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FACULDADE DE ENGENHARIAS
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA
Tema:
Projecto de pesquisa
Autor:
Arlindo Júnior Nhadevele
Docente supervisor:
Marcos Ballat
Projecto de pesquisa
Autor:
Docente supervisor:
Marcos Ballat
3.1 Orçamento.......................................................................................................................... 13
Os motores a combustão são, ate um futuro próximo, o principal meio de geração de energia
motriz em todo o mundo. De motonetas à aviões, estes motores se tornaram motivo de orgulho,
principalmente quando relacionados a carros potentes mas também se tornaram um dos
principais focos das acções contra o aquecimento global.
1.1 Justificativa
Este estudo surgiu das diversas constatações verificadas nos motores de combustão interna
assim como os de combustão externa, durante a pesquisa realizada fomos notando que os
motores de combustão interna são os mais utilizados em diversas máquinas, transformando
qualquer tipo de energia em energia mecânica. De facto, na medida em que ia pesquisando, fui
notando que a combustão interna de pistão está dividida em dois ciclos nomeadamente, ciclo
de Otto (gasolina) e o ciclo a Diesel (óleo a diesel), com vista a minimizar os trabalhos dos
mecânicos, o pesquisador foi analisando pausadamente este problema. Portanto, essas foram
as motivações para a ocorrência deste estudo.
1.2 Problema
Como tornar os motores de combustão interna menos poluentes ao meio ambiente?
1
1.3 Hipóteses
2.1 Motores
Motor de combustão interna é uma máquina térmica que transforma energia térmica
(proveniente de uma reacção química) em energia mecânica. (Moreira, Barroso, Ribeiro, &
Dos Santos, 2015)
Distinguem-se aqui os dois principais tipos de motores, os que funcionam segundo a aspiração
da mistura ar - combustível (Ciclo Otto) e posteriormente promovem a combustão pela queima
da mistura através de uma faísca, e os motores que aspiram apenas o ar e, logo após a
compressão, é pulverizado o combustível que logo promove a queima devido ao elevado calor
e pressão gerados pela compressão do ar de admissão (Ciclo Diesel).
(Tillmann, 2013, p. 45)
Bloco do motor:é uma peça em ferro ou alumínio que aloja os cilindros (locais onde se
movimentam os pistões) e os suportes de apoio da cambota. É o elemento principal do motor.
A disposição dos cilindros no bloco pode ser em linha, em “V” ou radial. Normalmente os
blocos são construídos de ferro fundido, o que lhe proporciona boa resistência, trabalho a altas
temperaturas, facilidade de usinagem e um menor custo. (Furlani & Da Silva, Motores de
Combustao Interna, 2006)
Cárter: é a parte inferior do motor que tem a função de armazenar óleo de lubrificação e do
seu respectivo arrefecimento. É um recipiente que protege e assegura a lubrificação de
determinados mecanismos do motor. Dependendo do tipo de motor em que se encontra, a sua
função é diferente. Em motores a quatro tempos, o cárter assegura a lubrificação das partes
móveis do motor, na medida em que é onde se encontra o óleo usado para a lubrificação.
Também constitui o envolvimento da cambota, sendo dividido, por vezes, em cárter inferior e
superior, respectivamente. Por outro lado, em motores a dois tempos, o óleo não é armazenado
no cárter, sendo misturado com o combustível e o ar.
Figura 3: Cárter
O pistão é dos elementos mais importantes de um motor, visto que é animado de grandes
velocidades, tem de resistir a enormes pressões e temperaturas resultantes da combustão e
transmitir a força resultante à biela. Os segmentos em volta do pistão devem ainda assegurar
boa estanquicidade com o cilindro, dissipando para este o calor recebido da combustão. (Silva,
Santos, Ribeiro, & Barroso, 2015)
Figura 4: Pistão
A biela é o órgão que faz a união do êmbolo à cambota, transforma deste modo o movimento
alternativo do êmbolo em movimento rotativo da cambota. A biela é dividida em três partes: o
pé da biela que esta ligada ao êmbolo através do cavilhão; a cabeça é aquela que faz a ligação
com a cambota abraçando um moente desta com interposição de uns casquilhos, a cabeça divide
se em duas partes por forma a permitir a ligação e separação da biela à cambota, por fim temos
o corpo da biela que se situa entre a cabeça e o pé este tem normalmente uma secção transversal
em duplo T. As bielas têm deste modo de ser resistentes, rígidas e leves. (Silva, Santos, Ribeiro,
& Barroso, 2015)
A cambota tem como principal função receber o movimento alternativo e linear do êmbolo e
da biela e, transformá-lo em movimento de rotação, dando origem a um binário. A cambota é
constituída pelos seus apoios que a fixam ao berço da mesma, os moentes onde se fixam as
cabeças das bielas e em oposição a estes moentes os contrapesos para equilíbrio da cambota.
Tem ainda os discos de união da cambota ao volante do motor. (Silva, Santos, Ribeiro, &
Barroso, 2015)
Figura 6: Cambota
A árvore de cames é um veio de ressaltos que comanda as válvulas, esta roda a metade da
velocidade da cambota. Os motores podem ser de árvore de cames lateral ou á cabeça consoante
a sua localização. No entanto o número utilizado e a localização da árvore de cames depende
do tipo de motor e foi evoluindo ao longo da história. (Silva, Santos, Ribeiro, & Barroso, 2015)
Figura 7: Árvore de Cames
As válvulas têm a função de permitir que os gases entrem e saiam do cilindro, fechando ou
abrindo a comunicação entre o cilindro e os colectores de admissão ou de escape. Cada válvula
está dividida em duas partes: a cabeça, cujo desenho varia conforme seja de admissão ou de
escape, a sua forma facilita o escoamento dos gases frescos para dentro ou para fora; e a haste,
que tem a função de guiamento, isto é, meio transmissor de calor. A válvula de escape tem a
função de permitir que os gases saiam do cilindro enquanto a válvula de admissão mantém a
comunicação com o sistema de alimentação. (Silva, Santos, Ribeiro, & Barroso, 2015)
Figura 8: Válvulas
• Ponto morto superior (PMS): posição do êmbolo mais próxima a parte superior do bloco
(posição máxima);
• Ponto morto inferior (PMI): posição do êmbolo mais próxima a árvore de manivelas; -
câmara de compressão: volume que fica no cilindro depois que o êmbolo atinge seu ponto
máximo (PMS), também chamada de câmara de combustão;
• Curso: espaço linear percorrido pelo êmbolo do PMI ao PMS e vise-versa; - tempo:
corresponde a um curso do êmbolo ou a meia volta da árvore de manivelas (180 graus)
(Furlani & Silva, Motores de Combustão Interna, 2006)
• Admissão: o êmbolo desloca-se do PMS movimentando-se para baixo até o PMI, criando
uma depressão no interior da câmara. A válvula de admissão está aberta, fazendo com que
a mistura (ar mais combustível) seja aspirada para o interior do cilindro. A válvula de
admissão abre-se um pouco antes do êmbolo iniciar a descida e se fecha logo depois que o
mesmo atinge o PMI. Neste tempo a árvore de manivelas deu um giro de 180 graus.
Figura 9: Admissão
• Compressão: o êmbolo começa a deslocar-se do PMI, fecha-se a válvula de admissão, a
mistura admitida no tempo anterior é então comprimida na câmara de combustão até que o
êmbolo atinja o PMS. A árvore de manivelas deu mais um giro de 180 graus, completando
agora uma volta completa.
• Explosão/expansão:a vela de ignição produz uma centelha eléctrica (um pouco antes do
êmbolo atingir o PMS na fase de compressão), provocando a combustão da mistura ar mais
combustível, que gera um aumento da temperatura e pressão no interior do cilindro,
impulsionando o êmbolo do PMS ao PMI. A força do êmbolo transmite-se a biela e desta
• Escape: ocorre o escape dos gases da combustão para o meio externo, a válvula de escape
abre-se e o movimento ascendente do êmbolo do PMI ao PMS elimina os gases. Quando o
êmbolo atinge o ponto morto superior deste tempo, o cilindro já está pronto para reiniciar
o ciclo, ou seja, recebe uma nova mistura de ar mais combustível. Neste tempo a árvore de
14 manivelas deu mais um giro de 180 graus, o que, somado aos demais tempos,
corresponde a duas voltas completas.
• Admissão: neste tempo o êmbolo movimenta-se do PMS até o PMI. Com a válvula de
admissão aberta ocorre a aspiração somente de ar no interior do cilindro. Diferencia-se do
ciclo Otto que ocorre a aspiração da mistura ar mais combustível. A árvore de manivelas
gira 180 graus
Compressão: com as duas válvulas fechadas, o êmbolo desloca-se do PMI até o PMS,
ocorrendo então a compressão do ar (diferencia-se do ciclo Otto pelas altas pressões de
compressão atingidas). Neste tempo a árvore de manivelas gira mais 180 graus, completando
uma volta.
• Explosão/expansão: quando o êmbolo está em sua posição máxima (PMS), o bico injector
pulveriza fina e fortemente um certo volume de combustível no interior da câmara de
combustão. Neste momento o ar está a uma temperatura de 500 a 700 o C e a alta pressão,
o diesel injectado nessas condições faz com que ocorra a auto-ignição, impulsionando o
êmbolo a PMI, fazendo com que a biela transmita a força à árvore de manivela. Neste tempo
ocorre a realização de trabalho mecânico.
Figura 15: Explosão ou expansão
• Escape: neste tempo, com a válvula de escape aberta, os gases queimados são expelidos
para fora do cilindro pelo movimento do êmbolo do PMI ao PMS (Figura 16b), encerrando-
se assim o ciclo
Para este capítulo do trabalho de pesquisa (projecto), os pesquisadores basearam-se numa obra,
que vai de acordo com o tema referido. O trabalho foi feito com base na internet (websites para
estudantes), pesquisas em bibliotecas. Os pesquisadores usaram o método literário como
auxilio para a realização do projecto, procurando obras que tem a ver com o tema do mesmo.
O tipo de fonte usada foi fonte secundária, a pesquisa foi qualitativa. O tema foi escolhido
porque há necessidade de estudar as condições de um motor de combustão interna e também
há necessidade de melhoria para que haja menor poluição do meio ambiente.
Verificou-se dois principais tipos de motores, os que funcionam segundo a aspiração da mistura
ar - combustível (Ciclo Otto) e posteriormente promovem a combustão pela queima da mistura
através de uma faísca, e os motores que aspiram apenas o ar e, logo após a compressão, é
pulverizado o combustível que logo promove a queima devido ao elevado calor e pressão
gerados pela compressão do ar de admissão (Ciclo Diesel).
Na pesquisa qualitativa, viu-se que um motor contém partes fixas e partes móveis. As primeiras
são as que não se movimentam quando o motor se encontra em funcionamento, enquanto que
as últimas são aquelas que se movimentam nessa mesma situação.
3.1 Orçamento
Descrição Quantidade Valor Unitário (mts)
• Furlani, C. E., & Silva, R. P. (2006). Motores de Combustão Interna. Sao Paulo: lamma.
• Lima, F. L., Soares, I. F., Da Costa, M. S., Silva, N. F., & De Sousa, P. J. (2009). Motores
de Combustao Interna.
• Moreira, E. M., Barroso, J. D., Ribeiro, M. S., & Dos Santos, S. A. (2015). Motores de
combustao interna.
• Silva, E. M., Santos, S. A., Ribeiro, M. S., & Barroso, J. D. (2015). MOTORES DE
COMBUSTAO INTERNA. Portugal.