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FACULDADE ANHEMBI MORUMBI

ELIZIÁRIO SEVERINO DE OLIVEIRA

CENÁRIO E TECNOLOGIAS EM MOTORES CICLO OTTO


NO BRASIL

Anápolis
2022
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ELIZIÁRIO SEVERINO DE OLIVEIRA

CENÁRIO E TECNOLOGIAS EM MOTORES CICLO OTTO


NO BRASIL

Projeto de Pesquisa Parcial como


requisito para aprovação na
Disciplina de Pré-projeto Final do
Curso em Engenharia Mecânica da
Faculdade Anhembi Morumbi.
Orientador:

Anápolis
2022
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RESUMO

O motor de ciclo Otto tem grande relevância no mercado automobilístico, sendo um dos
motores térmicos com maior rendimento energético, aproveitando a energia da queima do
combustível nos cilindros para gerar movimento que resulta em trabalho mecânico. Dessa
forma, objetivou-se avaliar teoricamente o atual cenário dos motores ciclo Otto e as
principais tecnologias envolvidas neste contexto no Brasil. Foi adotada a metodologia de
revisão bibliográfica, com busca de estudos nas plataformas Google acadêmico, Scientific
Electronic Library Online – Scielo, Portal de Periódicos da Capes e as bibliotecas digitais
de Teses e Dissertações das principais universidades brasileiras. Tratou-se de um estudo
bibliográfico baseado nos seguintes descritores de busca: motor de combustão interna,
ciclo Otto, tecnologias. Será realizado um levantamento de dados anteriores para verificar
a evolução dos motores de ciclo Otto no Brasil e de dados atuais, dos últimos 10 anos,
como uma pesquisa bibliográfica, levantando dados de resumos expandidos, artigos,
dissertações e teses para verificar as principais tecnologias empregadas nos motores
automobilísticos na atualidade. Os critérios de inclusão foram elencar apenas artigos,
estudos e obras publicadas em língua portuguesa e disponíveis na íntegra para leitura. Com
a realização deste estudo busca-se evidenciar as principais características de motores de
combustão interna e ciclo Otto, demonstrar a evolução dos motores no Brasil e os principais
fatores que acarretaram o desenvolvimento, citar os principais estudos que estão sendo
realizados com motores Otto e identificar as principais tecnologias em motores automotivos
no mercado brasileiro, assim como disponibilizar informações relevantes para a sociedade.

Palavras-chave: Combustão Interna, Eficiência, Combustível, Automobilístico.


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ABSTRACT

The Otto cycle engine has great relevance in the automobile market, being one of the
thermal engines with the highest energy efficiency, taking advantage of the energy of
burning fuel in the cylinders to generate movement that results in mechanical work. Thus,
the objective was to theoretically evaluate the current scenario of Otto cycle engines and
the main technologies involved in this context in Brazil. The bibliographic review
methodology was adopted, with a search for studies on the academic Google platforms,
Scientific Electronic Library Online - Scielo, Portal de Periódicos da Capes and the digital
libraries of Theses and Dissertations of the main Brazilian universities. It was a
bibliographical study based on the following search descriptors: internal combustion engine,
Otto cycle, technologies. A survey of previous data will be carried out to verify the evolution
of Otto cycle engines in Brazil and current data, from the last 10 years, as a bibliographical
research, raising data from expanded abstracts, articles, dissertations and theses to verify
the main technologies used in automobile engines today. The inclusion criteria were to list
only articles, studies and works published in Portuguese and available in full for reading.
With this study, we seek to highlight the main characteristics of internal combustion engines
and Otto cycle, to demonstrate the evolution of engines in Brazil and the main factors that
led to their development, to cite the main studies that are being carried out with Otto engines
and to identify the main technologies in automotive engines in the Brazilian market, as well
as providing relevant information to society.

Keywords: Internal Combustion, Efficiency, Fuel, Automobile.


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SUMÁRIO

RESUMO ........................................................................................................................... 2

ABSTRACT ....................................................................................................................... 3

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 7

2.1 MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA ....................................................................... 7


2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA ............................ 8
2.3 COMBUSTÍVEIS E EMISSÃO DE GASES EM MOTORES CICLO OTTO .............. 10
3. OBJETIVOS .............................................................................................................. 13

3.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 13


3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 13
4. METODOLOGIA ........................................................................................................ 14

5. RESULTADOS ESPERADOS ................................................................................... 15

6. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 16
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1. INTRODUÇÃO

Os motores de combustão interna são máquinas que utilizam a combustão para


converter a energia química contida em um combustível em energia mecânica. Por causa
da sua simplicidade, robustez e elevada razão potência/peso, esta máquina térmica tem
sido responsável por suprir uma considerável parcela da geração de energias requeridas
pelo cotidiano da nossa sociedade. Elas têm sido utilizadas de forma global e intensa como
motores automotivos, aeronáuticos, de embarcações, trens e também como geradores de
potência industrial e rural para as mais variadas aplicações. A maior parte destes motores
utiliza combustíveis líquidos de origem fóssil apresentando por isso vários inconvenientes
(RODRIGUES FILHO, 2014).
A evolução no mercado automotivo é contínua e as grandes organizações desse
setor buscam sempre lançamentos inovadores em seus produtos para manter-se
competitiva no negócio. Um fator de grande relevância é a preocupação com a economia
de combustível e com a poluição da atmosfera que cresce a cada dia, necessitando aplicar
novas tecnologias para alcançar resultados satisfatórios na solução desses desafios.
Entretanto, para desenvolver novas soluções no setor de motores é necessário inicialmente
ter total domínio e controle no funcionamento desse componente, como também conhecer
as tecnologias, ou seja, ter um domínio no mercado em que se atua (ALBALADEJO, 2013).
Os motores de combustão interna têm sido modificados e melhorados ao longo dos
anos, de acordo com as necessidades da indústria automobilística. Desta forma, motores
mais leves, económicos e potentes têm sido projetados, bem como a utilização de novos
materiais, e melhorias nos mecanismos acoplados ao motor (FERNANDES, 2015).
Com o passar dos anos, o motor de ciclo Otto tem se destacado, sendo um dos
motores térmicos com maior rendimento energético, aproveitando a energia da queima do
combustível nos cilindros para gerar movimento que resulta em trabalho mecânico. O motor
de combustão interna por ignição de centelha é uma máquina térmica amplamente utilizada
na indústria automobilística. De modo a entender melhor o seu funcionamento, vários
modelos na literatura têm sido desenvolvidos nos últimos anos com o intuito de analisar seu
funcionamento de uma maneira mais precisa e confiável. É imprescindível que sejam
elencadas as principais atualidades no mercado automotivo, contribuindo para a
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disseminação da informação tanto para a comunidade científica, quanto para profissionais,


docentes e estudantes do setor.
Baseado na importância dos motores de ciclo Otto, o presente trabalho justifica-se
com a finalidade de avaliar teoricamente o atual cenário dos motores ciclo Otto e as
principais tecnologias envolvidas neste contexto no Brasil.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA

Os motores de combustão interna são usados desde 1876, quando Nicolaus Otto
desenvolveu o primeiro motor de ignição por centelha, e 1892, quando Rudolf Diesel
desenvolveu o primeiro motor de ignição por compressão (HEYWOOD, 1988).
Por definição pode-se dizer que um motor é todo conjunto de peças fixas e móveis
que transformam algum tipo de energia em energia mecânica. Com isso é possível afirmar
que um motor a combustão interna é um conjunto de peças fixas e móveis que transformam
a energia química do combustível em energia de calor (faísca das velas de ignição), que
por sua vez transforma essa energia em uma expansão elástica dos gases gerando uma
energia mecânica (movimento dos pistões) (ALBALADEJO, 2013).
O propósito dos motores de combustão interna é a produção de potência mecânica
a partir da energia química armazenada no combustível. Nos motores de combustão
interna, ao contrário dos motores de combustão externa, a energia é liberada através da
queima ou oxidação do combustível dentro do motor. A mistura ar-combustível antes da
combustão e os gases queimados depois da combustão são efetivamente os fluidos de
trabalho. As transferências de trabalho que efetivamente geram a potência de saída
desejada ocorrem diretamente entre os fluidos de trabalho e os componentes mecânicos
do motor (FONSECA, 2014).
Segundo Malfatti (2009), os motores de combustão interna são dispositivos que
transformam a energia química contida no combustível, através da combustão, em calor, e
este calor em trabalho mecânico, visto que ele permite que haja um aumento na pressão
dentro de um volume e que um trabalho seja realizado na medida em que esse volume se
expande.
De uma forma simplificada, quando ocorre a combustão da mistura de ar-
combustível, formam-se gases quentes (produtos da combustão) a pressão elevada. Estes
gases expandem-se rapidamente e empurram o êmbolo do motor para baixo, gerando um
movimento alternado das partes interiores do motor. O movimento alternado dos êmbolos
é transformado no movimento rotativo, que pode ser utilizado para movimentar rodas,
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hélices e máquinas. Com isto, ocorre a conversão da energia química do combustível em


energia mecânica (FERNANDES, 2015).
O desenvolvimento de tecnologias aplicadas em motores de combustão interna ao
longo dos tempos propiciou resultados como aumento de potência específica, durabilidade
do motor, redução de consumo específico de combustível, aplicação de novos materiais,
diminuição das emissões de poluentes, melhoria de dirigibilidade e aumento da eficiência
de conversão de combustível. As tecnologias aplicadas tornaram os motores capazes de
trabalhar com mais de um tipo de combustível, propiciando aos usuários as possibilidades
de utilizar um combustível de acordo com uma finalidade específica, seja por menor custo,
maior autonomia, melhor desempenho ou por ser um combustível menos agressivo ao meio
ambiente (CARVALHO, 2011).

2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Os motores de combustão interna são classificados quanto a ignição por dois tipos,
de acordo com Brunetti (2018), de ignição por centelha ou Otto, que consiste em o
combustível ser inflamado por uma centelha dos eletrodos de uma vela ou por combustão
espontânea ou Diesel, que consiste em o pistão comprimir apenas ar até atingir uma
temperatura suficientemente alta e no momento em que o pistão se aproxima do ponto
morto superior o combustível é injetado e a combustão ocorre espontaneamente. Ambos
os ciclos podem ser completados em dois ou quatro cursos do pistão. Quando o motor
completa o ciclo em dois cursos do pistão é chamado de motor de dois tempos e quando
completa o ciclo em quatro tempos é chamado motor de quatro tempos.
Existem diversos modelos e ciclos termodinâmicos que operam em motores a
combustão interna, dentre eles destaca-se o ciclo de funcionamento Otto, que foi
implementado em 1876. Hoje, funcionando com mais de um tipo de combustível, os
motores com ciclo termodinâmico Otto, também denominados por motores de combustão
por faísca (MIF), são utilizados na imensa maioria dos carros de passeios e motocicletas
do mundo (BRUNETTI, 2012).
O motor Otto emprega a grande maioria dos veículos de passeio, tem como
característica marcante a presença de velas de ignição. Neste tipo de motor, a mistura ar-
combustível é formada previamente e depois admitida para o interior do cilindro ou formada
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dentro da câmara de combustão (quando há o sistema de injeção direta de combustível) e


depois disso, a queima ocorre através da faísca formada no eletrodo da vela (KUMAGAI,
2022).
O ciclo mecânico pode funcionar com 2T (dois tempos), que correspondem a uma
rotação por ciclo; ou 4T (quatro tempos), que correspondem a duas rotações para completar
o mesmo ciclo. A figura 1, a seguir, refere-se a um motor 4T, visto que este é o mais usual
nos veículos automotores atualmente. Esses quatro estágios são chamados de tempos de
admissão, compressão, combustão e exaustão.

Figura 1: Ciclos do motor Otto. Adaptado de (BOSCH, 1999).


*Ponto morto superior (PMS) e ponto morto inferior (PMI).

O primeiro tempo é a admissão, de início, a mistura ar-combustível (no caso do ciclo


Otto, pois ciclo Diesel admite apenas ar) é admitido para o interior do cilindro devido a
diferença de pressão entre o pórtico de admissão e a câmara de combustão, enquanto a
válvula de admissão está aberta, visto que o cilindro está indo em direção ao PMI.
O segundo tempo de compressão tem início quando ambas as válvulas de admissão
e escape estão fechadas e o pistão tem movimento ascendente, em direção ao PMS. Nesse
intervalo, o fluido é comprimido até ocupar o volume. Aproximando-se do fim da
compressão, a combustão é iniciada através de uma centelha gerada pela vela de ignição
e a pressão no cilindro sobe rapidamente.
No tempo de expansão (terceiro), altas temperaturas e pressões geradas devido ao
processo de combustão, forçam o pistão a descer, o que faz o virabrequim girar, gerando
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potência para o motor. E no tempo de exaustão, quarto estágio, parte significativa dos
gases gerados pela combustão saem do cilindro após a abertura da válvula de exaustão,
para que o ciclo possa ser reiniciado com a admissão de novo fluido de trabalho.
Os automóveis elétricos terão papel importante nos próximos anos, mas daí a
substituírem os motores a combustão existe uma longa distância, especialmente nos países
emergentes. A tendência é que os fabricantes de motores a combustão interna busquem
novos sistemas para fazer melhor uso da energia do combustível, com vistas na redução
da emissão de CO2. O sistema de injeção é um dos sistemas mais importantes para garantir
a eficiente utilização do combustível em um motor de ciclo Otto. Assim, é possível diminuir
o consumo de combustível e a quantidade de gases poluentes (KUMAGAI, 2022).
Embora existam diversos tipos de motores à combustão, nos veículos de passeio os
motores à gasolina são mais comumente usados, tanto no Brasil, quanto na maioria dos
países. Esses motores, são motores de combustão interna, volumétricos, alternativos a
quatro tempos, ignição por faísca e refrigerados a líquido. Veículos do tipo flex-fuel e álcool
participam dessa mesma classificação, pois são os mesmos motores do ponto de vista do
sistema de controle da injeção e da ignição (KUMAGAI, 2022).

2.3 COMBUSTÍVEIS E EMISSÃO DE GASES EM MOTORES CICLO OTTO

De acordo com Teixeira (2008), as fontes veiculares têm uma participação acentuada
na degradação da qualidade do ar atmosférico, principalmente em grandes centros
urbanos. O aumento das taxas de emissões veiculares contribui para o crescimento das
concentrações de Gases do Efeito Estufa (GEE), que é um dos principais problemas
ambientais na atualidade em nível mundial (SILVA & SOUZA, 2019).
Os principais combustíveis utilizados no Brasil em veículos do transporte rodoviário
são o óleo Diesel, a gasolina e o etanol, que possuem comportamentos diferentes quanto
a emissões. O óleo Diesel ainda é o mais utilizado, mas seu uso está sendo reduzido desde
o ano 2000, já a gasolina era o mais utilizado em 1970, houve uma grande diminuição de
seu uso após o Proálcool, de acordo com Leal e Cosoni (2021). Em razão do avanço da
tecnologia automotiva, a procura por veículos mais ecologicamente corretos e mais
potentes tem crescido consideravelmente nas últimas décadas, fazendo com que as
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montadoras desenvolvessem componentes mecânicos capazes de gerar essas melhorias


(MOREIRA et al., 2019).
Dois tipos de sistemas de alimentação de combustível foram empregados com
sucesso nos motores do ciclo Otto, durante a história. Foram eles: os carburadores, por
sucção de combustível, e o sistema de injeção eletrônica, com base na injeção de
combustível. Sendo assim, a utilização do sistema de gerenciamento eletrônico possibilita
a obtenção de torque enquanto assegura a economia de combustível, aumentando a vida
útil do motor e reduzindo a emissão de poluentes. O controle eletrônico dos motores de
combustão interna deu-se devido a dois importantes fatores. A legislação sobre os limites
na emissão dos gases tóxicos na exaustão e a possibilidade de fornecer uma maior
economia de combustível, aumentando consideravelmente o rendimento dos motores. O
controle da emissão dos gases de exaustão teve início no Brasil na década de 80 e foi
imposta pelo governo federal estabelecendo a redução dos padrões de forma progressiva
(SILVA, 2019).
O etanol (álcool etílico) vem sendo testado como combustível alternativo para a
substituição do uso de alguns derivados do petróleo em motores de combustão interna.
Diversos estudos comprovaram que a adição de álcool à gasolina aumentaria a potência
desenvolvida no motor devido a sua característica antidetonante sem comprometer a sua
vida útil, no entanto a adição do etanol precisa ser realizada em uma porcentagem
adequada devido ao seu menor poder calorífico (SERPA et al., 2018).
A combustão da mistura ar combustível dentro do cilindro é um dos processos que
controlam a potência, eficiência e emissões de poluentes dos motores. Nos motores de
ignição por centelha o combustível é misturado com o ar já no sistema de admissão. Após
a compressão desta mistura, uma descarga elétrica inicia o processo de combustão. Uma
chama se desenvolve a partir do núcleo criado pela centelha e propaga-se através do
cilindro até as paredes da câmara, onde se extingue (ABREU, LIMA & SENRA, 2014).
Na tentativa de diminuir a parcela do problema da poluição causada pela combustão
de combustíveis fosseis derivados do petróleo e de solucionar a questão de petróleo não
ser um meio natural renovável, foram adotados o gás natural veicular (GNV), também não
renovável e o biogás como alternativas para os combustíveis mais utilizados. O GNV, é
obtido em estado gasoso em rochas calcárias, porosas ou em arenitos no subsolo,
normalmente associado ao petróleo. É um combustível composto de 88% do gás metano,
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9% etano, 1% propano e 2% de frações mais pesadas e gases inertes, Machado et al


(2007).
Nas últimas décadas a eficiência energética tem sido um dos principais temas de
pesquisa e desenvolvimento pela comunidade científica em relação a veículos
automotores, com objetivo da otimização do consumo do combustível, redução de perdas
energéticas e de poluentes. Dentro deste cenário, o sistema de alimentação por injeção
direta para motores de ciclo Otto tem sido uma tecnologia bastante estudada e suas
aplicações tem se tornado cada vez mais constantes. Da mesma forma que a injeção
eletrônica substituiu o carburador com o passar do tempo, a injeção direta ganhará o
espaço dos sistemas com PFI, devido a todo seu potencial de performance e eficiência
(CANOVA & LARA, 2021).
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3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem como objetivo elucidar o atual cenário dos motores ciclo Otto e
as principais tecnologias envolvidas neste contexto no Brasil.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Contextualização das definições de motores ciclo Otto;


 Descrever sobre a evolução dos motores no Brasil e os fatores que
acarretaram o desenvolvimento;
 Verificar quais os estudos que estão sendo realizados com motores Otto;
 Identificação das principais tecnologias em motores automotivos no Brasil.
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4. METODOLOGIA

A metodologia adotada para o desenvolvimento desta pesquisa classificou-se como


revisão bibliográfica, tendo o cuidado de fornecer levantamentos de pesquisas realizadas
nas plataformas como Google acadêmico, Scientific Electronic Library Online – Scielo,
Portal de Periódicos da Capes e as bibliotecas digitais de Teses e Dissertações das
principais universidades brasileiras. Tratou-se de um estudo bibliográfico baseado nos
seguintes descritores de busca: motor de combustão interna, ciclo Otto, tecnologias.
Será realizado um levantamento de dados anteriores para verificar a evolução dos
motores de ciclo Otto no Brasil e de dados atuais, dos últimos 10 anos, como uma pesquisa
bibliográfica, levantando dados de resumos expandidos, artigos, dissertações e teses para
verificar as principais tecnologias empregadas nos motores na atualidade. Os critérios de
inclusão foram elencar apenas artigos, estudos e obras publicadas em língua portuguesa e
disponíveis na íntegra para leitura.
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5. RESULTADOS ESPERADOS

Com a realização deste estudo busca-se evidenciar as principais características de


motores de combustão interna e ciclo Otto, demonstrar a evolução dos motores no Brasil e
os principais fatores que acarretaram o desenvolvimento, citar os principais estudos que
estão sendo realizados com motores Otto e identificar as principais tecnologias em motores
automotivos no mercado brasileiro, bem como incentivar aos avanços das tecnologias.
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6. REFERÊNCIAS

ABREU, Rodrigo Araújo de; LIMA, Kelly Aparecida Moreira de; SENRA, Fernando Osório.
Estudo da aplicação de hidrogênio e gasolina em motor ciclo Otto. São Paulo, 2014.

ALBALADEJO, Felipe Serafim. Desenvolvimento de uma unidade de gerenciamento


eletrônico para motores de combustão interna do ciclo Otto. 2013. Tese de
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BOSCH. Manual de tecnologia automotiva. 25. Ed. São Paulo. Edgard Blucher. 1999.

BRUNETTI, F. Motores de combustão interna. v. 1 , 2 ed., São Paulo: Blucher, 2018.

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combustíveis utilizados e potencialidades da mobilidade elétrica. Núcleo de Estudos e
Pesquisas da Consultoria Legislativa, Brasília, Distrito Federal, 2021

MACHADO, G. B.; MELO, T. C. C.; LASTRES, L. F. M. Utilização de gás natural em


motores e cenário do uso no brasil. Universidade Petrobras, Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2007.

MOREIRA, Layla Fernandes. et al. Utilização do turbo compressor em motores de


combustão interna e seus benefícios. Centro Universitário de Barra Mansa. 2019.

RODRIGUES FILHO, Fernando Antonio. Projeto, construção e caracterização do


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SERPA, Eric et al. Avaliação de um motor de combustão interna do ciclo Otto utilizando
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