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AMOR À LUZ DE 1ª CORÍNTIOS 13 - III

POR: ROMEU BORNELLI

Vamos abrir nossas Bíblias no cap. 13 de João, e vamos ler desde o


primeiro verso. 1 ¶ Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era
chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os
seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. 2 Durante a ceia, tendo já
o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a
Jesus, 3 sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera
de Deus, e voltava para Deus, 4 levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de
cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. 5 Depois, deitou água na
bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha
com que estava cingido. 6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe
disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim? 7 Respondeu-lhe Jesus: O que eu
faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. 8 Disse-lhe Pedro: Nunca
me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte
comigo. 9 Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também
as mãos e a cabeça. 10 Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não
necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós
estais limpos, mas não todos.
12 Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa,
perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? 13 Vós me chamais o Mestre e
o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. 14 Ora, se eu, sendo o Senhor e o
Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15
Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.

Ainda mais um texto em Efésios Cap. 5:25. 25 Maridos, amai vossa


mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
26 para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água
pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula,
nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.

De forma bem objetiva, eu gostaria de partilhar com os irmãos


alguns Alvos do Amor. Eu creio que não há como estudar esse assunto na
palavra de Deus, o assunto relacional em qualquer âmbito, e
especialmente o assunto relacional no que toca a vida conjugal, sem
sermos impactados por este aspecto que o amor tem alvo, o amor tem foco.
O amor ele lida com propósito. Interessante que na grande maioria de nós,
penso que a grande maioria de nós, tem uma mesma experiência, teve
uma mesma experiência ao entrar para o casamento. De alguma maneira a
nossa ilusão nos fez crer que automaticamente as coisas dariam certo,
mais ou menos como aquela pessoa que foi fazer uma viagem da costa do
Nordeste, para chegar na costa da África. Ele comprou um iate de última

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geração, e ele confiava plenamente no seu iate, na sua aerodinâmica, na
sua potência de motor, toda a sua proteção intrínseca. Ele achou que era
só apertar aquele botão, que ele chegaria do outro lado da costa. Mas
então alguém encontrou aquele rapaz e falou: “você já estudou as
correntes marítimas? Você já estudou as possibilidades do clima nessa
travessia?” “Não”, respondeu ele. “Eu tenho um iate de última geração. É
só apertar o botão e tudo vai dar certo”. Acho que a maioria de nós,
quando nos casamos, achamos que casamos com um iate de última
geração e depois descobrimos que era um bote inflável, quando não estava
furado. Mas, o amor de Deus, assim como o senhor Jesus, quando
chamou aqueles doze, ele não chamou iates de última geração. O Senhor
chamou ali uns bóia-frias. Doze problemáticos, mas Ele então - veja como
João 13 começa – “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os
até o fim”. Isso é propósito. O amor tem alvo, o amor tem propósito, o amor
sabe o destino que ele deseja dar. Quando Hebreus fala, por exemplo, de
disciplina, isso é um foco que brilha ali. O Senhor nos disciplina para um
alvo de nos tornar participantes da sua santidade, ou seja, formar caráter.
Isso é o propósito da disciplina, porque o amor tem alvo. O amor ele não
simplesmente aguarda, mas o amor promove, porque o amor tem alvo. O
amor, com relação aos filhos, é formar caráter, por isso disciplina. O amor
com relação à esposa, no texto de Efésios, é lavar com água, pela palavra,
para santificar, para apresentar – olhem quanto “para”. Para é uma
proposição que denota propósito. Não é? Para, para, para. Finalmente para
apresentar a si mesmo uma igreja gloriosa. Esse é o propósito. Glória.
Deus é o cabeça de Cristo, Cristo é o cabeça de todo homem e o homem é o
cabeça da mulher. A mulher é glória do homem. A igreja é a glória de
Cristo, e por isso Ele a está edificando. Não é? Então irmãos, se há alguma
coisa que o amor tem, é alvo. Eu gostaria então, de examinar alguns
textos, até onde for possível nessa manhã. Alguns alvos específicos do
amor. Que o Senhor então nos ajude nisso.

Vamos voltar no cap. 13 de João e ver alguma coisa então, no texto


que nós lemos: João 13. É claro que há princípios magníficos nesse texto,
em diversas abordagens, mas eu gostaria talvez, usando esse texto fazer
uma abordagem relacional com relação à vida familiar, na nossa relação
pais e filhos, um pouquinho, apenas um período. Veja que o Senhor Jesus
no versículo 15 de João 13, Ele diz assim: Eu vos dei o exemplo. Essa
palavrinha grega, “exemplo”, no original, ela significa uma cartilha para
aqueles iniciantes que estão por exemplo, querendo aprender a escrever.
Então você recebe uma cartilha com aquelas letrinhas, todas pontilhadas,
para que a criança - normalmente a criança - alguém que está sendo
alfabetizado, ou mesmo um adulto – ele vá então pegar um lápis e vai
aprender a fazer a forma daquelas letras. Foi isso que o Senhor falou,
quando Ele quis usar essa palavra “exemplo”. Ele disse assim: “Eu vos dei
a cartilha. Vocês já tem um molde plenamente adequado”. Agora, por

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causa do que Ele realizou na cruz, pela morte, pela ressurreição e pelo
derramar do Espírito Santo, então Ele nos deu poder, para sermos as suas
testemunhas, ou seja, capacidade para andar na cartilha. Nós não
precisávamos só do exemplo. Nós precisávamos do poder. O grande
problema das filosofias, das seitas, das religiões, é que elas tentam dar a
cartilha, mas está longe delas o poder. Mas a vida cristã, ela dá a cartilha e
o poder. Atos 1:8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Eu imprimirei nos seus
corações as minhas leis, escreverei nas suas mentes, eu farei habitar em
vós o meu Espírito, e farei com que andeis nos meus estatutos e observeis
os meus juízos. Lembra? Ezequiel 36, citado em Hebreus cap. 8, a
promessa da nova aliança. O Senhor apenas não nos daria a cartilha,
imprimindo leis em nossos corações e mentes, mas Ele nos daria o seu
Espírito capacitador. Então a palavra “exemplo” tem um significado grande
aqui.

Eu queria ver qual é exemplo do amor, esse alvo do amor, que está
tão claro nesse texto, talvez na nossa relação pais e filhos. Irmão, o
versículo 1 e versículo 3, são extremamente preciosos, porque mostram
algo que nós, como pais, precisamos saber muito bem para que nós
possamos então ter, alvos de amor para com os nossos filhos. O que é que
nós queremos formar neles? É obvio que, em primeiro lugar, deverá estar
formado em nós. Então se você ajuntar o verso 1 e o verso 3, ler depois
com cuidado esses dois versos (1 ¶ Ora, antes da Festa da Páscoa,
sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o
Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim......., 3
sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus,
e voltava para Deus). Leia depois com cuidado esses dois versos 1 e 3,
coloque juntos as expressões, e você vai ver que são enfáticos em dizer que
Jesus sabia de algo. Ontem eu comentei um pouco sobre esse termo -
saber aí, o que é que significa – não é só que Ele tinha conhecimento
intelectual não, mas é que no coração dele havia algo arraigado, certo,
seguro, firme. Ele sabia, Ele não precisava ser convencido dessas coisas.
Ele sabia. O que é que Ele sabia? Ele sabia que era chegada a sua hora, de
passar desse mundo para o Pai. Verso 3: Ele sabia que o Pai tudo confiara
nas suas mãos, e sabia que Ele viera de Deus, e sabia que Ele voltava para
Deus. Estão vendo quanta coisa o Senhor sabia? Irmãos, para usar três
palavras, o Senhor Jesus tinha senso claro de três coisas que são objetos
do interesse, do amor relacional de Deus, em comunicar às nossas pobres
vidas. E essas três coisas são, o senso claro de “quem somos”, de que
“para que’ somos, e de “a quem pertencemos”. Se você quiser, em outras
palavras, um senso de identidade, um senso de significado ou propósito, e
um senso de segurança. Identidade, significado e segurança. O Senhor
Jesus tinha esse senso claramente comunicado à sua vida. Você vê pela
palavra “sabendo” no verso 1 e a mesma palavra no verso 3. Ele sabia

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quem Ele era. Ele não precisava ser convencido disso. Ele sabia o
propósito para o quê Ele viera, porque Ele disse aí, que era chegada a
hora, e no Evangelho de João, essa é uma frase importante: a hora, a
hora, a hora. Ele disse que a sua alma estava angustiada ali, orando no
Getsêmani aguardando aquela hora. No cap. 12 de João Ele também fala
da sua hora. No cap. 2, no milagre de Caná, Ele fala que não era ainda
chegada a sua hora. Você vai ver essa expressão várias vezes no Evangelho
de João, e essa hora se refere à Cruz. Aquela hora então, quando o Filho
de uma forma misteriosamente gloriosa, Ele seria separado do Pai por
causa dos nossos pecados, e seria então o caminho, a porta, o novo e vivo
caminho pelo qual nós seríamos introduzidos no seio do Pai, e a comunhão
de vida da Trindade Bendita, como nós vimos na primeira sessão. Então
irmãos, o Senhor tinha alvos claros do seu amor, baseado na sua
identidade. E você? Você tem o senso de identidade formado? O seu amor
tem alvo com relação aos seus filhos? Você sabe quem é? Interessante se
nós fizermos essa pergunta aí no natural: “Quem é você?” Você responde
assim: “Eu sou um engenheiro”. “Não, mas ele não é você. Você é você. O
fato de você exercer essa função não identifica você”. Nós cristãos,
deveríamos responder a essa pergunta de “quem é você”, com aquele senso
- se a pessoa quiser saber qual a nossa função nós podemos responder
para ela, é claro - mas estou dizendo na nossa consistência interna. Nós
devemos saber que o que nos identifica, não é o que fazemos, porque nós
fazemos a nossa função. O que nos identifica é o que nós somos e não o
que nós fazemos. E o que é que nós somos? Colossenses 3:12, eu li ontem:
Colossenses 3:12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados,
de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão,
de longanimidade. Essa é a nossa identidade. Santos. Lembra ontem? E
amados. Esses somos nós. Isso é quem somos. Eleitos de Deus, santos e
amados. É assim que Paulo identifica aqueles irmãos colossenses, e é
assim que nós devemos ser identificados. Do contrário, a nossa falta de
identidade, no Pai, nos levará buscar identidade ou nas pessoas ou nas
coisas. E quando isso acontece conosco nós estamos falidos, porque nós
não podemos nem exercer amor, e nem nosso amor terá alvo, porque nós
mesmos estamos carecendo de identidade. E então nós vamos procurar os
outros, ou pessoas ou coisas para formar identidade em nós. Quantas
pessoas bem sucedidas nas suas carreiras profissionais, correm atrás
delas por busca de identidade. Quantos profissionais? Haja cursos para
eles fazerem, porque eles estão identificados com aquela função. Não é? E
naquilo eles vão até o fim. Não é verdade? Porque há um anseio íntimo.
Essas três colocações que eu fiz aqui irmão, são de Deus. Deus nos criou
com esse anseio mais profundo da alma. Ou nós encontramos identidade
ou nós não conseguimos viver. Ou nós encontramos significados de
propósito, ou nós não conseguiremos viver. Ou nós encontramos
segurança, ou nós não conseguiremos viver. Mas Deus criou o nosso ser
com uma tal consistência interna, tal estrutura interna, que nós
encontraríamos, a satisfação desses três elementos essenciais, apenas no

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Pai, onde o nosso Senhor Jesus encarnado, que se fez semelhante a nós,
com a mesma estrutura humana, então Ele tinha os mesmos anseios,
então Ele tinha as mesmas necessidades, senão nós não poderíamos ter
um perfeito mediador, alguém que pudesse interceder por nós, pois Ele
não nos conheceria, e João cap. 2 diz que ninguém precisava explicar para
Jesus o que era a natureza humana. Lembra 2:25? (João 2:25 E não
precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque
ele mesmo sabia o que era a natureza humana.) Porque Ele mesmo sabia o
que era a natureza humana. Ele se fez carne e habitou entre nós. Em tudo
foi feito semelhante aos irmãos, com exceção do pecado, não é? Então
irmãos, o nosso Senhor, como você vê claramente no verso 1 e verso 3 de
João 13, Ele precisou ter suprido Nele, no seu caráter de homem esses
três elementos. Quem sou? Para que sou? E a quem pertenço? Identidade,
significado e segurança. Se não tivermos então, estou primeiro dando um
passo para trás, se nós não tivermos esses sensos bem definidos, nós não
iremos, em primeiro lugar desfrutar amor, porque esses sensos são
formados na relação com o Pai, e o obviamente não teremos nenhum alvo
de amor porque nem mesmo exerceríamos o verdadeiro amor. Então
irmão, considere essas coisas com você mesmo. Que o Senhor te ajude a
não ser identificado pelo que você faz. Essa não é a sua identidade. A sua
identidade, está lá em Colossenses 3:12. Que o Senhor ajude você a
ganhar Nele, dia a dia, um senso de pertencimento tão necessário às
nossas vidas. Crescente. Para que você possa comunicar esse senso a seus
filhos, do contrário você vai falhar com relação a esse alvo também. A
quem você pertence? Você tem senso de pertencimento? Irmão. Você sabe
muito bem, que o que gera toda essa crise, emocional, psíquica, nos
nossos adolescentes, jovens, e até crianças, é a falta do suprimento desses
três sensos. Esse último, “a quem pertenço”, é gritante. Como criança,
adolescente, jovens se manifestam com ira, com violência, com
agressividade porque eles não sabem a quem eles pertencem. Eles só tem
pai e mãe biológicos, mas não tem pai e mãe de fato. Eles não sabem a
quem pertencem. Então eles se tornam agressivos, inquietos, entristecidos,
depressivos, apavorados, violentos, porque eles não sabem a quem
pertencem. Eles são o senso mais íntimo da estrutura humana, como ela
foi criada por Deus. O seu senso tem sido satisfeito? Mas em quem? No
teu parceiro ou em Deus? Nos seus filhos ou em Deus? No seu dinheiro ou
em Deus? Na sua profissão ou em Deus? No ministério cristão ou em
Deus? Quantas pessoas tem perdido a Deus na obra de Deus, porque
essas três questões não estão bem resolvidas. (Identidade, significado e
segurança) Então irmãos, o amor há de ter alvo, e então essas três
questões tem de estar sendo resolvidas. Cada vez mais profundamente em
nossas vidas. Onde você está encontrando identidade o irmão? Onde você
está encontrando significado irmão? Onde você está encontrando
pertencimento? Você lembra do nosso irmãos Nee, citar aquele homem de
Deus chamado George Cuting, no final de sua vida? Estava prestes a
partir para o Senhor, o irmão Nee, teve a oportunidade de visitá-lo e aquele

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irmão já fraco no seu leito, ele periodicamente colocava a sua mão sobre a
mão do irmão Nee, e dizia assim: “Sabe meu irmão, eu sou Dele”. E depois
de novo colocava a mão sobre a do irmão Nee e dizia: “Sabe meu irmão. Ele
é meu.” Irmão. Isso é tudo o que nós temos: o nosso Senhor e a nossa
relação com Ele. Se o nosso senso de identidade, de propósito, de
significado, de segurança não estiver suprido Nele, nós não encontraremos
em lugar algum.

Versículo deste texto. Vamos ver o 4 também. 4 levantou-se da ceia,


tirou a vestimenta de cima. Irmão. Isso aqui é um padrão. Como eu já falei,
não é a toa que você vê no verso 15 a palavra exemplo. É uma palavra
chave nesse texto porque é a cartilha. O que o Senhor fez é paradigma. O
que Senhor fez é modelo. Então nós precisamos olhar para esse texto
dessa forma porque senão nós não veremos a riqueza Dele. Exemplo. A
chave desse texto. O Senhor está mostrando ali todo o princípio da vida
cristã. Como eu já falei nos versos 1 e 3, Ele mostra a essência da
estrutura humana satisfeita, como já coloquei, e depois Ele mostra o que
flui dessa essência satisfeita. O que flui de nós encontrarmos identidade
no Pai. O que é que flui de nós encontrarmos significado e propósito no
Pai. E o que é que fui de nós encontrarmos segurança e pertencimento no
Pai. Sabe o que é que flui? Verso 4: 4 levantou-se da ceia. S e r v i ç o.
Irmão, você nunca poderá ser um servo da sua esposa ou da sua esposa
de você ou você de seus filhos, nem os irmãos da igreja uns dos outros, se
não estivermos sendo profundamente absorvidos, intimamente entrando
na realidade espiritual desses três sensos. Você nunca vai se levantar da
ceia. Você vai viver para ser servido e não para servir e dar, como o Senhor
falou em Marcos 10. Veja: “levantou-se da ceia”, porque Ele sabia quem
era. Ele podia se levantar. Ele não se levantou diante de doze, procurando
significado no que Ele ia fazer. Ele não se levantou diante dos doze, para
tomar aquela bacia, cingir-se daquela toada e dizer: “Olhem como Eu sou
humilde” para se mostrar o seu serviço. Não é? Quantas pessoas tentam
encontrar identidade no seu serviço? Até dentro da vida da igreja. Mas
esse, não era o Senhor. É porque Ele sabia, é que fez o que fez. Ele não fez
o que fez para Se encontrar. Ele fez o que fez porque tinha se encontrado
no Pai. Levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima. Compartilhei há
pouco tempo com os irmãos, uma figura que eu vi que me impressionou
muito, em uma revista, um homem todo bronzeado, sem a camisa, com
um calção, musculoso, sentado em uma poltrona todo confortável, e
embaixo uma frase escrita assim: “Esse é o lugar do homem”. Era uma
propaganda de cigarro. Que coisa interessante. Filosofia do mundo. “Esse
é o lugar do homem”, auto satisfeito, seguro, amantes de si mesmos, como
Paulo diz naquela lista de Timóteo 3. Amantes dos prazeres. Antes, amigos
dos prazeres do que amigos de Deus. Irmãos, no versículo 4, você tem
exatamente o contrário na vida do Senhor. Sabe qual é o lugar do homem?
É o lugar do serviço. É o lugar do serviço junto à sua esposa, junto aos
seus filhos. O lugar do homem é levantar-se da ceia, tirar a vestimenta de

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cima. Vestimenta de cima fala do traje do cidadão normal, do homem
normal, na sua posição normal. Suas vestes. Mas o Senhor tirou aquelas e
colocou outras, ou outra, a toalha, a veste de serviço. Diz aí que Ele
cingiu-se – significa amarrar na cintura - amarrou aquele pano na cintura,
como um avental, para então poder fazer o serviço que Ele ia fazer para os
seus discípulos, porque Ele era quem era. Levantou-se da ceia, tirou a
vestimenta de cima, e tomando uma toalha, cingiu-se com ela. 5 Depois,
deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-
lhos com a toalha com que estava cingido. E nós sabemos a seqüência do
texto. Comentei até um pouco ontem. Versículo 8, quando Pedro diz que
nunca me levarás os pés, o Senhor diz assim: 8.................: Se eu não te
lavar,(é preciso que os irmãos atentem para essa expressão aqui) não tens
parte comigo. Comigo. E não em mim. Qual a diferença do “comigo” e o “em
mim”? Você vai ver logo aí em seguida. Versículo 10, quando Ele diz: Quem
já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está
todo limpo. Eles já tinham sido trazidos a uma relação com o Senhor. Eles
já pertenciam ao Senhor. Eles já eram aqueles a quem o Senhor escolhera,
e portanto já pertenciam a Ele. Restava aquele processo do Senhor na
cruz, a sua morte, ressurreição, para que então eles pudessem ser
habitados pela vida de Deus, habitados pelo Espírito. Mas eles já
pertenciam. Nós podemos dizer nesse sentido, que eles já estavam em
Cristo, porque se você ler em João 15, é isso que o Senhor fala no capítulo
da videira. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O Senhor já
mostra aquela relação Dele com eles. Não é? Eu em vocês, vocês em mim,
em João 15. Então essa relação “em” já era algo resolvido. E assim é
conosco. Onde você está se você é um cristão? Você está em Cristo. Agora
a questão é: Você está com Cristo, ou seja, você anda e vive em comunhão
com aquele no qual você está? Você está Nele. Foi Deus quem te colocou
Nele. Ser salvo é estar em Cristo. Agora a questão é. Você anda com Ele?
Você está com Ele? Irmãos, na vida relacional, conjugal, na vida familiar,
esse aqui é um princípio: se Eu não te lavar, não tens parte comigo. Sabe
irmão, na vida conjugal, nós precisamos aprender a atentar para os pés
dos outros. E não somente para os nossos pés. Esse é um princípio.
Mateus 7, o Senhor repete esse princípio. Vamos dar uma olhada para
trazer mais clareza para nós esse princípio tão importante? Mateus cap. 7,
vejam que interessante. Versículo 3. 3 Por que vês tu o argueiro no olho de
teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? 4 Ou como
dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave
no teu? O Senhor não está dizendo assim: Esquece do argueiro, (argueiro é
um cisco e a trave seria um pedaço de pau enorme) então o Senhor está
ensinando um princípio. Examine primeiro você mesmo. Mas Ele não diz
assim: esquece o cisco do olho do teu irmão e olha a trave do teu, não.
Como muitos pensam. Ele diz assim: Tire a trave do teu e atenta para o
cisco do olho do teu irmão. Então ele diz: 5 Hipócrita! Tira primeiro a trave
do teu olho e, então, verás claramente (expressão preciosa, porque mostra o
nosso cuidado mútuo)para tirar o argueiro do olho de teu irmão. Lembra de

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quando o primeiro casal pecou? O Senhor foi ali tratar com os seus dois
filhos, Caim e Abel. Caim já havia assassinado Abel, e quando o Senhor
pergunta de Abel para Caim, lembra do que Caim responde? Olhe a
impiedade. Ele diz assim: acaso sou eu tutor de meu irmão? Lembram?
Acaso sou eu tutor de meu irmão? Se você olhar esse texto, à luz de
Mateus 7, você poderia dizer assim: Ele que se atormente com o cisco dele.
Ela que cuide desse cisco dela. Não é? Mas irmão, o princípio da palavra
de Deus é: cuide do cisco do olho do teu irmão. Preocupe-se com o pé do
outro. Mas verifique se o seu está sendo lavado, verifique se a sua trave
está sendo tirada. Então esse é um princípio importante na vida relacional.
Esse comigo, tem muito a nos falar. Vocês irmãos e irmãs, na vida
conjugal, tem aprendido a lavar os pés uns dos outros? Eu vou ler mais
dois ou três textos para nos ajudar na elucidação desse princípio do que é
lavar os pés. É um princípio já bem falado, mas textos, creio que vão nos
ajudar mais. Nós sabemos que são os pés que caminham - nós não
caminhamos com as mãos - e o pé é o que empoeira, e precisa ser lavado.
A poeira fala do nosso trafego no mundo, o tráfego diário, precisamos
diariamente estar sendo renovados na nossa comunhão com o Senhor, e
uns com os outros. Então essa figura nós já conhecemos. Vamos colocar
alguma coisa a mais sobre esse lavar pés. Vamos procurar aqui Gálatas,
por exemplo, cap. 6, os primeiros versículos desse capítulo. 1 ¶ Irmãos, se
alguém for surpreendido nalguma falta (nós somos pecadores, não é? Nossa
vida relacional expõe tanto as nossas faltas, não expõe? Paulo escreveu
aqui, em primeiro lugar, no âmbito da igreja. Nós estamos trazendo no
âmbito mais profundo da igreja que é o âmbito conjugal, o mais essencial
da igreja, e mais íntimo e mais sério e mais profundo. Então vamos aplicar
nesse âmbito, marido e mulher), vós, que sois espirituais (não confunda ser
espiritual com ser maduro, porque as duas coisas não são sinônimas. Ser
espiritual significa: “que anda segundo o espírito”. Você pode ter um
irmão, novo convertido, com um mês de conversão, com um ano de
conversão, que é espiritual, porque ele tem aprendido ouvir a Deus. Ele
tem andado na luz do Senhor, julgado a si mesmo, sido transformado de
glória em glória, crescente, nas mãos do Senhor. Ele é espiritual, porque
ele anda segundo o espírito. Não é? E você pode ter um cristão de trinta
anos, de nome cristão, mas que não manifesta nenhuma transformação.
Os mesmos velhos pecados, o mesmo ranço, o mesmo temperamento, a
mesma maneira de falar, de conviver, a mesma velharia. Não é? Nanismo
espiritual. Coisa triste. O Senhor não nos chamou para isso. Então, ser
espiritual não é ser maduro. É certo que precisamos ser espirituais, estar
respondendo ao espírito, para ser maduro. Não é? Então o versículo 6 diz:
vós que sois espirituais e isso aqui pode aplicar a todos nós. Se você tem
ouvido o espírito, você é espiritual. Se você tem sido sensível ao Senhor,
você tem sido espiritual.), corrigi-o (o verbo literal é restaurai-o. Creio que é
uma palavra melhor, não é? Porque não dá apenas o sentido negativo da
correção, como parece aqui o nosso verbo em português. O grego original é
restaurai-o) Restaurai-o com espírito de brandura; (está vendo aí o cisco?

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Estás vendo o vês claramente para tirar o cisco do teu irmão?) Restaurai-o
com espírito de brandura e guarda-te para que não sejas também tentado. 2
Levai as cargas uns dos outros (isso aqui é um outro alvo do amor. Você
pode enumerar aí um segundo alvo. Se você colocar nome no primeiro, que
eu compartilhei aqui, o primeiro alvo do amor poderia ser lavar, purificar,
santificar, como vimos em João 13. Um segundo alvo, você já vai ver aí.
Levar as cargas uns dos outros, é alvo do amor. Irmão, esse termo de novo,
a gente vai usar aqui, recorrer ao original, porque senão vamos encontrar
confusão. Verso 2. Preste atenção aí. Levai as cargas uns dos outros. A
palavra no grego se refere ao fardo pesado, a um pacotão que alguém é
incapaz de mover sozinho. Um fardo muito pesado. Então a palavra está
orientando que é um pacote muito pesado. Ajudem uns aos outros a
carregar esse fardo pesado. Seja em que aspecto for, do que nós somos, de
nossos pecados, de nossas dificuldades. Levai as cargas, o fardo pesado.
Agora, vamos adiantar um pouquinho o texto aqui, só para você entender
a diferença então. Verso 5 Porque cada um levará o seu próprio fardo. Dá
para entender? Parece que está havendo uma contradição aqui. Ou vai
cada um levar o seu, então, cada um por si, ou então nós vamos ajudar a
levar o fardo. O que é que está certo aí, pois o texto aparentemente está se
contradizendo. Então nós vamos ler o original para nos ajudar a
esclarecer: carga no verso 2 é o fardo pesado. Então o fardo pesado nós
vamos repartir, porque nós não suportamos. É o princípio do corpo de
Cristo. Não é? E o princípio da vida conjugal. Nós vamos aprender a
repartir, nós vamos ter coração que ouve, espírito de interseção, brandura.
Não é? Repartindo pacote pesado que não dá para mover sozinho, ou
sozinha. Mas no verso 5, a palavra fardo, no original, se refere a um
pequeno pacote. Ou um pacote comum. Você carregar uma caixa de
sapato. Essa você pode. Não é? Em princípio, cada um leva o seu próprio
fardo. Irmão, em princípio, e isso é importante compreender, você não
pode viver a vida da sua esposa, e nem você mulher viver a vida do seu
marido, e em princípio, irmão ou irmã, você não pode carregar os pacotes
dele, nem ele pode carregar os seus pacotes. Esse é o princípio do verso 5.
Cada um levará o seu próprio pacote, na sua própria história com o
Senhor. Você tem uma história que o seu parceiro não tem. Não é? Você
tem uma qualidade de desenvolvimento com o Senhor, que o seu parceiro
não tem. Cada um ande segundo a luz que tem alcançado. Princípio de
Filipenses, cap. 3. “Andemos de acordo com a luz que temos alcançado”.
Da mesma maneira o princípio do versículo 5. Cada um levará o seu
próprio pacote. Tem pessoas que são excessivamente pressionadoras por
desconhecerem o princípio do versículo 5. Não é? Elas são expostas a
carregar até a caixa de sapato. Não é? Distribui fardos ou pacotes comuns
com a maior facilidade. Para todo mundo, na vida do lar. Distribui até para
os filhos. Não é assim? Mas o princípio da palavra é carregue. Conheça o
seu Senhor, carregando os seus pacotes comuns, o pacote aí da sua
história passada, o pacote da sua herança pecaminosa, não é?, que não
tem nada a ver com maldição hereditária, que se diga de passagem, não é?

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Mas esses pecados que nós aprendemos e legamos de nossos pais, como
Pedro diz, carregue o seu pacote comum da usa obstinação, quem sabe
das suas reservas, quem sabe dos seus medos, quem sabe das suas
ansiedades. Carregue os seus pacotes e aprenda do Senhor, porque na
canga e no jugo, só tem lugar para mais um pescoço. O Senhor diz: Tomai
o meu jugo. Eu não sei se existe jugo de três, na cabeça, mas esse não é
um jugo comum, e eu nunca vi jugo desse tipo. Só vi até hoje jugo de dois.
O Senhor já disse que Ele colocou a cabeça do lado de cá, e nos chamou
para colocar a cabeça do lado de lá. Não adianta você ficar tentando puxar
o seu parceiro. Haverá de chegar um tempo de Deus, em que ele
compreenda que ele deve desenvolver a história dele com o Senhor, porque
cada um levará o seu próprio pacote. Mas, não é só esse lado, nós temos
uma responsabilidade, de assumindo o jugo de Cristo, cada um de nós,
nós então nos ajudarmos a carregarmos aquele pacotão, aquele fardão,
que não dá para mover sozinho, como diz o verso 2. Então você vê que não
há confusão. Há uma diferenciação. Tanto que nos português foi usada a
palavra carga para um e fardo para outro, porque elas são diferentes no
original. No verso dois é aquele pacote pesadão e no verso 5 é um pequeno
pacotinho. Então esses são princípios importantes. Você vê? Você vê que
pode aplicar de diversas formas na vida relacional? Não jogue tudo sobre o
seu parceiro. Os pacotes são teus. E você precisa pegá-los firmemente e o
Senhor vai ensinar você no jugo Dele, com os seus pacotes todos. Ele vai
discipular você. Vai mostrar o seu amor. Ele vai mostrar que Ele é aquele
boi manso que está do outro lado. Manso e humilde de coração. Que está
disposto a levar os seus trancos do boi que está sendo domado. Está
disposto que a canga ali esfole o seu pescoço, mas Ele nunca tirará o
pescoço Dele do outro lado. Você pode tirar o teu, mas ele não tirará o
Dele. Ele nos chama para andarmos nesse jugo, levando o nosso fardo. Na
medida em que vamos andando e aprendendo Dele, nós somos capazes de
ajudar outros a levar fardos pesados. Quem sabe ministrando
discernimento? Quem sabe ministrando sabedoria? Quem sabe
ministrando aconselhamento? Quem sabe ministrando intercessão. Quem
sabe ministrando paciência e companheirismo? Não é? Irmãos, isso é um
princípio do corpo de Cristo e como ele é verdadeiro na vida conjugal?

Agora eu queria te perguntar. Eu fiz isso em uma reunião que nós


fizemos em Contagem, só com obreiros, que se chamam obreiros. Na
minha maneira de ver, todos cristãos são obreiros. Se não são obreiros,
são o quê? Todos nós somos responsáveis na obra de Deus, mas alguns
irmãos estavam ali mais à frente, vamos usar essa expressão. Mas
estivemos reunidos lá, e os irmãos estavam inicialmente falando sobre
serviço, e serviço e serviço. O Senhor me impactou algo naquele momento
específico, naquela conversa e eu procurei mostrar para os irmãos, a
necessidade que nós temos de uma compreensão adequada, da
necessidade de desenvolvimento das nossas vidas relacionais firmemente
em nossos lares, para que essa questão de serviço não seja simplesmente

10
um ativismo entre os irmãos. Serve dali, outro faz isso, designa um, e
manda outro, e vai estar com eles não sei aonde, e vai estar com outro
grupo não sei aonde, e fica um roda roda de irmãos, de uma localidade
para outra, e você vê muita pouca coisa edificada, porque essas próprias
pessoas estão carentes de edificação nas suas próprias vidas internas, nas
suas próprias famílias. Não e´? É um risco grande que nós corremos.
Então irmãos, eu penso que ou nós focamos o princípio pelo lado correto
ou nós nos vamos nos perder. Ou nós colocamos em primeiro o que vem
primeiro, ou então nós vamos nos confundir, não é? Então que o Senhor
nos ajude a compreender a necessidade que temos de, na vida cristã, sim,
carregarmos os fardos uns dos outros, mas nunca sem antes, estarmos
carregando os nossos pacotes, numa vida de discipulado, pessoal a Cristo.
Isso é muito importante e na vida do lar isso é extremamente verdadeiro. A
mulher, especialmente, o homem também, mas mulheres especialmente
que usam os seus filhos, para satisfazer os seus anseios internos de
muitas coisas. Elas pressionam os seus filhos, tornam os seus filhos
confidentes, indevidamente, porque elas não compreenderam o princípio
do verso 5. Cada um levará o seu próprio pacote, o seu fardo. Despeja o
interesse completamente irrazoáveis no se parceiro, que nunca poderão ser
satisfeitos por ele. Não é? Nosso parceiro não é Deus, não passa nem
perto. Não é? Porque nós compreendemos errado a natureza da vida cristã,
e nos relacionamos mal com o Senhor. Irmãos, para a nossa infelicidade, a
última pessoa que nós chegamos a conhecer bem, é o Senhor Jesus. E
deveria ser a primeira. Ele falou isso para Felipe, lembra? Ele falou isso
para Felipe. João 14:9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou
convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes
tu: Mostra-nos o Pai? Por que será que o Senhor é a última pessoa que
chegamos a conhecer bem? Que dificuldade a nossa alma tem diante Dele,
não é? Nós deveríamos correr para ele quando pecamos. Nós corremos
Dele. Irmãos, se você peca e corre Dele, para onde você vai? Você precisa
aprender a correr para Ele, até quando você peca. Quando você precipita
com os lábios, quando o Espírito te convence de pecado, corre para Ele,
corre para o seu seio. Não corra Dele, porque se você correr Dele você não
tem, lugar para ir. Você vai ficar com o seu pecado, e com as
conseqüências dele, alienação, abandono, vergonha, dor, tristeza. Corre
para Ele, com tudo o que você tem. Então esse é o segundo alvo do amor.
Levar cargas. Nosso Senhor sabia fazer isso muito bem. Ele fez isso muito
bem.

Um terceiro alvo que eu gostaria de partilhar com os irmãos,


primeiro vamos olhar aqui um pouquinho. Eu não queria pular aqui uma
expressão, interessante aqui nesse verso, dentro desse segundo ponto aí,
de levar as cargas. Olhe o verso 2 de Gálatas 6. 2 Levai as cargas uns dos
outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Que coisa interessante essa
expressão. Nós somos acostumados a ouvir a expressão, graça de Cristo.
Essa nós estamos acostumados. Não essa de Gálatas, que aliás, só

11
aparece aí. Lei de Cristo. É uma impressionante expressão. Ela diz respeito
então a essa característica que é tão essencial na vida cristã, por isso é
usada essa palavra, tão fundamental para o desenvolvimento da nossa
vida cristã, que a Bíblia chama então de Lei de Cristo. É uma Lei de Cristo,
carregar os fardos uns dos outros, porque embora os pacotes comuns do
verso 5, nós devamos carregar e podemos carregar, existe uma grande
gama de fardos pesados que nós precisamos partilhar uns com os outros.
Especialmente na vida relacional, conjugal. Essa é a primeira instância: o
seu parceiro. Não é? E depois então os irmãos. Essa é a Lei de Cristo, uma
palavra forte, significa que a igreja não pode prosseguir, a igreja não pode
avançar. Essa é uma Lei de Cristo: tanto você carregar o seu pacotinho,
quanto você ajudar o outro a carregar o seu pacotão. Esse é um alvo do
amor.

O terceiro alvo então que eu gostaria de partilhar. Vamos ali em João


17, versículo 12. Se você então, como falei no início, observar quais foram
os alvos do Senhor no exercício do seu ministério, especialmente no
exercício do seu discipulado, você não pode passar despercebido esses
alvos que eu estou colocando aqui. Em João 13, você viu o Senhor
lavando, purificando. Isso é alvo do amor.. Efésios 5: 26 para que a
santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra,
27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,
nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Lavar, purificar é um
alvo. Segundo alvo. Levar cargas. É alvo. Como o Senhor fez isso?
Um terceiro alvo, vamos ver agora aí em João 17:12. Cobrir, proteger,
velar. Os termos bíblicos. Velar. Cuidar. Guardar. Esse é um terceiro alvo
do amor. O amor tem esse alvo. O amor tem alvo de guardar, tem alvo de
velar, tem alvo de proteger, tem alvo de cuidar. Esse é um alvo definido do
amor. Não há amor de forma alguma se esses alvos não forem vistos.
Lembram aquela frase que eu citei ontem de Shakespeare? Os que não
demonstram amor, não amam. Não há como você estar iludido irmão com
você mesmo. Você tem desejo de cuidar, de guardar, de velar, de proteger,
de ser o primeiro no cuidado com os seus? Tem? Então você ama. Você
não tem? Então você não ama. Então o amor de Deus, se você aprofundar,
quem sabe formado no teu coração, porque você é um egoísta. Você vive
para receber, se você não o alvo de cobrir, proteger, cuidar, guardar. Isso é
alvo do amor. então não tem jeito. João 17: 12 diz assim. 12 Quando eu
estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste. Como que ele
guardava? Revelando o nome e o caráter do Pai. É assim que nós
guardamos, as vidas que foram confiadas a nós, revelando o nome do Pai,
satisfazendo aquela vida com o nome do Pai, ministrando o Senhor a elas,
trazendo clareza com relação ao caráter de Deus, aos caminhos de Deus,
ministrando disciplina de Deus. Guardava-os em teu nome. Olhe outra
expressão aí: e protegi-os. Nosso doce e amável Senhor. Protegia-os. e
nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse

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a Escritura. Irmão, olhe o que fala aqui um pouquinho mais para a frente,
no verso 19. Olhe esse princípio do cuidado, do guardar. 19 E a favor deles
eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na
verdade. Tremendo princípio no verso 19. Você quer ter uma esposa
santificada? Santifique-se a si mesmo. Você quer ter um marido
santificado, irmã? Santifique-se a si mesmo. Você quer ter filhos que
queiram amar o Senhor e cresçam para ele? Você educa filhos para quê? A
Bíblia ensina que nós devemos educar filhos como dois alvos que se
completam, como dois lados de uma moeda. Nós educamos filhos para
Deus e para o mundo. Sabiam disso? Sabe onde está esse princípio? Em
João 17. João 17:18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os
enviei ao mundo. Eu os separei, os santifiquei, para Ti, no Teu nome e os
enviei ao mundo. A família cristã é uma família missionária. Não perca
isso de vista. Você também, assim como Deus enviou o seu Filho, assim
também, você vai enviar os seus filhos. Quer você queira, quer você não.
Nossos filhos existem para serem enviados. A questão é: Como eles serão
enviados? A família cristã é uma família missionária. Sabe o porque o
mundo está como está? Em parte porque a igreja está como está. Ao invés
da igreja enviar missionários ao mundo, o mundo está enviando
missionários para dentro da igreja e para dentro das famílias. E as famílias
e a igreja estão mundanizadas. Nós somos estamos ouvindo os
missionários do mundo, ao invés de enviarmos missionários ao mundo.
Aquele colégio apostólico era um colégio missionário, e a sua família é uma
família missionária. Eu os santifiquei do mundo e Eu os enviei ao mundo.
Esse então é um princípio extremamente importante. João 17:19 E a favor
deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam
santificados na verdade. Lembra que Paulo lembra as mulheres no
capítulo 7 de 1ª Coríntios, quando ele fala: 1 Coríntios 7:13 e a mulher que
tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido.
14 Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a
esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os
vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Lá não diz que ele é
regenerado. Não confunda as coisas. O único que regenera é o Espírito
Santo. Mas lá diz que ele é santificado. Que maravilhoso princípio irmão.
Irmã, você sabe disso.? Irmão você sabe disso? Especialmente naquele
texto lá, as irmã. Quem sabe irmãs que tem maridos incrédulos ou
desobedientes. Você sabe que você pode santificá-los? É um princípio
bíblico. Mas santifique-se a você mesmo, para que ele também seja
santificado na verdade. Princípio de João, não é? João 17:19. A favor deles
eu me santifico. Pense nos seus filhos. Irmão. Sabe qual um senso que
pulsa no meu coração nesse assunto? Eu posso falhar em qualquer área
da minha vida. Mas eu não posso falhar com relação ao meu esposa e aos
meus filhos. Não posso, porque essa é a primeira e mais essencial esfera
de responsabilidade que o Senhor me concedeu. Que o Senhor te ajude a
ver isso irmão. Ele não te chamou para ser um bem sucedido empresário,
nem homem da cultura e da política, ou do sucesso. Ele te chamou para

13
ser um bom pai. Ele te chamou para ser uma boa mãe. Efésios 6 4 E vós,
pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na
admoestação do Senhor. Você criar filhos para Deus, como eu falei, e criar
filhos para o mundo para serem testemunhas do amor do Senhor, da
graça e da vida de Deus no mundo. Irmão. Será que nós no meio dessa
geração nós temos abraçado esse propósito? Quanto a igreja tem sido
enganada não é, até por essa coisa horrorosa da teologia da prosperidade.
Tem enganado o mundo, a igreja. Tem mostrado para a igreja que os seus
alvos estão aqui. Aqui e agora, já. O senhor quer dar, quer fazer, quer
prosperar, quer dar saúde, bem estar, não é? Uma teologia horrível, uma
coisa horrorosa, diabólica. Se não é divina, é diabólica. A sabedoria ou é do
alto, ou é da terra. Não tem jeito de fazer um meio terno não. Então a
igreja tem absorvido uns alvos completamente errados, e nós temos
perdido o propósito. Então as pessoas vivem para trabalho, para dinheiro,
vivem para a posse, para a carreira não é? E nós perdemos o essencial. O
Senhor nos criou para vivermos para pessoas. A pessoa Dele e a pessoa
uns dos outros. Não é? E aprendemos a viver contentes nas outras
situações. É assim que a palavra ensina, irmãos. Agora, nós achamos que
nós é que somos os sábios, os entendidos. “Deus estava enganado. Isso é
coisa lá de trás.” Está bom. Então vivamos as nossas vidas e arquemos
com as conseqüências por estarmos fugindo dos propósitos de Deus. Não
é? Esse seria então o terceiro ponto.
Queria partilhar rapidamente os outros dois, e eu creio que nós já
estamos, de certa forma, cansados. Deixe-me ler um texto com os irmãos
sobre esse princípio. Cobrir, proteger, cuidar. 2ª Coríntios cap.2. Só mais
um texto para esclarecer um pouquinho mais. 12:14. Esse era o alvo de
Paulo com relação à igreja. Esse é o seu alvo, com relação à sua família,
marido ou esposa. 14 Eis que, pela terceira vez, estou pronto a ir ter
convosco e não vos serei pesado; pois não vou atrás dos vossos bens, mas
procuro a vós outros. Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os
pais, para os filhos. 15 Eu de boa vontade (Lembra do Senhor na ceia?
Levantou-se tirou a vestimenta de cima) me gastarei e ainda me deixarei
gastar em prol da vossa alma. Esse é o alvo do pai e da mãe cristã. Eu me
gastarei. Eu quero ser o primeiro. Eu não quero empurrar a minha esposa
para o serviço. Eu quero servi-la. Eu quero poder dar o exemplo. Seja
positivo, no sentido de tratar o positivo, ou de tratar o negativo. Se eu
errei, quero dar o exemplo do arrependimento, da prática da verdade, do
andar na luz, da confissão. Você pode ser exemplo dos dois lados. Essa é a
graça de Deus. Você pode ser exemplo no positivo, ou no negativo. Quando
você peca, você ainda pode ser um exemplo, na confissão, no
arrependimento, no retorno, no pedido de perdão. Eu me gastarei e me
deixarei gastar em prol das vossas almas. Então cobrir, proteger, velar,
guardar. Quantos textos na Bíblia há sobre isso? Hebreus 13 quando fala
dos líderes, que o autor da carta então escreveu, diz assim: Que esses
líderes, esses pastores, esses guias, ele diz assim: Hebreus 13:7 Lembrai-

14
vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e,
considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram. Imitai
tem relação com esse exemplo que eu citei aqui. Olhe o molde que eles
andaram, aqueles guias. Imitai a fé que tiveram. Aí depois ele diz Hebreus
13:17 Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois
velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto
com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. assim:
Lembrai-vos dos vossos guias, os quais velam por vossas almas. Velam por
vossas almas como aqueles que devem prestar contas para que façam isso
com alegria e não gemendo. Princípio de Hebreus 13. Os líderes com
relação á igreja. O princípio da família. Pai. Você vai prestar conta da sua
família a Deus. Quer você queria, quer você não queira, porque todos nós
compareceremos diante do tribunal de Cristo onde receberemos o bem ou
o mal que tivermos feito por meio do corpo. Então vele pelas almas que lhe
forem confiadas. Você pai, em primeiro lugar, vele pelas almas, porque
você vai prestar contas, e faça isso com alegria, e não gemendo, porque o
Senhor te capacita. Não é? Então esse princípio cobrir, proteger, velar, é
alvo do amor.
Um quatro princípio, vou compartilhar cinco, passar aqui
rapidamente sobre os outros dois. Vamos voltar em João 17. Mais uma
vez, na vida do Senhor esse princípio. Unidade. Vamos denominar de
unidade esse princípio. O amor, um dos alvos do amor, é unidade. O amor
não se contenta com nada menos do que unidade. Deixará o homem pai e
mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão, os dois, uma só carne. Unir-
se, naquele texto é um ato, mas tornar-se uma só carne é um processo
para a vida inteira. O amor tem esse alvo, unidade. O amor deseja que na
família, o pai e mãe, sejam uma parede compacta. Não seja aquela coisa
incongruente, aquela coisa incoerente, mas um verdadeiro desfrute de
unidade, porque o amor tem alvo de unidade. Veja na vida do Senhor, na
oração do Senhor especificamente. João 17:20. 20 ¶ Não rogo somente por
estes (aqueles que estavam ali, os seus doze, que agora eram onze, pois
Judas já havia se retirado), mas também por aqueles (embaixo desse
aqueles, está você e eu e todos os cristãos de todas as eras, depois do
Senhor) que vierem a crer em mim (o Senhor rogou por nós) , por intermédio
da sua palavra; 21 a fim de que todos sejam um (vida de união, comunhão
com a Bendita Trindade através do Filho como nós vimos na primeira
sessão. O amor tem como alvo a unidade. Você não deve permitir que nada
separe o seu cônjuge de você. Que vocês não vivam com diferenças de
mente. Eu sei que gostos diferem, prazeres diferem, mas isso são
minúcias, são coisas relevantes. Mas uma família não pode viver com uma
divisão de propósito, não pode viver com divisão de mente, não pode viver
com divisão de alma, com divisão de foco, não é? Porque isso fere demais
as nossas vidas interiores porque nós não fomos criados para isso. Nós
fomos criados para viver em unidade, especialmente nesse âmbito
conjugal.); e como (Nós mostramos que esse como é o amor.) és tu, ó Pai,

15
em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia (está
vendo onde está o poder do testemunho? Como que o mundo vai crer em
um evangelho pregado por uma família incongruente, inconsistente, não
é? Que reflete a sua inconsistência na sua própria maneira de viver. Não
é? Vai ser difícil o mundo crer.) que tu me enviaste. 22 Eu lhes tenho
transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um (olhem quanta
ênfase na unidade) , como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de
que sejam aperfeiçoados (amadurecidos, completados) na unidade (essa
questão de unidade é um processo. Por um lado é um ato, porque o
Espírito de Deus, o Espírito da unidade, veio habitar em todos aqueles que
crêem no Senhor, e então isso é um ato. Por outro lado essa unidade é um
processo, porque nós devemos caminhar para a unidade da fé, e do pleno
conhecimento do filho de Deus, e assim, na vida conjugal. Então unidade é
alvo, como os irmãos estão vendo claramente aí esses textos.)
Irmão. Eu vou citar um exemplo rápido sobre esses princípios.
Lembra quando o Senhor estava restaurando o seu povo do cativeiro
babilônico? Chamou o seu povo para Jerusalém e eles tinham lá todo um
trabalho para fazer, e quanto eles chegaram lá a primeira coisa que eles
edificaram foi o altar. Esdras, cap. 3. Eles não se preocuparam em se
proteger, fazendo cabanas, armações, porque exércitos poderiam vir, e as
feras do campo estavam lá, a cidade de Jerusalém estava destruída. Eles
fizeram o que é completamente oposto a qualquer exército, a qualquer
acampamento com um mínimo de conhecimento militar. Chegaram no
lugar deserto, exposto, abandonado, e ao invés de se protegerem, eles
levantam altar. Não é? Porque o modo de Deus é diferente. Eles sabiam
que se eles estivessem em uma relação adequada com Deus, eles não
precisariam se preocupar, nem com os inimigos e nem com as feras. Nos
vivemos em uma hora hoje na igreja, que se fala mais sobre diabo e
demônio, do que sobre o Senhor Jesus. Não e´? Há uma preocupação
maior do que com os inimigos do que com Deus. Mas quando o povo voltou
de Babilônia, eles edificaram o altar em primeiro lugar, e em último lugar
os muros. Mesma coisa na vida conjugal. Marido e mulher devem edificar
o seu altar pessoal, tomar o seu jugo pessoal, carregar os seus pacotes
diante do Senhor, esse discipulado pessoal. Então você vai ver lá em
Esdras que depois do altar vem os alicerces. Se a nossa vida conjugal há
de ter alicerces, eles são dependentes do nosso altar pessoal, de uma vida
forte que você marido e mulher possam ter com o Senhor. Então nós
vamos lançar alicerces, na ordem de Esdras, e depois que eles lançaram
alicerces, aí veio a batalha espiritual, os inimigos pelejaram Por que é que
os inimigos pelejaram? Porque tinha altar erguido e tinha alicerce lançado.
O inimigo não é incomodado enquanto não existe essas duas coisas.
Quando você irmão, quando você irmã, atraídos pelo Senhor, quiserem
lançar os fundamentos de um altar pessoal, você vai começar a ter
problemas. Quando você irmão, você irmã, no seu lar, então tiver sendo
constrangido pelo Senhor, para lançar alicerces sólidos, na vida relacional

16
do lar, você vai ter problemas com o inimigo, mas não se preocupe, porque
o Senhor vai usar na sua permissão soberana essas influências do inimigo
para amadurecer você, assim como foi em Esdras. Quando você chega no
cap. 6, você vê que não tem inimigo, não tem nada que impeça aquele
povo. O Senhor então os guardou, os ensinou, os preservou, os cuidou.
Você vê em Esdras 6 o templo levantado. Não é? E depois você vê que
vasos começam a ser trazidos para o templo, no segundo retorno com
Esdras. O primeiro foi com Zorobabel. Por último você vê o retorno com
Neemias quando então sim, os muros são restaurados. E muro fala de
separação e unidade. As duas coisas. O muro é para separar, e para
manter unido o que está dentro. A igreja hoje tem sido o que tem sido
porque está sem muro. Perda de poder, de testemunho, porque não tem
altar. Então, nas nossas famílias, a mesma coisa. A unidade é alvo do
amor.
Último princípio para nós terminarmos. Maturidade. Eu já coloquei
para os irmãos uma pequena frase para vocês pensarem um pouco. A
Bíblia diz que o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo
Espírito Santo que nos foi dado. O Espírito Santo não é um atributo de
Deus. É uma Pessoa Divina, e como Pessoa Divina, Ele é o próprio amor de
Deus em nós na pessoa do Espírito Santo que nós trás a pessoa do Pai, do
Filho para morarem em nós. Esse amor pessoal de Deus, o Espírito Santo.
Por ser uma pessoa Ele pulsa em nós com um anseio. Esse anseio é
maturidade. Maturidade. Maturidade. Quando você lê o livro de Hebreus,
você fica impressionado. Quantas exortações existem naquele livro que nós
não conhecemos qual o autor humano, então ressalta mais ainda a voz o
Espírito Santo dizendo assim: corramos, vamos para a frente. Corramos a
carreira que nos está proposta. Esforcemo-nos para entrarmos no
descanso de Deus. Temamos que sendo nos deixada a promessa, suceda
parecer que algum de vós tenha falhado. Não é? Deixemo-nos levar para o
que é perfeito, cap. 6, que tem exatamente essa idéia de maduro, completo.
Hebreus 6, porque o amor tem um alvo. De todos esses que eu coloquei
esse é o quinto: Maturidade. O amor de Deus em nós pulsa desejando
maturidade. Irmãos, você passa por muitas aflições, das quais você passa,
não é por causa do diabo não. Não é nem propriamente falando por causa
do teu ego não. Também não. É porque o Espírito Santo te incomoda, com
desejo de mais. Ele não quer deixar você onde você está. Porque onde você
está é pouco. O amor tem alvo de maturidade. Vocês ficariam contentes se
vocês tivessem vinte anos de vida conjugal, três filhos, e tivessem então
dando de mamar para eles até hoje? Não é? Você já está aí perto dos
cinqüenta anos e os três continuam lá, e eles não saem dos três anos. É
mamadeira, é fralda. Você já está com cinqüenta, sessenta. Mamadeira e
fralda, mamadeira e fralda. Não é? Que prazer iria ter nisso? Imagine o
nosso Senhor, olhando para o seu povo, e mamadeira, e fralda, e
mamadeira e fralda - não é? - enquanto que o Espírito de Deus nos
chamou para a maturidade. Hebreus 6:1 Por isso, pondo de parte os

17
princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é
perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas
e da fé em Deus. Ah irmãos, que o Senhor nos ajude. Que o Senhor nos
ajude a prosseguir, a termos uma resposta a esse desejo do Espírito Santo
por maturidade. Esse é um alvo do amor.
Tiago 4. Eu queria terminar com esse texto. Versículo 5. Vamos abrir
as nossas Bíblias? Vou citar esse texto para nós terminarmos. Tiago 4:5
vai mostrar claramente para você esse alvo do amor. Diz assim. 5 Ou
supondes que em vão afirma a Escritura (o que é que a Escritura afirma?):
É com ciúme (Que palavrinha forte, não é? Significa um zelo ardente, um
zelo ardente. É com zelo ardente que o Espírito Santo, o Espírito de amor,
o amor de Deus derramado em nossos corações, que esse amor pulsa em
nós, com um anseio ardente, por nós.) que por nós anseia o Espírito, que
ele fez habitar em nós? É com ciúmes que o Espírito de Deus anseia.
Também não é uma palavrinha fraca no grego. Não. É uma palavra,
enfática. Forte. Fala de uma ânsia de expectação. Fala de um desejo
grande, como que uma criança nas pontas dos pés, para olhar por cima do
muro, onde ela não está conseguindo alcançar. Então ela se dependura,
fica na ponta dos pés, fica naquela ânsia de ver alguma coisa. É essa
palavra grega aí. Anseia. É isso que o Espírito Santo está fazendo dentro
de mim e dentro de você. Ele está na ponta dos pés, agarrado no muro e
anunciando e gemendo como em Romanos 8 diz. Ele geme, para que nós
possamos ser filhos maduros de Deus. Ardente expectativa da criação
aguarda a revelação dos filhos de Deus. Do grego Huios e não teknon,
filhos amadurecidos, filhos que estão sendo conduzidos à maturidade. Por
isso irmãos, que você e eu passamos por aflição que sequer o mundo
conhece. As aflições que passamos na vida cristã, o mundo sequer sonha,
sequer conhece. Isso não é da esfera do mundo. O mundo está nas trevas.
Isso é da esfera da igreja. A igreja tem luta que o mundo desconhece,
porque ela é habitada por uma pessoa que o mundo também desconhece.
Vós recebeste o Espírito de adoção, que clama Aba, Pai. É o Espírito que
clama por maturidade. Então irmãos, maturidade é alvo do amor. Que o
Senhor nos ajude então, nas nossas vidas, conjugar esse familiares a
pulsarmos em sintonia com o Espírito. Não deixe as coisas ficarem como
estão. Não está bom. Não está bom. Por mais que você tenha andado, não
está bom. Está aquém. Deixe que o pulsar do Espírito em teu coração te
leve a mais, a examinar mais você mesmo, a ajudar o seu parceiro no seu
cisco, no seu olho, a ajudar a carregar o fardão pesado que não dá para
remover. Não é? A cobrir, a velar, a cuidar, porque o Espírito geme por
mais para que o Senhor possa obter um testemunho vigoroso nesses dias
do fim, porque certamente são dias do fim. Que o Senhor nos ajude,
amém.

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