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1.

Comunicação Preliminar(Freud,vol 2)
2. Cinco lições de psicanálise - lição 2(Freud, vol XI)
3. Teoria Transformada(Correspondência Freud-Fliess p.265)

Sobre o mecanismo psiquico dos fenomenos histericos: comunicacao preliminar

*histeria
*idiopatico: de causa desconhecida
*diferenca entre contratura e paralisia
*abreação
p. 46 o que é representações e estado crepuscular semi-hipnotico dos devaneios e
auto-hipnose
p.47 sintuações onde a associação não consegue causar a abreação
*diferenca entre neurose e histeria
*p.48 histeria disposicional e adquirida
p.50 condition seconde,”se assim for, um sintoma histérico crônico corresponderá a intrusão
desse segundo estado na inervação somática, que, em geral, se acha sob o controle da
consciência normal.
p.51
*rapport,espasmos clônicos generalizados(uma série de contrações muscular
involuntárias alternando com relaxamento) e rigidez cataléptica( é um distúrbio que
impede a pessoa de se movimentar devido à rigidez muscular) p. 49

- Tentativas de descobrir o fato que teria provocado a primeira ocorrencia do disturbio.


- Isso é dificil porque trata-se de uma experiencia que o paciente nao gosta de
discutir, mas ocorre principalmente porque ele nao consegue se recordar dela,
muitas vezes sem ter nem ao mesmo o minimo de suspeita da conexao causal entre
o fenomeno causador e o evento patologico. Dessa forma é necessario hipnotizar o
paciente e provocar, sob hipnose, suas lembranças da época em que o sintoma
surgiu pela primeira vez.
- No caso de histeria traumatica, o que provoca os sintomas é o acidente. E também é
possivel perceber, que em cada ataque, ele está alucinando o mesmo evento que
provocou o primeiro.
- Alguns dos sintomas que sao o rastro para os fatores desencadeadores sao:
nevralgia, anestesia, contraturas e paralisia, ataques histerios e convulsoes, tiques,
vomitos cronicos, rejeicao de alimentos, perturbacão da visão, alucinacões visuais.
- Com grande frequencia o disturbio provem de um fato da infancia que estabelece
um sintoma mais ou menos grave, que persiste durante os anos posteriores.
- Há casos que existe uma conexao muito nitida entre o sintoma e o fenomeno
desencadeador. Em outros há apenas uma relação “simbólica” entre a causa
precipitante e o fenômeno patológico.
- Nas neuroses traumáticas, a causa atuante da doença não é o dano físico
insignificante, mas o afeto do susto - o trauma psiquico.
- No caso da histeria comum não é rara a ocorrência, em vez de um trauma principal
isolado, de vários traumas parciais que formam um grupo de causas
desencadeadoras. Essas causas só puderam exercer um efeito traumático por
adição e constituem um conjunto por serem, em parte, componentes de uma mesma
história de sofrimento.
- O trauma psiquico, continua latente, e pode agir muito tempo depois da sua entrada.
- Foi verificado que cada sintoma histérico individual desaparecia, de forma imediata e
permanente, quando conseguia-se trazer a lembrança do fato que o havia
provocado e despertar o afeto que o acompanhara, e quando o paciente havia
descrito esse fato com o maior número de detalhes possivel e traduzido o afeto em
palavras.
- A lembrança sem afeto quase não produz resultado.
- Quando aquilo com que está sendo lidado envolve estímulos(espamos,nevralgia e
alucinações), estes reaparecem mais uma vez com intensidade máxima e a seguir
desaparecem para sempre.
- O esmaecimento de uma lembrança ou a perda de um afeto dependem de vários
fatores. O mais importante destes é se houve uma reação energética ao fato capaz
de provocar um afeto. Quando essa reação ocorre em grau suficiente, grande parte
do afeto desaparece. Quando a reação é reprimida, o afeto permanece vinculado á
lembrança. Essa reação pode ser física, ou pode sofrer abreação através da
linguagem.
- A abreação não é o único meio de lidar com o trauma psíquico. Este pode ser
curado através da associação, exemplo: um acidente de carro, pode se associado
com a o evento seguinte que foi a chegada de ajuda. Ou quando a pessoa
ressignifica as mazelas que aconteceram na vida.
- As lembranças que se tornaram determinantes de fenômenos histéricos, se
encontram ausentes da memória dos pacientes. E só aparecem mediante hipnose.
- Existem pelo menos 2 grupos onde a reação ao trauma deixa de ocorrer. No
primeiro grupo acham-se os pacientes que não reagiram a um trauma psíquico
porque a natureza do trauma não comportava reação - luto -, ou circunstâncias
sociais impossibilitavam uma reação, ou coisas que o paciente desejava recalcar. O
segundo grupo, não é condicionado pelas lembranças. mas pelos estados psíquicos
em que o paciente recebeu as experiências, pois encontra-se durante a hipnose,
dentre as causas dos sintomas histéricos, representações que não são importantes,
mas cuja persistência se deve ao fato de que se originaram durante a prevalência de
afetos gravemente paralisantes, tais como o susto, durante um estado de alteração
de consciência - estado crepuscular semi-hipnotico dos devaneios e auto-hipnose.
- Ambos os grupos de condições, possuem em comum o fato de que os traumas
psíquicos que não foram eliminados pela reação também não podem sê-lo pela
elaboração por meio da associação. No primeiro grupo, o paciente está decidido a
esquecer as experiências aflitivas e, por conseguinte, as exclui tanto quanto possível
da associação; já no segundo grupo, a elaboração associativa deixa de ocorrer
porque não existe nenhuma vinculação associativa abrangente entre o estado
normal da consciência e os estados patológicos em que as representações
surgiram.
- Em toda a histeria encontra-se uma certa divisão da consciência e com ela surgem
estados anormais de consciência - estados hipnóides.
- A condição básica da histeria é a existência de estados hipnóides. E eles guardam
com a hipnose em comum, o fato de que as representações que neles surgem são
muito intensas, mas estão isoladas da comunicação associativa com o restante da
consciência.
- A natureza desses estados e a extensão em que ficam isolados dos demais
processos da consciência variam do mesmo modo que ocorre na hipnose, que vai
desde uma leve sonolência até o sonambulismo, de uma lembrança compelta até a
amnésia total.
- Quando os estados hipnóides dessa natureza já se acham presentes antes da
instalação da doença manifesta, eles fornecem o terreno em que o afeto planta a
lembrança patogênica com suas consequentes manfiestações somáticas.
- p.48 - Verificamos, todavia, que um trauma grave ou uma supressão trabalhosa
podem ocasionar uma divisão expulsiva dos grupos de representações mesmo em
pessoas que, sob outros aspectos, não estão afetadas; e esse seria o mecanismo
da histeria psiquicamente adquirida.
- Sobre a fase alucinatória dos ataques histéricos: Quando esta se acha presente
numa forma bem acentuada, ela apresenta a reprodução alucinatória de uma
lembrança que foi importante no desencadeamento da histeria. Ou, o ataque pode
reviver os fatos que se tornaram relevantes em virtude de sua coincidência com um
momento de predisposição especial ao trauma. Quando há ataques que parecem
consistir exclusivamente de fenômenos motores e nos quais a fase de alucinações
se acha ausente, é possível uma ver uma lembrança subjacente do trauma psíquico
que chama nossa atenção numa fase alucinatória.
- p.50
- - p.52 “ O ataque ocorre de modo espontâneo, como fazem as lembranças nas
pessoas normais; contudo, é possível provocá-lo, do mesmo modo que qualquer
lembrança pode ser suscitada de acordo com as leis da associação. Pode-se
provocá-lo, quer pela estimulação de uma zona histerogênica(….) “
-

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