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DE VOCÊS SE
TRANSFORMARÁ
EM ALEGRIA
fiel.in/semanasanta
A TRISTEZA
DE VOCÊS SE
TRANSFORMARÁ
EM ALEGRIA
Colaboradores.............................................................................................................. 7
Prefácio......................................................................................................................11
DOMINGO DE RAMOS
As lágrimas da soberana misericórdia do salvador - John Piper.......................16
O problema do Domingo de Ramos - Jonathan Parnell....................................23
SEGUNDA-FEIRA SANTA
Sem volta - Andreas Köstenberger e Justin Taylor................................................28
Jesus vira as mesas - Jonathan Parnell...................................................................32
TERÇA-FEIRA SANTA
A escalada do conflito - Andreas Köstenberger e Justin Taylor..........................38
O rei que precisávamos, mas que não queríamos - Marshall Segal..................43
QUARTA-FEIRA SANTA
Traído por um dos seus - David Mathis..............................................................49
Motim contra o Messias - Johnathon Bowers.......................................................54
QUINTA-FEIRA SANTA
A maior oração do mundo - John Piper...............................................................60
Não seja o que eu quero - Jon Bloom....................................................................67
SEXTA FEIRA SANTA
Está consumado - Jon Bloom.................................................................................74
Por que me desamparaste? - Donald Macleod.....................................................82
SÁBADO SANTO
Caia sobre nós o seu sangue - Marshall Segal......................................................89
Ele desceu ao inferno? - .......................................................................94
DOMINGO DE PÁSCOA
Você encontrou o que procura? - Tony Reinke..................................................101
CONCLUSÃO
O triunfo da alegria - David Mathis...................................................................109
COLABORADORES
Life e The Joy Project. Ele mora em Twin Cities com sua
esposa Karaleigh e seus três filhos.
David Mathis
Editor executivo
desiringGod.org
Domingo
de Ramos
AS LÁGRIMAS DA
MISERICÓRDIA SOBERANA
DO SALVADOR
JOHN PIPER
O REI CHORA
Como ele respondeu? “Quando ia chegando, vendo a ci-
dade, chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma,
ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora
oculto aos teus olhos.” (Lc 19. 41-42). Jesus chorou pela
cegueira e pela miséria iminente de Jerusalém.
Como você descreveria essas lágrimas? Eu as cha-
maria de lágrimas da misericórdia soberana. O efeito que
devem ter sobre nós é fazer-nos admirar a Cristo, valo-
rizá-lo acima de todos os outros e adorá-lo como nosso
misericordioso Soberano. E quando vemos a beleza da
sua misericórdia, tornamo-nos misericordiosos com ele
e semelhantes a ele para a sua glória.
Então, vamos admirar Cristo juntos neste Domin-
go de Ramos.
20 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
MISERICORDIOSO E PODEROSO
A misericórdia de Deus é uma misericórdia soberana.
“Terei misericórdia de quem me aprouver ter miseri-
córdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter
compaixão.” (Rm 9.15). Mas aqui está o ponto que
vemos no Domingo de Ramos: este Cristo soberano
chora pelo povo de coração endurecido e perecível de
Jerusalém enquanto cumpriam seu plano. É antibíblico
e errado fazer das lágrimas de misericórdia uma contra-
dição com a serenidade da soberania. Jesus estava sereno
na tristeza e triste na soberania. As lágrimas de Jesus são
lágrimas de misericórdia soberana.
E, portanto, seu poder soberano é o mais admirá-
vel e o mais belo. É a harmonia das coisas que parecem
estar em tensão que o torna glorioso – “misericordioso
24 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
O PROBLEMA DO DOMINGO
DE RAMOS
JONATHAN PARNELL
SEM VOLTA
ANDREAS KÖSTENBERGER & JUSTIN TAYLOR
PURIFICANDO O TEMPLO
Eles continuaram caminhando, os discípulos, sem dúvi-
da, incomodados com esse comportamento inesperado.
Mas Jesus estava apenas começando.
Quando Jesus entrou no Monte do Templo mais
tarde naquele dia, ele estava cercado por judeus piedo-
sos que haviam feito a peregrinação a Jerusalém para
a Páscoa. Eles não apenas teriam que pagar o imposto
do Templo (um shekel de Tiro), mas também teriam
que comprar um animal de sacrifício sem mácula no
Pátio dos Gentios. Quando Jesus olhou para os cam-
bistas e mercadores, um santo zelo e justa indignação
brotaram dele. Eles estavam transformando a casa de
oração para todos os povos de seu Pai (Is 56.7) em um
covil de ladrões para explorar os pobres peregrinos da
Páscoa e perverter a adoração verdadeira ( Jr 7.11). Je-
sus começou a virar as mesas e cadeiras dos cambistas,
SEM VOLTA | 33
FORA DE SINCRONIA
A cooperativa de comércio era um problema, mas não
era a única coisa, ou mesmo a principal, a qual Jesus
estava se dirigindo. O verdadeiro fiasco era como a ado-
ração de Israel estava fora de sincronia com a visão do
grande fim que Isaías profetizou - a nova era que Jesus
veio inaugurar.
Jesus cita uma parte dessa visão em Isaías 56: “A mi-
nha casa será chamada casa de oração para todos os povos.”
O contexto de Isaías 56 nos diz mais. De acordo
com a visão de Isaías, os eunucos guardariam a aliança
de Deus (Is 56.4), e os estrangeiros se uniriam a ele (Is
JESUS VIRA AS MESAS | 37
E NÓS?
E aqui está a lição para nós nesta segunda-feira da Se-
mana Santa, ou melhor, aqui está a pergunta: Quão bem
nossa adoração prefigura a visão profética da nova cria-
ção? Nossos investimentos relacionais e nossas reuniões
corporativas refletem, mesmo que de forma pequena, o
coração de um Deus que reúne os rejeitados?
Esta questão não é mais relevante do que na Páscoa,
quando nossas igrejas especialmente tentam ter uma apa-
rência melhor. Quando nos reunirmos para a adoração
neste fim de semana, ninguém montará mesas para trocar
moedas. Ninguém vai conduzir seus bois na esperança
de ficar rico. Ninguém carrega uma gaiola de pombos ca-
ros. Mas nossas decorações podem ser elaboradas. Nosso
traje pode ser elegante. Nossa música pode ser de classe
mundial. Podemos colocar uma energia exuberante nes-
sas coisas e torná-las um espetáculo impressionante. Mas
e se Jesus viesse, se ele entrasse em nossas igrejas neste
domingo, ele estaria olhando para a plebe, onde estão os
desajustados, os socialmente marginalizados, os párias?
Há muita vida nas veias da Páscoa para nos impul-
sionar além de nossos confortos, nossas “panelinhas” e
nosso melhor de domingo, e poderosamente nos enviar
em busca dos menos favorecidos.
Terça-Feira
Santa
Morning & Evening Meditations for Holy Week 31
MANHÃ
A ESCALADA DO CONFLITO
ANDREAS KÖSTENBERGER E JUSTIN TAYLOR
A CONSPIRAÇÃO SE AGRAVA
Jesus acorda novamente nos arredores de Jerusalém, em
Betânia, onde está hospedado na casa de Maria, Mar-
ta e Lázaro. Seu ensino novamente atrai uma multidão
52 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
1 Donald Macleod, The Person of Christ (Downers Grove: IVP Academic, 1998), 173.
TARDE
MAUNDY
Quinta-Feira
Santa
A MAIOR ORAÇÃO
DO MUNDO
JOHN PIPER
A RESPOSTA DO PAI
Se Jesus não tivesse sido obediente até a morte, ele teria
sido tragado pela morte para sempre e não haveria res-
surreição, nem salvação, e nenhum mundo futuro cheio
da glória da graça de Deus e dos filhos de Deus. Foi por
isso que Jesus orou “a quem o podia livrar da morte” -
isto é, salvá-lo de uma morte que não traria sucesso em
sua missão salvadora.
2 Jonathan Edwards, “Christ’s Agony,” sermão disponível online, em inglês, em:
http://www.ccel.org/ccel/edwards/sermons.agony.html.
68 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
TARDE
OBEDIÊNCIA NO SOFRIMENTO
E naquele momento, outro mistério apareceu. Deus Filho,
perfeitamente obediente a Deus Pai desde toda a eterni-
dade, “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb
5.8). Nunca outro humano sentiu um desejo tão intenso
de ser poupado da vontade de Deus. E nunca nenhum
ser humano exerceu uma fé tão humilde e obediente na
vontade do Pai. “tendo sido aperfeiçoado” - tendo exercido
confiança perfeitamente obediente em seu Pai em todas
as dimensões possíveis - “tornou-se o Autor da salvação
eterna para todos os que lhe obedecem,” (Hb 5.9).
À medida que o Filho aprendia essa obediência
perfeita e proeminentemente humildade ao se submeter
à vontade do Pai, as primeiras gotas de sua agonia san-
grenta escorreram de seus poros (Lc 22.44).
A menos de um quilômetro de distância, no pátio
do sumo sacerdote, seu discípulo traiçoeiro se preparava
para liderar um pequeno contingente de soldados e servos
carregando tochas a um conhecido jardim de oração.
NÃO SEJA O QUE EU QUERO | 73
ESTÁ CONSUMADO
JON BLOOM
O JARDIM
O dia judaico amanhece com a noite, e nunca foi mais
apropriado, pois hoje é chegada a hora e o poder das tre-
vas (Lc 22.53). Jesus está no Getsêmani, onde orou com
ESTÁ CONSUMADO | 77
O SINÉDRIO
Jesus é conduzido bruscamente à casa de Anás, um
ex-sumo sacerdote, que o questiona sobre seus ensina-
mentos. Jesus sabe que esse interrogatório informal tem
como objetivo pegá-lo desorientado e desprotegido.
Ele não é nenhum dos dois e não dá nada a esse líder
manipulador. Em vez disso, ele encaminha Anás a seus
ouvintes e é atingido pela ironia de um oficial judeu por
mostrar desrespeito. Frustrado, Anás envia Jesus a seu
filho Caifás, o atual Sumo Sacerdote.
78 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
O GOVERNADOR
O humor de Pilatos, já azedo com a repentina e insis-
tente intrusão do Sinédrio tão cedo pela manhã, piora
quando ele percebe a situação. Eles querem que ele exe-
cute um “profeta” galileu. Seus instintos experientes lhe
dizem que algo não está certo. Ele questiona Jesus e
então diz ao Conselho: “Não vejo neste homem crime
algum.” (Lc 23.4).
Um jogo de xadrez político acontece entre Pilatos
e o Sinédrio, sem perceber que eles são peões, não reis.
Pilatos faz um movimento. Como galileu, Jesus está
sob a jurisdição de Herodes Antipas. Deixe Herodes
julgar. Herodes inicialmente recebe Jesus com alegria,
na esperança de ver um milagre. Mas Jesus se recusa a
entreter ou mesmo responder. Antipas, desapontado,
bloqueia o movimento devolvendo Jesus a Pilatos.
Pilatos faz outro movimento. Ele se oferece para
libertar Jesus como o prisioneiro perdoado pela Páscoa
80 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
A CRUZ
A manhã declina enquanto Jesus sai cambaleando do
pretório, terrivelmente espancado e sangrando profu-
samente. Os soldados romanos foram brutais em sua
crueldade criativa. Espinhos rasgaram o couro cabeludo
de Jesus, e suas costas são uma ferida grotesca que goteja.
O Gólgota mal passa de cinquenta metros além do Por-
tão do Jardim, mas Jesus não tem forças para carregar a
barra transversal de vinte quilos. Simão de Cirene é es-
colhido entre a multidão. Vinte e cinco minutos depois,
Jesus está pendurado em pura agonia sobre um dos mais
cruéis instrumentos de tortura já inventados. Pregos
foram cravados em seus pulsos (o que só sabemos por
causa da dúvida que Tomé expressará em alguns dias -
ver João 20.25). Uma inscrição acima de Jesus declara
em grego, latim e aramaico quem ele é: o Rei dos Judeus.
O rei está flanqueado de cada lado por ladrões e
ao seu redor há curiosos e zombadores. “Salvou os ou-
tros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus,
o escolhido!” alguns gritam (Lc 23.35). Até um ladrão
moribundo se junta ao escárnio. Eles não entendem que
se o Rei se salvar, sua única esperança de salvação estará
perdida. Jesus pede a seu Pai que os perdoe. O outro la-
drão crucificado vê um Messias no homem mutilado ao
82 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
O TÚMULO
Uma ironia brilhante nestes dias mais sombrios é que
os homens que se apresentam para reivindicar o cadá-
ver de Cristo para o sepultamento não são membros da
família ou discípulos. Eles são membros do Sinédrio:
José de Arimateia e Nicodemos. É mais um fio de gra-
ça inesperado tecido nesta tapeçaria de redenção. Eles
rapidamente envolvem o corpo de Jesus em um lençol
e o colocam em um túmulo próximo. A noite está cain-
do, e eles não têm tempo para tratá-lo totalmente com
especiarias.
Maria Madalena e Maria, a mãe de José, os acom-
panham, tomando cuidado para observar a localização
do túmulo. Elas planejam voltar com mais especiarias
após o sábado, no primeiro dia da semana, para ter cer-
teza de que a preparação estaria completa.
TARDE
POR QUE ME
DESAMPARASTE?
DONALD MACLEOD
VERDADEIRAMENTE DESAMPARADO
No entanto, com todas essas negativas, isso foi um
verdadeiro abandono. Jesus não se sentiu apenas de-
samparado. Ele foi abandonado; e não apenas por seus
discípulos, mas pelo próprio Deus. Foi o Pai que o
entregou a Judas, aos judeus, a Pilatos e, finalmente, à
própria cruz.
E agora, quando ele clamou, Deus fechou seus ou-
vidos. A multidão não parava de zombar, os demônios
não paravam de zombar, a dor não diminuía. Em vez
disso, cada circunstância evidenciou a ira de Deus; e não
houve voz contrária. Desta vez, nenhuma palavra veio
do céu para lembrá-lo de que ele era o Filho de Deus
muito amado. Nenhuma pomba desceu para assegurar-
-lhe a presença e ministério do Espírito. Nenhum anjo
veio para fortalecê-lo. Nenhum pecador redimido se
curvou para agradecê-lo.
CARREGANDO A MALDIÇÃO
Quem era ele? Ele grita em aramaico, mas não usa a maior
de todas as palavras aramaicas, Abba. Mesmo na angústia
POR QUE ME DESAMPARASTE? | 87
CAIA SOBRE
NÓS O SEU SANGUE
MARSHALL SEGAL
ELE DESCEU
AO INFERNO?
JOE RIGNEY
O QUE É A MORTE?
Em primeiro lugar, o que exatamente é a morte? A mor-
te é separação, uma divisão de coisas que deveriam estar
unidas. Fundamentalmente, é a separação de Deus.
Paulo sugere isso em Efésios 2.1-2: “Ele vos deu vida,
estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos
quais andastes outrora.” Andar em pecado é estar mor-
to, ser escravo dos poderes das trevas, ser separado de
Deus, ser filho de sua ira. Esse tipo de separação é uma
alienação, uma hostilidade, uma alienação da vida e da
esperança do Deus vivo. Nesse sentido, todos nós, por
natureza, nascemos mortos, e é essa morte que Jesus su-
portou em seu sofrimento na cruz.
Mas é claro que a morte é mais do que apenas sepa-
ração de Deus. A morte também marca a separação da
alma do corpo. Deus fez os seres humanos para serem
almas encarnadas e corpos com alma, e a morte destrói
essa união. Mas o que acontece com essas duas partes
depois que são separadas? O Salmo 16.10 nos dá uma
janela para o ensino bíblico.
O QUE É SEOL?
No Antigo Testamento, o Seol é o lugar das almas dos
mortos, tanto dos justos (como Jacó, Gn 37.35, e Sa-
muel, 1Sm 28.13-14) quanto dos ímpios (Sl 31.17) No
Novo Testamento, a palavra hebraica Seol é traduzida
como Hades, e a descrição de Seol no Antigo e no Novo
Testamento tem alguma semelhança com o Hades da
mitologia grega. Está sob a terra (Nm 16.30-33) e é
como uma cidade com portões (Is 38.10) e grades ( Jó
17.16). É uma terra de trevas, um lugar onde moram
as sombras, as almas sombrias dos homens (Is 14.9;
26.14). É a terra do esquecimento (Sl 88.12), onde ne-
nhum trabalho é feito e nenhuma sabedoria existe (Ec
ELE DESCEU AO INFERNO? | 99
sua morte, a alma de Jesus foi para o céu para estar na pre-
sença do Pai. Mas Lucas 23.43 não diz que Jesus estaria
na presença de Deus; diz que ele estaria na presença do
ladrão (“Hoje estarás comigo no paraíso”), e com base no
Antigo Testamento e em Lucas 16, parece provável que, o
agora arrependido ladrão, estaria ao lado de Abraão, um
lugar de conforto e descanso para os justos mortos, que Je-
sus aqui chama de “Paraíso”. Após sua morte pelo pecado,
então, Jesus viaja para o Hades, para a Cidade da Morte,
e arranca seus portões das dobradiças. Ele liberta Abraão,
Isaque, Jacó, Davi, João Batista e o restante dos fiéis do
Antigo Testamento, resgatando-os do poder do Seol (Sl
49.15; 86.13; 89.48). Eles esperaram ali por tanto tempo,
não tendo recebido o que foi prometido, para que seus es-
píritos fossem aperfeiçoados junto com os santos da nova
aliança (Hb 11.39-40; 12.23). Após sua ressurreição, Je-
sus ascende ao céu e traz consigo os mortos resgatados, de
modo que agora o Paraíso não está mais perto do lugar de
tormento, mas no terceiro céu, o céu mais elevado, onde
Deus habita (2Co 12.2-4).
Agora, na era da igreja, quando os justos morrem,
eles não são meramente carregados por anjos ao seio
de Abraão; eles partem para estar com Cristo, o que é
muito melhor (Fp 1.23). Os ímpios, no entanto, perma-
necem no Hades em tormento, até o julgamento final,
quando o Hades entregar os mortos que moram lá, e
ELE DESCEU AO INFERNO? | 101
VOCÊ ENCONTROU
O QUE PROCURA?
TONY REINKE
A ALEGRIA DE JESUS
Enquanto as sombras escuras perseguiam o Cristo pres-
tes a ser crucificado, ele voltou sua atenção para a alegria.
Durante esta Semana Santa de sua crucificação, Jesus
104 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
FESTEJE E COMEMORE
A Páscoa apresenta contradições gritantes.
110 | A TRISTEZA DE VOCÊS SE TRANSFORMARÁ EM ALEGRIA
O TRIUNFO DA ALEGRIA
DAVID MATHIS
AS OVELHAS SE ESPALHARAM
Ninguém realmente viu essa vinda, exceto o próprio
Jesus. Ele disse claramente a seus discípulos que seria
morto e então ressuscitaria (Mc 8.31; Mt 17.22-23;
Lc 9-22). Ele havia insinuado isso desde a purificação
do templo ( Jo 2.19). Em seu julgamento, alguns teste-
munharam contra ele que ele havia feito tal afirmação
bizarra (Mc 14.58; Mt 26.61; 27.63). Em seguida, hou-
ve suas referências ao “sinal de Jonas” (Mt 12.39; 16.4), e
o rejeitado tornou-se a pedra angular (Mt 21.42).
Mas, por mais que ele tenha feito para preparar
seus discípulos para isso, uma crucificação literal era
tão contrária ao seu paradigma que eles não tinham
uma maneira significativa de trazê-la para suas mentes
e corações. Era “uma pedra de escândalo e uma rocha
de tropeço” (Is 8.14) para o tão esperado Messias sair
assim. Seus homens abandonaram seu mestre em sua
hora mais crítica, deixando-o sozinho para carregar o
peso do pecado do mundo. E o maior fardo de todos -
ser abandonado por seu pai.
Um dos seus o traiu. O líder entre seus homens o
havia negado três vezes. Após sua morte, os discípulos
se dispersaram. “fere o pastor, e as ovelhas ficarão dis-
persas” (Zc 13.7). Suas portas estavam trancadas ( Jo
20.19). Dois até pegaram a estrada e estavam saindo de
Jerusalém (Lc 24.13).
O TRIUNFO DA ALEGRIA | 113