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Apostila 08 - Sistema Tegumentar
Apostila 08 - Sistema Tegumentar
Índice
Introdução......................................................................................................... 1
Principais plantas usadas no tratamento de úlceras crônicas....................... 2
Melissa officinalis.............................................................................................. 3
Casearia sylvestris ........................................................................................... 4
Curcuma longa ................................................................................................. 6
Cocos nucifera.................................................................................................. 7
Echinacea purpurea ......................................................................................... 8
Arctium lappa.................................................................................................... 9
Centella asiatica ............................................................................................. 12
Sambucus nigra.............................................................................................. 14
Achillea millefolium ......................................................................................... 15
Brosimum gaudichaudii .................................................................................. 17
Calendula officinalis........................................................................................ 18
Copaifera langsdorfii....................................................................................... 21
Lippia origanoides .......................................................................................... 23
Stryphnodendron adstringens......................................................................... 25
Caesalpinia ferrea .......................................................................................... 27
Aloe vera ........................................................................................................ 29
Referências .................................................................................................... 30
Introdução
As doenças da pele podem ser classificadas, de maneira bastante geral, em
três grandes grupos: doenças inflamatórias, doenças infecciosas, e úlceras crônicas.
O tratamento das doenças inflamatórias da pele é feito com plantas com
atividade anti-inflamatória e tropismo pela pele.
As doenças infecciosas da pele podem ser causadas por bactérias, fungos e
vírus, em sua maioria. As plantas que tratam essas doenças possuem atividade
antibacteriana, antifúngica e antiviral, além de atividade anti-inflamatória.
O tratamento das úlceras crônicas de pele (úlceras de pressão, úlceras
vasculares ou ligadas ao diabetes) respeitando-se o mecanismo de cicatrização e o
estágio da ferida.
A cicatrização pode ocorrer por primeira intenção (bordas regulares e
justapostas), segunda intenção (bordas regulares porém afastadas), ou por terceira
intenção (bordas irregulares e não coaptadas).
A cicatrização ocorre em três fases: fase inflamatória ou defensiva, fase
proliferativa ou fibroblástica, e fase de maturação ou remodelação. Os fatores que
interferem na cicatrização são fatores locais (temperatura, infecção, tecidos
necróticos, inflamação) e fatores do hospedeiro (imunidade, estado nutricional,
diabetes).
Em uma ferida pode haver um ou mais tipos de tecidos:
• Tecidos viáveis:
o Tecido de granulação
o Fibrina
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• Tecidos inviáveis
o Esfacelo: tecido residual presente em feridas contaminadas que
necessita de remoção para uma boa evolução do ferimento.
Quando não removido retarda o processo de cicatrização e pode
evoluir para necrose.
o Necrose: tecido completamente morto e escurecido. Deve ser
removido.
Os objetivos do tratamento de uma úlcera crônica incluem: limpeza,
desbridamento (químico ou mecânico), controle da infecção e controle da umidade e
da temperatura. Em geral, os medicamentos fitoterápicos usados topicamente em
feridas crônicas devem ser trocados a cada 2 semanas.
Principais plantas usadas no tratamento de úlceras crônicas
• Desbridantes
– Alternanthera brasiliensis (agripina)
– Calendula officinalis (calêndula)
– Kalanchoe brasiliensis (folha-da-fortuna)
• Antissépticos
– Pyrostegia venusta (cipó-de-São-João)
– Copaifera langsdorffii (copaíba)
– Lippia sidoides (alecrim-pimenta)
– Melaleuca alternifolia (Maiden & Betche) Cheel (melaleuca)
• Anti-inflamatórios
– Calendula officinalis (calêndula)
– Sambucus australis (sabugueiro)
– Achillea millefolium (mil-folhas)
– Centella asiatica (centelha asiática)
• Cicatrizantes
– Stryphnodendron adstringens (barbatimão)
– Kalanchoe brasiliensis (folha-da-fortuna)
– Caesalpinia ferrea (pau-ferro)
– Calendula officinalis (calêndula)
– Symphytum officinale (confrei)
– Aloe vera (babosa)
• Estimulantes da proliferação vascular
– Centella asiatica (centelha asiática)
– Rosmarinus officinalis (alecrim)
• Hidratante
– Óleo de girassol
Muitas das informações contidas neste capítulo são extraídas do Manual
prático de multiplicação e colheita de plantas medicinais (Pereira et al., 2010) e do
Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza (Pereira et al., 2014).
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Melissa officinalis
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• Droga vegetal em cápsulas – Uso oral: 250 mg, 1–3 x/dia (Pereira et al.,
2014).
• Gel e creme – Uso tópico: aplicar na área afetada 3–4 x/dia (Pereira et al.,
2014). Podem conter 1–2% de extrato seco ou até 20% de tintura de Melissa
officinalis.
Casearia sylvestris
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• Antocianosídeos;
• Óleos essenciais: elemeno, copaeno, cariofileno, humuleno, germacreno-D,
biciclo-germacreno, cadinenoeespatulenol;
• Outros: resinas, pigmentos e terpenos (casearia clerodeno I a VI e casearina
A a R)
TROPISMO: Sistema imunológico e digestório.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Infecções virais e processos
inflamatórios.
AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: antiviral, cicatrizante de mucosas, anti-inflamatória e anti-histamínica.
• Boca: cicatrizante de mucosas e antiviral.
• Pele e anexos: cicatrizante.
• Sistema circulatório: hipolipemiante e tônica cardiocirculatória.
• Sistema digestório: usada nas halitoses de origem digestiva e como anti-
inflamatória intestinal.
COMENTÁRIOS:
Esta planta é frequentemente associada à Melissa officinalis para o
tratamento do herpes simples e do herpes zoster. Em um estudo realizado na
UNICAMP, foram estudados cremes à base de tintura de Casearia sylvestris a 10%
e dinamizada na DH3, comparando com cremes contendo penciclovir 1%. O estudo
foi duplo-cego e envolveu 93 voluntários. Os resultados demonstraram que os
cremes de Casearia sylvestris induziram a uma cicatrização significativamente mais
rápida do que o creme de penciclovir (Cury & Groppo, 2005).
MODO DE USAR:
• Infusão – Uso oral: 2–4 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em
150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Creme ou gel a 10%* – Uso tópico: passar nas lesões 3–4 x/dia.
* O gel pode ser preparado em associação com Melissa officinalis a 10%.
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Por ser antagonista da vitamina K, o uso prolongado pode provocar
hemorragias, além de potencializar a ação dos anticoagulantes, dificultando o
controle das dosagens. Para dores da coluna, a associação com Cordia curassavica
(erva baleeira) potencializa o seu efeito anti-inflamatório. É indicado associar
Maytenus ilicifolia (espinheira santa) no tratamento das úlceras gastroduodenais.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Pode tornar a urina viscosa, rica em sedimento e odor característico. Em dose
mais elevada do que a recomendada pode causar náuseas, após algum tempo de
uso.
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Curcuma longa
ESPÉCIE: Curcuma longa L.
Esta planta já foi apresentada no capítulo sobre o sistema respiratório.
COMENTÁRIOS:
A Curcuma longa é uma das plantas com maior potencial terapêutico que
existem. Como um poderoso anti-inflamatório, pode ser usada com muita segurança
em todas as doenças inflamatórias, agudas ou crônicas. É particularmente útil nas
doenças inflamatórias crônicas da pele, como a psoríase (N. Arora, Shah, & Pandey-
Rai, 2015; Nguyen & Friedman, 2013), além de eczemas e acne.
Pode ser usada também no tratamento de dermatites e urticária. Possui alto
poder cicatrizante, podendo também ser usada em úlceras crônicas na forma de
banhos ou de cremes (Akbik, Ghadiri, Chrzanowski, & Rohanizadeh, 2014; Sidhu et
al., 1998).
MODO DE USAR:
• Droga vegetal – Uso oral: 1 cápsula de 350–400 mg ou 1 colher de café do
pó, 1–2 x/dia (Pereira et al., 2014) ou 1,5–3,0 g por dia (Micromedex
[Internet], 2017).
o Uso pediátrico: 1 colher de café do pó, na comida, em 1–3 x/dia.
• Decocção – Uso oral: 1,5 g em 150 mL, 2 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em
150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Tintura – Uso oral: 0,1–1,5 mL (como antidispéptico) ou 1–3 mL (como anti-
inflamatório), 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia
(Pereira et al., 2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 1–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Pomada, creme ou gel – Uso tópico: aplicar na área afetada, 2–3 x/dia
(Pereira et al., 2014).
• Extrato fluido – Uso oral: 10–30 gotas, 3 x/dia (Micromedex [Internet], 2017).
o Uso pediátrico: 0,1–0,3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia.
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• Extrato seco – Uso oral: 80–160 mg/dia (extrato etanólico 13-25:1 com etanol
a 96%), em 2–4 x/dia, ou 100–120 mg/dia (extrato etanólico 5,5-6,5:1 com
etanol a 50%), em 2 x/dia (BRASIL, 2018).
• Extrato seco etílico (75 a 85% de curcuminoides) – Uso oral: 1 cápsula de
670 mg, 3 x/dia após as refeições (BRASIL, 2018).
Cocos nucifera
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MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia, diluídas em água (Pereira et
al., 2014).
• Decocção a 5% – Uso oral: 10 mL/kg/dia, em 3–4 x/dia (Pereira et al.,
2017a).
Echinacea purpurea
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2010; Pleschka, Stein, Schoop, & Hudson, 2009), herpes (Binns, Hudson, Merali, &
Arnason, 2002) e da estomatite.
Para o tratamento de infecções virais, uma excelente combinação é a de
Echinacea purpurea com Cocos nucifera.
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 1–2 mL, 2–3 x/dia (E. angustifolia), ou 3 mL, 3 x/dia (E.
purpurea) (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al.,
2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Infusão (planta toda) – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al.,
2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Decocção (raízes) – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al.,
2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Extrato seco – Uso oral: 250 mg, 1–3 x/dia (equivalente a 10–30 mg de ácido
chicórico por dia) (BRASIL, 2016).
• Extrato seco (5,5 – 7.5:1) – Uso oral: comprimidos de 30 mg, 6-9
comprimidos por dia (equivalente a 200 mg de droga vegetal) (BRASIL, 2016).
• Droga vegetal (raízes) – Uso oral: 2 cápsulas, 3 x/dia (BRASIL, 2016).
• Sumo liofilizado da planta inteira – Uso oral: 1 cápsula contém o
equivalente a 3 mL do sumo fresco, tomar 1 cápsula, 2–3 x/dia (BRASIL,
2018).
Arctium lappa
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al., 2011; Knipping et al., 2008; Sohn et al., 2011). É antimicrobiana contra
Streptococcus spp, Staphylococcus spp, Escherichia coli e Shigella spp, além de
fungicida.
MODO DE USAR:
• Decocção das raízes – Uso oral: 2,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (BRASIL,
2011); ou 1,0 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017b).
• Infusão das folhas – Uso oral: 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al.,
2017b).
• Tintura – Uso oral: 8–12 mL, 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em
2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Potencializa o efeito de medicamentos hipoglicemiantes orais e insulina,
devendo-se tomar cuidado para evitar quadros de hipoglicemia. Associar com
cavalinha (Equisetum spp) para problemas renais. Para varizes, associar bardana
com Hamamellis.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Pode causar irritação ocular em alguns indivíduos. Há relatos de alguns casos
de hipersensibilização cutânea (dermatite de contato) com o uso externo
prolongado. Doses elevadas podem causar, diarreia, convulsões e dilatação pupilar
(midríase).
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Centella asiatica
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Sambucus nigra
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Achillea millefolium
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Brosimum gaudichaudii
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• Geral: depurativa.
• Pele e anexos: estimulante da repigmentação da pele.
COMENTÁRIOS:
O Bergapteno, furocumarina encontrada em cascas, raízes e frutos verdes da
Mama-cadela é um princípio ativo já bem conhecido, sendo utilizado (em
combinação com as vitaminas A, B1 e B6) no tratamento do vitiligo e outras doenças
que causam despigmentação na pele. Ainda que os estudos científicos a respeito
dessa substância não estejam concluídos, de fato vem-se observando a
repigmentação de áreas afetadas por vitiligo através de seu uso. Alguns laboratórios
goianos, paulistas e do Distrito Federal estão elaborando comprimidos, extratos,
tinturas, pomadas e cremes com base nesta planta, que é também recomendada em
estados natural na forma de chás (Santana, Paula, & Rosa, 2012).
MODO DE USAR:
• Tintura – Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Não há dados na literatura.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Em doses acima das recomendadas pode apresentar hepatotoxicidade.
Recomenda-se interrupções periódicas do uso a cada 60 dias, suspendendo durante
15 dias. Pode provocar fotossensibilização.
Calendula officinalis
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Copaifera langsdorfii
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Lippia origanoides
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Stryphnodendron adstringens
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COMENTÁRIOS:
Em um estudo clínico, a eficácia de uma pomada contendo 3% de
fitocomplexo fenólico de S. adstringens na cicatrização de úlceras de decúbito foi
investigada em 27 pacientes com 51 úlceras. Em média a cicatrização das lesões de
grau I e II ocorreu num período de 3 a 6 semanas e as de grau III entre 10 e 18
semanas. Durante a realização do estudo 100% das lesões tratadas com o
medicamento cicatrizaram completamente (Minatel et al., 2010).
MODO DE USAR:
• Creme ou pomada a 5–10% – Uso tópico: após a limpeza da área afetada,
passar o produto, 1–3 x/dia, e cobrir com gaze (BRASIL, 2011, 2016).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Potencializa os efeitos cicatrizantes e antissépticos da calêndula (Calendula
officinalis), para uso tópico, diminuindo o tempo de tratamento, principalmente de
úlceras varicosas. Plantas ricas em taninos não devem ser usadas junto com plantas
ricas em alcaloides, pois são incompatíveis. Nos quadros de úlceras de pressão,
associar com Curcuma longa, Curcuma zedoaria ou Bixa orellana.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Não há dados na literatura.
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Caesalpinia ferrea
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AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: cicatrizante e hemostática, antianêmica e anti-inflamatória.
• Boca: anti-inflamatória da mucosa oral e faríngea (na forma de gargarejos).
• Sistema circulatório: tônica cardíaca.
• Sistema digestório: anti-helmíntica (ancilostomídeo), antidiarreica (taninos) e
anti-hemorroidária (na forma de creme ou pomada).
• Sistema endócrino: hipoglicemiante (principalmente os frutos).
COMENTÁRIOS:
Um estudo pré-clínico em caprinos foi realizado para investigar os efeitos
desta planta em feridas cutâneas. As feridas tratadas com a pomada de C. ferrea
apresentaram cicatrização mais precoce e menor crescimento bacteriano do que as
do grupo controle (Oliveira et al., 2010).
Diversas atividades biológicas já foram confirmadas em ensaios em animais e
in vitro: anti-inflamatória, analgésica, antimicrobiana (antibacteriana e antifúngica),
antidiabética e antioxidante. Como antimicrobiana, é eficaz contra um grande
número de bactérias e fungos, incluindo espécies de Candida e de Aspergillus
(Magda Rhayanny & Luiz, 2015).
MODO DE USAR:
• Gel com extrato glicólico do fruto a 5% – Uso externo: aplicar no local
afetado, até 3 x/dia (BRASIL, 2011).
• Decocção – Uso externo: 0,5 g em 150 mL, fazer bochechos, gargarejos ou
banhos, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017b).
• Pomada ou creme com tintura das cascas e frutos a 10% – Uso externo:
aplicar na área afetada, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado
para gestantes e lactantes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Não há dados na literatura.
EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Não há dados na literatura.
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Aloe vera
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Referências
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