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GASOLINA

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Informações Técnicas

1 Gasolina
Informações Técnicas (versão 2.1)
GASOLINA

A Assistência Técnica Petrobras tem por objetivo


prestar suporte técnico aos clientes, com foco na
adequação ao uso e corretos manuseio, condiciona-
mento e armazenagem dos produtos comercializados
pela Companhia.

O Programa conta com polos de atendimento por todo


o Brasil onde gestores locais, estão preparados para
atender às demandas dos clientes.

Adicionalmente, o atendimento é reforçado pela


divulgação de informações técnicas a respeito dos
produtos da Petrobras tanto em nível local como ins-
titucional.

A publicação de manuais técnicos integra essa


iniciativa.

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Índice
1 - INTRODUÇÃO 4

2 - UNIDADES DE HIDRODESSULFURIZAÇÃO PARA REDUÇÃO DO TEOR DE


ENXOFRE 4

3 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA GASOLINA PETROBRAS 6

4 - BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA ATUAL GASOLINA. 10

5 - SISTEMA DE GARANTIA DE QUALIDADE PETROBRAS 12

6 - CONDUTIVIDADE ELÉTRICA 13

7 - CUIDADOS NA TRANSFERÊNCIA, MANUSEIO E ARMAZENAMENTO 13

8 - AÇÕES EM CASO DE EMERGÊNCIA 16

Versão jul/2020
Elaborada em: 28/7/2020
Este material é sujeito a atualizações sem aviso prévio. A última versão está disponível no endereço:
http://sites.petrobras.com.br/minisite/assistenciatecnica/default.asp

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1 - INTRODUÇÃO

A atual gasolina produzida pela 1.2 - Benefícios da atual gasolina


Petrobras possui tecnologia e quali- produzida pela Petrobras:
dade equivalentes às das mais
avançadas do mundo. Foi desenvolvida  Possibilita uma eficiência máxima
para atender aos veículos flex, a dos sistemas de pós tratamento
gasolina e híbridos, os quais estão dos gases de escapamento dos
modernos veículos, resultando em
equipados com os mais modernos
uma expressiva redução das
sistemas eletrônicos de injeção de
emissões de poluentes;
combustível e de controle de emissões
 Apresenta formação mínima de
de poluentes.
depósitos em válvulas, bicos
injetores e na câmara de
1.1 - Características da atual
combustão, acarretando menor
gasolina produzida pela Petrobras:
desgaste do motor e vida útil mais
longa do motor e do lubrificante.
Essa gasolina atende plenamente aos
requisitos da especificação técnica Veja a seguir as informações sobre as
contida na Resolução ANP 807/2020, unidades de processo para redução do
dentre os quais se destacam: enxofre, os principais aspectos da
qualidade do produto, seus atributos e
 Teor de enxofre (50 mg/kg max);
benefícios, bem como as orientações
 Octanagem da gasolina comum:
de manuseio e condicionamento da
MON = 82 min e RON = 92 min;
octanagem da gasolina premium : gasolina Petrobras.
RON = 97 min;
 Teor de aromáticos = 35% max e
teor de olefínicos = 25% max.

2 - UNIDADES DE HIDRODESSULFURIZAÇÃO PARA REDUÇÃO


DO TEOR DE ENXOFRE
A Petrobras direcionou investimentos A hidrodessulfurização é o processo de
significativos para a modernização e remoção dos átomos de enxofre
ampliação do seu parque de refino, (contidos em algumas moléculas de
implantando modernas unidades hidrocarbonetos presentes na
industriais, dentre as quais destacam- gasolina), substituindo-os por átomos
se as unidades de hidrodessulfurização de hidrogênio. Nesse sentido é similar
(HDS), responsáveis por reduzir o teor aos processos de hidrotratamento para
de enxofre da atual gasolina a produção do Diesel S-10.
Petrobras.

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No processo de hidrodessulfurização
(ou hidrotratamento) a nafta é
misturada com hidrogênio, a pressões
elevadas (de vinte a trinta vezes a
pressão atmosférica), e aquecida
(cerca de trezentos graus Celsius). A
mistura pressurizada e aquecida passa
sobre o catalisador nos reatores, onde
ocorrem as reações de substituição do
enxofre pelo hidrogênio. O enxofre
removido é retirado da unidade na
forma de gás sulfídrico, e recuperado,
nas unidades de recuperação de
enxofre, para posterior
comercialização.

Apresenta-se, a seguir, um esquema


simplificado de funcionamento (fig 1) No tratamento de hidrodessulfurização, usa-se a
e vistas parcial e área (figs 2 e 3) de reação da gasolina com hidrogênio para remover o
uma unidade de hidrodessulfurização, enxofre de suas moléculas. As reações ocorrem em
reatores em pressões e temperaturas elevadas.
podendo-se observar a alta
complexidade e as grandes dimensões
das instalações.

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3 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA GASOLINA PETROBRAS

3.1. Teor de enxofre. um menor impacto na qualidade do ar


das cidades brasileiras. Além disso, a
A principal característica da atual redução do enxofre da gasolina
gasolina Petrobras é o ultrabaixo teor proporciona uma menor emissão de
de enxofre (50 mg/kg máx), óxidos de enxofre (SOx) no
constituindo-se em uma redução escapamento.
expressiva (Gráfico 1) em relação à
gasolina anterior (800 mg/kg).

O enxofre afeta o funcionamento do


catalisador automotivo (componente
veicular existente no escapamento do
veículo), pois desativa quimicamente
os sítios catalíticos responsáveis pela
conversão dos gases poluentes em 3.2. Teores de hidrocarbonetos
gases inertes. Assim, ao se reduzir o aromáticos e olefínicos.
teor de enxofre da gasolina para
valores tão baixos, permite-se que os A atual gasolina Petrobras apresenta
sistemas de tratamento dos gases de (Gráfico 2) menores teores de
descarga dos veículos operem com hidrocarbonetos aromáticos (35% vol)
máxima eficiência, proporcionando e de hidrocarbonetos olefínicos (25%
uma grande redução das emissões dos vol), em relação à gasolina anterior
gases poluentes veiculares (monóxido (45% e 30%, respectivamente). Essas
características contribuem também
de carbono, óxidos de nitrogênio,
para a redução de emissões dos
hidrocarbonetos), o que resulta em
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poluentes veiculares propiciando, Os resultados obtidos nos ensaios


assim, um menor impacto ambiental. realizados no CENPES e os aspectos
visuais das válvulas são apresentados a
seguir (gráfico 3).

Quanto menor é o valor do peso (mg)


do depósito, melhor é o desempenho
do combustível nesse quesito.

Observa-se, no gráfico 3, que a atual


gasolina comum (sem aditivo)
3.3. Nível de depósitos formados no apresenta valores menores do que os
motor obtidos pela antiga gasolina comum, e
melhores até que os apresentados
A formação de uma grande quantidade pelas antigas gasolinas aditivadas.
de depósitos nas superfícies metálicas
de alguns componentes internos do Cabe ressaltar que o nível de depósito
motor (injetores de combustível, obtido com a atual gasolina (sem
válvulas de admissão, pistões e aditivo) é equivalente ao obtido com o
câmara de combustão) pode afetar o combustível etanol hidratado (sem
desempenho do veículo em relação à aditivo), que historicamente tem sido
dirigibilidade, ao consumo, às considerado como um combustível
emissões de poluentes, podendo até “limpo” nessa característica.
requerer uma manutenção não
programada do veículo.

Para avaliar os desempenhos de


diferentes combustíveis em relação à
formação de depósitos no motor, a
Petrobras desenvolveu, em seu Centro
de Pesquisas (CENPES), uma me-
todologia de ensaio em banco de
provas (fig 4), recentemente adotada
como norma ABNT NBR 16.038.

Esse ensaio é realizado em um motor


Fiat 1.4 flexfuel, que é submetido a
condições padronizadas de teste,
durante 100 horas ininterruptas,
avaliando-se, ao final do ensaio, o
peso dos depósitos formados em cada
válvula de admissão do motor.

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O ótimo nível de depósito formado nos onde 10%, 50% e 90% do combustível
componentes internos do motor, como devem estar evaporados sob condições
o proporcionado pela atual gasolina definidas, bem como determina o
(sem aditivo), traz, como benefício, a ponto final de ebulição (PFE), que é a
redução (ou até a eliminação) de temperatura máxima observada
intervenções mecânicas corretivas durante o processo de destilação do
necessárias para sanar os problemas produto.
ocasionados pelos depósitos formados.
Variações nessas características da
3.4. Estabilidade à Oxidação. destilação podem interferir nas
qualidades de partida do motor, do
A degradação de qualquer gasolina seu aquecimento, da aceleração, da
com o decorrer do tempo é um diluição do óleo lubrificante e, em
fenômeno natural causado pela sua parte, da economia de combustível.
oxidação, é acelerada pela presença
de oxigênio e de luz, como também A atual gasolina Petrobras apresenta
pelo aumento da temperatura, e um menor valor (215 ºC, max) do PFE
depende de sua respectiva composição em relação ao da gasolina anterior
química. (220 ºC, max). Dessa forma, reduz-se
Gasolinas automotivas podem se a quantidade dos componentes
oxidar durante estocagens pesados, contribuindo assim para uma
prolongadas, formando gomas menor formação de depósitos no
(resíduos não voláteis) que se motor.
depositam nas superfícies de
carburadores, bicos injetores, válvulas 3.6. Teores de Fósforo e Silício
de admissão, podendo afetar a
dirigibilidade do veículo, reduzir o Os contaminantes fósforo e silício,
desempenho do motor e/ou aumentar quando presentes na gasolina, podem
as emissões de poluentes. afetar o funcionamento dos sistemas
de tratamento dos gases de descarga
A atual gasolina Petrobras é produzida do motor.
a partir de naftas tratadas em
unidades de hidrodessulfurização, A Resolução ANP 807/2020 estabelece
onde ocorre uma redução da que o contaminante silício passe a ser
quantidade de componentes mais monitorado constantemente, e que o
suscetíveis ao processo de oxidação, teor de fósforo seja medido
resultando em uma maior estabilidade casualmente quando houver dúvida
do produto. quanto à ocorrência de contaminação.

3.5. Ponto Final de Ebulição. 3.7. Cor e Odor.

A curva de destilação de uma gasolina A atual gasolina Petrobras apresenta


determina as temperaturas máximas coloração e odor diferentes (em

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relação à gasolina anterior) em função Os valores limites mínimos de


dos novos e avançados processos de octanagem são: MON 82 e RON 92 para
refino que são utilizados para a sua a gasolina comum, e RON 97 para a
obtenção. gasolina premium.

A gasolina do tipo “A”, ou seja, a que Cabe ressaltar que a Gasolina


é isenta de etanol e que é produzida Petrobras Podium, existente no
nas refinarias e manuseada exclusiva- mercado desde 2002, é classificada
mente pelas distribuidoras de como uma gasolina premium e sempre
combustível, apresenta-se mais apresentou uma altíssima octanagem
incolor e menos amarelada. (uma das maiores do mundo) RON 102
(valor típico), proporcionando
A gasolina do tipo “C”, ou seja, a que melhores aceleração e retomada de
contém etanol, e que é disponibilizada velocidade nos veículos de alto
nos postos de combustíveis, apresenta desempenho.
uma coloração levemente rosada (em
função do etanol anidro adicionado, o 3.9. Teor de Etanol Anidro
qual possui obrigatoriamente um
corante de cor laranja). A adição de etanol anidro é obrigatória
em toda a gasolina automotiva
Cabe ressaltar que tais diferenças comercializada no Brasil, a qual deve
nessas propriedades não influenciam ser realizada exclusivamente pelos
no desempenho da gasolina no motor. distribuidores de combustíveis ou
outros agentes previamente
3.8. Octanagem autorizados pela ANP (Agencia
Nacional de Petróleo, Gás Natural e
A octanagem é definida como a Biocombustíveis)
resistência oferecida pela gasolina à
detonação, que é uma indesejável Atualmente o teor de etanol
autoignição (da mistura gasolina com adicionado á gasolina é um valor fixo
ar) ao final do processo de combustão, estabelecido pelo MAPA- Ministério da
caracterizada por um ruído similar ao Agricultura, Pecuária e
do choque de duas peças metálicas, e Abastecimento, conforme a
que pode danificar o motor. Quanto disponibilidade de etanol, e que deve
maior é a octanagem da gasolina, estar compreendido entre 18% e 27,5%
maior é sua resistência à detonação, em volume, como estabelece a Lei nº
propiciando uma maior proteção ao 13.033/2014.
motor. Gasolinas com alta octanagem
permitem que o motor funcione em
condições de melhor desempenho,
desde que este tenha sido projetado
para tal.

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4 - BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA ATUAL GASOLINA.

4.1. Adequação às modernas óxidos de enxofre (SOx), que estão


tecnologias veiculares. relacionados diretamente com o teor
de enxofre presente no combustível.
A atual gasolina Petrobras proporciona Cabe ressaltar que a maior parcela de
uma redução significativa das emissões de óxidos de enxofre para a
emissões de poluentes automotivos atmosfera é proporcionada pelas
dos veículos com tecnologias mais atividades industriais.
modernas, resultando assim em uma
redução do impacto sobre a qualidade O SOx presente na atmosfera pode
do ar nas cidades brasileiras. levar a formação de “chuva ácida”, a
qual causa danos principalmente às
A Petrobras realizou vários ensaios de estruturas expostas ao ar,
emissões veiculares com a atual monumentos, florestas, plantações,
gasolina Petrobras, no Laboratório de etc.
Ensaios Veiculares (fig. 5) no seu
Centro de Pesquisas (CENPES), em Ao se reduzir o teor de enxofre da
diversos veículos nacionais. gasolina, obtém-se uma grande
redução das emissões desse poluente
Observa-se que (gráficos 4, 5 e 6) pelos veículos automotores do ciclo
foram obtidas significativas reduções Otto.
de emissões veiculares (de até 59 %),
quando se compara a atual gasolina Tendo-se como base as informações
Petrobras com a gasolina anterior, em disponíveis da CETESB , estima-se que
relação aos seguintes poluentes a massa de enxofre descarregada na
legislados: Óxidos de Nitrogênio, atmosfera (pelos veículos que utilizam
Monóxido de Carbono e gasolina) será dezesseis vezes menor,
Hidrocarbonetos. o que corresponde a apenas 8 % dos
níveis atuais, eliminando-se
Já em relação aos poluentes veiculares anualmente aproximadamente 33.000
não legislados, podemos destacar os toneladas de SOx da atmosfera.

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4.2. Redução dos Custos de A atual gasolina Petrobras proporciona


Manutenção uma significativa redução do nível de
depósitos formados nos componentes
internos do motor (injetores, válvulas
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de admissão), nível este equivalente (em relação ao da gasolina anterior),


ao proporcionado pelo combustível proporcionando um maior período de
etanol hidratado. estocagem,

Este atributo traz como benefício um Cabe ressaltar que não se pode
menor custo de manutenção do determinar com exatidão a
veículo, uma vez que são reduzidas ou quantidade de dias ou meses do
eliminadas as intervenções mecânicas período máximo de estocagem, pois
corretivas necessárias para sanar os vários fatores (temperatura,
problemas ocasionados por depósitos condições de armazenamento,
formados em componentes internos do transferências do produto, condições
motor. dos tanques e caminhões-tanques,
etc.) influenciam nessa característica,
4.3. Período de Estocagem. principalmente em produtos líquidos
combustíveis comercializados a
A atual gasolina Petrobras apresenta granel.
uma maior estabilidade à oxidação

5 - SISTEMA DE GARANTIA DE QUALIDADE PETROBRAS


A Petrobras aplica rigorosos enxofre (Diesel S-10 e Gasolina),
procedimentos de controle de desde as refinarias até os polos de
qualidade em todas as etapas de seu suprimento das distribuidoras de
processo produtivo. Ela também exige combustível, foram realizados grandes
de seus fornecedores e parceiros co- investimentos na modernização do
merciais o mesmo rigor. Tudo isso para sistema de dutos tais como o uso de
que seus produtos cheguem ao válvulas de bloqueio de alta
consumidor final atendendo a todos os eficiência, eliminação de pontos
requisitos de qualidade intrínseca, mortos nos dutos e modernos sistemas
adequação ao uso e exigências de controle de interfaces, entre
ambientais. outros.
Para garantir a qualidade dos seus
combustíveis de ultrabaixo teor de

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6 - CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
A atual gasolina Petrobras não requer mitigação dos riscos relacionados à
o uso de aditivos dissipadores de eletricidade estática, tais como
cargas estáticas, nem requer a utilizar sempre o aterramento de
medição periódica do valor de sua tanques, dutos e caminhões-tanque
condutividade elétrica, (propiciando assim a dissipação das
diferentemente do Diesel S-10 que cargas eletrostáticas acumuladas), e
requer cuidados adicionais nesse evitar transferências com fluxo
aspecto. vertical do produto contra o fundo do
tanque (minimizando assim a geração
Entretanto, ainda que a condutividade
de cargas eletrostáticas).
elétrica não seja uma questão crítica
para qualquer tipo de gasolina, deve
ser dada atenção às boas práticas de
7 - CUIDADOS NA TRANSFERÊNCIA, MANUSEIO E
ARMAZENAMENTO
A gasolina Petrobras requer os mesmos armazenamento utilizadas para
cuidados até então utilizados e combustíveis automotivos líquidos.
recomendados pelas boas práticas de
transferência, manuseio e

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Após deixar o tanque da refinaria, a pelos operadores e programadores


gasolina está sujeita a inúmeras envolvidos no bombeamento.
oportunidades de contaminação, face
à diversidade dos esquemas de É recomendável que todos os membros
transporte, armazenagem e manuseio. da cadeia de suprimento de gasolina
Com a finalidade de evitar ocorrências tenham procedimentos detalhados
anormais de segurança e preservar a para o recebimento, armazenagem e
qualidade do produto até que esse expedição dos combustíveis,
chegue ao consumidor final, os contemplando a programação de
seguintes cuidados devem ser bombeamento, relacionando todos os
observados. passos que precedem o recebimento,
armazenagem e expedição.
7.1. Cuidados na Transferência do
Combustível por Dutos 7.2. Expedição por Caminhão-
Tanque
É importante verificar se o
alinhamento a ser utilizado na Recomenda-se que os caminhões-
movimentação está em perfeitas tanque destinados ao transporte de
condições de uso, realizando dupla gasolina estejam em boas condições
checagem do alinhamento, e dispor de operacionais visando evitar a
medidor de vazão no início e final da contaminação com produtos
tubulação para realizar a comparação previamente carregados (como por
contínua do volume de combustível exemplo diesel S-500) e que atendam
bombeado. As operações de aos seguintes requisitos:
verificação, alinhamento e início de
bombeio devem sempre ser realizadas  Terem ponto baixo para
por operadores experientes e que acumulação de água e impurezas e
disponham de um sistema eficiente de serem dotados de dreno;
comunicação com o pessoal da outra  Serem estanques em relação à
ponta da linha. Somente após esses penetração de água e outros
cuidados poderá ser formalizado o contaminantes;
“pronto a operar” entre ambas as  Terem sido selecionados e
partes – a que iniciará o bombeamento programados, tendo passado por
e aquela que receberá o combustível – inspeção e limpeza interna prévia
para que o bombeamento possa ser ao carregamento;
iniciado.  Disporem de procedimentos para
garantir a inviolabilidade da
Deve haver acompanhamento do carga;
bombeamento, especialmente logo  Disporem de documentação
depois do seu início, quando análises relativa à qualidade do produto;
de cor e densidade são altamente  Estarem limpos e isentos de
recomendadas a fim de prevenir a resíduos de detergentes e água.
contaminação do estoque de gasolina
no tanque que estiver alinhado para 7.3. Rastreabilidade
receber o combustível.
É importante dispor de um conjunto de
Os registros de movimentações e registros de movimentações para que
drenagens anteriores devem sempre uma ocorrência indesejada possa ser
estar disponíveis e serem consultados
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rastreada. Dessa forma recomenda-se Somente depois de concluída essa


ter em arquivos as seguintes etapa e assegurado que a atmosfera no
informações: comunicações de interior do tanque tenha deixado de
movimentações, amostragens, acusar explosividade, é que a limpeza
determinação de interfaces entre propriamente dita poderá ser iniciada.
bateladas, análises de amostras E, ainda assim, frequentemente a
(antes, durante e após o entrada de pessoal no tanque somente
recebimento), coleta de amostra será autorizada mediante o uso de
testemunho, registros diversos, máscara de ar, com suprimento de ar
medições de níveis, etc. adequadamente pressurizado e
devidamente filtrado, vindo por
7.4. Retirada de Amostra para mangueira de fora do tanque. Para
Análise tanques de pequeno diâmetro há casos
de limpeza feita através da boca de
Antes de iniciar as visita do costado do tanque. Um
vendas/carregamentos, a base deve operador portando uma mangueira
retirar amostra do combustível e com água pressurizada dirige o jato de
avaliar sua qualidade a partir de um água contra a chapa de fundo do
conjunto de análises. Deve haver tanque, arrastando a sujeira para a
documentação e/ou registro dessa bacia de drenagem. A sujeira então
inspeção da qualidade. acumulada na bacia de drenagem
exigirá, no entanto, a entrada de
7.5. Limpeza do Tanque pessoal para sua remoção. No final da
limpeza, o fundo do tanque deverá
A abertura de um tanque é ficar seco antes de receber a gasolina.
recomendada a cada dois anos, A pintura interna do tanque precisa ser
idealmente, para remoção de borras e mantida em bom estado.
sedimentos. Essa operação requer que
o tanque fique fora de serviço por 3 a O procedimento de limpeza de tanque
15 dias, a depender do tamanho do tanto de base primária de uma
tanque e dos meios utilizados na distribuidora como de um posto de
limpeza. Depois de feito o serviço, juntamente com a destinação
esvaziamento do tanque é necessário dos resíduos resultantes, deve seguir
manter os seus bocais abertos e fazer as determinações específicas de cada
uma ventilação forçada ou tiragem órgão estadual de regulação do meio-
forçada dos vapores do combustível ambiente.
remanescentes dentro do tanque.

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8 - AÇÕES EM CASO DE EMERGÊNCIA

8.1. Medidas de primeiros socorros médica imediatamente, levando a


Ficha de Informação de Segurança de
a) Inalação Produto Químico (FISPQ), sempre que
possível.
Remover a vítima para local arejado.
Se a vítima não estiver respirando, e) Notas para o médico
aplicar respiração artificial. Se a
vítima estiver respirando, mas com Em caso de contato com a pele e/ou
dificuldade, administrar oxigênio a com os olhos não friccione as partes
uma vazão de 10 a 15 litros/minuto. atingidas.
Procurar assistência médica
imediatamente, levando a Ficha de 8.2. Medidas de combate a
Informação de Segurança de Produto incêndio
Químico (FISPQ), sempre que possível.
a) Meios de extinção apropriados
b) Contato com a pele
Espuma para hidrocarbonetos, pó
Retirar imediatamente roupas e químico e dióxido de carbono (CO2).
sapatos contaminados. Lavar a pele
com água em abundância, por pelo b) Métodos especiais
menos 20 minutos, preferencialmente
sob chuveiro de emergência. Procurar Resfriar tanques e containers expostos
assistência médica imediatamente, ao fogo com água, assegurando que a
levando Ficha de Informação de água não espalhe a gasolina para áreas
Segurança de Produto Químico maiores. Remover os recipientes da
(FISPQ), sempre que possível. área de fogo, se isto puder ser feito
sem risco. Assegurar que há sempre
c) Contato com os olhos um caminho para escape do fogo.

Lavar os olhos com água em c) Proteção dos bombeiros


abundância, por pelo menos 20
minutos, mantendo as pálpebras Em ambientes fechados, usar
separadas. Usar de preferência um equipamento de resgate com
lavador de olhos. Procurar assistência suprimento de ar.
médica imediatamente, levando a
Ficha de Informação de Segurança de 8.3. Medidas de controle para
Produto Químico (FISPQ), sempre que derramamento ou vazamento
possível.
a) Precauções pessoais
d) Ingestão
• Remoção de fontes de ignição >
Não provocar vômito. Se a vítima eliminar todas as fontes de ignição,
estiver consciente, lavar a sua boca impedir centelhas, fagulhas, chamas e
com água limpa em abundância e fazê- não fumar na área de risco. Isolar o
la ingerir água. Procurar assistência
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vazamento de todas as fontes de • Nota -> contatar o órgão ambiental


ignição. local, no caso de vazamento ou
contaminação de águas superficiais,
• Controle de poeira > não se aplica mananciais ou solos.
(produto líquido).
8.4. Informações toxicológicas
b) Precauções ao meio ambiente
a) Toxicidade aguda
Estancar o vazamento se isso puder ser
feito sem risco. Não direcionar o • Contato com a pele -> Névoa de óleo
material espalhado para quaisquer -> DL50 (coelho) > 5 g/kg.
sistemas de drenagem pública. Evitar
a possibilidade de contaminação de • Ingestão -> Névoa de óleo -> DL50
águas superficiais ou mananciais. (rato) > 5 g/kg.
Restringir o vazamento à menor área
possível. O arraste com água deve • Sintomas -> Por inalação pode causar
levar em conta o tratamento posterior irritação das vias aéreas superiores,
da água contaminada. Evitar fazer dor de cabeça, náuseas e tonteiras.
esse arraste.
b) Efeitos locais
c) Métodos para limpeza
• Inalação -> irritação das vias aéreas
• Recuperação -> recolher o produto superiores. Podem ocorrer dor de
em recipiente de emergência, cabeça, náuseas e tonteiras.
devidamente etiquetado e bem
fechado. Conservar o produto • Contato com a pele -> contatos
recuperado para posterior eliminação. ocasionais podem causar lesões
irritantes.
• Neutralização -> absorver com terra
ou outro material absorvente. • Contato com os olhos -> Irritação
com vermelhidão das conjuntivas.
• Disposição -> não dispor em lixo
comum. Não descartar no sistema de • Ingestão -> pode causar pneumonia
esgoto ou em cursos d’água. Confinar, química por aspiração durante o
se possível, para posterior vômito.
recuperação ou descarte. A disposição
c) Toxicidade crônica
final desse material deverá ser
acompanhada por especialista e de • Contato com a pele -> contatos
acordo com a legislação ambiental repetidos e prolongados podem causar
vigente. dermatite.

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Tabela 1 - Especificações das Gasolinas Comum e Premium.


LIMITE MÉTODO
CARACTERÍSTICA UNIDADE Gasolina Comum Gasolina Premium
A C A C ABNT NBR ASTM
Cor - (1) visual
Aspecto - (2) 14954 D4176 (3)
Teor de Etanol Anidro % volume (4) (5) (4) (5) 13992 D5501 (6)
Combustível (EAC)
Massa específica a 20 °C, mín. kg/m3 (7) 715,0 (7) 715,0 7148 D1298
(22) 14065 D4052
9619 D86
Destilação (8)
D7345 (9)
10% evaporados, máx. 65,0
50% evaporados (22) 77,0 a Máx. 80,0 77,0 a Máx. 80,0
°C
120,0 120,0
90% evaporados, máx. 190,0
PFE, máx. 215,0
Resíduo, máx. % volume 2,0
Nº de Octano Motor - MON, mín. - - 82,0 - anotar - D2700
(10)
Nº de Octano Pesquisa - RON, - - 93,0 (11) - 97,0 - D2699
mín. (10)(22)
Pressão de Vapor a 37,8 °C (12) kPa 45,0 69,0 (máx.) 45,0 69,0 (máx.) 14149 D4953
a a 16306 D5191
62,0 62,0 D5482
D6378
Goma Atual Lavada, máx. mg/100 mL 5 14525 D381
Período de Indução a 100 °C, mín. - 360 - 360 14478 D525
mín. (13)
Corrosividade ao Cobre a 50 °C, - 1 14359 D130
3h, máx.
Teor de Enxofre, máx. (10)(14) mg/kg - 50 - 50 - D2622
- D3120
- D5453
- D6920
- D7039
D7220
Benzeno, máx. (15)(16) % volume - 1,0 - 1,0 15289 D3606
D5443
15441 D6277
D6729
D6730
Teor de Silício mg/kg Anotar - D7757
AAS
ICP-AES
Hidrocarbonetos: (15)(17) 14932 D1319
Aromáticos, máx. % volume - 35 - 35
Olefínicos, máx. - 25 - 25
Saturados Anotar
Teor de Metanol, máx (18)(19) % volume 0,5 16041 -
Chumbo, máx. (18) g/L 0,005 - D3237
D5059
Fósforo, máx. (18) mg/L 1,3 - D3231

18 Gasolina
Informações Técnicas (versão jul/2020)
GASOLINA

Notas:
(1) Exceto azul, restrita à gasolina de aviação. É permitida adição de corante no teor máximo de 50 ppm.
(2) O produto deve apresentar-se homogêneo, límpido e isento de impurezas.
(3) Procedimento 1.
(4) Proibida a adição. Deve ser medido quando houver dúvida quanto à ocorrência de contaminação. Considera-se o limite
máximo de 1 % em volume.
(5) O teor de EAC a ser misturado à gasolina A, para produção da gasolina C, deverá estar em conformidade com a legislação
vigente.
(6) Este método não se aplica à gasolina C com teor de EAC inferior a 20 %. O teor de EAC determinado por este método
deve considerar o teor de água presente na amostra.
(7) Os valores a serem observados para a massa específica na gasolina A, devem considerar o teor de EAC em vigor.
(8) Em caso de disputa, deverá ser considerado o resultado obtido pela norma ASTM D86 - Standard Test Method for
Distillation of Petroleum Products and Liquid Fuels at Atmospheric Pressure.
(9) Aplicável exclusivamente à gasolina A. Os resultados obtidos pela norma ASTM D7345 devem ser corrigidos, a fim de se
obter os valores correspondentes à ASTM D86, observando-se as regras indicadas na própria D7345.
(10) A determinação dos parâmetros de octanagem (MON e RON) e do teor de enxofre, deverá ser realizada com a adição
de EAC à gasolina A, no teor de um ponto percentual abaixo do valor em vigor na data da produção da gasolina A.
Alternativamente, a adição de EAC pode ser substituída pela adição de álcool etílico P.A, com pureza mínima de 99,3
% em massa.
(11) Até 31 de dezembro de 2021, o limite exigido para o parâmetro RON será de 92,0. A partir de 1° de janeiro de 2022
passará a vigorar o limite de 93,0.
(12) Para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins, bem como para o Distrito Federal, admite-se, nos meses de abril
a novembro, um acréscimo de 7,0 kPa ao valor máximo especificado para a pressão de vapor.
(13) O ensaio de período de indução deverá ser realizado após a adição de EAC à gasolina A, no teor de um ponto percentual
acima do valor em vigor na data da produção da gasolina A. Alternativamente, a adição de EAC pode ser substituída
pela adição de álcool etílico P.A, com pureza mínima de 99,3 % em massa.
(14) Em caso de disputa, deverá ser considerado o resultado obtido pela norma ASTM D5453 - Standard Test Method for
Determination of Total Sulfur in Light Hydrocarbons, Spark Ignition Engine Fuel, Diesel Engine Fuel, and Engine Oil by
Ultraviolet Fluorescence.
(15) A determinação dos teores de benzeno e de hidrocarbonetos aromáticos, olefínicos e saturados pode ser realizada na
gasolina A, devendo os resultados serem reportados no certificado da qualidade considerando a adição de EAC à gasolina
A, no teor de um ponto percentual abaixo do valor em vigor na data da produção da gasolina.
(16) Em caso de disputa, deverá ser considerado o resultado obtido pela norma ASTM D3606 - Determination of Benzene and
Toluene in Finished Motor and Aviation Gasoline by Gas Chromatography.
(17) Alternativamente, é permitida a determinação dos hidrocarbonetos aromáticos, olefínicos e saturados por
cromatografia gasosa. Em caso de desacordo entre resultados, prevalecerão os valores determinados pelo ensaio
realizado conforme as normas ABNT NBR 14932 ou ASTM D1319.
(18) Proibida a adição. Devem ser medidos quando houver dúvida quanto à ocorrência de contaminação.
(19) Métodos que identifiquem a presença de metanol com base na norma ISO 1388-8, bem como outro(s) método(s) que
venha(m) a ser normalizado(s) para detecção de metanol na gasolina e no etanol anidro combustível podem ser
utilizados. Caso seja utilizada a norma ISO 1388-8, qualquer mudança de coloração, de incolor para azul no tubo de
ensaio da amostra (indicativo da presença de metanol) ou ainda a obtenção de resultados inconclusivos, exige a
confirmação pelo método cromatográfico ABNT NBR 16041.
(22) Passa a vigorar a partir do dia 3 de agosto de 2020.

Fonte: www.anp.gov.br

19 Gasolina
Informações Técnicas (versão jul/2020)
GASOLINA

Para contatar o SAC Petrobras, o cliente pode


utilizar o telefone 0800 728 9001 ou enviar um
e-mail para sac@petrobras.com.br

Elaborado por:
Gerência de Desenvolvimento de Produtos – Comercialização no Mercado Interno

Versão jul/2020
Elaborada em 28.7.2020

20 Gasolina
Informações Técnicas (versão jul/2020)

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