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3. Qual a estratégia de trabalho que você usa para criar projetos melhores e em um
tempo de espaço menor que você não gastaria caso não estivesse aplicando tais
métodos na sua desenvoltura?
Muito do atraso pode acontecer em função do retrabalho em sucessivas adequações
depois do projeto fechado. Então, é importantíssimo fazer um bom briefing, além de
alinhar as etapas de projeto formalizando em contrato, definir antecipadamente o
máximo com o cliente para que o projeto sofra poucas ou nenhuma alteração no
conceito após a apresentação, no máximo alguma substituição de materiais em função
do custo, mas que não alterem o resultado estético da proposta.
8. Sabe-se que um projeto arquitetônico tem muitas fases, desde o primeiro contato com
cliente até a entrega da obra. Há alguma fase que você não goste muito de realizar,
acha cansativo ou menos empolgante?
Detalhamento e elaboração de proposta. O detalhamento é cansativo, pois o mais
gostoso é ter a ideia e essa fase requer muita repetição e trabalho braçal. A proposta é
pouco empolgante, pois ainda está na incerteza de fechamento e muitas vezes você
para o dia e gasta horas elaborando um escopo de algo que não avança em termos de
negociação.
9. Já teve dificuldades de lidar com alguma situação com clientes? Qual foi a maneira que
você encontrou de resolver isso?
Sim, um cliente quis mudar o local do projeto depois do projeto pronto, expliquei que
não seria possível, pois o valor de projeto é pensando a partir de um programa de
necessidades, que por sua vez está vinculado a um espaço físico. Como tudo estava
amarrado em contrato, o cliente não pôde realizar a mudança.
10. Baseado em suas experiências do início de carreira. O que você diria a um arquiteto
recente que acabou de entrar no mercado?
Não deixe de sempre formalizar seu trabalho e cobre por ele.
11. O que você diria aos estudantes de arquitetura e urbanismo se estivesse diante deles
na sala de aula?
Como também dou aulas, o que mais faço é falar muito pra eles sempre. No sentido de
conselho, talvez seja: construam referências! Criatividade não brota do nada, tudo que
vivemos, lemos, assistimos, ou fazemos pode ser uma possível referência lá na frente.