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Amanda Araújo de Azevedo, 2B-Marista.

Dissertação Argumentativa.

Os riscos da superexposição

No filme “A Rede Social”, estrelado por Jesse Eisenberg, o jovem norte americano Mark
Zuckerberg visando uma vingança com a sua ex-namorada, cria o Facebook para expor fotos
íntimas dela após o término do relacionamento. Além de retratar muitos aspectos, é dado
destaque sobre uma geração que nasceu com o crescimento da internet e a demonstração de
egos que acabam sendo prejudiciais. Nesse sentido, é notório que a exposição da vida em
excesso apresenta problemas que deveriam ser resolvidos, entre eles o cyberbulling e a falta
de privacidade, tornando possível ainda a comparação entre os dias atuais e o retrato da obra
cinematográfica.

Inicialmente, sabe-se que a sociedade brasileira atual passa por um período de superexposição
onde a vontade de ser conhecido e amado por todos os coloca em uma posição de fácil alvo
para ataque virtuais, já que não são preparados para lidar com essas ferramentas acabam
passando por situações de ofensas e críticas relacionadas as suas vidas pessoais, aparência
física e violência perseguidora e constante, ocasionando geralmente em problemas emocionais
nas vítimas. Segundo os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), no Brasil,
37% dos respondentes afirmaram já terem sofrido com o cyberbullying, além disso, outros
36% dos adolescentes brasileiros informaram já ter faltado a escola após ter sofrido esses
ataques online. Como muitas das vezes os atacados não tem o direito de defenderem sua
integridade física e moral, é possível observar os fenômenos da invisibilidade pública e da
humilhação moral, os excluindo da sociedade.

Vale ressaltar também que, a privacidade exposta tem sido cada vez mais comum com o uso
intensivo das redes sociais, onde a falta de moderação fica responsável pelos complicações no
mundo virtual, não existindo controle da própria vida, segurança pessoal e tendo possíveis
vazamentos de informações particulares evidentes. Um fato relevante sobre o assunto, por
exemplo, é a criação da lei Carolina Dieckmann, nome dado em homenagem a atriz brasileira
após sofrer com hackers invadindo seu computador e roubar fotos íntimas. Com isso, mostra
se que é necessário o conhecimento do limite entre investir na sua imagem digital e exposição
de forma errada e perigosa.

Em decorrência disso, cabe ao Governo e ao terceiro setor reverter esse quadro. O terceiro
setor – composto por associações que buscam se organizar para conseguir melhorias na
sociedade – deve atuar na conscientização da população, instituições públicas e privadas por
meio de informativos e palestras sobre as consequências da saturação da própria imagem e os
males disso, para que a cautela e consciência aumentem cada vez mais. Por fim, é preciso que
haja um esforço governamental para a implementação de políticas para proteger crianças e
jovens do cyberbullying, os protegendo de ataques e diminuindo significantemente o alcance
dos perfis ofensivos. Com tais medidas, associação realizada entre a realidade e o longa
metragem não passará de uma banalidade.

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