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Junho/2008
Edição atualizada em: 29/09/2020
RESPOSTA REFERENCIAL – Caixa separadora de água e óleo
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RESPOSTA REFERENCIAL – Caixa separadora de água e óleo
Solução apresentada
Introdução
Se a canaleta for destinada à água de chuva, o problema é ainda maior. O despejo com
óleo, graxa e sujeira pode chegar às galerias de águas pluviais, que lançam águas sem
tratamento nos nossos rios e lagos. Nas trocas de óleo, sempre ocorrem respingos fora do
recipiente de óleo usado. Com o tempo, o chão e as paredes das valas ficam encrustados
de óleo e graxa. Durante a lavagem da vala, o óleo acaba chegando até a rede de esgoto
(CAESB, [199?]).
De forma a inibir esse problema, devem ser instalados os dispositivos para reter o material
prejudicial ao sistema de esgotos: caixa retentora de areia, caixa separadora de óleo e caixa
coletora de óleo (CAESB, [199?]).
Sua utilização tem por finalidade separar óleos e impurezas da água, a fim de lançar a água
sem resíduos para as redes públicas (HUME, [199?]).
Seu funcionamento consiste basicamente da entrada da água, óleo e impurezas por uma
tubulação, proveniente do sistema de coleta. No interior da caixa, a água se comporta como
o Princípio dos Vasos Comunicantes, passando por placas verticais de concreto e saindo
por canalização específica fazendo o óleo, de densidade inferior, subir e ser retirado por
bombas (HUME, [199?]).
Figura 1: Representação esquemática de caixa separadora de água e óleo. Fonte: HUME, [199?]
A caixas separadores de óleos e graxas são designadas especialmente para remover óleo
flutuante, gasolina, composto de petróleo leve e graxas. Além disto a maioria dos
separadores removem sedimentos e materiais flutuantes.
Óleo livre: que está presente nas águas pluviais em glóbulos maiores que 20 m. Eles
são separados devido a sua baixa gravidade específica e eles flutuam;
O objetivo é remover somente o chamado óleo livre, pois o óleo emulsionado ou dissolvido
necessita tratamento adicional.
Existem basicamente, três tipos de separador água/óleo por gravidade: separador tipo API
(Americam Petroleum Institute) para glóbulos maiores que 150 m, separador Coalescente de
placas paralelas para glóbulos maiores que 60 m e separador tipo poço de visita elaborado
por fabricantes (TOMAZ, 2005)
O separador tipo API possui três câmaras, sendo a primeira para sedimentação, a segunda
para o depósito somente do óleo e a terceira para descarga. São geralmente enterradas e
podem ser construídas em fibra de vidro, aço, concreto ou polipropileno.
O separador Coalescente é também por gravidade e ocupa menos espaço, sendo bastante
usado, porém apresentam alto custo e possibilidade de entupimento. Possuem placas
paralelas corrugadas, inclinadas de 45º a 60º e separadas entre si de 2cm a 4cm.
O projetista deve decidir se escolherá se a caixa separadora estará on line ou off line. Se
estiver on line a caixa deverá atender a vazão de pico da área, mas geralmente a escolha é
feita off line, com um critério que é definido pelo poder público (TOMAZ, 2005).
As teorias sobre dimensionamento das caixas de retenção de óleo por gravidade, seguiu-se
a roteiro usado na Nova Zelândia. Admite-se que os glóbulos de óleo são maiores que
150µm e pela Lei de Stokes aplicado ao diâmetro citado temos: So = gravidade especifica
do óleo presente nas águas pluviais (sem dimensão).
Sendo:
v= µ/ρ
v = viscosidade cinemática das águas pluviais em Stokes.
1 Stoke= 1cm2/s
10.000Stokes = 1m2/s
Vt= velocidade ascensional (cm/s)
Sendo:
Conclusões e recomendações
Devido à complexidade do tema, sugere-se que sejam feitos testes preliminares antes da
produção efetiva, além de acompanhamento de profissional especializado na área de
engenharia sanitária ou ambiental.
Fontes consultadas