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MOTORES OTTO
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Motores Otto
Conteúdo
1ª Parte
A História dos motores
2ª Parte
Conceitos da física aplicada
3ª Parte
Classificação dos motores
4ª Parte
Funcionamento dos motores
Ciclo Otto- 4 tempos
Motores de 2 tempos
O Ciclo Diesel
O motor a álcool
5ª Parte
Componentes dos motores
Sistemas de alimentação, arrefecimento e lubrificação 2
Motores Otto
Introdução
Aproveite! 3
Motores Otto
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Motores Otto
Há muitos anos atrás, o homem descobriu que a pressão do gás aumentava quando este
era aquecido dentro de um recipiente fechado. Sabendo disso, um engenheiro chamado
James Watt, tratou logo de usar a energia proporcionada por essa pressão, para fazer
com que uma máquina produzisse trabalho mecânico. Assim surgiu a máquina a vapor
que possuía uma caldeira onde a água era fervida para ser vaporizada. Watt usou sua
máquina para substituir os cavalos, surgindo a unidade de potência conhecida até hoje
como cavalo-vapor (cv).
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Motores Otto
Mas como aplicar essa sua invenção em veículos de menores proporções com
componentes mais leves? Foi dessa necessidade que surgiu, no século XVIII, construído
pelo francês Cugnot, o primeiro carro a vapor que percorreu as ruas de Paris.
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Motores Otto
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Motores Otto
O motor com ignição espontânea surgiu no final do século XVIII, pelas mãos de Rudolf
Diesel e foi considerado um grande avanço para a história do automóvel.
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Motores Otto
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Motores Otto
James Watt comparou o trabalho produzido pela máquina e pelo cavalo. Percebeu que
um cavalo gasta 10 minutos para girar o moinho. Contudo, se usarmos dois cavalos o
tempo se reduzirá pela metade. Observe que, quando dividimos o trabalho realizado pelo
tempo gasto para fazê-lo, temos a unidade de potência, ou seja, uma máquina que
realiza o trabalho no mesmo tempo que cinco cavalos, significa que possui cinco cavalos
de potência (cavalo-vapor). Esta é a unidade mais usada para potência de motores,
embora a unidade padrão de potência seja o watt (W).
π
Potência = Além dessas unidades existe ainda o Horsepower (hp).
ΔT
Veja a relação entre elas:
π = Trabalho (J) 1 cv = 736 W = 0,736 kW
ΔT = Intervalo de tempo em (s) 1 hp = 746 W = 0,746 kW
W = potência
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Motores Otto
Na Física, somente há trabalho se houver uma força aplicada sobre um corpo que se
desloca. O trabalho realizado será, então, o produto da força pelo deslocamento(t = F . d).
O trabalho é medido em joules (J). Essa unidade é igual a um newton vezes um metro. Às
vezes encontramos a unidade newton-metro (Nm).
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Motores Otto
Pegando um moinho como referência, os cavalos precisam fazer força a uma certa
distância do eixo. Esta distância é conhecida como braço de alavanca. A essa
combinação de força e distância chamamos de Torque e para saber seu valor é só
multiplicar a força que o cavalo está fazendo pelo braço de alavanca (T = F x d).
d = distância
f = força
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Motores Otto
Assim, o torque no motor de combustão interna é igual à força com que a expansão
empurra o êmbolo com a biela, multiplicada pelo comprimento da manivela da árvore que
recebe a torção.
Comprimento f
da manivela
d
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Motores Otto
Outro conceito importante para o estudo dos motores é o de força. Força é um agente
capaz de provocar deslocamento, aceleração, resistência ao deslocamento ou
deformação em um corpo. A principal unidade de medida é o newton (N). Em algumas
publicações ainda se encontra a unidade quilograma-força (kgf). Essa unidade,
atualmente, está em desuso, e deve ser evitada.
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Motores Otto
Pressão é a relação entre uma força aplicada, sobre uma área determinada. O
instrumento usado para medi-la é o manômetro. O “bar” e o “psi” são as unidades mais
utilizadas para medir a pressão. Veja a relação entre estas e outras unidades que
também são usadas:
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Motores Otto
Veja o exemplo: O ar que está na bomba tem temperatura T1, volume V1 e pressão p1.
Quando se aciona a bomba o ar vai para a bola, passando a ter temperatura T2, volume
V2 e pressão p2. Dessa forma, ocorreu uma transformação.
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Motores Otto
O nome “motor de combustão” significa que o motor utiliza a energia do fogo para realizar
trabalho mecânico. Os motores de combustão podem ser classificados de diferentes
maneiras. Se a chama ocorre dentro do cilindro, como é o caso dos motores a gasolina,
álcool ou diesel, o motor é de combustão interna, também chamado endotérmico.
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Motores Otto
O calor gerado em uma fornalha aquecia uma caldeira criando vapor. O vapor era
injetado no cilindro através da válvula A, enquanto a válvula B permanecia fechada. A
pressão do vapor movimentava o êmbolo para cima. Antes que o cilindro começasse a
voltar, a válvula A se fechava e a válvula B se abria, deixando o vapor passar até o
condensador onde uma corrente fria causava sua condensação (o vapor se tornava
líquido), diminuindo a pressão.
fonte quente
π água fria
A B
π
fonte quente
Em 1876, um alemão chamado Nicolaus Otto utilizou pela primeira vez um motor que
queimava, no interior do cilindro, uma mistura de ar e gás. Estava criado o motor de
combustão interna.
Os motores de combustão interna se dividem em motores rotativos e motores a pistão.
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2 tempos
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Quanto à quantidade de cilindros, podem ser de um, dois, quatro, cinco, seis, oito ou
doze cilindros.
Em linha Em ‘ V ’ Horizontal 25
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O espaço percorrido pelo pistão do PMS até o PMI é o que chamamos de Curso.
PMS
PMS Ponto Morto Superior
PMI Ponto Morto Inferior
CURSO
PMI
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Quanto ao torque, não podemos esquecer que existem outros fatores que influenciam
nestas grandezas como geometria dos coletores, válvulas, câmara de combustão,
alimentação de combustível etc.
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V
PMI
Tc = V + v
v
Funcionamento
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Funcionamento
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1º tempo: Admissão
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2º tempo: Compressão
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3º tempo: Expansão
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4º tempo: Descarga
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Cruzamento de Válvulas
Pouco antes do pistão chegar ao PMS, a válvula de admissão se abre. Nesse instante
as duas válvulas estão abertas, ocorrendo o fenômeno do Cruzamento de Válvulas. O
fluxo dos gases que abandona o cilindro ou que nele penetra facilita a entrada da
mistura gasosa ou a expulsão dos gases da combustão.
Quando a válvula de descarga atrasa o seu fechamento, permite a saída de todo o gás e,
conseqüentemente, a câmara fica mais limpa. 38
Motores Otto
O ciclo “teórico” do motor de ignição por centelha pode ser assim representado:
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A combustão nos motores ciclo OTTO começa quando ocorre o centelhamento na vela.
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Motores Otto
Para saber como alcançar a pressão máxima sobre o pistão é necessário entender bem
sobre a velocidade da centelha e da combustão.
Sabemos que a velocidade da chama pode ser aumentada pelo aumento da turbulência
da mistura. As velas estão localizadas próximos às câmaras de combustão, onde a
turbulência é menor que a região central do cilindro, desta forma, a centelha ocorre
antes do fim da compressão, para obter altas pressões próximas ao início da expansão.
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Motores Otto
O ciclo real corresponde às diversas posições do pistão durante seu curso e aos
momentos corretos de abertura e fechamento das válvulas de admissão e descarga.
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O variador de fase
O veículo quando está em uma subida, evidentemente, exigirá um torque maior para que
não perca potência. Para isso, podemos atuar na válvula de admissão, antecipando o
momento de sua abertura. O variador de fase tem esse objetivo, ou seja, em função da
carga e da rotação solicitada pelo motor, gira a árvore de comando de válvulas
modificando o diagrama e, conseqüentemente, o comportamento do motor.
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O variador de fase
O variador de fase é controlado pela central eletrônica, que o acionará a partir do sinal
recebido dos sensores de rotação, e pelo medidor de vazão de ar.
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Motores Otto
Em 1878, Dugald Clerk idealizou o ciclo de dois tempos que pode ser utilizado em
motores de ignição por centelha ou por compressão.
Esses motores combinam em dois cursos do pistão as funções dos motores de quatro
tempos. A cada volta da árvore de manivelas ocorre um curso motor do pistão, ou seja,
um deslocamento do PMS ao PMI e retorno ao PMS.
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Combustão
Ar / combustível
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Gases queimados
Transferência / escape
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A desvantagem dos motores de dois tempos de ignição por centelha é que não se pode
evitar a perda de mistura não queimada pela descarga juntamente com os produtos da
combustão e óleo lubrificante. Isso dificulta o controle das emissões de poluentes.
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Os motores de dois tempos podem ser de lavagem cruzada, ou seja, as duas janelas, a
de admissão e descarga, estão abertas durante o mesmo tempo.
Neste tipo de motor, existem defletores colocados na cabeça do pistão que impedem
que a mistura seja expulsa junto com os gases resultantes da combustão.
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O cilco Diesel
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O cilco Diesel
Esse ar que vai para o cilindro é normalmente, forçado por um compressor de baixa
pressão. Possui um sistema de lubrificação forçada como no motor de quatro tempos.
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O cilco Diesel
Nos motores de quatro tempos ciclo diesel não há presença de centelha para iniciar a
combustão. O ar quando comprimido pelo pistão é aquecido o suficiente para inflamar o
diesel que é pulverizado no interior da câmara de combustão no momento certo.
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O cilco Diesel
(pulverização e expansão ) 59
Motores Otto
O motor a álcool
O motor a álcool
A relação estequiométrica, ou seja, a relação ideal ar-combustível que a mistura deve ter
é mais baixa para o álcool que para a gasolina. No caso do álcool é de 9:1, ou seja,
nove gramas de ar por uma grama de combustível e para a gasolina é de 13,28:1. Isso
ocorre porque a massa das moléculas do álcool já contêm 35% de oxigênio. Assim, a
quantidade de ar na mistura pode ser menor.
Isso ocorre porque a massa das moléculas do álcool já contêm 35% de oxigênio.
Assim, a quantidade de ar na mistura pode ser menor. 61
Motores Otto
O motor a álcool
Também por causa da presença de oxigênio quase não ficam resíduos sólidos nas
câmaras de combustão. Esses resíduos, mais freqüentes em motores a gasolina, podem
provocar inconvenientes como detonação e desgastes nos órgãos móveis.
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O motor a álcool
O álcool tem maior octanagem (NOálcool = 105) que a gasolina (NOgasolina = 84).
A octanagem é a resistência à ignição por compressão. Desta forma, a taxa de
compressão do álcool pode ser elevada até 12:1 sem que a mistura entre em combustão
espontânea.
Observe que com a taxa de compressão maior o motor passa a ter mais potência e
eficiência térmica. 63
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O motor a álcool
Quente Fria
O rendimento global do motor a álcool é de aproximadamente 34%, enquanto que no
motor a gasolina fica em torno de 27%.
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O motor a álcool
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Motores Otto
O motor a álcool
A combustão do álcool etílico libera aldeído acético, um gás poluente. Porém, esse gás
é menos tóxico que o monóxido de carbono, liberado pela queima da gasolina. A água
faz parte da composição química do álcool etílico hidratado. Este fato faz com que o
álcool tenha ação corrosiva sobre o ferro e outros metais, o que não ocorre com
gasolina.
O motor a álcool
Determinados tipos de borracha também podem reagir com álcool se deteriorando. Para
resolver este problema, foram desenvolvidas tubulações de PVC e borrachas especiais.
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Motores Otto
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Motores Otto
Órgãos móveis
Cilindro
Ar
Pistão
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Motores Otto
Órgãos móveis
O pistão é a parte móvel da câmara de combustão. Sua função é transmitir a força criada
pela expansão dos gases ao virabrequim. Para isso, é ligado à biela por meio de um pino
de aço. O outro lado da biela é ligado ao virabrequim.
Cabeça
Saía
Os pistões podem ser de dois tipos principais: com anel autotérmico, que é uma cinta de
aço presente em seu interior, para se opor à dilatação térmica e permitir uma folga menor
entre o pistão e o cilindro e com porta-anéis, para proteger as canaletas superiores
contra desgastes.
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Motores Otto
Órgãos móveis
O pino de aço, chamado pino do pistão, está alojado em um furo que fica abaixo da zona
de anéis, atravessando diametralmente o pistão. Esse furo pode ser descentralizado,
para evitar batida da saia nas paredes do cilindro, quando o pistão inverte o sentido de
movimento no início da expansão. A B
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Motores Otto
Órgãos móveis
O pino é fabricado em aço especial para resistir aos desgastes, pois está sujeito a
grandes tensões. Quanto ao modo de fixação, o pistão pode ser de pino flutuante, que
desliza livremente no pistão e na biela, possuindo anéis de trava nas extremidades para
que o pino não entre em contato com o cilindro. Pode ser de pino semiflutuante, que é
fixo na biela e desliza livremente no pistão. Pode ser também de pino fixo, sem
movimento giratório e preso ao pistão por meio de parafuso ou trava, livre na bucha da
biela.
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Motores Otto
Órgãos móveis
Na parte superior da zona dos anéis dos pistões, acoplados às canaletas, trabalham os
anéis de segmento, que possuem formato circular. Em motores de 4 tempos do ciclo
OTTO geralmente encontramos de 2 a 4 anéis por pistão. Os anéis são fabricados com
ligas de aços especiais e desempenham uma importante função no motor, sendo
responsáveis pela vedação entre as superfícies externas dos pistões e internas dos
cilindros.
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Motores Otto
Órgãos móveis
A vedação deve ser perfeita, para que o pistão possa comprimir a mistura sem que haja
vazamentos na câmara de compressão, evitando que os gases da combustão cheguem
ao cárter, e que o óleo lubrificante do cárter chegue até à câmara. Os anéis de segmento
podem ser de vedação ou de compressão. Eles são encaixados nas duas primeiras
canaletas da zona de anéis, mais próximos ao topo do pistão (às vezes nos três
primeiros). São eles que fazem efetivamente a vedação entre o pistão e o cilindro.
Possuem grande resistência ao atrito e à abrasão.
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Motores Otto
Órgãos móveis
Existem, também, anéis raspadores e recolhedores de óleo, que são colocados nas
canaletas da parte inferior da zona dos anéis, abaixo dos anéis de compressão (em
certos casos, também na saia do pistão). Estes anéis drenam o óleo para o cárter, além
de ajudar na condução do calor dos pistões para as paredes dos cilindros.
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Motores Otto
Órgãos móveis
Vamos ver como os anéis realizam suas funções, de acordo com cada um dos 4 tempos
do motor.
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Órgãos móveis
Isso provoca a vedação da face inferior dos anéis em relação às canaletas, e as faces
de trabalho em relação à parede do cilindro.
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Órgãos móveis
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Motores Otto
Órgãos móveis
Na descarga, o pistão sobe e os anéis apenas deslizam sobre a fina camada de óleo
lubrificante que ficou nas paredes do cilindro, sem raspá-la para cima.
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Órgãos móveis
Cabeça
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Órgãos móveis
O olhal da cabeça é dividido em duas partes. Uma delas faz parte do corpo e a outra,
chamada capa, vem separada. Na parte interna do olhal maior ficam as bronzinas ou
casquilhos móveis.
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Órgãos móveis
Os casquilhos são feitos em aço revestido com outros materiais, formando camadas. A
última camada é de material antifricção.
B - Barreira de níquel
C - Camada cobre-chumbo
D - Capa de aço
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Órgãos móveis
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Motores Otto
Órgãos móveis
Os casquilhos são presos aos mancais por meio de ressaltos, para não se deslocarem
durante o funcionamento do motor. A lubrificação é feita através de um canal de óleo,
com um furo existente na superfície da bronzina.
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Motores Otto
Órgãos móveis
A árvore que recebe a força que a combustão da mistura ar-combustível exerce sobre os
pistões, é o virabrequim, também chamado de árvore de manivelas. A árvore de
manivelas, ao receber esta força, que é transmitida pelas bielas, passa a girar,
transmitindo potência ao volante para impulsionar o veículo.
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Motores Otto
Órgãos móveis
Munhões
Órgãos móveis
Em uma das extremidades da árvore de manivelas está o flange, no qual está fixado o
volante. Na outra extremidade estão as polias dentada e a polia da distribuição. Para
proporcionar o balanceamento do virabrequim existem contrapesos, a fim de evitar
também a transmissão de vibrações aos outros órgãos do motor.
Quanto aos tipos de árvore de manivelas, existem variações de acordo com o número e a
disposição dos cilindros no motor.
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Órgãos móveis
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Órgãos móveis
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Órgãos móveis
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Motores Otto
Órgãos móveis
Além disso, as válvulas não permitem que a mistura passe para fora da câmara durante a
compressão e a combustão. Elas são feitas de aço e devem suportar altas temperaturas.
A forma da válvula é de uma haste cilíndrica, com uma das pontas em forma de disco,
chamada cabeça. Na outra ponta há uma canaleta.
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Motores Otto
Órgãos móveis
A cabeça da válvula pode ser plana, côncava ou convexa, de acordo com o formato da
câmara de combustão. Quanto à função, as válvulas podem ser de admissão ou de
descarga. As de descarga são menores que as de admissão, pois a pressão dos gases
durante a descarga facilita sua saída da câmara de combustão.
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Órgãos móveis
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Órgãos móveis
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Órgãos móveis
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Órgãos móveis
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Órgãos móveis
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Órgãos móveis
Órgãos móveis
Alguns motores que equipam os veículos FIAT possuem um dispositivo para amortecer
vibrações, composto de duas árvores contra-rotantes localizadas no bloco do motor
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Motores Otto
Órgãos móveis
Órgãos móveis
Alguns exemplos de polias lisas são as que ficam instaladas na árvore comando de
manivelas (virabrequim), para acionamento da bomba d’água e do alternador. Essa
mesma árvore também recebe uma polia dentada para acionamento da árvore comando
de válvulas.
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Correias
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Motores Otto
Correias
As transmissões por correia, para compensar a distensão com o uso, exigem a utilização
de tensores que podem ser internos ou externos com relação às correias.
Correias
Órgãos fixos
O bloco é a estrutura do motor, e nele está montada a maioria dos componentes que
propiciam seu funcionamento, como a árvore de manivelas, as bielas e os pistões.
Geralmente, o bloco é fabricado em ferro fundido. Em alguns tipos de motores utilizam-se
ligas de alumínio. No interior das paredes do bloco existem galerias por onde circula o
líquido de arrefecimento do motor.
Na parte superior do bloco está fixado o cabeçote do motor, e na parte de baixo o cárter.
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Órgãos fixos
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Motores Otto
Órgãos fixos
Na maioria dos motores os cilindros fazem parte do bloco, sendo usinados no mesmo.
Podem haver diferenças entre os diâmetros dos furos, dentro de uma tolerância que
determinam as classes de cilindros. Em outros motores, os cilindros são encaixados no
bloco. Neste caso recebem o nome de camisas, e a colocação do cilindro no bloco é
chamada de encamisamento.
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Motores Otto
Órgãos fixos
Estes cilindros são feitos de aço e podem ser chamados de: camisa seca, quando o
líquido de arrefecimento não tem contato direto com o cilindro; camisa molhada, quando
a superfície externa do cilindro fica em contato direto com o líquido de arrefecimento.
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Motores Otto
Órgãos fixos
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Motores Otto
Órgãos fixos
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Motores Otto
Órgãos fixos
Os veículos FIAT são equipados com vários tipos de cabeçotes: Dois cabeçotes
superiores com um cabeçote inferior em Y, um cabeçote superior duplo com dois
comandos de válvulas, um cabeçote superior apoiado em um cabeçote inferior e um
cabeçote único.
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Motores Otto
Órgãos fixos
Muita atenção ao apertar os parafusos que fixam o cabeçote no bloco. Entre os dois
componentes há uma junta que deve ser submetida ao torque correto e a uma seqüência
de aperto. A junta do cabeçote atualmente é composta por várias folhas de aço
Ela garante a vedação de forma a não vazar pressão na compressão da mistura, óleo
lubrificante e líquido do sistema de arrefecimento.
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Motores Otto
Órgãos fixos
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Motores Otto
Órgãos fixos
Para que as válvulas se movimentem com mais facilidade, a superfície interna das guias
é polida, diminuindo o atrito com a válvula. O cabeçote deve suportar elevadas pressões
e temperaturas, porque é nele que está localizada a câmara de combustão.
Câmara de combustão
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Órgãos fixos
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Órgãos fixos
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Órgãos fixos
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Sistema de alimentação
A injeção eletrônica é uma das inovações tecnológicas mais importantes dos últimos
anos. Atualmente, os motores são alimentados através do sistema de injeção eletrônica
de combustível. Esse sistema trouxe inúmeras vantagens para o desenvolvimento do
automóvel nas mais diversas áreas.
O sistema de alimentação é controlado por uma central, que faz o monitoramento de seu
funcionamento através de sensores, atuadores etc.
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Sistema de arrefecimento
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Sistema de arrefecimento
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Sistema de lubrificação
Lubrificar é inserir o lubrificante entre as partes metálicas móveis para evitar o atrito entre
elas e dilatações excessivas. Protege contra corrosões e melhora a vedação entre os
pistões e os cilindros, além de refrigerar as superfícies em contato.
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Sistema de lubrificação
A lubrificação dos motores pode ser feita por vários processos, como salpique, mistura
junto ao combustível, circulação forçada a cárter seco e pelo sistema convencional.
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