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GUILHERME ALMEIDA

PLÍNIO AMORIM
SAMUEL REIS
TIAGO GAMA
VINICIUS MONTEIRO

MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA


Arquitetura de Periféricos

SALVADOR – BA
2019
GUILHERME ALMEIDA
PLÍNIO AMORIM
SAMUEL REIS
TIAGO GAMA
VINICIUS MONTEIRO

MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA


Arquitetura de Periféricos

Trabalho de conclusão da
disciplina de Motores de Combustão
interna, turno noturno, apresentado à
Faculdade de Tecnologia Área 1 WYDEN
do curso de Engenharia Mecânica,

Orientador Prof. Luís Martins.

SALVADOR – BA
2019
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................... 3

BOMBA DE OLEO ................................................................................. 5

BOMBA D´ÁGUA ................................................................................... 6

SISTEMA DE INJEÇÃO......................................................................... 8

BOMBA DE COMBUSTÍVEL ................................................................. 9

BICOS INJETORES............................................................................. 10

SISTEMA DE ADMISSÃO ................................................................... 11

SISTEMA DE ESCAPE........................................................................ 12

CORREIA DENTADA .......................................................................... 14

ALTERNADOR .................................................................................... 15

RADIADOR .......................................................................................... 16

VELAS ................................................................................................. 18

BATERIA ............................................................................................. 19

DISTRIBUIDOR ................................................................................... 20

MANGUEIRAS ..................................................................................... 21

VÁLVULAS TERMOSTÁTICAS ........................................................... 22

CARBURADOR ................................................................................... 23

REFERÊNCIAS ................................................................................... 25
INTRODUÇÃO

Nos motores de combustão interna, ou endotérmicos, o combustível é


queimado no interior do cilindro motor. Os motores a gasolina, a gasóleo, a
metano e a gás líquido pertencem a esta categoria.
Nos motores de combustão externa, ou exotérmicos, que não serão
estudados neste relatório, o combustível é queimado numa estrutura externa
ao cilindro motor. Pertencem a esta categoria os motores a vapor.
O motor de combustão interna, que tornou possíveis meios de transporte
como o automóvel, o avião e até veículos militares, foi evoluindo ao longo do
tempo. Em 1860, Ettiene Lenoir (inventor nascido na Bélgica em 1822) registou
a primeira patente relativa a um “motor de explosão”, a dois tempos.
O ciclo a quatro tempos apenas seria descrito por Alphonse Beau de
Rochas (engenheiro francês nascido em 1815) dois anos depois, em 1862. No
entanto, este trabalho não atraiu a atenção de nenhum fabricante. A produção
industrial de motores de combustão interna com ciclos de quatro tempos
iniciou-se em 1976 segundo a patente de Nikolaus Otto (engenheiro alemão
nascido em 1832) e Eugen Langen (engenheiro alemão nascido em 1833).
Rudolf Diesel (engenheiro nascido na França em 1858) foi o primeiro
pesquisador a basear-se no aquecimento produzido pela compressão do ar
para inflamar o combustível, tendo começado as suas pesquisas em 1890 e
obtido, sete anos depois, um motor operacional.
Outro inovador cujo nome é bastante familiar à maioria da população é
Louis Renault (inventor francês nascido em 1877), fundador do Grupo Renault,
que criou, em 1902, o supercompressor, um sistema que aumenta a eficiência,
na medida em que introduz uma quantidade adicional de oxigénio no motor. A
finalidade deste sistema é semelhante à do turbo compressor, que usa os
gases de escape para fazer girar uma turbina e foi inventado em 1905 por Alfred
Brüchi (engenheiro suíço nascido em 1879). Inicialmente, estes motores
utilizavam gás como combustível.

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BOMBA DE OLEO

A bomba de óleo é o componente responsável pela lubrificação forçada


de todas as partes móveis do motor do carro. Por essa razão, ela é considerada
o “coração” do veículo, pulsando óleo para que todo o sistema funcione da
melhor forma possível.
A bomba de óleo é o componente responsável pela lubrificação forçada
do motor do veículo.
Esse processo acontece quando o óleo do cárter é retirado e enviado
pela galeria principal de lubrificação. Quem executa todo o envio é a bomba de
óleo. O óleo é enviado para várias partes do motor, que passam a ser
lubrificadas constantemente.
Para fazer o deslocamento do óleo, a bomba faz uso da rotação de
engrenagens ou rotores internos. A rotação é produzida pelo giro do próprio
motor. Nesse sentido, percebemos que a bomba de óleo precisa do próprio
motor para funcionar e vice-versa.
Na composição da bomba de óleo, temos o corpo, a tampa, alguns eixos,
engrenagens internas e válvula. Tanto nos motores a gasolina, quanto
naqueles movidos a álcool, o formato da bomba é bem semelhante, com corpo
e a tampa feitos de alumínio injetado sob pressão. Os eixos e a válvula são
feitos em aço tratado termicamente. Já as engrenagens, são compostas de
ferro sintetizado.

Figura 1- Tipos de Bombas

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Em alguns motores a diesel, também é utilizado ferro fundido para
produzir o corpo e tampa, com aço tratado para os eixos, válvula e
engrenagens.

Figura 2 - Bomba de óleo

BOMBA D´ÁGUA

A função da bomba d’água de um veículo pode ser comparada ao


coração para o corpo humano, pois ela é a responsável pela distribuição do
fluxo de água para todo o sistema de arrefecimento de um motor.
A bomba de água é uma peça fundamental para o funcionamento do
carro. Ela tem como objetivo fazer circular, de forma constante e apropriada, o
líquido de arrefecimento e água para resfriar, o que evita o superaquecimento
do motor, garante os níveis de temperatura correta e assegura o melhor
funcionamento.

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Figura 3 - Bomba D’água
Todos os veículos têm um motor que, inevitavelmente, produz uma
quantidade de calor bastante elevada e precisa de refrigeração contínua. Os
componentes da bomba de água são responsáveis por manter essa
temperatura do motor estável.
Qualquer problema na bomba, que é composta por um eixo central e
braços que dão suporte (um que vai até o motor e outro que se estende até o
radiador), pode superaquecer o motor e provocar sérios problemas ao seu
automóvel, sendo, inclusive, um risco à segurança do motorista e dos
passageiros. Caso haja algum problema, uma luz se acenderá no painel do
carro.

Figura 4 - Detalhes da Bomba

A bomba de água de um automóvel remove a água do núcleo de


resfriamento ou ventilação que fica embutido no motor e injeta diretamente no
radiador, transferindo o calor da água para as placas, dissipando todo calor
existente.
Para isso, se utiliza água que, em conjunto com o aditivo de radiador,
torna o líquido ainda mais adequado para exercer sua função na hora de evitar
o superaquecimento do motor.
Seu funcionamento é realizado por uma correia, acionada no momento
em que o carro está em uso. Esse processo é finalizado no ventilador. Sem ele,
o motor do veículo pode superaquecer com facilidade, o que prejudica vários
outros componentes.

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SISTEMA DE INJEÇÃO

A injeção eletrônica foi desenvolvida para substituir o velho carburador e


logo se tornou um mecanismo obrigatório nos veículos lançados no Brasil. O
sistema de injeção eletrônica injeta combustível de maneira controlada no
motor do veículo. Esse controle é feito por meio de um chip eletrônico que
analisa o funcionamento do motor, ajustando a alimentação, visando obter um
melhor desempenho e eficiência. Podemos classificar os componentes do
sistema de injeção eletrônica em três grandes grupos.

Sensores

Trabalham analisando o funcionamento do motor e transferindo essas


informações a uma central de informações. Distribuídos em pontos estratégicos
do motor, os sensores que verificam pressão, temperatura, velocidade e a
proporção dos reagentes na queima do combustível.

Figura 5 - Diagrama Esquemático de Sensores.

Apesar de estarmos classificando por grupos, a central de informações


é um único componente do sistema de injeção eletrônica. Ela gerencia o
funcionamento do motor a partir das as informações enviadas pelos sensores.
Além de controlar a injeção de combustível, a central de informações armazena
dados importantes sobre os parâmetros de fábrica do veículo.

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Tipos de sensores:

 Sensor de Temperatura do Motor (do líquido arrefecedor) – ECT.


 Sensor de Rotação do Motor – CKP
 Sensor de Posição da Válvula de Aceleração – TPS
 Sensor de Pressão Absoluta do Coletor de Admissão – MAP
 Sensor de Temperatura do Ar Admitido – ACT
 Sensor da Massa de Ar Admitido – MAF
 Sensor de Oxigênio (sonda lambda) – HEGO
 Sensor de Velocidade do Veículo – VSS

Atuadores

São os últimos componentes do sistema de injeção eletrônica,


responsável diretamente pela alimentação e queima do combustível no motor.
Eles trabalham de acordo com os comandos da central de informações.
Alguns exemplos de atuadores são os injetores de combustível, bomba
de combustível, bobina de faíscas, motor de passo e a ventoinha de
arrefecimento.
Não foi à toa que a injeção eletrônica se tornou um item obrigatório nos
carros, afinal, são muitas as vantagens em relação ao carburador. Como o
sistema faz com que o motor trabalhe sempre em condições ideais, ele permite
um consumo de combustível muito mais eficiente e econômico em relação ao
método anterior.

BOMBA DE COMBUSTÍVEL

Tem a função de retirar o combustível do reservatório e encher a linha


para alimentar o injetor. A bomba é controlada pela unidade de comando
através de um relé (relé da bomba). Por motivos de segurança, a bomba só
deve ser ativada com o motor em funcionamento. Por tanto, o relé só é

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acionado quando a unidade de comando recebe os impulsos elétricos do
sensor de rotação.
Bobina de Ignição

Tem a função de transformar a tensão de bateria, que alimenta o


enrolamento primário, em alta tensão no secundário capaz de produzir a
centelha nas velas. Em todos os casos, o acionamento da bobina é realizado
através de um módulo de potência ou estágio final.
No item anterior foi analisada a funcionalidade dos componentes de um
sistema simplificado de injeção/ignição.

Válvula de Canister

Tem a função de dosar o fluxo dos vapores de combustível provenientes


do tanque de combustível do veículo e que são retidos em um filtro de carvão
ativado (canister).

Figura 6 – Válvula de Canister.

Os vapores de combustível são reutilizados na admissão no motor,


através do funcionamento da válvula do canister que é controlada pelo modulo
de injeção eletrônica. Em alguns tipos de injeção eletrônica a válvula também
é chamada de solenoide de purga do canister.

BICOS INJETORES

Os bicos injetores são componentes de extrema precisão, responsáveis


por pulverizar o combustível na câmara de combustão do motor. Quanto melhor

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for a pulverização, maior será o rendimento do motor. Em consequência, se
obtém mais economia de combustível com menor emissão de gases poluentes.
Os modernos motores diesel estão equipados com bicos injetores que devem
injetar combustível sob pressões e temperaturas elevadas, tudo para que o
veículo obtenha a maior potência possível. A combustão deve ser o mais
completa possível, para que os gases não contaminem o ar.
Também chamado de válvula injetora de combustível, o bico injetor é
responsável por pulverizar o combustível de maneira estequiométrica na
câmara de combustão. Isso é feito através de pulsos elétricos comandados pelo
módulo de injeção (ECU).

Filtro de Combustível

Ele é o maior responsável por evitar que o bico injetor seja obstruído.
Isso porque, como o próprio nome já diz, a peça tem a função de filtrar o
combustível e evitar que as impurezas passem para o bico injetor. Fazendo a
troca periódica do filtro de combustível, evita-se que impurezas passem e
Quando estão armazenados nas bombas e reservatórios, tem menos
contato com o oxigênio e o calor faz a validade cair drasticamente. Em média,
podemos dizer que o prazo é de dois meses. Depois desta data, ele se torna
mais denso, sendo difícil de ser pulverizado. Assim, pode causar o entupimento
parcial do bico injetor. Evitando assim que a eficiência do filtro seja prejudicada.

SISTEMA DE ADMISSÃO

A simples adição de um sistema de captação de ar frio (CAI, cold air


intake). O sistema de admissão em um motor tem como principais funções:
 Captar o ar num ponto de temperatura mais baixa que a encontrada
dentro do cofre do motor;
 Filtrar o ar que entra no motor para que impurezas não causem danos;
 Controlar a quantidade de ar admitida pelo motor, ajustando assim a
carga;
 Distribuir igualmente o volume de ar entre os cilindros;

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 Homogeneizar o combustível ao ar antes que a mistura chegue ao
cilindro.
Com todas estas funções o sistema de admissão tem grande importância
para o motor.

Figura 7 – Sistema de Admissão.

SISTEMA DE ESCAPE

É responsável por conduzir os gases de combustão para fora do motor


da forma mais eficiente possível. E com as cada vez mais restritivas leis
de emissões, o sistema de escape também é responsável por tratar os gases
de combustão para que estes não sejam tão nocivos à atmosfera.

Figura 9 – Sistema de Escape.

Atualmente quase todos os motores produzidos para equipar carros


possuem quatro tempos de operação. Admissão, compressão, combustão e
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exaustão. Porém, com o avanço no desenvolvimento dos motores a interação
entre o fim e o início do ciclo ficou bem maior onde os tempos de escape e
admissão se cruzam. Esta interação começou a ser tratada como um quinto
tempo do ciclo, pois é neste tempo que os gases de escape induzem a
admissão da mistura fresca antes mesmo que o pistão alcance o ponto morto
superior (PMS). É uma extremidade puxando a outra.

Catalizador

Figura 11 – Catalisador.

Os catalisadores são responsáveis pela oxidação do monóxido de


carbono e pela redução dos óxidos de enxofre. Para isso os catalisadores
possuem três vias de conversão formadas por metais nobres, Platina, Paládio
e Ródio. Por conta destes metais a substituição de um catalisador é
extremamente dolorosa ao bolso.

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Figura 12 – Conversores.

Conversores catalíticos são de suma importância para o controle de


emissões, porém os modelos originais dos veículos apresentam grande
restrição ao fluxo quando o assunto é performance. Então a solução é retirar
substituir o catalisador por outro de alta performance. Estes modelos possuem
uma área efetiva igual ou superior à área de admissão, deixando de ser uma
restrição. Porém os catalisadores são prejudiciais aos pulsos de escape, pois
sua colmeia acaba aniquilando a energia do pulso.

CORREIA DENTADA

A correia dentada, também conhecida como correia de distribuição é um


dos componentes mais importantes do automóvel. Quando ela se parte, causa
danos gravíssimos.

Figura 13 – Correia Dentada.

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A correia dentada é uma peça matreira que além de não dar sinais
evidentes de desgaste ou pistas de que algo está mal, ela mantém ocultas na
sua parte interna, composta por pequenos dentes de borracha, as mazelas que
resultam da fricção constante pelo movimento de tração. Sob a batuta deste
componente está "apenas" o controle da árvore de cames, ou eixo-comando,
que tem como função garantir a abertura das válvulas e o sincronismo delas
com o funcionamento dos pistões nos cilindros. Em outras palavras, é ela que
garante que a válvula não estará dentro do cilindro quando o pistão estiver
subindo para comprimir a mistura. Se isso acontece, empena as válvulas, pode
furar a cabeça do pistão e até exigir a retífica do motor, quando não quebra o
bloco ou entorta o cabeçote.

ALTERNADOR

O alternador é um equipamento que serve para transformar energia


mecânica em energia elétrica. O que o alternador faz é pegar a energia
mecânica gerada na combustão do motor, transformá-la em energia elétrica
e recarregar a bateria.

Figura 14 – Alternador

O alternador do veículo repõe a energia que é consumida da bateria por


diversas peças. A reposição é feita da seguinte maneira: no motor do veículo
há uma correia que faz a conexão entre as duas peças, essa é a correia do
alternador. Ao dar partida no veículo, o motor entra em rotação movimentando
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a correia e gerando uma corrente alternada que depois é transformada em
corrente contínua.
É nesse ponto que entra outra peça muito importante: o regulador de
tensão. Com aceleração e redução de velocidade, o RPM (Rotação por minuto)
do motor varia constantemente, gerando mais ou menos corrente alternada. E
para que os equipamentos do automóvel não recebam uma carga maior do que
a necessária, é preciso ter a peça para regular a quantidade de energia.
Nos painéis dos carros, existem diversas luzes que acendem quando há
algum problema que possa prejudicar a mecânica do automóvel. E uma das
mais conhecidas e de fácil reconhecimento é a da bateria. Mas, pelo contrário
do que muitos imaginam, essa luz quando acesa serve para indicar um
problema no alternador do veículo, pois, provavelmente não está gerando
energia.

RADIADOR

O radiador funciona como um sistema de troca de calor, ele faz esse


processo de troca entre o ar e alguma outra substância, geralmente líquidos,
presentes em um sistema fechado. O núcleo do radiador possui diversos
canais, com formato de colmeia ou tubos, que possibilitam a passagem do
ar. Outro ponto interessante sobre o radiador, é que o formato dele tem relação
direta com sua eficiência. Ou seja, quanto maior o radiador, mais rápido é a
troca de calor e por consequência o poder de resfriamento. Com isso, a
passagem de ar resfria o calor do líquido de arrefecimento, que já resfriou
outros equipamentos internos do seu veículo. No caso de radiadores
automotivos, existe um conjunto de ventoinhas que junto com o ar que passa
por elas resfriam o veículo enquanto o mesmo está em movimento.

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Figura 15 – Radiador

O radiador mais conhecido e mais utilizado, é o radiador de


arrefecimento, que normalmente é encontrado em carros refrigerados a água.
Este tipo de radiador é instalado na parte frontal do veículo e conectado ao
motor por cabos. Este sistema fechado se utiliza de uma mistura de água
com aditivos, que se aquece devido à atividade do motor.
Existe também outro tipo de radiador que é menos comum. Estamos
falando do radiador de óleo. Basicamente, seu funcionamento é semelhante ao
do radiador de arrefecimento, mas a sua grande diferença está na sua
utilização. Geralmente ele é utilizado em veículos para arrefecer o óleo do
cárter ou o fluído da transmissão.

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VELAS

A vela de ignição é um eletrodo isolado, que conectado através de um


cabo blindado a bobina de ignição, recebe uma tensão média entre 20.000 e
30.000 Volts, provocando uma centelha dentro da câmara de combustão.

Figura 16 – Vela e sua composição

A função da vela é gerar uma centelha entre seus eletrodos, internos à


câmara de combustão, provocando a queima controlada da mistura
ar/combustível. Recebendo da bobina de ignição, através dos cabos de vela,
uma corrente de aproximadamente 60 MA, e uma tensão próxima de 40.000
volts, a corrente é conduzida através do eletrodo principal, até sua extremidade,
onde devido à tensão, é vencida a rigidez dielétrica do ar, provocando uma
centelha entre os eletrodos.
A capacidade de dissipar o calor gerado pelas combustões pela vela é
conhecida como grau térmico. Em velas quentes, a dissipação do calor é mais
lenta, já para velas frias, a necessidade de dissipar o calor é mais breve, (razão
de cada motor apresentar a necessidade de velas de ignição com grau térmico
específico).
As velas são classificadas através de códigos específicos, que
determinam:

1. Grau térmico;
2. Tipo de eletrodos;
3. Comprimento de roscas e diâmetros;
4. Materiais;
5. Tipo de construções.

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BATERIA

Figura 17 – Estrutura da bateria.

A bateria fornece a eletricidade ao sistema de ignição, ao motor de


arranque, às luzes, ao painel e ao restante dos equipamentos elétricos do
automóvel. A bateria é composta por um certo número de elementos ligados
por barras metálicas. As baterias dos automóveis são constituídas por três ou
seis elementos.
A bateria é um elemento essencial para o armazenamento da energia
necessária para o arranque do motor e o funcionamento das luzes, quando
aquele está parado, o arranque do automóvel exige à bateria a sua potência
máxima.
Cada elemento é composto por dois conjuntos de placas (eletrodos)
introduzidos numa solução de ácido sulfúrico diluído (eletrólito). Um dos
eletrodos é constituído por placas revestidas de peróxido de chumbo e o outro
por placas revestidas de chumbo esponjoso. Quando um elemento está em
funcionamento, o ácido reage com as placas convertendo energia química em
energia elétrica.

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DISTRIBUIDOR

O distribuidor é uma peça do sistema de ignição, encarregada de


distribuir a corrente elétrica de alta tensão produzida pela bobina para as velas,
evitando que a faísca seja encaminhada para a câmara de explosão errada.

Figura 18 – Funcionamento do Distribuidor.

O distribuidor liga e desliga a corrente do enrolamento e distribui às


velas, segundo a sua ordem de ignição, através de um rotor, a corrente de alta
voltagem produzida pela bobina.
O rotor está ligado ao eixo do distribuidor e, à medida que roda, liga o
terminal central da tampa que está ligado à bobina, e aos cabos das velas, de
acordo com a ordem de ignição.
O eixo do distribuidor é acionado pela árvore de comando, por meio de
uma engrenagem helicoidal que faz girar os dois eixos à mesma velocidade.
Terminada a ação do excêntrico, os contatos fecham por meio da sua
mola. Quando os contatos se separam, a corrente de baixa voltagem, vinda da
bateria através do enrolamento primário da bobina, é desligada.
Desde modo, induz-se uma corrente de alta voltagem no enrolamento
secundário da bobina, passando essa corrente, através de um cabo, para o
campo do distribuidor e, daí, através do eletrodo do rotor, para um dos eletrodos
metálicos exteriores da tampa.

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MANGUEIRAS

As mangueiras dos carros servem para fazer o transporte de água, ar,


combustível e óleo, alimentando o funcionamento do motor e ar condicionado.

Normalmente há três tipos de mangueiras:

 Mangueira de alimentação: Conduz o fluído do reservatório


para a bomba hidráulica.
 Mangueira de pressão: Conduz o fluído pressurizado da
bomba para a caixa de direção.
 Mangueira de retorno: Conduz o fluído da caixa de direção
para o reservatório.

As mangueiras do sistema hidráulico, além de transportar o óleo pelo


sistema, são produzidas com materiais especiais para resistir ao fluído
hidráulico, resistir a altas pressões de trabalho e resistir a elevadas
temperaturas. Por isso, são elaboradas para ter uma dilatação adequada a
cada tipo de veículo, funcionando como uma câmara de dilatação para a
proteção dos picos de pressão causados pelo final de curso da caixa de
direção; isto ocorre quando a direção é estercada para um dos lados até o final
de curso; neste momento, a pressão atinge o pico suportado pelo sistema. Para
evitar danos, a mangueira se expande absorvendo o impacto que o óleo exerce
sobre a direção e a bomba.

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VÁLVULAS TERMOSTÁTICAS

Figura 19 – Válvula Termostática

Através de um mecanismo dotado de uma cera expansiva, a válvula


termostática interrompe, de forma gradativa, a comunicação entre o motor e o
radiador. Quando o motor se encontra frio, a válvula bloqueia totalmente a
passagem entre o motor e o radiador. Essa ação impede que o líquido que se
encontra dentro do bloco do motor chegue ao radiador.
Além disso, a válvula termostática permite o rápido aquecimento do
motor. Essa função é de extrema importância, principalmente nos carros “flex”
e/ou alimentados por injeções eletrônicas. Isso porque, esses veículos tendem
a exigir misturas mais ricas para apresentar bom funcionamento, aumentando
o consumo e a emissão de poluentes.
O líquido se aquece gradativamente, à medida que o calor gerado pelas
câmaras de combustão é absorvido. Após atingir uma temperatura mínima, a
válvula termostática vai se abrindo gradativamente, permitindo a troca de
fluídos entre o radiador (mais frio) e o bloco do motor (mais quente). O resultado
dessa mistura é um líquido a uma temperatura constante e controlada no bloco
do motor.

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CARBURADOR

O carburador é um componente mecânico responsável por dosar a


quantidade de combustível que será injetada na mistura ar/combustível
admitida pelo sistema de alimentação do motor.
O carburador é composto por alguns componentes principais: Cuba de
nível Constante, boia controladora de nível, válvula de boia, agulha do pistão,
pistão de aceleração ou êmbolo, diafragma, mola do pistão de aceleração,
válvula borboleta, giclê de marcha lenta, giclê principal, parafuso de ajuste da
mistura.

Figura 19, interior de um carburador.

Dentro do carburador há seis sistemas, sendo eles:

Sistema de faixa econômica: Tem função de alimentar o motor nas rotações


da faixa econômica de consumo de combustível, mantendo o veículo na
chamada “velocidade de cruzeiro” com a melhor relação distância percorrida
por litro de combustível, exemplo: km/l.
Sistema de marcha lenta: Quando o motor está em baixa rotação, o
combustível é transportado da cuba até a região de mistura a partir do vácuo
de baixa pressão que o pistão de aceleração cria no cilindro e faz com que o
combustível passe pelo giclê de marcha lenta e posteriormente pelo parafuso
de ajuste da mistura.
Sistema de progressão: Na necessidade de aumentar a rotação do motor
entra em ação o sistema auxiliar de progressão do carburador.

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Ao pisar no acelerador, ar começa a ser aspirado para o corpo do
carburador, empobrecendo a mistura fornecida pelo sistema auxiliar de marcha
lenta.
Sistema de aceleração rápida: Tem função de aumentar imediatamente a
potência do motor quando se acelera rapidamente. Uma quantidade extra de
combustível é injetada diretamente no fluxo principal de ar, enriquecendo a
mistura e extraindo uma potência extra do motor.
Sistema suplementar ou de potência: Este sistema é usado para aumentar
a potência do motor rapidamente. É composto por um pistão e um giclê
suplementar, quando a borboleta está parcial ou totalmente fechada, a mola do
pistão mantém o giclê suplementar fechado, quando a borboleta abre, a
pressão diminui e o pistão mantém o giclê suplementar aberto, enriquecendo a
mistura do combustível.

Figura 20 – Sistema suplementar.

Sistema de partida a frio: Para facilitar a partida do motor, o sistema conta


com um afogador que nada mais é que um by pass no sistema.
Este sistema permite que haja um fluxo adicional de combustível dentro
do cilindro aumentando a quantidade de combustível presente na mistura e,
assim, facilitando a partida do motor.

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REFERÊNCIAS

 Bico injetor. Disponível em: <https://www.dpk.com.br/bico-injetor-tire-


todas-suas-duvidas/>. Acesso em: 11 abr. 2019
 Distribuidor. Disponível em: <https://www.sobrecarros.com.br/o-que-e-
distribuidor/>. Acesso em: 17 abr. 2019
 Entenda como funciona a injeção eletrônica dos carros. Disponível
em: <https://chiptronic.com.br/blog/entenda-como-funciona-injecao-
eletronica-dos-carros-2>. Acesso em: 21 abr. 2019
 Funcionamento do Carburador. Disponível em:
<https://www.dpk.com.br/entenda-funcionamento-do-carburador/>.
Acesso em: 02 mai. 2019
 Sistemas de Admissão. Disponível em: <www.flatout.com.br/sistemas-
de-admissao-coletores-cais-filtros-e-roncos/>. Acesso em: 15 mai. 2019
 Sistema de Escape. Disponível em:
<https://www.flatout.com.br/sistemas-de-escape-coletores-dutos-e-
emissoes-parte-1/>. Acesso em: 22 mai. 2019
 Sistemas de Injeção eletrônica. Disponível em:
<http://br.boschautomotive.com/pt/internet/parts/parts_and_accessories
_2/motor_and_sytems/benzin/injection_system/history_4/history_4.html
>. Acesso em: 28 mai. 2019
 Válvula Termostática. Disponível em: <https://www.dpk.com.br/qual-
funcao-da-valvula-termostatica/>. Acesso em 03 jun. 2019
 Velas Automotivas. Disponível em:
<https://repositorio.pgsskroton.com.br/bitstream/123456789/20625/1/D
ANIELA%20PERES.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2019
 COSTA, Paulo G. A Bíblia do Carro. 2001-2002.

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