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 Dimensionamento à tração simples
 As condições para o dimensionamento de peças
metálicas à tração simples estão no item 5.2 da
NBR 8800. Essa seção (seção 5) da NBR trata do
dimensionamento de elementos estruturais
quando submetidos a ações estáticas.
 Exemplos de peças tracionadas
 Tirantes ou pendurais
 Exemplos de peças tracionadas
 Contraventamento de torres
 Exemplos de peças tracionadas
 Travamento de vigas ou colunas
 Exemplos de peças tracionadas
 Treliças
 Conceitos gerais
 Este dimensionamento é aplicável a barras
prismáticas e barras redondas, ambas com roscas
nas extremidades e submetidas à tração axial.
 Conceitos gerais
 São levados em consideração os conceitos de
resistência dos materiais, adicionando trechos que
possuam vazados, furos ou descontinuidade.
 Conceitos gerais
▪ Nó de uma treliça cujas barras são formadas por
associação de duas cantoneiras, ligadas a uma chapa de
nó, onde o espaçamento entre elas é a espessura t da
chapa.
 Peças
 As peças podem ser constituídas por barras de
seção simples ou composta
▪ Barras redondas
▪ Barras chatas
▪ Perfis laminados simples (L, U, I)
▪ Perfis laminados compostos
 Peças
 As ligações das extremidades das peças
tracionadas com outras partes da estrutura podem
ser feitas por diversos meios:

▪ Soldagem
▪ Conectores aplicados em furos (rebite)
▪ Rosca e porca
 Distribuição das Tensões Normais na seção
▪ No regime elástico, as tesões não são uniformes. São
mais elevadas nas proximidades dos furos.
 Distribuição das Tensões Normais na seção
▪ Quando a força axial aumenta e o elemento entra no
regime plástico, as tensões passam a atuar de maneira
uniforme em toda a seção da peça.
 Expressão para atender critérios de segurança

 Onde:
▪ Nt,Sd é a força axial de tração solicitante de cálculo.
▪ Nt,Rd é a força axial de tração resistente de cálculo.
 Força axial resistente de cálculo
 Escoamento da seção bruta (ESB)
 Força axial resistente de cálculo
 Ruptura da seção líquida efetiva (RSE)
 Força axial resistente de cálculo
 Exemplo An e Ag
 Força axial resistente de cálculo
 Exemplo An e Ag
 Força axial resistente de cálculo
 Exemplo An e Ag
 Força axial resistente de cálculo
 Exemplo An e Ag
 Força axial resistente de cálculo
 Área líquida efetiva (Ae)

▪ Ae = Ct*An

▪ An: a área líquida da barra


▪ Ct: coeficiente de redução da área líquida, que é função
das condições de ligação da barra aos elementos
adjacentes
 Força axial resistente de cálculo
 Área líquida (An)
▪ Em regiões com furos ou aberturas, a área líquida de uma
barra é definida na NBR8800, como sendo a soma dos
produtos da espessura pela largura líquida de cada
elemento (ou seja, para seções compostas, a largura
líquida do elemento da seção é sua largura descontando
os furos)
 Força axial resistente de cálculo
 Área líquida (An)
▪ Considera-se:
▪ Em ligações parafusadas, o diâmetro dos furos deve ser considerado
3,5 mm maior que o diâmetro real destes furos. Isto se deve ao fato de
que ocorrem danos mecânicos no aço ao redor do furo, durante o
processo de furação.

▪ df=db+3,5mm

▪ df : diâmetro do furo com folga


▪ db: diâmetro do parafuso utilizado na ligação
 Força axial resistente de cálculo
 Área líquida (An)
▪ Considera-se:
▪ Em ligações parafusadas, onde há mais de uma linha de furos:
 Força axial resistente de cálculo
 Área líquida (An)
▪ Considera-se:
▪ A largura líquida crítica será determinada para a cadeia de furos que
produza a menor largura líquida dentre as possíveis linhas de ruptura
 Força axial resistente de cálculo
 Área líquida (An)
▪ Considera-se:
▪ A largura líquida crítica será determinada para a cadeia de furos que
produza a menor largura líquida dentre as possíveis linhas de ruptura
 Força axial resistente de cálculo
 Área líquida (An)
▪ Considera-se:
▪ Em regiões onde não existam furos a área líquida deve ser tomada
igual a área bruta da seção transversal.
 Força axial resistente de cálculo
 Coeficiente de Redução (Ct)
▪ O coeficiente de redução da área líquida tem os seguintes
valores:
▪ Quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um
dos elementos da seção transversal da barra, por soldas ou parafusos:

▪ Ct = 1,00
 Força axial resistente de cálculo
 Coeficiente de Redução (Ct)
▪ O coeficiente de redução da área líquida tem os seguintes
valores:
▪ Quando a força de tração for transmitida somente por soldas
transversais

▪ Ct = Ac / Ag

▪ Ac: Área da seção transversal dos elementos conectados


 Força axial resistente de cálculo
 Coeficiente de Redução (Ct)
▪ O coeficiente de redução da área líquida tem os seguintes
valores:
▪ Nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração
for transmitida somente por parafusos. Devendo ter 0,9 como limite
superior e 0,6 como limite inferior.

▪ Ct = 1 – ec / l c

▪ ec: excentricidade da ligação, igual à distância do centro geométrico


da seção da barra, G, ao plano de cisalhamento da por ex. no caso de
perfis I ou H ligados pelas mesas.
 Força axial resistente de cálculo
 Coeficiente de Redução (Ct)
▪ O coeficiente de redução da área líquida tem os seguintes
valores:
▪ Nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração
for transmitida somente por parafusos. Devendo ter 0,9 como limite
superior e 0,6 como limite inferior.

▪ Ct = 1 – ec / l c

▪ l c: é o comprimento efetivo da ligação. Nas ligações, parafusadas é


igual a distância do centro do primeiro ao centro do último parafuso
da linha de furação com maior número de parafusos na direção da
força axial.
 Força axial resistente de cálculo
 Coeficiente de Redução (Ct)
▪ O coeficiente de redução da área líquida tem os seguintes
valores:
▪ Nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração
for transmitida somente por parafusos. Devendo ter 0,9 como limite
superior e 0,6 como limite inferior.

▪ Ct = 1 – ec / l c
 Força axial resistente de cálculo
 Cisalhamento de Bloco (CB)
▪ Peça de ligação é cisalhada removendo todo o conjunto de
furos, num só bloco

▪ Cts: 1,0
▪ Anv: área cisalhada dos furos à extremidade, no sentido da carga solicitada.
▪ Ant: área da seção transversal do furo à borda de ruptura do bloco
cisalhado, perpendicular à carga solicitada.
▪ Agv: área bruta da seção do cisalhamento, no sentido de Anv
 Força axial resistente de cálculo
 Exemplo Ant e Anv
 Força axial resistente de cálculo
 Cisalhamento por bloco
 Força axial resistente de cálculo
 Cisalhamento por bloco
 NBR 8800, seção 4.7.6.2.2
 Força axial resistente de cálculo
▪ NBR8800, Tabela 3, Cap 2, Item 6.1
 Solicitação por tração - MEF
 Exemplo 1
 Determine qual a força máxima de tração que pode solicitar a
barra indicada na figura abaixo.
▪ Dados: Aço A36
▪ fy=25kN/cm² (250MPa)
▪ fu=40kN/cm² (400MPa)
▪ Chapa 5 x 50 mm, está ligada por meio de solda transmitindo
uniformemente as tensões.
 Exemplo 1
 Área da seção bruta (Ag)
 Área da seção líquida (An)
 Área líquida efetiva (Ae)
 Coeficiente de redução (Ct)
 Área cisalhada dos furos à extremidade (Anv)
 Área da seção transversal do furo à borda de ruptura (Ant)

 Escoamento da Seção Bruta (ESB)


 Ruptura da Seção líquida Efetiva (RSE)
 Resistência ao Cisalhamento de Bloco (CB)
 Exemplo 1
 Área da seção bruta (Ag)
▪ Ag = 0,5 * 5,0 = 2,5 cm²

 Coeficiente de redução (Ct)


▪ Força transmitida uniformimente ao elemento dimensionado, Ct=1

 Verificação ESB
▪ Nt,Rd= Ag * fy / λa1 = 2,5 * 25 / 1,1 = 56,82 kN

 Verificação RSE– Neste caso: Ag = Ae


▪ Nt,Rd= Ae * fu / λa2 = 2,5 * 40 / 1,35 = 74,07 kN
 Exemplo 1
 Verificação ESB
▪ Nt,Rd= Ag * fy / λa1 = 2,5 * 25 / 1,1 = 56,82 kN

 Verificação RSE – Neste caso: Ag = Ae


▪ Nt,Rd= Ae * fu / λa2 = 2,5 * 40 / 1,35 = 74,07 kN

 Qual valor deve ser adotado?


 Exemplo 2
 Determine se o perfil abaixo resiste a uma força de
tração centrada de 650kN.
▪ Dados: Aço A36
▪ Cantoneira de abas iguais L 152 x 12,7 mm
▪ Parafusos de diâmetro 12,7mm
 Exemplo 2
▪ Consulta à tabela de perfis

▪ Ag = 37,1 cm²
▪ ec = 42,7 mm
▪ t = 12,7 mm
▪ b = 152 mm
▪ h = 152 mm
 Exemplo 2
 Verificação ESB
▪ Nt,Rd= Ag * fy / λa1 = 37,1 * 25 / 1,1
▪ Nt,Rd= 843,18 kN

 Verificação RSE
▪ Nt,Rd= Ae * fu / λa2 = ?? * 40 / 1,35

▪ Ae = Ct*An
 Exemplo 2
 Área Líquida Efetiva (Ae)
 db = diâmetro do parafuso
 df = diâmetro do furo com folga

▪ df = db + 3,5mm
▪ df = 12,7 + 3,5 = 16,2mm = 1,62cm

▪ An = 37,1 – (1,62 * 1,27)


▪ An = 35,04 cm²

▪ Ae = An * Ct = 35,04 * ??
 Exemplo 2
 Coef. de Redução
▪ Como a força de tração não é trans-
mitida uniformemente a toda seção
Transversal nesta ligação, Ct ≠ 1

▪ Pelo fato de cantoneiras terem seu


centro geométrico gerar uma
excentricidade, fazemos:
▪ Ct = 1 – (ec/l c); 0,6 ≤ Ct ≤ 0,9

▪ Distância entre os centros não foi dada!!


E agora!?
 Exemplo 2
 Coef. de Redução
▪ Ct = 1 – (ec/lc); 0,6 ≤ Ct ≤ 0,9

▪ Distância entre os centros não foi dada!

▪ Pela NBR8800: A mínima distância


entre dois furos de parafusos deve ser
de 3db. Ou seja:
▪ lc = 2 * (3 * db)
▪ lc = 76,2 mm

▪ Portanto:
 Exemplo 2
 Coef. de Redução
▪ Ct = 1 – (ec/ lc); 0,6 ≤ Ct ≤ 0,9
▪ Ct = 1 – (42,7/76,20)
▪ Ct = 0,44 – Recusado!

▪ Portanto, faz-se a conta inversa para


encontrar a distância mínima entre os
centros dos parafusos.

▪ 0,6 < 1 – (42,7/lc)


▪ lc > 106,73 mm
▪ lc = 110mm – Adotado
 Exemplo 2
▪ Finalizando a verificação RSE

▪ Ct = 1 – (42,7/110) = 0,61 – Ok!


▪ Ae = An * Ct = 35,04*0,61 = 21,37 cm²

▪ Nt,Rd= Ae * fu / λa2 = 21,37 * 40 / 1,35


▪ Nt,Rd= 633,19 kN

▪ A barra resiste!?
 Exercício

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