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sociedade e culturas atuais de que a crise de nossa época seja totalmente diversa
de todas as misérias passadas? Esses observadores dificilmente partem do
pressuposto de que se operou uma transformação radical das condições
básicas da vida humana. Eles deveriam, antes, supor uma nova constituição
social do sentido da vida humana nos tempos modernos que lançam o sentido
e, com ele, a vida humana numa crise sem par na história.
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A consciência tomada em si não é nada; deve haver sempre consciência de algo. [p.
14] Existe somente enquanto dirige sua atenção para um objeto, para um objetivo.
Este objeto intencional é constituído pelas diversas realizações de síntese da
consciência e aparece em sua estrutura geral se se trata de percepções, memórias
ou imaginações: ao redor do núcleo, o "tema" do objeto intencional estende um
campo temático, cercado por um horizonte aberto. No horizonte é sempre dada
automaticamente a consciência da própria corporalidade, que também pode ser
tematizada. A sequência de temas interrelacionados — chamemo-los "vivências" —
ainda não é significativa em si, mas o fundamento sobre o qual pode surgir o
sentido. Pois vivências que não ocorrem simples e independentemente, mas para
as quais o eu volve sua atenção, ganham um grau maior de definição temática;
tornando-se "experiências" delineadas.
As experiências individualmente consideradas ainda não teriam sentido. Mas
quando um núcleo de experiência se separa da base da vivência, a consciência
capta a relação desse núcleo com as outras experiências. As formas mais simples
dessas relações são entendidas como "igual", "semelhante", "diferente", "igualmente
bom", "diferente e ruim", etc. Assim se constitui o grau mais elementar do sentido. O
sentido nada mais é do que uma forma complexa de consciência: não existe em si,
mas sempre possui um objeto de referência.
A experiência atual em dado momento pode ser relacionada com uma experiência já
acontecida há pouco ou num passado remoto. Geralmente a experiência atual não é
relacionada com uma única outra experiência, mas com um tipo de experiência, um
esquema de experiência, uma máxima comportamental, [p. 15] uma legitimação
moral, etc., derivados de muitas experiências e armazenados no conhecimento
subjetivo ou tomados do acervo social do conhecimento.
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Por mais enredada que possa parecer a fenomenologia das realizações múltiplas da
consciência, seus resultados são os simples elementos significativos de nossas
experiências de todo dia. Assim, por exemplo, na vivência de uma flor, há uma
forma típica, ligada a uma cor típica, relacionada a urna qualidade típica de aroma,
tato e uso.
Evidentemente também o agir social tem esta estrutura de sentido, mas adquire
dimensões adicionais por meio de elementos que lhe são próprios: imediaticidade
ou mediaticidade, reciprocidade ou unilateralidade. O agir social pode ser
direcionado a pessoas presentes ou ausentes, a mortos e não nascidos; pode
querer abordá-los em sua individualidade, ou como tipos sociais de diferentes graus
de anonimidade, ou mesmo como simples membros de grupos sociais. Pode visar a
uma resposta ou não — pode haver resposta ou não. Pode ser intencionado como
único, ou visando à repetição regular ou prolongação no tempo. Nessas diferentes
dimensões de sentido é que se constrói a significância complexa do agir social e
das relações sociais.
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Ela queria ser tão perfeita como a Betty, que ela tinha o desejo de roubar a
perfeição dela. Nina expressa isso quando ela rouba as coisas da Betty. Porém, de
acordo com Klein na posição esquizo-paranóide, quando projeta-se um impulso
agressivo para fora, também se introjeta persecutoriedade.
Dessa forma ao desejar tanto roubar essa perfeição, quando ela consegue o papel
de cisne branco/negro os papéis se invertem, ela agarra-se tão forte na sua
necessidade do papel que ela começa a introjetar persecutoriedade da realidade
externa.Ela acredita que Lily quer roubar o seu papel para ela, então no filme ela
começa a alucinar com Leroy fazendo sexo com Lily e também seduzindo os outros
membros do Elenco. Uma das possíveis interpretações é que ela estava projetando
em Lily parte de seus desejos proibidos, e também as suas fantasias inconscientes
em relação ao que ela faria para ter esse papel. Outra introjeção ocorre quando
Nina alucina que Lily está no camarim e ela diz "que tal eu dançar o cisne negro por
você?", insinuando que vai roubar o papel de cisne negro. A introjeção de
persecutoriedade começa a ocorrer de outras formas, quando ela cai ela acredita
plenamente que o bailarino a derrubou de propósito.
Porém essa introjeção da persecutoriedade não ocorre a toa, existe o fato da inveja
e hostilidade das colegas. Existe a pressão que Leroy faz para que ela tenha
sempre um desempenho perfeito, ele também a culpa dizendo que ela tem todo o
potencial para ser brilhante, mas é covarde e fraca. Também há as próprias
expectativas veladas da mãe em relação a filha que mais tarde tornam-se claras.
A mãe no começo mostra-se preocupada com a filha, ao dizer que o Leroy exige
uma perfeição muito grande das bailarinas, que elas não poderiam alcançar o nível
de Betty e que é falta de educação ter tanta expectativa. Depois a mãe percebemos
que os cuidados são excessivos, que ela começa a mostrar sinais de que é uma
chantagista emocional e controladora, quando depois de ser promovida a cisne
negro e a mãe oferece o bolo, a filha não quer alegando que é muito, então a mãe
ameaça jogar o bolo fora. Depois a mãe começa a mostrar que importa-se mais com
o sucesso da filha do que aparentava quando ao ajudar a filha se trocar ela vê o
machucado da filha e começa a controlar ela falando que vai fazer ela usar
maquiagem e dizendo quais roupas ela vai usar. Outra cena importante na relação
mãe e filha que acaba mostrando que a mãe se importa muito com a carreira dela, e
projeta as falhas que ela teve na filha. Ela diz que tem medo de que Nina cometa os
mesmos erros que ela em relação a carreira. Também há indícios de que a mãe
culpa a filha pois ela desistiu da carreira porque ia ter uma filha.
Ela entra tanto no papel que ela começa a alucinar que está se transformando em
um cisne, no começo as juntas dos pés começam a se unir, depois quando ela está
alucinando uma briga com Lily o seu pescoço cresce como o de um cisne quando
aquela começa a apertar ele. Depois no fim da apresentação como cisne negro ela
começa a ganhar alucinar que está com penas de verdade. Nina está tão imersa na
representação que no ato final, ela ao cair do "penhasco" para morrer, ela fura a
própria barriga com um caco de vidro para criar o ato perfeito.
O maior oposto psicológico à roupa preta são os vestidos cor-de-rosa. A cor da pele
transmite a impressão de nudez e desamparo. Agatha Christie descreveu, em suas
memórias, como todas as jovens lutaram para obter a permissão de usar um vestido
preto em seus primeiros bailes – porém, todas as mães faziam com que usassem
rosa. Todas as mães queriam ver suas filhas como moças boazinhas, e toda filha
desejava aparecer como “femme fatale”. Quem se veste de preto já é adulto.
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O preto faz referência às coisas proibidas, mas que se fazem em segredo
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cor da elegância
Branco
Branco é a cor da verdade, da honestidade e do bem
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Na simbologia, o branco é a mais perfeita entre todas as cores. Não existe nenhuma
“concepção de branco” com significado negativo. O branco é uma cor absoluta.
Quanto mais puro o branco, mais perfeito ele é. Qualquer acréscimo só virá reduzir
a perfeição.
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O branco é feminino, é nobre, mas é fraco. Suas cores simbólicas contrárias são o
preto e o vermelho, as cores do poder e da força. Sua cor contrária psicológica é
sobretudo o marrom. Não existe nenhum acorde cromático em que o marrom figure
ao lado do branco, pois nada pode ser ao mesmo tempo puro e sujo, nem leve e
pesado.
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A limpeza é externa, a pureza vai mais a fundo; ambas estão associadas ao branco,
não existem alternativas. O branco é imaculado, isento dos negros pecados; branco
é a cor da inocência.
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Onde os sonhos estão, o rosa também está. Rosa é o tom irrealista, em todas as
suas formas e matizes: cor do kitsch e da romantização.