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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS CORURIPE

SARA GONZAGA DA SILVA


EMILLY JOYCE SILVA DE OLIVEIRA

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO NOS MOTORES DE COMBUSTÃO


INTERNA

CORURIPE-AL
FEVEREIRO/2022
SARA GONZAGA DA SILVA
EMILLY JOYCE SILVA DE OLIVEIRA

SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO NOS MOTORES DE COMBUSTÃO


INTERNA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Instituto Federal de Alagoas,
campus Coruripe, como requisito para a
obtenção do título de Técnico em Mecânica.

Orientador: Prof. Dra. Natasha


Lopes Gomes

CORURIPE-AL
FEVEREIRO/ 2022
SARA GONZAGA DA SILVA
EMILLY JOYCE SILVA DE OLIVEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Instituto Federal de Alagoas,
campus Coruripe, como requisito para a
obtenção do título de Técnico em Mecânica.

Aprovado em

Orientador(a):

__________________________________________
Dra. Natasha Lopes Gomes - IFAL / Campus Coruripe

CORURIPE-AL
FEVEREIRO/ 2022
RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar e explicar o funcionamento dos sistemas de
alimentação automotivos utilizados nos motores de combustão interna e como estes se
desenvolveram com o avanço da tecnologia. Para isso foi realizado uma revisão bibliográfica
acerca dos principais elementos que compõem esses sistemas, diferenciando-os e mostrando a
sua evolução ao longo do tempo. Nesse sentido, pretende-se dar ênfase ao sistema de injeção
eletrônica, que em substituição ao sistema de carburação, contribuiu para o desenvolvimento
automotivo, econômico e ambiental, já que os sistemas mais antigos emitiam gases de efeito
estufa pelo escapamento de forma mais abrangente do que hoje.

Palavras-chave: sistema de alimentação; motores de combustão interna; injeção eletrônica.


Sumário

1. INTRODUÇÃO_____________________________________________________6

2. METODOLOGIA____________________________________________________6

3. REVISÃO DE LITERATURA____________________________________________7

4. CONCLUSÕES_______________________________________________________19

5. REFERÊNCIAS_______________________________________________________19
1. INTRODUÇÃO

Atualmente a humanidade tem se desenvolvido de forma rápida em relação às


tecnologias, portanto, o aperfeiçoamento de veículos automotores tem sido estudado de forma
intensa nos últimos anos. Foram desenvolvidas muitas experiências para se chegar ao sistema
de alimentação automotiva atual, desde o motor a vapor em 1797 até a injeção eletrônica em
1957. Nesse período os motores foram sendo desenvolvidos e modificados, usando um
combustível capaz de fazer o motor se movimentar.
O sistema de alimentação de ar é de fundamental importância para o funcionamento
correto do motor, pois se estiver parcialmente obstruído faltará ar para a combustão e a
mistura ar-combustível ficará desequilibrada, ocasionando carbonização junto aos anéis dos
pistões e válvulas do motor (SANTOS, 2021)
A injeção eletrônica é uma das inovações tecnológicas mais importantes dos últimos
anos em termos de alimentação automotiva. Trata-se de um sistema capaz de substituir o
antigo carburador e capaz de melhorar o desempenho dos automóveis, contribuindo para a
diminuição de gases poluentes oriundos da queima de combustível. O cérebro desse sistema
sofisticado é uma central de comando (módulo). A unidade de comando recebe uma série de
sinais de entrada, proveniente dos sensores instalados no motor, que enviam informações
precisas referentes ao seu funcionamento. A unidade, por sua vez, processa as informações
recebidas e calcula o tempo adequado de injeção através de um sinal elétrico (MAHLE,
2019).
Neste trabalho pretendemos fazer uma pesquisa documental acerca das inovações
relacionadas aos sistemas de alimentação automotivos, relacionando-as com as tecnologias
antigas dos motores de combustão interna, a fim de verificar as principais vantagens obtidas
com o desenvolvimento do sistema de injeção eletrônica.

2. METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura e se propôs a descrever o


desenvolvimento das tecnologias aplicadas ao sistema de alimentação automotivo, a partir da
pesquisa de referencial teórico em produções técnicas e científicas, identificando os princípios
básicos de funcionamento desse sistema nos motores de combustão interna, seus principais
componentes e vantagens. Para isso, tomamos como base alguns manuais técnicos, artigos,
sites de fabricantes e apostilas de cursos técnicos em mecânica automotiva.
3. REVISÃO DE LITERATURA

Neste capítulo serão abordados os princípios básicos de funcionamento acerca do


sistema de alimentação nos motores de combustão interna e seus componentes.

2.1 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Os motores de combustão interna são compostos por dispositivos e sensores com o


objetivo de geração de calor através da queima de combustível, podendo seu acionamento ser
tanto manual como automático. Para tal, os sistemas de combustão normalmente trabalham a
partir do consumo de combustíveis inflamáveis, como a gasolina, o etanol e o óleo diesel,
regulados com o auxílio de válvulas, instaladas em conjunto com o equipamento.
O sistema de alimentação do motor de combustão interna é capaz de transformar
energia térmica em energia mecânica a partir da explosão de uma mistura de ar e combustível.
Essa tecnologia é amplamente utilizada na atualidade e permite a otimização de processos,
facilitando significativamente a vida do ser humano (JUNIOR, 2019).

3.1.1 Componentes

Os motores a combustão interna são aqueles em que o combustível é queimado


internamente. Um mecanismo constituído por pistão, biela e virabrequim é que transforma a
energia térmica (calorífica) em energia mecânica. O movimento alternativo (vai e vem) do
pistão dentro do cilindro é transformado em movimento rotativo através da biela e do
virabrequim (PEREIRA, 2017). Alguns desses componentes podem ser visualizados na
Figura 1.
Figura 1: Componentes internos de um motor de combustão interna.

Fonte: (Melis,2019).
Santana (2017) descreve cada componente do motor, conforme apresentado a seguir:
Bloco: O bloco é a maior parte do motor e sustenta todas as outras partes. Nele estão
contidos os cilindros, geralmente em linha nos motores de tratores de rodas. Normalmente são
construídos de ferro fundido, mas a este podem ser adicionados outros elementos para
melhorar todas as suas propriedades. Alguns blocos possuem tubos removíveis que formam as
paredes dos cilindros, chamadas de “camisas”. Estas camisas podem ser “úmidas” ou “secas”,
conforme entrem ou não em contato com a água de refrigeração do motor.
Cabeçote: Este componente fecha o bloco na sua parte superior, sendo que a união é
feita por parafusos. Normalmente, é fabricado com o mesmo material do bloco. Entre o bloco
e o cabeçote existe uma junta de vedação.
Cárter: O cárter fecha o bloco na sua parte inferior e serve de depósito para o óleo
lubrificante do motor. Normalmente, é fabricado de chapa dura, por prensagem. (Motores a
combustão interna,2013).
Biela: É a parte do motor que liga o pistão ao virabrequim. É fabricado de aço forjado e
dividido em três partes: cabeça, corpo e pé. A cabeça é presa ao pistão pelo pino e o pé está ligado ao
virabrequim através de um material antifricção, chamado casquilho ou bronzina.
Virabrequim: É também chamado de virabrequim ou árvore de manivelas. É fabricado em
aço forjado ou fundido. Possui mancais de dois tipos: excêntricos – estão ligados aos pés das bielas;
de centro – sustentam o virabrequim ao bloco.
Volante: É constituído por uma massa de ferro fundido e é fixado no virabrequim.
Acumula a energia cinética, propiciando uma velocidade angular uniforme no eixo de
transmissão do motor. O volante absorve energia durante o tempo útil de cada pistão
(expansão devido à explosão do combustível), liberando-a nos outros tempos do ciclo (quando
cada pistão não está no tempo de potência), concorrendo com isso para reduzir os efeitos de
variação do tempo do motor.
Válvulas: Existem dois tipos de válvulas: de admissão e de escape. Elas são acionadas
por um sistema de comando de válvulas. O movimento do virabrequim é transmitido para o
eixo de comando de válvulas por meio de engrenagens. O eixo de comando de válvulas liga-
se por uma vareta ao eixo dos balancins. Este, por sua vez, é que acionará as válvulas. A
abertura e o fechamento das válvulas estão relacionados com o movimento do pistão e com o
ponto de injeção, de modo a possibilitar o perfeito funcionamento do motor.
3.1.2 Funcionamento

O funcionamento de um motor a combustão interna pode ocorrer em 2 tempos ou em 4


tempos, e depende do ciclo termodinâmico utilizado (Otto ou Diesel). Em um motor Otto que
tem seu ciclo de trabalho operando em 4 tempos temos as seguintes etapas:
1º tempo: Admissão — No início, o pistão está em cima, isto é, no chamado ponto
morto superior. Nesse primeiro estágio, a válvula de admissão abre e o pistão desce, sendo
puxado pelo eixo virabrequim. Uma mistura de ar e vapor de gasolina entra pela válvula para
ser “aspirada” para dentro da câmara de combustão, que está sob baixa pressão. O pistão
chega ao ponto morto inferior, e a válvula de admissão fecha, completando o primeiro tempo
do motor (FOGAÇA, 2019).
2º tempo: Compressão — O pistão sobe e comprime a mistura de ar e vapor de
gasolina. O tempo de compressão fecha quando o pistão sobe totalmente. (FOGAÇA, 2019).
3º tempo: Explosão ou combustão — Para dar início à combustão da mistura
combustível que está comprimida, solta-se uma descarga elétrica entre dois pontos da vela de
ignição. Essa faísca da vela detona a mistura e empurra o pistão para baixo, fazendo com que
ele atinja o ponto morto inferior (FOGAÇA, 2019).
4º tempo: Escape — A mistura de ar e combustível foi queimada, mas ficaram alguns
resíduos desta combustão que precisam ser retirados de dentro do motor. Isso é feito quando o
pistão sobe, a válvula de escape abre, e os gases residuais são expulsos (FOGAÇA, 2019).

2.2 SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO NO MOTOR DIESEL

O sistema de alimentação no motor diesel é composto por dois circuitos: o circuito de


ar e o circuito de combustível. O conjunto de mecanismos têm por função suprir uma
quantidade correta de combustível ao motor, de acordo com a velocidade e a carga que lhe é
imposta.
Alguns dos elementos que compõem esses circuitos são apresentados na Figura 2,
como o pré-filtro, o filtro, o coletor de admissão e a válvula de admissão.
Figura 2: Motores a combustão interna e a transmissão de suas potências

Fonte: GIMENEZ, 2019.

O pré-filtro está localizado antes do filtro primário de ar e tem como função reter
partículas grandes contidas no ar, conforme podemos visualizar na Figura 3.

Figura 3: Pré filtro de ar completo (bocal 75mm).

Fonte: TM Parts, 2022.

Outro elemento importante é o filtro de ar, que tem como função reter pequenas
partículas contidas no ar. Podem ser de dois tipos: em banho de óleo ou de ar seco.
Nos filtros em banho de óleo (Figura 4) o ar passa por uma camada de óleo antes de
atravessar o elemento filtrante. O elemento filtrante é fabricado de palha de coco e não é
trocado, devendo ser limpo periodicamente.
Figura 4: Filtro de ar em banho de óleo do sistema de alimentação diesel.

Fonte: VARELLA, 2012.

Os filtros de ar seco são constituídos por dois elementos filtrantes descartáveis: o


elemento primário de papel; o elemento secundário de feltro (VARELLA, 2012).
O elemento primário de papel (Figura 5) aceita limpezas e deve ser limpo sempre que
for avisado pelo indicador de restrição. O indicador de restrição é um dispositivo mecânico do
circuito de ar do sistema de alimentação de tratores agrícolas que avisa ao operador da
necessidade de limpeza do elemento primário do filtro de ar. A restrição da passagem de ar
pelo filtro reduz a eficiência do elemento filtrante, podendo levar o motor a perder potência,
aumentar o consumo e provocar superaquecimento. Já o elemento secundário de feltro (Figura
6) não aceita limpezas e apenas deve ser substituído periodicamente (VARELLA, 2012).

Figura 5: Filtro de ar seco externo novo Ford cargo

Fonte: VARELLA, 2012.


Figura 6: Elemento Filtrante de Ar de Segurança

Fonte: VARELLA, 2012.

2.2.1 Turbocompressor

Segundo Varella (2012), o turbocompressor, também conhecido como turbo ou turbo


charger, é um equipamento adicionado aos motores de combustão interna que aproveita os
gases de escape para injetar ar nos cilindros (câmara de combustão). Um turbocompressor
inclui um par de rotores radiais, ligados num só eixo, que giram de um lado como turbina e do
outro como compressor.
O turbo compressor fica ligado ao coletor de escape de um motor de combustão
interna, e aproveita a energia dos gases de escape, gerados no motor, para girar uma turbina
conectada por meio de um eixo comum a um rotor o qual tem a função de bombear ar para os
cilindros.

Figura 7: Elemento Filtrante de Ar de Segurança

Fonte: SIMPLO, 2019.


2.2.2 Intercooler

O intercooler (Figura 8) é um trocador de calor, posicionado entre o turbo e o coletor


de admissão. Ele é amplamente utilizado para melhoramento de performance e redução do
consumo de combustível. Pode encontrado em diversas dimensões e tem uma função
semelhante ao do radiador. Ao invés de controlar a temperatura da água ele resfria o ar mais
denso, permitindo maior admissão melhorando a potência do motor.

Figura 8: Como funciona o Turbo.

Fonte: Blog Canal da Peça, 2022.

2.3 SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO NO MOTOR OTTO

Os motores do ciclo Otto, diferentemente dos motores do ciclo diesel no qual


admitem somente ar, admitem uma mistura de ar e combustível. A seguir serão descritos os
principais tipos de sistemas de alimentação encontrados nos motores Otto.

2.3.1 Sistema convencional

Esse sistema é composto pelos seguintes componentes:


 Bateria: responsável por alimentar com baixa voltagem o primário da bobina
(MAHLE, 2019)
 Bobina: dispositivo destinado a elevar a voltagem elétrica recebida da bateria para
alimentar as velas do distribuidor (MAHLE, 2019).
 Distribuidor: dispositivo destinado a interromper ou alterar a baixa voltagem de
alimentação do primário da bobina distribui a alta voltagem de saída da bobina para as velas.
Os principais componentes do distribuidor são: platinado, condensador e rotor (MAHLE,
2019).
O platinado dispõe de um contato, comandado pelos ressaltos do eixo do distribuidor,
que, quando abre, interrompe ou alterna a baixa voltagem de alimentação da bobina e permite
a aplicação da alta voltagem nas velas. A corrente no contato, no instante da interrupção, é a
ordem de 2A a 3A, que é considerada alta, e provoca desgaste no contato. O condensador é
um dispositivo cuja finalidade é eliminar o centelhamento no platinado e aumentar a alta
voltagem do secundário da bobina destinada às velas. O rotor fica acoplado na parte superior
do eixo do distribuidor e serve para distribuir a alta voltagem para as velas no momento exato
em que cada pistão estiver comprimindo a mistura (MAHLE, 2019).
 Vela: dispositivo através do qual a faísca ocasionada pela alta tensão inflama a
mistura comprimida no cilindro. Além disso, as velas de ignição devem resistir a mudanças
bruscas de temperatura e pressão, alta voltagem, vibração mecânica e corrosão química de
gases da combustão. As velas podem ser classificadas de acordo com seu grau térmico como
quentes ou frias. É aconselhável, na substituição das velas, observar o índice térmico
recomendado pelo fabricante do motor (MAHLE, 2019).

2.3.2 Sistema transistorizado com platinado

O sistema Transistorizado com Platinado utiliza o platinado como "interruptor


mecânico" ligado ao circuito de base do transistor. Desse modo o transistor é ligado e
desligado. (MAHLE, 2019).
Como a corrente de base do transistor é muito menor que a da bobina
(aproximadamente 1/10), o platinado praticamente não se desgasta nem será preciso o uso do
condensador. A saturação da bobina fica garantida e assim a voltagem no seu secundário é a
máxima possível. (MAHLE, 2019).
Como a bobina deve ser dimensionada especialmente para este sistema de ignição e a
ligação é instantânea, não há queda de voltagem no secundário devido à rotação do motor.
(MAHLE, 2019).
Algumas das vantagens que o Sistema Transistorizado com Platinado apresenta são as
seguintes:
- Corrente pequena no platinado.
- Obtenção de maior corrente no primário da bobina (cerca de 20% a mais);
- Produção de maior voltagem no secundário da bobina;
- O sistema não é afetado pela rotação do motor.
Como esse sistema não elimina o platinado, podemos “reverter’’ para o sistema
convencional no caso de falha do sistema eletrônico (MAHLE,2019).
2.3.4 Sistema transistorizado sem platinado ou sistema de impulso magnético

Nesse sistema o platinado é substituído por um “sensor” ligado à mesma base do


circuito anterior. Este sensor magnético é formado por um ímã permanente e por uma bobina
de captação de voltagem. O ímã permanente possui um dente para cada cilindro, sendo o
substituto de came convencional. O resto do sistema do distribuidor permanece inalterado
(MAHLE, 2019).
Como a voltagem na saída do sensor é muito pequena, usa-se um “amplificador de
pulsos” para excitar o transistor que liga e desliga o primário da bobina. A boina também é
especialmente projetada para o sistema. No primário ela tem menos espiras que a bobina
comum. Portanto produz maior voltagem no secundário, inclusive em altas velocidades
(MAHLE, 2019).
Além dos sistemas citados existem outros, pouco usados no Brasil, tais como “Sistema
de Ignição por Descarga Capacitativa” e “Sistema Conjugado de Ignição” (MAHLE,2019)

2.3.5 Sistema de alimentação por Injeção eletrônica

Os sistemas de injeção eletrônica foram criados para substituir o carburador e


melhorar o desempenho dos carros. Ele abastece o combustível e evita a poluição urbana, que
ocorre devido aos sistemas que controlam a mistura de ar e combustível no motor do veículo
(MOURA, 2019)

2.3.5.1 Componentes da injeção eletrônica

 Central de Informações: é conhecida por unidade de comando. Os sensores irão


enviar os dados para a Central que controla o motor do automóvel e a injeção de combustível,
além disso, ela é responsável por armazenar as informações necessárias para o sistema (Figura
9).
Figura 9: Central de informações

Fonte: DIAS, 2015.

 Sensores: analisam o funcionamento do motor e as informações são transferidas


para a Central que verifica a pressão, a proporção dos reagentes que queimam o combustível ,
temperatura do motor, se o automóvel sofre uma pane elétrica, por exemplo, você tem todas
as informações registradas. Basicamente, os sensores são responsáveis pela coleta de
informações do funcionamento do motor, aceleração, quantidade de combustível sendo
injetado, etc. Eles são instalados em posições específicas do motor, buscando a medição
exata. (MOURA, 2019)
 Atuadores: respondem pela queima do combustível no motor do automóvel e pela
alimentação, enviando os comandos para a Central de Informações. Os atuadores são todos os
componentes do sistema de injeção eletrônica que realmente trabalham na resolução das
demandas do módulo controlador. São eles:
- Injetores: Responsáveis pela injeção de combustível no motor, a central controla a
quantidade de combustível através do tempo que mantêm o injetor aberto ( tempo de injeção)
(MOURA, 2019), conforme ilustrado na Figura 10.

Figura 10: Injetor de combustível do tipo multiponto indireto.

Fonte: Wikipédia (2021).


- Bobinas: Componente que fornece a faísca para o motor (Figura 11). Os sistemas
antigos utilizam uma bobina e um distribuidor para distribuir a faísca por todo os cilindros,
havendo também uns sistemas mais modernos que utilizam uma bobina ligada diretamente a
dois cilindros ou até uma bobina por cilindro. Sendo que a central é responsável pelo avanço
e sincronismo das faíscas. (Meca-Wiki, 2019).

Figura 11: Motor de passo, através do movimento da ponta cônica ele permite mais ou menos
da passagem de ar.

Fonte: WIKIPÉDIA, 2019.

- Bomba de combustível: Responsável por fornecer o combustível sob pressão aos


injetores. Na maioria dos sistemas é instalada dentro do reservatório (tanque) do automóvel,
ela bombeia o combustível de forma constante e pressurizada, passando pelo filtro de
combustível até chegar aos injetores (WIKIPEDIA, 2019).
- Válvula purga canister: Permite a circulação dos gases gerados no reservatório de
combustível para o motor. Normalmente é acionada com motor em alta exigência
(WIKIPEDIA, 2019).
- Eletroventilador de arrefecimento: Posicionado atrás do radiador, ele é acionado
quando o motor se encontra em uma temperatura alta, gerando passagem de ar pelo radiador
mesmo quando o automóvel estiver parado. Nos sistemas modernos ele é desativado se o
automóvel estiver acima de 90 KM/H (WIKIPEDIA, 2019).
- Luz avaria do sistema: Permite a central avisar ao condutor do automóvel que existe
uma avaria no sistema da injeção eletrônica, ela armazena um código de falha referente ao
componente e aciona a estratégia de funcionamento para o respectivo componente permitindo
que o veículo seja conduzido até um local seguro ou uma oficina (WIKIPEDIA, 2019).
Todos esses componentes constituem o sistema de injeção eletrônica e podem ser
visualizados na Figura 12.
Figura 12: sistema de injeção eletrônica

Fonte: COSTA, 2017.

2.3.5.2 Funcionamento da injeção eletrônica

A injeção eletrônica fornece alimentação de combustível ao motor e também analisa


continuamente as variações que interferem em seu funcionamento. O sistema de injeção tem
controle sobre o combustível do motor. Um chip é instalado na peça controlando a entrada de
combustível e de ar no motor, de acordo com as faixas de rotação. A combustão é mais eficaz,
também podendo realizar a leitura do funcionamento do motor, os ajustes são feitos através
dos dados que são obtidos para a melhor avaliação e rendimento do veículo. (Chip-tronic-
2019)

2.3.5.2 Vantagens da injeção eletrônica

A injeção eletrônica permite que o motor sempre trabalhe em melhores condições,


adequando o consumo de combustível e tornando o processo de combustão eficiente e
econômico (CHIPTRONIC, 2021).
Com a eficiência maior, o veículo passa a consumir menos combustível, se tornando
mais econômico e, consequentemente, reduzindo a quantidade de emissões (CHIPTRONIC,
2021).
Não apresenta problemas na partida do veículo, algo comum aos motores carburados,
principalmente em dias frios (CHIPTRONIC, 2021).

3. CONCLUSÕES

O trabalho foi concluído com todos os objetivos alcançados com pesquisas e estudos
diversificados referente ao sistema de alimentação nos motores de combustão interna. Onde
foi confirmado a sua eficiência na indústria automotiva, mostrando a capacidade de se
aperfeiçoar com o passar do tempo, fornecendo uma grande mudança social, econômica,
ambiental e reduzindo assim os gases de efeito estufa diminuindo impactos no meio ambiente.
Concluímos que o sistema mais avançado, por injeção eletrônica, foi criado para
substituir os carburadores para melhor desempenho dos automóveis. Ele é alimentado com
combustível e evita a poluição nas cidades, o que acontece por conta do sistema que controla
a mistura de ar e combustível motor do veículo. Além da injeção eletrotônica outro sistema
bastante usado é o motor a diesel que é uma máquina que transforma energia térmica em
mecânica e essa energia é obtida a partir da combustão diesel dentro do cilindro do motor que,
por sua vez é similar ao ciclo Otto, tendo o mesmo princípio de admissão, compressão,
combustão e descarga. Contudo, o motor a diesel utiliza uma compressão mais elevada,
inflamando o combustível em vez de usar a vela de ignição.

REFERÊNCIAS

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<https://www.canaldapeca.com.br/blog/como-funciona-o-intercooler/#:~:text=Ele
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http://carroetecnica.com.br/2017/03/14/injecao-eletronica-e-mais-que-bico-injetor/. Acesso:
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DIAS, Bruno Martin de Alcântara. Unidade microcontroladora para gerenciamento


eletrônico de um motor de combustão interna ciclo Otto. São Paulo. 2015. 269p.
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