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PROCESSAMENTO DE PETRÓLEO

LISTA DE EXERCÍCIOS

PROFESSOR ANDRÉ ALEIXO MANZELA

1) Quais são os principais objetivos de separar e tratar o gás, o óleo e a água produzidos?

A separação e tratamento do gás, óleo e água produzidos na indústria petrolífera têm como
principais objetivos garantir a segurança operacional, cumprir com as regulamentações
ambientais, maximizar a recuperação de hidrocarbonetos e otimizar a eficiência dos processos
de produção. Aqui estão os principais objetivos com referência bibliográfica:

Segurança operacional: A separação adequada dos fluidos produzidos é essencial para prevenir
acidentes e garantir a segurança dos trabalhadores e das instalações. A correta separação do gás,
óleo e água evita a formação de misturas inflamáveis ou explosivas que possam representar
riscos significativos. [Referência: Speight, J. G. (2014). Handbook of petroleum product analysis.
John Wiley & Sons.]

Cumprimento das regulamentações ambientais: O tratamento dos fluidos produzidos visa


minimizar o impacto ambiental e garantir a conformidade com as regulamentações locais e
internacionais. A separação e remoção de contaminantes, como sólidos suspensos, óleos
residuais e produtos químicos, ajudam a evitar a contaminação de corpos d'água e solos.
[Referência: Mahmound, H. M., & Khosravi, A. (2019). Handbook of offshore oil and gas
operations. Gulf Professional Publishing.]

Maximização da recuperação de hidrocarbonetos: A separação eficiente dos fluidos produzidos


permite recuperar o máximo de óleo e gás, minimizando as perdas e aumentando a eficiência da
produção. A separação adequada permite a coleta e tratamento de óleo e gás para
comercialização, enquanto a água tratada pode ser reinjetada no reservatório para manter a
pressão e otimizar a produção. [Referência: Mollah, M. Y. A., Schukin, A., & Al-Hajji, A. (2018).
Handbook of Petroleum Processing. CRC Press.]

2) Como (com que equipamento) é feita a separação do gás, do óleo e da água?

A separação do gás, óleo e água é realizada por meio de equipamentos e processos específicos
na indústria petrolífera. Existem diferentes métodos e tecnologias disponíveis, dependendo das
características dos fluidos produzidos. Aqui estão alguns dos equipamentos comumente
utilizados para a separação:

Separador de três fases: Um separador de três fases é o equipamento mais comum para a
separação inicial do gás, óleo e água. Ele é projetado para remover o gás, o óleo e a água
produzidos, aproveitando as diferenças de densidade entre eles. O gás é liberado na parte
superior do separador, o óleo é coletado na parte intermediária e a água é retirada da parte

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inferior. [Referência: Stewart, S. (2012). Introduction to oil and gas operational safety: for the
NEBOSH International Technical Certificate in Oil and Gas Operational Safety. Routledge.]

Desidratador de gás: Para separar o gás da umidade, é comum utilizar um desidratador de gás,
que remove a água e outros líquidos condensados presentes no gás natural. Isso é feito por meio
de processos de absorção ou adsorção, onde o gás passa por leitos de substâncias secantes,
como sílica gel ou glicol, que retêm a umidade. [Referência: Speight, J. G. (2014). Handbook of
natural gas analysis. John Wiley & Sons.]

Decantador ou separador gravitacional: Esses equipamentos são usados para a separação


adicional do óleo e da água. Um decantador ou separador gravitacional permite que o óleo
flutue na superfície, enquanto a água é drenada pela parte inferior. Isso é alcançado pela
diferença de densidade entre os fluidos. O óleo separado é então coletado para posterior
processamento ou armazenamento. [Referência: Mahmound, H. M., & Khosravi, A. (2019).
Handbook of offshore oil and gas operations. Gulf Professional Publishing.]

Tratamento de água: A água produzida também passa por processos de tratamento para
remoção de impurezas e contaminantes antes de ser descartada ou reinjetada no reservatório.
Isso pode envolver o uso de equipamentos como clarificadores, filtros, unidades de flotação por
ar dissolvido e sistemas de osmose reversa para garantir a conformidade com as
regulamentações ambientais. [Referência: Speight, J. G. (2016). Environmental analysis and
technology for the refining industry. CRC Press.]

É importante ressaltar que a seleção dos equipamentos e processos de separação depende das
características específicas dos fluidos produzidos, bem como dos requisitos regulatórios e
operacionais. As empresas petrolíferas empregam uma combinação adequada de equipamentos
para garantir uma separação eficiente do gás, óleo e água, maximizando a recuperação dos
recursos e garantindo o tratamento adequado dos efluentes.

3) Como são classificados os vasos separadores de produção?

Os vasos separadores de produção são classificados com base em diferentes critérios, como a
configuração interna, a finalidade e a aplicação específica na indústria petrolífera. Aqui estão
algumas das classificações com referências bibliográficas:

Classificação por configuração interna:


a) Vasos separadores bifásicos: Projetados para separar dois fluidos imiscíveis, como óleo e água,
ou gás e líquido. São amplamente utilizados na indústria para a separação inicial dos
componentes produzidos. [Referência: Stewart, S. (2012). Introduction to oil and gas operational
safety: for the NEBOSH International Technical Certificate in Oil and Gas Operational Safety.
Routledge.]

b) Vasos separadores trifásicos: Projetados para a separação de três fases, geralmente gás, óleo

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e água. Esses vasos possuem configurações internas específicas, como placas coalescentes, para
promover a separação eficiente dos três componentes. [Referência: Mahmound, H. M., &
Khosravi, A. (2019). Handbook of offshore oil and gas operations. Gulf Professional Publishing.]

Classificação por finalidade:


a) Vasos separadores de teste: Projetados para realizar testes e medições de fluxo, pressão e
propriedades dos fluidos produzidos. Esses vasos são usados principalmente durante a fase de
testes de poços para obter dados precisos sobre a produção inicial e o desempenho do
reservatório. [Referência: Speight, J. G. (2014). Handbook of petroleum product analysis. John
Wiley & Sons.]

b) Vasos separadores de produção: Projetados para realizar a separação eficiente dos fluidos
produzidos, removendo o gás, o óleo e a água para posterior processamento, armazenamento
ou descarte. Esses vasos são amplamente utilizados nas instalações de produção de petróleo e
gás. [Referência: Stewart, S. (2012). Introduction to oil and gas operational safety: for the
NEBOSH International Technical Certificate in Oil and Gas Operational Safety. Routledge.]

Classificação por aplicação específica:


a) Vasos separadores de alta pressão: Projetados para operar em condições de alta pressão,
geralmente encontradas em reservatórios de alta profundidade. Esses vasos são construídos
com materiais resistentes e são capazes de suportar pressões elevadas com segurança.
[Referência: Mollah, M. Y. A., Schukin, A., & Al-Hajji, A. (2018). Handbook of Petroleum
Processing. CRC Press.]

b) Vasos separadores de água oleosa: Projetados especificamente para a separação eficiente de


água e óleo, encontrados em operações onde há uma grande quantidade de água produzida em
relação ao óleo. Esses vasos podem incluir recursos adicionais, como demulsificantes, para
facilitar a separação. [Referência: Mahmound, H. M., & Khosravi, A. (2019). Handbook of
offshore oil and gas operations. Gulf Professional Publishing.]

Essas classificações são amplamente referenciadas na literatura da indústria petrolífera e


fornecem uma estrutura útil para entender os diferentes tipos

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4) Descreva os mecanismos nos quais os vasos separadores de produção se baseiam para separar
líquido de gás.

Os vasos separadores de produção utilizam diferentes mecanismos para separar o líquido do gás
com eficiência. Os principais mecanismos são:

Gravidade: O mecanismo de separação por gravidade explora a diferença de densidade entre o


líquido e o gás para separá-los. Quando os fluidos entram no vaso separador, a velocidade de
fluxo diminui, permitindo que o gás mais leve se separe naturalmente do líquido mais pesado
devido à diferença de densidade. O gás sobe para a parte superior do vaso, enquanto o líquido
separado se acumula na parte inferior.

Coalescência: A coalescência é um mecanismo utilizado para acelerar o processo de separação.


Ele envolve o uso de placas coalescentes ou elementos coalescentes dentro do vaso separador.
Esses elementos têm a capacidade de atrair as partículas de líquido dispersas no gás e facilitar
sua fusão, formando gotas maiores que se separam mais facilmente do gás.

Inércia: O princípio da inércia é aplicado em vasos separadores de produção maiores, onde o gás
e o líquido são submetidos a mudanças bruscas de direção. Essas mudanças de direção fazem
com que o líquido, devido à sua maior massa, siga uma trajetória diferente do gás. Isso permite
que o líquido seja direcionado para uma área de coleta separada, enquanto o gás continua seu
fluxo separadamente.

Ciclone: Os vasos separadores de produção também podem incorporar o uso de ciclones para
separar o líquido do gás. Um ciclone é um dispositivo que utiliza forças centrífugas para separar
os componentes de um fluxo. O fluxo entra em um cilindro rotativo, onde a ação centrífuga faz
com que as partículas de líquido sejam jogadas para as paredes do cilindro e direcionadas para a
saída de líquido, enquanto o gás é direcionado para a saída de gás.

Esses mecanismos são aplicados de forma combinada ou individual, dependendo do projeto e


das características dos fluidos a serem separados. Os vasos separadores de produção são
projetados para otimizar esses mecanismos e garantir uma separação eficiente do líquido e do
gás, visando obter produtos de alta qualidade e cumprir com os requisitos regulatórios e
operacionais.

PÚBLICA
5) Descreva as seções de um vaso separador de produção típico.

Um vaso separador de produção típico consiste em várias seções que desempenham funções
específicas na separação dos fluidos produzidos. As seções principais de um vaso separador de
produção são:
Seção de entrada: Esta é a seção onde os fluidos produzidos entram no vaso separador.
Geralmente, existem entradas separadas para o gás, o óleo e a água. A seção de entrada pode
incluir dispositivos de distribuição para garantir um fluxo uniforme dos fluidos.
Seção de separação primária: Esta seção é projetada para realizar a separação inicial dos fluidos.
Os fluidos entram em uma área de expansão, reduzindo a velocidade de fluxo e permitindo a
separação por gravidade. O gás mais leve tende a subir para a parte superior, enquanto o líquido
mais pesado se acumula na parte inferior do vaso.
Seção de separação secundária: Em alguns vasos separadores de produção, pode haver uma
seção adicional de separação secundária para melhorar a eficiência da separação. Essa seção
pode incluir placas coalescentes ou outros dispositivos projetados para aglutinar as gotículas de
líquido dispersas no gás e facilitar sua separação.
Seção de saída do gás: Esta seção é dedicada à coleta do gás separado. O gás é direcionado para
a parte superior do vaso, onde pode ser coletado para posterior processamento, transporte ou
descarte seguro. A seção de saída do gás geralmente inclui dispositivos, como demisters, para
remover as gotículas de líquido remanescentes do gás antes de sua saída.
Seção de saída do líquido: A seção de saída do líquido é projetada para coletar e remover o
líquido separado, que geralmente consiste em óleo e água. O líquido é direcionado para a parte
inferior do vaso, onde pode ser coletado para posterior processamento, armazenamento ou
tratamento adicional.
Seção de saída de água: Em alguns casos, especialmente quando há uma quantidade significativa
de água produzida, pode haver uma seção separada para coletar e tratar a água separada. Isso
permite um tratamento adequado da água antes de ser descartada ou reinjetada no
reservatório.

É importante ressaltar que a configuração e as seções específicas de um vaso separador de


produção podem variar de acordo com o projeto, o tipo de fluidos produzidos e os requisitos
operacionais. O objetivo geral é maximizar a eficiência da separação e garantir a qualidade dos
produtos separados.

PÚBLICA
6) Cite os principais problemas que podem ocorrer em um vaso separador de produção.

Em um vaso separador de produção, podem ocorrer diversos problemas que podem afetar a
eficiência da separação dos fluidos. Alguns dos principais problemas que podem ocorrer são:

Arraste de líquido: O arraste de líquido ocorre quando pequenas gotículas de líquido são
carregadas pelo fluxo de gás, resultando na presença de líquido na corrente de gás separado.
Isso pode ocorrer devido a alta velocidade de fluxo, configuração inadequada do equipamento
ou falta de dispositivos de coalescência eficazes.

Emulsões: Emulsões são misturas estáveis de líquidos imiscíveis, como óleo e água, que podem
ocorrer durante a separação. Essas emulsões podem ser difíceis de separar e podem resultar em
altas concentrações de água no óleo ou óleo na água, comprometendo a qualidade dos produtos
separados.

Separação incompleta: Em alguns casos, a separação dos fluidos pode não ser completa,
resultando em teores residuais de um componente em outro. Isso pode ocorrer devido a
problemas de projeto, falta de tempo de residência suficiente no vaso separador, problemas
operacionais ou mau funcionamento dos dispositivos de separação.

Problemas de controle de nível: Um controle inadequado do nível de líquido dentro do vaso


separador pode levar a transbordamentos, resultando em mistura inadequada dos fluidos e
redução da eficiência da separação. Problemas de controle de nível podem ser causados por
falhas nos instrumentos de medição ou sistemas de controle.

Acúmulo de sólidos: Partículas sólidas, como areia, sedimentos ou produtos de corrosão, podem
se acumular no vaso separador ao longo do tempo. Esse acúmulo de sólidos pode afetar a
eficiência da separação, obstruindo os dispositivos de coalescência, interferindo na drenagem
adequada de líquidos ou causando danos aos equipamentos.

Corrosão e erosão: A presença de substâncias corrosivas ou erosivas nos fluidos produzidos pode
levar à corrosão ou erosão dos materiais do vaso separador. Isso pode comprometer a
integridade estrutural do equipamento, causar vazamentos e reduzir sua vida útil.

É essencial que os operadores de vaso separador de produção monitorem regularmente o


desempenho do equipamento, realizem manutenções preventivas, implementem boas práticas
de projeto e operação, e adotem estratégias de controle adequadas para minimizar esses
problemas e garantir uma separação eficiente dos fluidos produzidos.

PÚBLICA
7) Cite os principais acessórios de um vaso separador de produção e quais são suas funções.

Um vaso separador de produção pode ser equipado com diferentes acessórios para auxiliar na
sua operação e desempenho. Alguns dos principais acessórios utilizados em um vaso separador
de produção e suas funções são:
Demisters: Os demisters são dispositivos instalados na saída de gás do vaso separador para
remover as gotículas de líquido arrastadas pelo gás. Eles utilizam princípios de coalescência para
aglutinar as gotículas e permitir que elas sejam separadas do gás antes da sua saída. Isso ajuda a
melhorar a qualidade do gás separado.
Placas coalescentes: As placas coalescentes são inseridas no interior do vaso separador para
promover a fusão das gotículas de líquido dispersas no gás ou no líquido. Essas placas têm
superfícies com propriedades coalescentes que ajudam a aglutinar as gotículas, facilitando a sua
separação do fluido em questão.
Defletores: Defletores são estruturas internas no vaso separador que direcionam o fluxo de
fluido de forma adequada, auxiliando na separação dos componentes. Eles ajudam a reduzir a
turbulência, aumentar o tempo de residência e promover uma melhor separação dos fluidos.
Dispositivos de medição: Os vasos separadores de produção podem ser equipados com
dispositivos de medição para monitorar parâmetros importantes, como nível de líquido, pressão
e temperatura. Esses dispositivos auxiliam no controle e no monitoramento da operação do vaso
separador.
Bocais e conexões: Os bocais e conexões são pontos de entrada e saída dos fluidos no vaso
separador. Eles são projetados para permitir a conexão adequada de tubulações e
equipamentos, garantindo a entrada correta dos fluidos a serem separados e a saída dos fluidos
separados para os respectivos destinos.
Dispositivos de drenagem: Para facilitar a remoção de líquidos acumulados no fundo do vaso
separador, podem ser instalados dispositivos de drenagem, como válvulas de dreno ou sistemas
de drenagem automática. Esses dispositivos auxiliam na remoção eficiente dos líquidos
separados e minimizam o tempo de inatividade do equipamento.
É importante ressaltar que a seleção e a utilização dos acessórios podem variar de acordo com o
projeto do vaso separador, as características dos fluidos e os requisitos operacionais específicos.
Os acessórios desempenham um papel fundamental na otimização da separação dos
componentes e na melhoria do desempenho geral do vaso separador de produção.

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8) Descreva o processamento e tratamento do óleo nas plantas de processamento primário,
destacando os equipamentos envolvidos.

O processamento e tratamento do óleo nas plantas de processamento primário envolvem uma


série de etapas e equipamentos para separar, tratar e purificar o óleo produzido. A seguir,
descrevo as principais etapas e os equipamentos envolvidos:
Separação inicial: A primeira etapa consiste na separação do óleo dos demais fluidos, como gás e
água, que são produzidos juntamente com o óleo bruto. Nessa etapa, são utilizados os vasos
separadores de produção, que empregam mecanismos como gravidade, coalescência e ciclones
para separar o óleo dos fluidos associados.
Desidratação: Após a separação inicial, o óleo bruto pode conter água emulsionada. Para
remover essa água, é realizada a etapa de desidratação. Nessa etapa, são utilizados
equipamentos como desidratadores eletrostáticos ou desidratadores por adsorção para remover
a água presente no óleo.
Desgaseificação: O óleo bruto também pode conter gases dissolvidos que precisam ser
removidos. A etapa de desgaseificação é realizada para eliminar esses gases do óleo. Para isso,
podem ser utilizados equipamentos como torres de desgaseificação, onde o óleo é aquecido e
submetido a vácuo para liberar os gases dissolvidos.
Separadores de água e óleo: Após a desidratação e desgaseificação, o óleo passa por
separadores de água e óleo, que são equipamentos projetados para separar de forma eficiente a
água residual do óleo. Esses separadores podem ser de diferentes tipos, como os separadores
por gravidade ou os separadores centrífugos.
Tratamento de impurezas: O óleo bruto também pode conter impurezas, como sedimentos,
areia e outros sólidos. Para remover essas impurezas, são utilizados equipamentos como filtros,
peneiras e decantadores. Esses equipamentos ajudam a purificar o óleo, garantindo que ele
atenda aos padrões de qualidade estabelecidos.
Estabilização: Após o tratamento e purificação, o óleo passa pela etapa de estabilização. Nessa
etapa, são realizados processos de aquecimento e resfriamento controlados para remover os
componentes voláteis do óleo e estabilizá-lo, reduzindo a sua tendência a formar emulsões ou
liberar gases.
Armazenamento: Por fim, o óleo tratado e estabilizado é armazenado em tanques de
armazenamento para posterior transporte ou processamento adicional.
É importante ressaltar que o processamento e tratamento do óleo podem variar de acordo com
a natureza do campo petrolífero, a qualidade do óleo produzido e os requisitos operacionais
específicos de cada planta de processamento primário. Os equipamentos mencionados são
apenas exemplos comuns, e a seleção dos equipamentos pode variar conforme as necessidades
de cada planta e as características do óleo produzido.
Referências bibliográficas:

Speight, J. G. (2014). Handbook of petroleum refining processes. CRC Press.


Le

PÚBLICA
9) Descreva o processamento e tratamento do gás nas plantas de processamento primário,
destacando os equipamentos envolvidos.

O processamento e tratamento do gás nas plantas de processamento primário envolvem uma


série de etapas e equipamentos para separar, purificar e tratar o gás produzido. A seguir,
descrevo as principais etapas e os equipamentos envolvidos:

Separação inicial: A primeira etapa consiste na separação do gás dos demais fluidos, como óleo e
água, que são produzidos juntamente com o gás natural. Nessa etapa, são utilizados os vasos
separadores de produção, que empregam mecanismos de separação gravitacional para separar o
gás dos fluidos associados.

Remoção de líquidos: Após a separação inicial, o gás pode conter líquidos, como gotículas de
água e óleo. Para remover esses líquidos, são utilizados equipamentos como os separadores de
líquido-gás. Esses separadores fazem uso da diferença de densidade entre os líquidos e o gás
para separá-los, permitindo que o gás seja direcionado para as etapas subsequentes.

Remoção de impurezas: O gás natural pode conter impurezas, como partículas sólidas,
compostos de enxofre, dióxido de carbono (CO2) e outros contaminantes. Para remover essas
impurezas, são utilizados equipamentos como os filtros, os desidratadores e os absorvedores.
Esses equipamentos ajudam a purificar o gás, removendo as impurezas indesejadas.

Desidratação: O gás natural pode conter umidade, que precisa ser removida para evitar
problemas operacionais e corrosão nas tubulações. Para isso, são utilizados desidratadores,
como os desidratadores de glicol ou os desidratadores por adsorção, que removem a umidade
do gás, garantindo um teor de água dentro dos limites permitidos.

Remoção de CO2 e outros contaminantes: Dependendo das especificações do gás natural a ser
processado, pode ser necessária a remoção de dióxido de carbono (CO2) e outros
contaminantes. Para isso, são utilizados equipamentos como os absorvedores ou os processos de
amine.

Fracionamento e liquefação: Em algumas plantas de processamento, o gás natural pode ser


fracionado em componentes mais leves, como o metano, e componentes mais pesados, como o
etano, propano e butano. Esse fracionamento pode ser realizado por meio de processos de
resfriamento e liquefação.

Compressão: Após o processamento e tratamento, o gás natural é comprimido para aumentar a


pressão e facilitar o transporte. Para isso, são utilizados compressores, que são responsáveis por
comprimir o gás para níveis adequados de transporte e distribuição.

É importante ressaltar que o processamento e tratamento do gás podem variar de acordo com a
composição do gás produzido, as especificações do gás natural desejado e os requisitos

PÚBLICA
operacionais específicos de cada planta de processamento primário. Os equipamentos
mencionados são apenas exemplos comuns, e a seleção dos equipamentos pode variar conforme
as

10) Descreva o processamento e tratamento da água nas plantas de processamento primário,


destacando os equipamentos envolvidos.

O processamento e tratamento da água nas plantas de processamento primário envolvem uma


série de etapas e equipamentos para tratar e purificar a água produzida. A seguir, descrevo as
principais etapas e os equipamentos envolvidos:
Separação inicial: A primeira etapa consiste na separação da água dos demais fluidos, como óleo
e gás, que são produzidos juntamente com a água. Nessa etapa, são utilizados os vasos
separadores de produção, que empregam mecanismos de separação gravitacional para separar a
água dos fluidos associados.
Remoção de óleo: A água produzida pode conter óleo residual que precisa ser removido. Para
isso, são utilizados equipamentos como os separadores água-óleo. Esses equipamentos fazem
uso das diferenças de densidade entre a água e o óleo para separá-los, permitindo a remoção do
óleo da água.
Desidratação: A água produzida pode conter impurezas, como sais dissolvidos e sólidos em
suspensão. Para remover essas impurezas e reduzir a concentração de sais, é realizada a etapa
de desidratação. Nessa etapa, podem ser utilizados equipamentos como os desidratadores por
adsorção ou os sistemas de osmose reversa para remover os sais e purificar a água.
Filtração: Para remover partículas sólidas em suspensão na água produzida, são utilizados
equipamentos de filtração, como filtros de areia ou filtros de cartucho. Esses filtros retêm as
partículas sólidas, permitindo a obtenção de uma água mais limpa e adequada para os processos
subsequentes.
Tratamento químico: Dependendo das características da água produzida, pode ser necessário
aplicar tratamentos químicos para remover contaminantes específicos. Esses tratamentos
podem incluir a dosagem de produtos químicos, como coagulantes, floculantes ou oxidantes,
para promover a remoção de impurezas e a desinfecção da água.
Descarte adequado: Após o tratamento, a água produzida pode ser direcionada para o descarte
adequado. Dependendo da legislação ambiental e das especificações locais, a água pode ser
descartada em corpos d'água, injetada em poços de injeção ou até mesmo utilizada para fins de
reuso, como na irrigação.
É importante ressaltar que o processamento e tratamento da água podem variar de acordo com
a composição da água produzida, as regulamentações ambientais e os requisitos operacionais
específicos de cada planta de processamento primário. Os equipamentos mencionados são
apenas exemplos comuns, e a seleção dos equipamentos pode variar conforme as necessidades
de cada planta e as características da água produzida.

Referências bibliográficas:

Speight, J. G. (2014). Handbook of petroleum refining processes. CRC Press.

PÚBLICA
Mollah, M. Y. A., Schennach, R., & Parga, J. (2007). Electrochemical process engineering: a guide
to the design of electroly

11) Qual é o destino do óleo resultante do processamento primário de petróleo?

O destino do óleo resultante do processamento primário de petróleo pode variar dependendo


de diferentes fatores, como o tipo de óleo, sua qualidade, as regulamentações ambientais e as
necessidades da indústria. A seguir estão alguns dos possíveis destinos do óleo resultante do
processamento primário:
Refino: O óleo resultante do processamento primário de petróleo geralmente passa por uma
etapa adicional de refino em refinarias. O refino tem como objetivo converter o óleo bruto em
produtos derivados, como gasolina, diesel, querosene, óleos lubrificantes, asfalto, entre outros.
Esses produtos são amplamente utilizados na indústria de transporte, energia e manufatura.
Comercialização direta: Em alguns casos, dependendo da qualidade e das características do óleo
resultante do processamento primário, ele pode ser comercializado diretamente como um
produto específico. Por exemplo, o óleo pesado pode ser vendido como óleo combustível para
aplicações industriais ou como combustível para embarcações marítimas.
Re-injeção: Em certos casos, o óleo resultante do processamento primário, especialmente se for
de baixa qualidade ou com alto teor de impurezas, pode ser re-injetado nos reservatórios de
petróleo. Essa prática é conhecida como injeção de água e óleo (water and oil injection) e tem
como objetivo manter a pressão nos reservatórios, melhorar a recuperação de petróleo e evitar
a subsidência do solo.
Armazenamento estratégico: Em alguns países ou regiões, pode haver instalações de
armazenamento estratégico de petróleo. O óleo resultante do processamento primário pode ser
armazenado nesses locais como uma reserva estratégica para uso em situações de emergência,
crises de abastecimento ou flutuações nos preços do petróleo.
Tratamento adicional: Em casos em que o óleo resultante do processamento primário não
atende aos padrões de qualidade desejados, ele pode ser submetido a um tratamento adicional
para remover impurezas, melhorar suas características físicas e químicas ou atender a requisitos
específicos do mercado.
É importante ressaltar que o destino do óleo resultante do processamento primário de petróleo
pode ser influenciado por fatores econômicos, ambientais e regulatórios, bem como pelas
necessidades e demandas da indústria petrolífera em determinada região.

Referências bibliográficas:

Gary, J. H., & Handwerk, G. E. (2018). Petroleum refining: technology and economics. CRC Press.
Parkash, S. (2003). Refining processes handbook. Gulf Professional Publishing.

PÚBLICA
12) Qual é o destino do gás resultante do processamento primário de petróleo?

O destino do gás resultante do processamento primário de petróleo pode variar dependendo de


diferentes fatores, como a composição do gás, as regulamentações ambientais, a disponibilidade
de infraestrutura e as necessidades da indústria. A seguir estão alguns dos possíveis destinos do
gás resultante do processamento primário:
Utilização como combustível: Uma opção comum é utilizar o gás resultante como combustível
para geração de energia térmica. O gás pode ser queimado em caldeiras ou turbinas para
produzir vapor ou eletricidade. Essa opção é especialmente viável quando o gás possui um alto
teor de metano e outras frações leves que o tornam adequado para a combustão.
Injeção em reservatórios: Em alguns casos, o gás resultante pode ser re-injetado nos
reservatórios de petróleo. Essa prática, conhecida como injeção de gás, tem como objetivo
manter a pressão nos reservatórios e melhorar a recuperação de petróleo. Além disso, a injeção
de gás pode ser utilizada para armazenar o gás em forma de estoque subterrâneo.
Processamento adicional: Dependendo da composição do gás resultante, pode ser necessário
um processamento adicional para remover impurezas e separar componentes valiosos. Nesse
caso, o gás pode ser encaminhado para unidades de processamento de gás natural (UPGNs)
onde ocorre a remoção de contaminantes como dióxido de carbono (CO2), sulfeto de hidrogênio
(H2S) e outros gases indesejados.
Comercialização direta: Em algumas situações, o gás resultante do processamento primário pode
ser comercializado diretamente como um produto específico. Por exemplo, se o gás possui uma
alta proporção de componentes valiosos, como propano, butano ou gás natural liquefeito (GNL),
ele pode ser separado e vendido como produto individual para uso industrial, comercial ou
doméstico.
Exportação: Quando a infraestrutura adequada está disponível, o gás resultante pode ser
exportado para outros mercados. Isso geralmente ocorre quando há demanda externa por gás
natural e quando existem rotas de exportação, como gasodutos ou terminais de GNL, disponíveis
para o transporte do gás para outros países.
É importante ressaltar que o destino do gás resultante do processamento primário de petróleo
pode ser influenciado por fatores econômicos, regulatórios e logísticos, bem como pelas
necessidades e demandas da indústria de petróleo e gás em determinada região.

Referências bibliográficas:

Gary, J. H., & Handwerk, G. E. (2018). Petroleum refining: technology and economics. CRC Press.
Speight, J. G. (2014). Handbook of natural gas analysis. John Wiley & Sons.

PÚBLICA
13) Qual é o destino da água resultante do processamento primário de petróleo?

O destino da água resultante do processamento primário de petróleo pode variar dependendo


de diferentes fatores, como a composição da água, as regulamentações ambientais, as
necessidades de tratamento e as práticas da indústria. A seguir estão alguns dos possíveis
destinos da água resultante do processamento primário:
Tratamento e descarte adequado: A água resultante do processamento primário de petróleo
geralmente contém impurezas e substâncias indesejáveis que podem afetar o meio ambiente se
descartadas sem tratamento adequado. Portanto, a água é geralmente submetida a processos
de tratamento para remover essas impurezas antes do descarte. O tratamento pode envolver
etapas como sedimentação, filtração, separação de óleo e remoção de compostos químicos.
Após o tratamento, a água pode ser descartada de acordo com as regulamentações ambientais
locais, que podem permitir a descarga em corpos d'água controlados ou a injeção em poços de
injeção.
Reuso na indústria: Em vez de descartar a água resultante, pode-se optar por reutilizá-la na
indústria de petróleo e gás. Dependendo da qualidade da água após o tratamento, ela pode ser
utilizada em processos de refino, resfriamento de equipamentos, lavagem de equipamentos ou
até mesmo para irrigação de áreas verdes nas instalações da indústria.
Tratamento para reúso externo: Em alguns casos, a água resultante do processamento primário
pode ser tratada para atender aos padrões de qualidade necessários e ser disponibilizada para
uso externo. Isso pode envolver tratamentos mais avançados, como osmose reversa, desinfecção
por UV ou tratamento com carvão ativado, para remover impurezas e contaminantes. A água
tratada pode então ser utilizada para fins agrícolas, abastecimento de comunidades locais ou até
mesmo para recarga de aquíferos.
Injeção em reservatórios: Em alguns casos, a água resultante pode ser reinjetada nos
reservatórios de petróleo. Essa prática, conhecida como injeção de água, tem como objetivo
manter a pressão nos reservatórios para facilitar a recuperação de petróleo. A água injetada
pode ajudar a empurrar o petróleo para fora do reservatório, permitindo uma maior
recuperação do recurso.
É importante ressaltar que o destino da água resultante do processamento primário de petróleo
pode ser influenciado por fatores regulatórios, ambientais, tecnológicos e econômicos, bem
como pelas práticas e políticas adotadas pela indústria de petróleo e gás em determinada região.

Referências bibliográficas:

Speight, J. G. (2014). Handbook of petroleum refining processes. CRC Press.


Gary, J. H., & Handwerk, G. E. (2018). Petroleum refining: technology and economics. CRC Press.
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