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PREPARA AV1 – 2022.

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História da Mídia

PERSPECTIVA HISTÓRICA DA MÍDIA: COMUNICAÇÃO


- A comunicação é inerente ao ser humano (não se vive sem comunicação). É uma experiência de interação entre
indivíduos que promove a vida social e cultural.
- O cerne da comunicação são os signos, as regras que os regem e suas relações com os intérpretes.
- A modernidade “amarra” a comunicação, a informação e as mídias.

PERSPECTIVA HISTÓRICA DA MÍDIA: LINGUAGEM


- Linguagem é a capacidade que todo ser humano tem de se comunicar, sendo constituída por um sistema de signos
convencionais que permite a comunicação.
- Podemos diferenciar a linguagem em verbal (que necessita da escrita e/ou da fala) e em não verbal (contida em
expressões, postura, tom de voz, sinais e na arte em geral: pintura, música, mímica, gestos, desenhos).
- A primeira linguagem do homem foi o “grito da natureza”, usado pelos hominídeos (ancestrais) para pedir socorro
em situações de perigo.

PERSPECTIVA HISTÓRICA DA MÍDIA: ORALIDADE E ESCRITA


- Nas sociedades orais, anteriores aos registros escritos, todo o histórico de fatos e acontecimentos sociais era feito
oralmente.
- Antes de se desenvolverem os sistemas de comunicação escrita, toda informação era transmitida e preservada por
meio de transmissão oral, o que caracterizava a sociedade da oralidade.

PERSPECTIVA HISTÓRICA DA MÍDIA: COMUNICAÇÃO E PODER


- Na sociedade da oralidade, a tarefa da transmissão ficava sob responsabilidade dos anciãos, que acumulavam mais
conhecimentos.
- A memória auditiva e a memória visual eram os recursos para armazenar e transmitir o conhecimento às futuras
gerações.
- A oralidade era a base de todo o processo de comunicação.
- Até aqui, a única forma da palavra era a oral, pois não havia os sistemas de escrita, que, no futuro, perpetuariam a
palavra.
- Na Pré-História, o homem comunicava-se por meio de desenhos e pinturas nas paredes das cavernas.
- Eram as pinturas rupestres, capazes de registrar os acontecimentos, as ideias ou transmitir mensagens.
- Os avanços na comunicação da informação ocorrem a partir da revolução da escrita, quando o homem passa da
comunicação oral para o registro escrito, baseado em textos lineares e no uso de alfabetos.
PERSPECTIVA HISTÓRICA DA MÍDIA: SURGIMENTO DA ESCRITA
- A comunicação escrita acompanha a história da civilização.
- Há relatos que a linguagem escrita se desenvolveu primeiramente na Mesopotâmia, com tábuas cuneiformes, datadas
de 3200 a.C.
- Novas evidências, entretanto, encontradas na China, levantam dúvidas sobre o surgimento da escrita.
- A introdução da escrita permitiu o desenvolvimento de organizações sociopolíticas complexas, permitindo o registro
de leituras como história, literatura, filosofia, medicina, matemática, descobertas científicas e práticas religiosas.

PERSPECTIVA HISTÓRICA DA MÍDIA: DESENVOLVIMENTO DA


ESCRITA
- No processo de desenvolvimento da escrita, temos que dar atenção aos suportes utilizados ao longo dos séculos.
- Como exemplo, temos: papiro (egípcios – nove metros de comprimento – 3.000 a.C.); pergaminhos (couro de
animais – guardados em rolos – 2.000 a.C.); fólios (possibilidade de dobra e encadernação); e folha de papel (séc. XIII
– Europa).

SURGIMENTO DA PRENSA E MUDANÇAS NO OCIDENTE


- A comunicação facilitada, distribuída e democrática, disponível no século XXI, teve um passado de restrição.
- Tudo mudou quando uma importante invenção foi criada: a prensa!
- Até então, toda a reprodução de arquivos era feita manualmente, por cópias, e não havia um processo que desse
conta de copiar em grande escala.
- O alemão Johannes Gutenberg deu sua contribuição à comunicação e à perpetuação das informações criando a
impressão por tipos móveis, em 1455.
- A tecnologia da prensa se espalhou pela Europa e pelo mundo, dispensando o trabalho dos copistas e introduzindo a
reprodução industrial.
- Cinco anos após, foi impresso o primeiro livro, conhecido como a Bíblia de Gutenberg, que tinha 42 linhas e duas
colunas por página.
- O crescimento das cidades, a instabilidade financeira e a transição do feudalismo para o capitalismo montaram o
cenário para a Renascença.
- Foi o período em que se deu a ruptura com estruturas medievais e a (re)descoberta do mundo com a valorização
cultural.
- A partir do século XVII, a prensa começou a ser usada para a impressão de jornais – única forma de veiculação
jornalística à época.
- As formas de divulgação de notícias eram em folhas escritas manualmente e afixadas em praças públicas ou por
meio de mensageiros, nomeados como arautos.
- Marshall McLuhan afirma que estamos no fim da Era de Gutenberg, iniciada com a criação do código fonético e
sistematizada pela invenção dos tipos Móveis.
- Para McLuhan, a criação da imprensa seria “a principal responsável pela destribalização da cultura, pelo
individualismo, pelo nacionalismo, pelo militarismo e pela tecnologia ocidental”.
- “A Evolução da Comunicação” (Charge): Primeira palavra escrita > Tipografia móvel > Publicação em massa > E-
mail > Redes sociais atuais
- Para Muniz Sodré, foi a empresa jornalística a iniciadora e impulsionadora dos meios de massa.
- Tudo começou com o conglomerado de empresas de rádio que, posteriormente, incluiu as emissoras de televisão.
- O caráter concentrado das mídias trazia a concentração do poder e o reflexo desse monopólio pode ser visto até hoje.

A IMPRENSA E OS PRIMEIROS GÊNEROS DE COMUNICAÇÃO DE


MASSA
- Os gêneros se alteram de acordo com cada país e cultura e estão em constante transformação.
- Classificar gêneros jornalísticos é um grande desafio, e essa divisão serve para aumentar a compreensão da grande
quantidade de textos veiculada pela mídia.
- A primeira sistematização dos gêneros ocorreu na Grécia Antiga, com Platão e Aristóteles, que definiram a seguinte
segmentação:

• Gênero Deliberativo: FUTURO – Aconselha ou desaconselha com base em valores como útil ou prejudicial.
• Gênero Judiciário: PASSADO – Defesa ou acusação; baseado em valores como justo ou injusto.
• Gênero Demonstrativo: PRESENTE – O espectador elogia ou censura com base em valores como nobreza ou
vileza dos fatos.
- Gênero é um conjunto de circunstâncias que determinam o relato que a instituição jornalística difunde para o
público.
- Esse relato incorpora contribuições dos intercâmbios transnacionais e interculturais, sendo a articulação do ponto de
vista entre acontecimentos (real), a expressão jornalística (relato) e a apresentação coletiva (leitura).
- José Marques Melo propõe uma organização dos gêneros jornalísticos da seguinte forma:

• INFORMATIVO: nota, notícia, reportagem e entrevista;


• INTERPRETATIVO: dossiê, perfil, enquete e cronologia;
• OPINATIVO: editorial, comentário, coluna e crônica;
• DIVERSIONAL: história de interesse humano;
• UTILITÁRIO: indicador, cotação, roteiro e serviço.
- Publicidade: comercial, institucional e legal.
- Entretenimento: passatempos, jogos, história em quadrinhos, folhetins, palavras cruzadas, contos, poesia, charadas,
horóscopo, dama, xadrez e novelas.
- Cadernos: os jornais são fragmentados em cadernos e cada um deles é destinado á abordagem de um tempo (esporte,
economia, tecnologia, cultura, turismo/editorias).
- Os gêneros da comunicação de massa são determinados pelo modo de produção e por manifestações culturais de
cada sociedade.

FOTOGRAFIA, CINEMA E RÁDIO


- Todos os meios evoluíram a partir de tecnologias.
- O aprimoramento ou evolução de uma tecnologia para outra nos permitiu a facilidade, tanto de produção como de
recepção ou exibição.
- A fotografia foi “inventada”, oficialmente em 1826, quando Nicéphore Niépce conseguiu fixar a primeira imagem de
que se tem notícia no mundo, que consiste numa visão parcial do quintal da casa dele.
- Outro grande salto na história da fotografia foi a câmera digital, que substituiu a película pelo suporte eletrônico.
- A partir dos anos de 1990, a fotografia digital caiu no gosto da população, sendo de fácil acesso em smartphones.
- Passou-se a fotografar quase tudo, criando um novo regime de entendimento sobre imagem, visibilidade e
disseminação – pós-modernidade.
- A fotografia permitiu também a invenção de outra forma de mídia capaz de seduzir pela sensação de “realidade”
transmitida: o cinema.
- As imagens em movimento do cinema partem de uma exposição rápida de uma sequência de imagens fixas que
criam a ilusão de movimento.
- As primeiras projeções em vídeo foram registradas na França, em 1895, graças aos irmãos Louis e Auguste Lumière,
que criaram o cinematógrafo.
- O equipamento era capaz de filmar, copiar e projetar imagens.
- Com esse equipamento foi produzido o primeiro documentário cinematográfico, intitulado “Empregados Deixando a
Fábrica Lumière”, com 45 segundos de duração.
- O cinema enquanto arte surgiu em 1902, quando Georges Meliès criou o primeiro filme de ação cinematográfico,
valendo-se, para isso, de maquetes e truques de efeito ótico para realizar “O Grande Roubo do Trem”.
- De lá para cá, a técnica e o mundo cinematográfico se desenvolveram, chegando a grandes produções realizadas
especialmente em Hollywood, nos Estados Unidos, de onde saíram os principais sucessos de bilheteria do mundo.
- Desde a criação do rádio, os créditos são atribuídos ao italiano Guglelmo Marconi (1896 – Inglaterra).
- Entretanto, o mérito da invenção é reivindicado ao brasileiro Roberto Landell de Moura (1896 – Campinas).
- A primeira transmissão oficial no Brasil foi no centenário da Independência, 07/09/1922, no Rio de Janeiro.
- O objetivo era transmitir cultura e educação, já que o rádio era “o livro de quem não sabe ler”.
- O rádio no Brasil viveu a Época de Ouro entre os anos de 1930 a 1950 – período “pré-televisivo”.
- Nesse mesmo período, chegam ao país as agências de publicidade dos EUA, que “profissionalizaram” a propaganda
radiofônica.
- Em 1936, no dia 12 de setembro, nasceu aquela que é considerada a maior expoente do rádio brasileiro: a Rádio
Nacional.
- Outro marco da Era de Ouro foi o programa de radiojornalismo Repórter Esso, principal meio de difusão de
informações para todo o país.
- Essa época “dourada” da mídia radiofônica se estendeu até a popularização da TV.
- O público passou a migrar para essa nova forma de mídia, assim como os patrocinadores e, por consequência, as
estrelas do rádio foram contratadas para aparecer na TV.

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