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Aplicações da física clássica

na engenharia mecânica
Introdução

 Apresentação do tema: "Aplicações da física clássica na engenharia mecânica"


 A importância da Física Clássica na Engenharia Mecânica
Aplicações da física clássica nas engenharias
 Obras e projetos de engenharia – Construção de pontes, viadutos, portos, rodovias etc...
 Industria – fábricas de automóveis, indústria alimentícia, sistemas de geração de energia elétrica etc...
 Construção – Plataformas de petróleo, gases naturais, trilhos de trem etc...
 Lazer e esportes – Aeromodelismo, acrobacias aéreas, ciclismo, motociclismo etc...
 Saúde e meio ambiente – Estações de monitoramento meteorológicas, instrumentos de medição
sísmica (terremoto) etc...
 Segurança e defesa – Submarinos, torres de radares, satélites, armas de pequeno e grande calibre etc...
 Motores de indução
 Termodinâmica
 Motores a combustão interna
Motor de indução
 Quando o assunto é um grande exemplo de uso da física na engenharia mecânica, o motor de
indução é campeão no assunto já que em grande maioria nas industrias eles ocupam um espaço
de quase 90% dos motores utilizados nas empresas do mundo todo.
 Seu funcionamento se dá em suma maioria de duas partes principais, o estator e o rotor.

ESTATOR

ROTOR
 Seu funcionamento se dá devido as correntes eletromagnéticas que são geradas quando se tem a
entrada de energia AC trifásica no estator.
 Quando esses campos magnéticos rotativos são criados
pelo estator (que está fixado na carcaça do motor) o rotor
que está livre passa a ser induzido ao movimento por
essas ondas magnéticas alternadas, fazendo com que o
movimento rotativo do rotor seja possível
Termodinâmica
 Outro tema que podemos abordar ao falar sobre o uso da física na engenharia mecânica é a
termodinâmica. Para trabalharmos com a termodinâmica precisamos de alguns fatores como:
Energia, temperatura, pressão, volume e entropia.
 Basicamente, a termodinâmica se trata sobre conseguir movimento através da troca de calor ou
condição físico-química como no caso de um motor a combustão interna.
Termodinâmica dos freios
 A termodinâmica agindo nos freios de um automóvel tem uma grande importância já que se
trata de utilizar a física a nosso favor para nossa própria segurança. Os freios dos nossos
veículos são projetados para que haja uma transferência de calor pela fricção dos materiais, no
caso, convertem a energia cinética do carro em movimento em calor por meio desse atrito.
 Essa energia adquirida durante a frenagem é perdida no próprio movimento do carro pois com o
movimento do veículo o ar entra em contato com o disco fazendo mais uma troca de calor,
resfriando o disco de freio e dissipando a energia (calor) produzida pela frenagem
 Durante a frenagem repetida em um carro, os freios podem superaquecer.
 Freios quentes demais podem interferir na capacidade de frenagem de um veículo fazendo eles
perderem desempenho termodinâmico.
 O estudo da termodinâmica ajuda os projetistas a definirem os parâmetros na projeção de um
sistema de frenagem, seja ele freio a disco ou freios a tambores.
KERS Fórmula 1
 O sistema de freio KERS (Kinetic Energy Recovery System) é um componente importante dos
carros de Fórmula 1. Foi introduzido na Fórmula 1 em 2009 como parte das medidas para
melhorar a eficiência energética dos carros e promover a tecnologia híbrida
 O KERS permite que os carros recuperem e armazenem a energia cinética que normalmente
seria dissipada como calor durante o processo de frenagem. Essa energia armazenada pode ser
usada posteriormente para fornecer um impulso adicional de potência, auxiliando o motor de
combustão interna e melhorando o desempenho do carro.
Sistema KERS
KERS Fórmula 1
 Existem diferentes tipos de sistemas KERS que foram usados na Fórmula 1 ao longo dos anos.
O primeiro sistema introduzido em 2009 era baseado em um volante de inércia, que armazenava
a energia cinética rotacional. O piloto podia acionar o KERS pressionando um botão no volante,
liberando assim a energia armazenada para obter um aumento temporário de potência.
 Em temporadas mais recentes, a Fórmula 1 adotou um sistema KERS mais avançado,
conhecido como MGU-K (Motor Generator Unit - Kinetic). Esse sistema converte a energia
cinética em eletricidade durante a frenagem, que é então armazenada em uma bateria. A energia
armazenada pode ser usada posteriormente para fornecer um impulso adicional ao carro,
alimentando um motor elétrico conectado ao eixo traseiro.
O poder de impulso de um KERS
 O impulso do KERS pode fornecer a carros de Fórmula 1 até 80 cv adicionais por até 7
segundos por volta. O recurso já foi utilizado diversas vezes na categoria e, em 2009, o
finlandês Kimi Raikkonen usou o KERS para ultrapassar o italiano Giancarlo Fisichella nos
momentos finais do GP da Bélgica para se sagrar vencedor.
 Nos dias atuais, os motores de fórmula 1 podem gerar até 120 KW de energia elétrica fazendo o
conjunto chegar a ter 1044 cavalos de potência total quando ativado pelo volante do piloto. Esse
feito foi atingido no GP de São Paulo por Lewis Hamilton em uma categoria de potência livre.
ERS (Energy Recovery System)
 O ERS é um componente essencial dos carros de Fórmula 1 e refere-se ao sistema de
recuperação de energia. O ERS pesa entre 20 – 25kg e é composto por dois elementos
separados principais:
 MGU-K (Motor Generator Unit - Kinetic)
 MGU-H (Motor Generator Unit - Heat).
MGU-K
 O MGU-K recupera energia cinética durante a frenagem do carro. Ele atua como um gerador,
convertendo a energia cinética em eletricidade que é armazenada em uma bateria. Essa energia
armazenada pode ser posteriormente liberada para fornecer um impulso adicional de potência.
O MGU-K também pode funcionar como um motor elétrico, auxiliando o motor de combustão
interna, fornecendo energia extra quando necessário.
MGU-H
 Já o MGU-H recupera energia térmica dos gases de escape do motor de combustão interna. Ele
funciona como um gerador, convertendo a energia térmica em eletricidade. Essa eletricidade
pode ser usada para alimentar o MGU-K, a bateria ou ser direcionada diretamente para o motor
de combustão interna
Resumo da tecnologia ERS - MGU
 Em resumo, o ERS da Fórmula 1 permite a recuperação e o armazenamento de energia cinética
(MGU-K) e energia térmica (MGU-H). Essa energia armazenada é usada para fornecer um
impulso adicional de potência, melhorando o desempenho do carro e aumentando a eficiência
energética.
 Vale ressaltar que as regulamentações técnicas da Fórmula 1 estão sujeitas a mudanças de
temporada para temporada, o que pode afetar as especificações e o funcionamento do ERS.
Portanto, as informações mais atualizadas sobre o sistema ERS na Fórmula 1 devem ser obtidas
por meio das fontes oficiais da categoria.
 https://www.youtube.com/shorts/vXAxkf4fZz4
 https://www.youtube.com/watch?v=ul8ZUBdHCPA&ab_channel=EngineerLur%C3%A9ns
 https://www.youtube.com/shorts/nXfS_JeOboY
Motores a combustão interna
 Outro exemplo significativo do uso da física é nos motores de combustão interna que compõe a
maior parte da frota automotiva mundial dentre carros comerciais, motos, vans, caminhões e
carretas etc...
 Nos motores a combustão interna, popularmente conhecido como motores de ciclo otto (para
carros a gasolina e/ou etanol) e ciclo diesel (como o próprio nome diz, motores a óleo diesel)
temos um trabalho fortíssimo da termodinâmica. Vamos começar com a primeira lei da
termodinâmica.
1ª Lei da termodinâmica
 Também conhecida como o princípio da conservação da energia, a primeira lei afirma que a energia
total de um sistema isolado permanece constante. Ela estabelece a relação entre o calor transferido
para um sistema, o trabalho realizado por ele e a variação de energia interna do sistema.
 Essa energia também pode ser em forma de explosão, esse é o processo que ocorre durante o 3ª
tempo do motor ciclo otto 4-tempos. Esse tipo de motor também pode ser um motor 2-tempos ou
então 4-tempos, focaremos no motor 4-tempos.
 Nessa etapa do processo (3ª tempo) que ocorre a explosão da mistura ar-combustível dentro da
câmara do pistão, toda a energia armazenada através da compressão da mistura ar-combustível no 2ª
tempo é liberada de uma só vez, fazendo assim que o PMS (ponto morto superior) do pistão seja o
ponto zero de movimento.
 Quando a explosão ocorre e, sendo “zero” o PMS do pistão, a explosão tira o pistão desse momento
de inércia que por sua vez transfere essa energia recebida através dos demais componentes.

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