zona rural.

Bibliotecas publicas

Para Ferraz (2014:21), A biblioteca pública e financeiramente suportada parcialmente com


fundos públicos, a sua finalidade e apoiar desenvolvimento pessoal do individuo;
contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida e enriquecer a sua participação na
sociedade

As bibliotecas escolares
As bibliotecas escolares tem por objectivo servir a alunos, professores e funcionários das
escolas primárias e secundárias. Suas colecções servem de suporte ao estudo e ao lazer.
Estas bibliotecas são importantes Instrumentos de informação e exercem um papel
indispensável no aprendizado das técnicas de informação.

7. Biblioteca nacional em Moçambique

A biblioteca Nacional em Moçambique foi criada em 1961 pelo diploma legislativo n o


2116 de 28 de agosto, funcionado como fiel dispositivo legal.

Com a proclamação da independência em 1975 teve que encerar ao público devido ao


abandono dos seus quadros seniores, e foi reaberto em 1978, já com uma nova estrutura, e
reconhecendo a importância das bibliotecas na elevação de conhecimentos gerais, técnicos
e científicos da sociedade, foi aprovada o estatuto orgânico da biblioteca Nacional pelo
diploma ministerial no 103/92 de 22de Julho (Ministério da cultura e Turismo, 2015).

Finalidade

Assegurar a aquisição conservação, tratamento, e disponibilização do patrimônio


documental produzido em Moçambique, referentes a Moçambique e com interesse para
Moçambique bem como a bibliografia da cultura geral, e funcionar como instituição que
rege e elabore metodologias para as bibliotecas públicas.

8. Bibliotecas (Universitaria, especial e especializada


8.1. As bibliotecas universitárias

As bibliotecas universitárias dependem das universidades ou de outros estabelecimentos de


ensino superior. Suas colecções são mais especializadas que as das bibliotecas publicas, e
geralmente muito completas nas disciplinas cientificas e técnicas ministradas nos diversos
cursos da universidade. Servem em prioridade aos professores e estudantes, mas são,
muitas vezes, abertas ao publico em geral.

Em alguns casos a universidade tem uma biblioteca única, organizada por sessões (como
por exemplo, ciências exactas, medicina, ciências sociais e letras) ou uma biblioteca central
e bibliotecas especializadas. Amaral, (1995:7)

Para o A.L.A Glossary of Library Terms:

Biblioteca especial. Um serviço organizado para disponibilizar informações desejáveis a


uma organização específica ou grupo limitado. Suas funções principais são (1) pesquisar e
avaliar publicações atuais, pesquisas em andamento e atividades de autoridades
individuais; (2) organizar informações pertinentes escritas e não escritas; e (3) reunir de
dentro e fora da biblioteca tanto publicações quanto dados, e disseminar esta informação,
frequentemente em forma abstrata ou memorando, adaptada ao trabalho do indivíduo.
Tipos de bibliotecas especiais, tendo várias políticas, métodos e coleções, são: (1) a
biblioteca de organização especial, servindo uma corporação, uma organização sem fins
lucrativos, órgão governamental etc., e mantida pela organização; (2) o ramo especial da
biblioteca pública, servindo certos grupos ocupacionais; (3) a biblioteca de assuntos
especiais, servindo estudantes, grupos profissionais, membros ou o público em geral, sobre
um determinado assunto.” (AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION, 1943, p. 130,
tradução nossa).

8.2. Bibliot
ecas especializadas

As bibliotecas especializadas destinam-se a servir um grupo específico de utilizadores, no


âmbito de um assunto bem definido, as bibliotecas especializadas estão normalmente
integradas em organizações de investigação de interesse industrial ou comercial,
departamento de governo, sociedade e as associações.

E elas se diferem das outras bibliotecas pelos seguintes factos:

 Muitas das vezes as bibliotecas especializadas têm interesses específicos e não


gerais.
 Geralmente estas bibliotecas restringem os seus serviços a pessoas que pertencem
as instituições das quais estas pretendem;
 A sua atividade e a canalização rápida da informação especializada para os seus
utilizadores através de processos diversos como: Folhas com novas aquisições,
boletins informativos. Etc.

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