Você está na página 1de 2

1. Como você define a arquitetura?

Resolução de problemas, resultando em melhoria da qualidade de vida através do


aproveitamento de espaços, composição de formas e otimização de recursos.

2. A arquitetura é a fusão de arte e ciência. E como toda ciência, há teóricos, estudiosos


que escrevem sobre ela. Dessa forma, você se inspira em alguma metodologia ou
teorias de arquitetos renomados? Quais suas referências?
Internacionais:
Nacionais: Carla Juaçaba
Locais: Escritório SS Medeiros
Referência DIY: Paulo Biacci

3. Qual a estratégia de trabalho que você usa para criar projetos melhores e em um
tempo de espaço menor que você não gastaria caso não estivesse aplicando tais
métodos na sua desenvoltura?
Muito do atraso pode acontecer em função do retrabalho em sucessivas adequações
depois do projeto fechado. Então, é importantíssimo fazer um bom briefing, além de
alinhar as etapas de projeto formalizando em contrato, definir antecipadamente o
máximo com o cliente para que o projeto sofra poucas ou nenhuma alteração no
conceito após a apresentação, no máximo alguma substituição de materiais em função
do custo, mas que não alterem o resultado estético da proposta.

4. Em sua filosofia profissional, o que vem antes: a função ou a forma?


Função sem dúvidas. É totalmente influência da Bauhaus, sem dúvidas, porém de fato
acredito que uma edificação ou objeto deve servir para alguma coisa.

5. O que é um bom design arquitetônico para você?


É o resultado que consegue equacionar a resolução do problema do cliente sem
estourar o orçamento e ter um resultado estético que que cause impacto, não no
sentido de ser grandioso ou espalhafatoso, mas que consiga ter identidade e essência.

6. Admitindo-se que em arquitetura a criação é um dos processos que mais impactam na


sustentabilidade. Quais ações são utilizadas em seu processo criativo que visam
minimizar impactos ambientais e preservar os recursos naturais?
Principalmente na parte de mobiliário, grande parte dos resíduos do que é fabricado
transformamos em outros produtos menores ou incorporamos em pequenas partes de
alguns móveis.

7. Na sua opinião quais os desafios de se conceber um projeto arquitetônico sustentável


no Maranhão?
Pouca tecnologia relacionada à reciclagem, pois a maior parte das ideias exequíveis
acaba tendo que estar alinhada com o reaproveitamento apenas.

8. Sabe-se que um projeto arquitetônico tem muitas fases, desde o primeiro contato com
cliente até a entrega da obra. Há alguma fase que você não goste muito de realizar,
acha cansativo ou menos empolgante?
Detalhamento e elaboração de proposta. O detalhamento é cansativo, pois o mais
gostoso é ter a ideia e essa fase requer muita repetição e trabalho braçal. A proposta é
pouco empolgante, pois ainda está na incerteza de fechamento e muitas vezes você
para o dia e gasta horas elaborando um escopo de algo que não avança em termos de
negociação.

9. Já teve dificuldades de lidar com alguma situação com clientes? Qual foi a maneira que
você encontrou de resolver isso?
Sim, um cliente quis mudar o local do projeto depois do projeto pronto, expliquei que
não seria possível, pois o valor de projeto é pensando a partir de um programa de
necessidades, que por sua vez está vinculado a um espaço físico. Como tudo estava
amarrado em contrato, o cliente não pôde realizar a mudança.

10. Baseado em suas experiências do início de carreira. O que você diria a um arquiteto
recente que acabou de entrar no mercado?
Não deixe de sempre formalizar seu trabalho e cobre por ele.

11. O que você diria aos estudantes de arquitetura e urbanismo se estivesse diante deles
na sala de aula?
Como também dou aulas, o que mais faço é falar muito pra eles sempre. No sentido de
conselho, talvez seja: construam referências! Criatividade não brota do nada, tudo que
vivemos, lemos, assistimos, ou fazemos pode ser uma possível referência lá na frente.

Você também pode gostar