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Digestão, absorção, transporte e excreção de nutrientes

Principais funções do TGI: extrair macronutrientes, absorver micronutrientes e


elementos-traço; funcionar como uma barreira física e imunológica;

O TGI se estende da boca ao ânus;

O intestino mede cerca de 7m;

A presença de alimentos no intestino delgado estimula a liberação de hormônios que


por sua vez estimula a liberação a produção e liberação de enzimas pelo pâncreas e
intestino delgado, e bile pelo fígado e vesícula biliar;

A maioria dos nutrientes absorvidos pelo TGI seguem para o fígado pela veia porta
onde podem ser armazenados, transformados em outras substancias ou liberados na
circulação;

As fibras fermentáveis servem de material prebiótico para as bactérias auxiliadoras


formando AGCC, diminuindo o pH do cólon e aumentando as bactérias boas;

São co-fatores da digestão e absorção: bile, acido clorídrico e bicarbonato;

Os neurônios simpáticos, ativados pelo medo, angustia, estresse, tendem a lentificar o


transito do TGI pela inibição dos neurônios que afetam a contração muscular e a
secreção;

Hormônios neuropeptídicos

Gastrina: secretado no antro do estômago pelas células G; estimulam a motilidade e


secreção gástrica; quando o meio se torna muito ácido, outros hormônios são
liberados e inibem a liberação da gastrina; o estimulo para sua liberação é a presença
de proteínas, cafeína e bebidas alcóolicas.

Secretina: liberada no intestino delgado pelas células S; se opõe a ação da gastrina,


sendo secretada em resposta ao meio ácido; estimula o pâncreas a secretar água e
bicarbonato e inibe a secreção de ácido clorídrico e o esvaziamento gástrico.

Colecistocinina: liberado em resposta a proteína e gordura; sua função é: estimular o


pâncreas a secretar as enzimas, estimular a contração da vesícula biliar, aumentar a
motilidade do cólon e reto, retardar o esvaziamento gástrico e aumentar a saciedade;

GLP-1 e GIP: liberados na mucosa intestinal na presença de refeições ricas em glicose e


gordura; estimulam a síntese e secreção da insulina; inibe a secreção do glucagon,
retarda o esvaziamento e ajuda a promover a saciedade. Esses hormônios ajudam a
evitar um aumento exagerado da glicose após refeições.
Motilina: liberada no intestino delgado em resposta a bile e a secreções pancreáticas;
aumenta a motilidade e a taxa de esvaziamento gástrico.

Somatostatina: liberada no antro e piloro; diminui a motilidade do estomago e


intestino; inibe a liberação de vários hormônios do TGI.

Digestão na boca

A amilase inicia a digestão do amigo; se torna inativa quando alcança o conteúdo ácido
do estomago.

O bolo vai da boca a faringe por movimento voluntário, já do esôfago para o estomago
o processo de deglutição é involuntário.

Digestão do estômago

A pepsina é secretada na forma inativa (pepsinogenio) a qual é ativa pelo ácido


clorídrico. Ela se torna ativa apenas no ambiente ácido do estomago.

O pH do estomago varia de 1,0 a 4,0.

A lipase gástrica é mais especifica para triglicerídeos compostos por ácidos graxos de
cadeia média e curta.

As refeições liquidas levam de 1 a 2hrs para serem esvaziadas e as solidas de 2 a 3hrs;


o esvaziamento gástrico é mais rápido com líquidos do que com sólidos.

Digestão no intestino delgado

O intestino delgado é o principal local para a digestão de alimentos e nutrientes;

A maior parte dos processos digestivos é completado no duodeno e na parte superior


do jejuno;

As principais enzimas secretadas pelo pâncreas são a lipase pancreática (digerem os


lipídios), colipase e enzimas proteolíticas que incluem a tripsina, quimiotripsina e
outras.

A tripsina e a quimiotripsina são secretadas nas formas inativas e são ativadas pela
enteroquinase que é secretada quando o quimo entra em contato com a mucosa
intestinal.

Mecanismos absortivos

Difusão passiva: o nutriente passa através das células da mucosa intestinal em direção
ao sistema venoso para o fígado ou para a circulação linfática. Através de aberturas
nas membranas, de canais proteicos (difusão simples) ou proteínas carreadoras
(difusão facilitada)
Transporte ativo: envolve a utilização de energia para mover íons e outras substancias,
em combinação com uma proteína transportadora (carreadora) através de uma
membrana contra um gradiente de energia.

Parte das vitaminas e água passam inalterada pelo intestino delgado para a corrente
sanguínea por difusão passiva;

A absorção de glicose, sódio, galactose, potássio, magnésio, fosfato, iodo, cálcio,


ferro e aminoácidos são por transporte ativo através de proteínas carreadoras;

Galactose -> transporte ativo; frutose -> difusão facilitada;

Minerais catiônicos são absorvidos por quelação;

Os fitatos e oxalatos prejudicam na absorção de ferro e zinco. A absorção de zinco é


prejudicada na presença de quantidades elevadas e ferro, cálcio e magnésio;

A suplementação com grandes quantidade de ferro ou zinco podem diminuir a


absorção de cobre. A presença de cobre pode diminuir a absorção de ferro e
molibdênio;

Os minerais são transportados no sangue ligados a carreadores proteicos;

ENERGIA
A energia dispendida pelo corpo depende: da taxa metabólica basal, efeito térmico do
alimento e termogênese por atividade física;

O gasto energético basal (GEB) é definido como a quantidade mínima de energia gasta
compatível com a vida;

A taxa metabólica basal representa de 60 a 70% DO get;

O gasto energético de repouso (GER) é a energia despendida nas atividades


necessárias para manter as funções corporais normais e homeostase;

Tamanho corporal: aqueles indivíduos com maior área de superfície corporal terá
maior taxa metabólica;

Composição corporal: a massa livre de gordura (MLG) é o principal determinante do


GER. Então quanto mais MLG maior taxa metabólica;

Idade: Como a TMR é determinada pela MLG, a TMR será maior principalmente
durante o primeiro e segundo anos de vida;
Sexo: os homens tem mais MLG então os homens tem maior taxa metabólica do que
as mulheres;

O uso de cafeína, nicotina, álcool e a febre aumentam a taxa metabólica;

A unidade padrão para medir a energia é a caloria. A quantidade de energia


necessária para aumentar em 1ºC a temperatura de 1 mL de água a 15ºC;

O joule mede a energia em termo de trabalho mecânico e é a quantidade de energia


necessária para acelerar a força de 1 newton por uma distancia de 1 m;

1 kcal = 4,184 kJ

Proteína 4kcal/g, Lipídios 9kcal/g, Carboidrato 4kcal/g, Álcool 7kcal/g e Fibras


2kcal/g.

OS NUTRIENTES E SEU METABOLISMO

Os glicocorticoides aumentam as concentrações sanguíneas de glicose, em grande


parte por estimularem a gliconeogênese. O hormônio do crescimento aumenta a
concentração de glicose sanguínea, antagonizando a ação da insulina e diminuindo a
captação celular de glicose;

Fontes de fibras solúveis: aveia, cevada (ricas e betaglicana);

Quitina e quitosana foram estudadas quanto ao seu efeito hipocolesterolêmico; a


carga positiva na quitosana liga-se aos lipídios carregados negativamente, bloqueando
sua absorção;

Os prebióticos são substancia alimentares não digeríveis que estimulam seletivamente


o crescimento ou a atividade de bactérias presentes no cólon que são benéficas para o
hospedeiro; vários prebióticos estimulam o crescimento de bactérias intestinais,
principalmente as bifidobactérias;

A lignina não é um carboidrato;

As fibras insolúveis aumentam a capacidade de retenção de água, aumenta o volume


fecal e o transito intestinal;

As fibras solúveis podem forma géis, diminui o transito intestinal e promove a


absorção de nutrientes mais lento. Ligam-se a outros nutrientes como colesterol e
minerais, diminuindo sua absorção;
Efeito prebiótico das fibras -> produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC); o
butirato (4 carbonos) é a principal fonte de energia dos colonócitos, sendo produzido
mais a partir do amido do que da gordura;

Hipetrigliceridemia induzida por carboidratos -> ingestão elevada de carboidrato pode


resultar na secreção aumentada de insulina. Insulina é liberada; o corpo interpreta o
estado hipoglicêmico como inanição e secreta hormônios contrarregulatórios que
liberam ácidos graxos livres das células adiposas. Os ácidos graxos são embalados pela
VLDL no fígado e assim eleva os triglicerídeos séricos;

Ácido graxo saturado: butírico, caproico, láurico, mirístico, palmítico, esteárico,


cáprico;

Ácido graxo insaturado: oleico, linoleico, linolênico, araquidônico;

Ômega 3 (linolênico -> eicosapentaenoico EPA -> docosa-hexaenoico DHA);

Ômega 6 (linoleico -> araquidônico -> docosapentaenoico);

Ômega 9 (oleico -> eicosatrienoico);

EPA E DHA são fontes marinhas: óleo de fígado de bacalhau, cavalinha, salmão e
sardinhas, caranguejo, camarão e ostras;

Quando dessatura, o ácido linoleico em acido araquidônico; e o alfa linolênico em EPA


e DHA;

Ácido graxo essencial se refere aos ácidos linoleico (ômega 6) e linolênico (ômega 3);

Deficiência de ômega 3: problemas de aprendizado, visão prejudicada e polidipsia;

Deficiência de ômega 6: retardo do crescimento, lesões cutâneas, insuficiência


reprodutiva, fígado gorduroso e polidipsia;

A lecitina é o principal fosfolipídio, sendo o componente principal dos lipídios na


membrana de cama dupla de lipídios. Também é o principal componente das
lipoproteínas utilizadas para transportar gorduras e colesterol;

Os isoprenoides são lipídios constituídos por uma ou mais unidades de cinco carbonos.
Licopeno, carotenoides, vitaminas lipossolúveis;

Os glicolipídios incluem os cerebrosideos e os gangliosideos. Ambos contem galactose


e glicose, respectivamente. São componentes do tecido nervoso e de certas
membranas celulares nas quais desempenham papel no transporte de lipídios;
Os TCM são ácidos graxos saturados e fornecem 8,25kcal/g: são hidrossolúveis,
necessitam de menos sal biliar para solubilização, são transportados como ácidos
graxos livres, ligados à albumina;

Recomendação de 10% de ácidos graxos saturados; colesterol menor que 300mg/dia;


ingestão total de gordura de 20 a 35%;

O álcool é metabolizado pela ADH em acetaldeido e então em acetil coenzima A;

A enzima ADH necessita de vitamina B1 e B3 para que possa atuar;

Aminoácidos aromáticos: fenilalanina; tirosina; triptofano;

Aminoácidos essenciais: valina, leucina, isoleucina, metionina, fenilalanina, triptofano,


prolina;

Quando a dieta é pobre em carboidratos, a proteína é a única fonte adequada


disponível para a síntese de novo de glicose = gliconeogênese;

Um ser humano adulto saudável necessita de 0,8g/kg (IOM, 2002);

CATABOLISMO MACRONUTRIENTES NO JEJUM


A inanição simples (privação absoluta de alimento) leva ao marasmo e representa a
fase final da desnutrição proteico-energética continua;

A privação de proteína que ocorre em indivíduos que estejam consumindo quase


exclusivamente carboidrato denomina-se kwashiorkor; como exemplo, a primeira
criança de uma mãe é desmamada do leite materno rico em proteínas para uma fonte
alimentar pobre em proteína; acredita-se que essa doença seja causada pela
deficiência proteica severa e por hipoalbuminemia;

Durante o inicio do jejum, a glicose é obtida a partir do glicogênio pela ação dos
hormônios glucagon e epinefrina. Depois de 24hrs em jejum, os hormônios catabólicos
epinefrina, tiroxina e glucagon estimulam a liberação de proteína muscular e outros
substratos para a gliconeogênese. O aminoácido mais utilizado é a alanina. À medida
que o jejum se prolonga, os músculos vão liberando glutamina e alanina os quais
podem ser desaminados ou transaminados em cetoglutarato ou piruvato e convertidos
em oxaloacetato e então em glicose. Durante a inanição, observam-se o aumento a
produção da glicose pelo rim e a diminuição da produção pelo fígado;

Além da glicose, é necessária outra fonte de energia: a gordura; a liberação e o uso de


ácidos graxos exigem baixas concentrações de insulina e um aumento dos hormônios
anti-insulina ativam a enzima que cliva os triglicerídeos. Os ácidos graxos então são
transportados para o fígado ligados a albumina sérica. Ácidos graxos -> acetil coa ->
cetonas;

A adaptação à inanição depende da produção de cetonas. À medida que aumentam


as concentrações sanguíneas de cetonas durante o jejum, o cérebro e o sistema
nervoso, começam a utilizar as cetonas como fonte de energia;

Apesar de a gordura não pode ser convertida em glicose, ela fornece combustível para
o musculo e para o cérebro na forma de cetonas;

A ingestão de carboidratos estimula a produção de insulina; a insulina impede que os


estoques de gordura sejam empregados como combustível; a secreção de insulina
inibe a proteólise;

VITAMINAS
As vitaminas lipossolúveis são absorvidas por transporte passivo e devem ser
transportadas com os lipídios dietéticos;

As vitaminas hidrossolúveis são absorvidas por transporte passivo e ativo,


transportadas por carreadores e não são armazenadas em quantidades apreciáveis no
organismo;

1) Vitamina A
3 compostos: retinol, retinal e ácido retinoico; as formas ativas existem apenas
nos produtos de origem animal;
As formas de cadeia curta e oxidadas são excretadas na urina; as formas
intactas são excretadas na bile e fezes;
Fontes: carotenoides (vegetais folhosos verde-escuros e vegetais/frutas
amarelo alaranjados;
Deficiência: resulta da ingestão inadequada; visão prejudicada pela perda dos
pigmentos visuais (cegueira noturna ou nictalopia); espermatogênese
prejudicada, imunocompetencia prejudicada, queratinização das membranas
mucosas; xeroftalmia;
Toxicidade: leva a alterações na pele e nas membranas mucosas; queilite,
secura das mucosas nasal e dos olhos;
2) Vitamina D
A forma ativa é o calcitriol;
Desempenha papel na manutenção da homeostase do cálcio e na saúde de
ossos e dentes;
É incorporada com outros lipídios nas micelas e absorvidas por transporte
passivo;
O calcitriol aumenta a absorção de cálcio e fosfato no intestino, aumenta a
reabsorção de cálcio e fosfato no osso e atua sobre o rim para diminuir a
perda de cálcio na urina;
A calcitonina opõe-se a atividade do calcitriol e do PTH, suprimindo a
mobilização óssea e aumentando a excreção renal de cálcio e fosfato;
Fonte: produtos de origem animal e óleo de fígado e peixes;
Deficiência: raquitismo, osteomalácia e osteoporose;
Toxicidade: aumento das concentrações séricas de cálcio (hipercalcemia) e
fósforo (hiperfosfatemia);
3) Vitamina E

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