06/09/2019

MOTORES E COMBUSTÃO
CCE0268

• UNIDADE I INTRODUÇÃO AOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

• Definição e aplicação dos motores de combustão interna.

• Perspectiva histórica do desenvolvimento de motores de combustão interna.
• Classificação dos motores quanto à combustão, ao ciclo operativo e a disposição dos
cilindros.
• Motores 2 tempos e 4 tempos.
• Identificação e estudo dos componentes, partes fixas e móveis dos motores.
• Funcionamento dos motores de ignição por faísca elétrica (ICE).
• Funcionamento dos motores de ignição por compressão (ICO).
• Comparação e análise das diferenças de funcionamento.

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OBJETIVOS

• Compreender a importância e a evolução dos motores

de combustão no contexto de projetos e uso de novas
formas de energias, seu desempenho e eficiência.

• Identificar os componentes básicos do motor.

• Descrever o princípio de funcionamento dos motores

Ciclo Otto;

Perspectiva histórica do
-
desenvolvimento de motores de combustão
interna
 Século XVII

 1673 – Máquina de pólvora – Ciclo Atmosférico (Huygens)

 1681 – Marmita para cozer alimentos sob pressão (Papin)

 1688 – Aperfeiçoamento da máquina de pólvora de Huygens (Papin)

 1690 – Máquina de Vapor - cilindro e caldeira confundidos (Papin)

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NOTAS HISTÓRICAS

 Século XVIII

 1712 – Máquina de Newcomen – cilindro e caldeira separados, mas

resfriamento por injecção de água no cilindro (Newcomen)

 1791 – Patente inglesa para motor de combustão interna (J. Barber)

 1794 – Patente inglesa para motor de combustão interna (R. Street)

(ignição por faísca)

 1799 – Patente para gás de iluminação (Philippe Le Bon)

NOTAS HISTÓRICAS

 Século XIX

 1801 – Patente de motor a gás (Philippe Le Bon)

 1806 – Ensaios do pyreolophore (Irmãos Niepce)

(motor de combustão pulvurento)
 1807 – Carro de Rivaz, motor de hidrogênio (Isaac de Rivaz)

 1823 – Projeto de motor atmosférico, inflamação por queimador no

distribuidor (Samuel Brown)

 1826 – Emprego dos combustíveis líquidos (Erskine Hazard)

(ideia do carburador)

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NOTAS HISTÓRICAS
 Século XIX (cont)
 1838 – Motor de mistura combustível comprimida num reservatório.
(Barnett)

 1860 – Motor Lenoir – Ciclo de dois tempos sem compressão

(Lenoir)

 1863 – Automóvel Hippomobile a hidrogénio (Lenoir)

 1876 – Motor, ciclo de 4 tempos (Otto)

 1883 – Ciclos de 2 tempos com compressão (Benz)

 1897 – Motor a combustão a pressão constante (Diesel)

NOTAS HISTÓRICAS

 Século XIX (cont)

 1902 - supercompressor, um sistema que aumenta a eficiência, na

medida em que introduz uma quantidade adicional de oxigênio no
motor. (Louis Renault)

 1905 - turbocompressor, que usa os gases de escape para fazer

girar uma turbina.
(Alfred Brüchi)

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NOTAS HISTÓRICAS
 Século XX

 Figura 5- Inovação tecnológica aplicada aos

MCI

DEFINIÇÃO

• O motor é uma máquina que tem como função

transformar algum tipo de energia em energia
mecânica.

• Nos motores de combustão interna, ou

endotérmicos, o combustível é queimado no interior
do cilindro motor. Os motores a gasolina, a gasóleo,
a metano e a gás líquido pertencem a esta
categoria.

• O movimento das peças de um motor veicular gera

energia para o movimento do próprio veículo.

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Figura 1 - Esquema dos insumos demandados e de produtos

obtidos num motor de combustão interna.

- Combustão ou queima é uma reação química

exotérmica entre uma substância (o combustível) e um
gás (o comburente), geralmente o oxigênio, para liberar
calor.

Outro termo muito importante para o tema é

potência. Assim, o que é potência?

- Potência é a capacidade de transmitir energia por

tempo. A transmissão de energia pode ser por
realização de trabalho e/ou transmissão de calor.

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Exemplo:
Um carro de fórmula 1 com 850 CV de potência (625
kW) tem a mesma capacidade de realizar trabalho
que um automóvel popular com motor 1.0 L de 80
CV (59 kW)?

Resposta ???

Pensemos na realização de trabalho como uma viagem

entre São Paulo e o Rio de Janeiro. Ambos têm condição de
realizá-la! O que difere é que o carro de Fórmula 1, por ter
mais potência, tem a capacidade de executá-la num tempo
menor que o carro 1.0 L. Como vimos, potência é a
capacidade de transmitir energia por tempo.

Trabalho

Trabalho é uma das formas de transmissão de energia.

W = F (N) * x (m)

E Força (N);
F (N) = m (kg) * a (∆v/∆t)

Logo, força altera a velocidade de um corpo. Então, uma

massa que tenha sua velocidade alterada num dado
deslocamento, sofreu ação de trabalho.

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POTÊNCIA MOTORA

- Trabalho Mecânico

- Potência

Relações num Motor de Combustão Interna (MCI)

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Relações num Motor de Combustão Interna (MCI)

Relações num Motor de Combustão Interna (MCI)

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Em um motor de combustão interna, a potência se dá

pelo produto da força que o êmbolo recebe na expansão
dos gases resultantes da combustão (f) com a distância
perpendicular entre o eixo e a direção da força (d)
dividido pelo tempo levado para o deslocamento entre o
ponto morto superior (PMS) e o ponto morto inferior
(PMI), Figura 2.
P = f * (d/t)

Figura 2 – Esquema das causas da potência no motor de combustão

interna.

Outra característica importante nos motores é o torque.

Torque é definido a partir da componente perpendicular

ao eixo de rotação da força aplicada sobre um objeto que
é efetivamente utilizada para fazê-lo girar em torno de
um ponto central ou eixo. A distância do ponto pivô ao
ponto onde atua uma força f é chamada braço do
momento (d), que também é um vetor (Figura 3). Torque
está sempre vinculado a movimento circular e também
pode ser determinado como o produto da força com o
deslocamento, porém sempre circular

Figura 3 – Esquema das causas do torque no motor de combustão

interna.

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Portanto, trabalho e torque são determinados por

força vezes deslocamento, porém trabalho faz uso da
unidade joule enquanto torque é normalmente expressado
em N.m, que essencialmente é o mesmo que J.

Se Trabalho (J) = Força (N) x Deslocamento (m)

E em deslocamento circular distância = 2π r

Substituindo temos:
Torque (N.m) = Força (N)
x raio (m) x 2π

Lembrando que: Potência = Trabalho por tempo

Então,
Potência (W) = Torque (N.m) x Rotação
(rps) x 2π

As curvas de potência de motores são determinadas ao

frear o seu movimento numa dada rotação, pois a
frenagem é possível pelo torque exercido no motor, que por
sua vez, é mensurado.

A potência do motor pode ser determinada como Pm =

2.π.Tm.Nm

Em que: Pm - potência do motor, Tm - torque do motor,

e Nm - rotação do motor.

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