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FACULDADE FACI WYDEN

ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO AVALIATIVO REFERENTE À AP1

MARIA EDUARDA SANTARÉM DE MACEDO

TÉCNICAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO


PROF. TATIANE MADEIRO

BELÉM – PA
2020
1. Serviços Preliminares
1.1. Sondagem
Uma das primeiras etapas que compõe os serviços preliminares de
uma obra, a sondagem nada mais é, que um diagnóstico -
exploração e reconhecimento - do solo do terreno. A partir dessa
etapa que é possível conhecer as características do terreno, como a
espessura das camadas, sua resistência e a provável localização do
lençol freático, caso exista. Com base nesse diagnóstico, é definido o
tipo de fundação e qual dimensionamento que a futura edificação irá
adotar. Caso a sondagem não seja realizada, corre o risco de gerar
custos adicionais posteriormente causados pelo dimensionamento
das fundações estarem incorretos, ou com a possibilidade do
surgimento de problemas de difícil recuperação apresentados no
terreno. Normalmente a sondagem é executada antes de qualquer
movimentação de terra, mas em cada caso a ordem dos trabalhos é
determinada pelo engenheiro projetista responsável. A sondagem
mais usual no Brasil é a SPT (Sondagem de Simples
Reconhecimento), que consiste na técnica mais rápida e econômica,
e a metodologia correta pra execução desse tipo de sondagem é
prescrita pela NBR 6484.

1.2. Canteiro de Obras


A área de trabalho onde é desenvolvido as operações de apoio e
execução de determinada obra, podendo ser fixa ou temporária, é o
que conhecemos como Canteiro de Obras. Para o início efetivo de
qualquer trabalho, é necessário obter a disponibilidade de instalação
provisória de energia elétrica (por rede fornecida ou gerador), de
instalação provisória de água (por rede pública, poço ou outros).
Esse local, inicialmente deve prever demolições (se necessária),
sondagem, limpeza do terreno, previsões de movimentações de terra
e suas contenções para, por fim, implantar o canteiro de obras,
planejado e projetado antes do início da construção de qualquer
edificação. Para o bom funcionamento, deve-se criar um Layout de
Canteiro de Obras, que têm de dispor de: instalações sanitárias; local
de refeições; ambulatório (para frente de trabalho com 50 ou mais
operários). Dentre esses e outros ambientes presentes, deve-se
basear na NR 18.

1.3 Layout de Canteiro de Obras


Esse processo vem para facilitar e otimizar o espaço de trabalho e
possibilitar maior eficiência e segurança para obra. Neste
planejamento se trata a logística da obra, levando em consideração
a disposição das instalações provisórias ou fixas, armazenamento
de materiais, movimentação de trabalhadores e máquinas, entre
outros.
2. Fundações
Por definição, são elementos estruturais que tem por finalidade transmitir
cargas de uma edificação para uma camada resistente ao solo. Para a
escolha da fundação são necessários análises como: topografia da área
(dados sobre taludes e encostas, necessidades de cortes e aterros,
levantamento de patologias, erosões ou solos moles, presença de
obstáculos); características do maciço de solo (viabilidade de camadas
resistentes ou adensáveis, resistência e compressibilidade do solos,
além da posição do nível da água); dados da estrutura (análise do tipo
de projeto arquitetônico, projeto estrutural, projetos complementares e
laudos se sondagem); dados sobre o entorno (existência de subsolos,
tipos de estrutura e fundações vizinhas, danos já existentes e tipos de
impactos de vibrações e escavações que poderão ser provocadas).

2.1. Fundações Superficiais (rasas ou diretas)


2.1.1. Bloco
Elemento de fundação superficial, de concreto, dimensionado de
modo que as tensões de tração nele resultantes, sejam resistidas
pelo concreto, sem necessidade de armaduras. Pode apresentar
faces verticais, inclinadas ou escalonadas. Sua construção pode usar
pedras, tijolos maciços, concreto simples ou concreto ciclópico.
Esse tipo de bloco não pode ter dimensão inferior a 60cm, em planta.
É recomendado para pequenas obras cujo solo tem boa capacidade
de suporte, dentre as vantagens, se destaca a rapidez na sua
execução, o baixo custo por sua economia na ausência de compra
de barras de aço.

Imagem 1

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/blocos-de-fundacao/

2.1.2. Sapata
Elemento de fundação superficial, de concreto armado,
dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes,
sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente dispostas
pra este fim. Esse tipo de bloco não pode ter dimensão, em planta,
inferior a 60cm. É recomendada para regiões onde o solo é estável e
com boa resistência nas camadas superficiais e suportam grande
capacidade de cargas comparado aos de fundações do tipo rasa.
Dentre suas vantagens estão presentes o seu baixo custo, rapidez
de execução e a capacidade de construção sem equipamentos e
ferramentas especiais. Se bem dimensionada, pode ser executada
com pouca escavação e baixo consumo de concreto. Tipos de
sapatas:
• Sapatas isoladas:
Recebem cargas de apenas um pilar, uma das mais usuais da
construção civil por ser mais econômica, tem formato
quadrangular ou trapezoidal.

• Sapata Associada:
Quando há a pré-existência de pilares muito próximos, faz-se
uma sapata ligada com uma viga de rigidez que irá juntar a
estrutura.

• Sapata Corrida:
Esta está sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente
ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento, a sapata
corrida normalmente é usada para receber cargas de muros,
paredes (elementos alongados).

• Sapata de Divisa:
É composta por uma sapata de dimensão maior e uma de
dimensão menor, sendo ligadas por uma viga de alavanca que
fazem processo de compensação de forças (equilíbrio).
Normalmente usada quando a necessidade de se fazer
fundação na divisa do terreno, sob consequência de usar meia
sapata.

2.1.3. Radier
Elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos
os pilares de uma estrutura, distribuindo os carregamentos. É
usada quando a soma das cargas da estrutura dividida pela
carga admissível do terreno excede a metade da área a ser
edificada, geralmente se torna mais econômico reunir as
sapatas num só elemento de fundação, que toma o nome de
radier. Pode-se considerar, também, quando a área das
sapatas ocuparem cerca de 70% da área coberta pela
construção. Recorre-se a esse tipo de fundação quando o
terreno é de baixa resistência e a espessura da camada do
solo é relativamente profunda. Dentre as vantagens estão
presentes o baixo custo em relação às sapatas corridas,
tempo de execução reduzido, e pouca mão de obra
necessária; dentre as desvantagens, se for necessário
aumentar a resistência do radier devido as cargas atuantes na
laje, é preciso aumentar o volume de concreto, o que torna
mais oneroso e aumenta dificuldade na execução, ainda sob
risco de ocorrer várias fissuras por se tratar de uma estrutura
de concreto armado.
Imagem 2

Fonte: https://algandaimes.com.br/quer-variedade-de-sapatas-para-sua-
obra-vem-para-alg/

2.2. Fundações Profundas (indiretas)


2.2.1. Estacas
Elemento de fundação profunda, executado inteiramente por
equipamentos ou ferramentas especiais, sem que, em qualquer fase
de sua execução, haja descida de pessoas. Os materiais
empregados podem ser: madeira, aço, concreto ou uso misto. Sob
suas classificações temos: estacas pré-moldadas ou pré-fabricadas,
estacas moldadas “in loco”, ou pela combinação.

2.2.1.1. Estacas Pré-fabricadas


Podem ser fabricadas de diversos materiais, sendo as de
concreto e metálicas as mais usuais. Caracterizam-se por
serem cravadas no terreno, podendo se usar os métodos:
percussão (onde se usam pilões de queda livre ou
automáticos, um dos inconvenientes é o barulho);
prensagem (usa macacos hidráulicos que reagem contra
uma plataforma com sobrecarga ou contra própria
estrutura, evita barulho e vibrações) e vibração ( sistema
que emprega martelo dotado de garras, com massas
excêntricas que giram com alta rotação, produzindo
vibração de alta frequência). Dentre seus tipos:
• Metálicas
Elemento estrutural produzido industrialmente, podendo ser
construído por perfis laminados ou soldados, simples ou
múltiplos, tubos de chapas dobradas ou calandradas. A
utilização de estacas de aço é pensada quando constatado
que no solo existem pedras, matacões e pedregulhos. Dentre
suas vantagens, temos presentes a facilidade de emenda,
elevada resistência à tração e compressão, não fissuram nem
trincam e possuem pouca vibração durante cravação. Dentre
suas desvantagens, possuem alto custo comparadas a outras
estacas, além de possuir poucos fornecedores.
• Concreto
Elemento estrutural produzido industrialmente, podem ser
fabricadas de concreto armado ou protendido, o último de
grande resistência. Possuem geometrias que interferem na
capacidade de carga, podendo ser quadrada, circular,
sextavada, etc. Pode ser do tipo maciça ou vazada. A
utilização das estacas de concreto é pensada para solos com
lençol freático próximo ao nível do solo ou em solos moles.
Dentre as suas vantagens, essas estacas têm boa capacidade
de carga a boa resistência a esforços de flexão e
cisalhamento, além de serem produzidas por fábricas
especializadas que aumentam sua qualidade. Dentre suas
desvantagens, têm alto peso próprio que limita as seções e
comprimentos em função do seu transporte, além de possui
difícil execução para cortes e emendas.
• Madeira
Elemento estrutural produzido pela natureza, material do tipo
fibroso, e dependendo da espécie poderá ser resistente a
água ou não, a ponta da estaca de madeira deve ser protegida
com ponteira de aço quando for necessário penetrar camadas
mais resistentes do solo. A cravação geralmente é executada
com martelo de queda livre. Dentre suas vantagens: podem
ser facilmente emendadas, tem duração prolongada quando
usadas abaixo do nível da água; dentre suas desvantagens:
por ser madeira, sua disponibilidade depende da região, e não
podem ser usadas acima do nível da água sob pena de sofrer
ataques de microrganismos. Podem ter dois tipos de uso e
execução.
- Estacas de madeira em toras: essa opção se dá quando na
região há abundância de árvores longilíneas, com diâmetro
mínimo de 22cm, de espécies que resistam a impacto. No
local onde serão cravadas as estacas, o nível da água do
lençol freático possibilitará a elas imersão completa e
permanente.
- Estacas pranchas de madeira: usada para momentos
provisórios de uma obra. A opção por esse tipo se dá quando
é necessária abertura de trincheiras para instalação de
tubulações, construção de ensecadeiras rasas, escoramento
de cavas para execução de fundações. As estacas pranchas
normalmente são possuídas de encaixe macho-fêmea e com
ponta chanfrada.

2.2.1.2. Estacas Mistas


Por motivo econômico e tendo em vista o possível ataque
de uma estaca de madeira ou aço por agentes agressivos,
faz-se uso das estacas mistas de madeira e concreto ou
aço e concreto. Em face de pouca rigidez na emenda dos
materiais, as estacas mistas só podem ser utilizadas
quando da ausência de cargas horizontais ou de
momentos aplicados na cabeça das estacas.
2.2.1.3. Estacas moldadas “in loco”
São estacas que serão produzidas no mesmo local em que
serão instaladas. São executadas enchendo-se de
concreto, perfurações previamente executadas no terreno
através de escavações ou cravações. Dentre seus tipos:
• Estacas tipo Franki
Estaca de concreto armado moldada “in loco”, que emprega
um tubo de revestimento (camisa metálica) recuperável, com
ponta fechada.
O tubo de revestimento é cravado dinamicamente no terreno,
derramando dentro a mistura de brita e areia, socada
energicamente com um pilão de queda livre, caindo de vários
metros de altura. Sob golpes de pilão, a mistura forma na
parte inferior do tubo uma “bucha” estanque, fortemente
comprimida contra as paredes do mesmo. Esse processo faz
com que a “bucha” arraste o tubo, onde a água e o solo não
conseguem penetrar, obtendo-se então, ao final da cravação,
uma forma absolutamente estanque. Dentre suas vantagens:
podem suportar grandes cargas; apresentam boa resistência
lateral e de ponta, o que dissipa as cargas no solo; atingem
camadas profundas do solo; podem ser executadas abaixo do
nível da água. Sobre suas desvantagens: causa muita
vibração no terreno; durante cravação deve-se supervisionar
sempre pois pode ocorrer de levantar estacas já instaladas; é
necessário amplo espaço no canteiro de obras pra manusear
equipamentos; demanda tempo, o que ocasiona maior custo
com mão de obra e equipamentos.

Imagem 3

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/estaca-franki/
• Estaca tipo Strauss
São moldadas “in loco”, com processo relativamente simples e
eficaz. A perfuração é executada com auxílio de uma sonda,
denominada “piteira”, com utilização parcial ou total de
revestimento recuperável e posterior concretagem da
fundação no local. Essa estaca é indicada para casos onde a
fundação deve ser profunda e o solo seco. Dentre suas
vantagens: gera pouca vibração no solo, que evita danos em
edificações vizinhas; facilidade de locomoção dentro da obra;
capacidade de executar estacas próximas às divisas do
terreno, diminuindo assim, a excentricidade dos blocos. Suas
desvantagens são: comparada a outras estacas, apresenta
baixa capacidade de carga; produz muita lama, podendo
trazer aspecto sujo e bagunçado ao canteiro de obras;
dificuldade de escavação em solo mole, ocorre
estrangulamento do fuste.

Imagem 4

Fonte: https://www.totalconstrucao.com.br/estaca-strauss/

• Estaca tipo Hélice Contínua


Estaca de concreto moldada “in loco”, executada através de
um equipamento que possui um trado helicoidal continuo, que
retira o solo conforme se realiza a escavação e injeta o
concreto simultaneamente, utilizando sua haste central. Assim
que concluída a concretagem, é introduzida a ferragem.
O sistema pode ser empregado para a maioria dos tipos de
solo, exceto em locais onde há a presença de matacões e
rochas. É recomendável que haja uma central de concreto nas
proximidades do local de trabalho por ser um sistema que
proporciona boa produtividade. Suas vantagens: lata
produtividade comparada aos outros tipos de estacas; alta
capacidade de carga das estacas; não gera vibrações no
terreno; conta com monitoramento eletrônico em todo seu
processo de execução; podem ser executadas estacas de
grande profundidade; podem ser executadas acima ou abaixo
do lençol freático; penetra camadas resistentes do solo.
Desvantagens: custo relativamente alto se comparado a
outros métodos de execução de fundação; necessita de área
ampla na obra e de terreno plano ou pouco inclinado.

Imagem 5

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/estaca-helice-continua/

• Estacas Ômega
Estaca de concreto moldada “in loco”, o princípio dessa estaca
é baseado na forma do trado de perfuração, com diâmetro e
passo da hélice espiral aumentados progressivamente, de
forma a utilizar a mínima energia necessária (torque), para
deslocar e compactar lateralmente o terreno. Vantagens:
ausência total de vibração ou distúrbios durante a execução;
não possui retirada do solo da escavação.

Imagem 6

Fonte:
https://www.geone.com.br/2010/download/Palestra_GeoNE_2010.pdf

• Estaca Raiz
Estaca concretada “in loco”, escavada mecanicamente,
consideradas de pequeno diâmetro, elevada capacidade de
carga baseada essencialmente na resistência por atrito lateral
do terreno. Escavadas com perfuratriz e executadas com
equipamentos de rotação ou roto percussão com circulação de
água, lama bentolínica ou ar comprimido. É recomendado
para obras com dificuldade de acesso para o equipamento de
cravação, pois usa equipamentos com pequenas dimensões.
Pode, por meio de ferramentas especiais, atravessar terrenos
de qualquer natureza, inclusive alvenarias, concreto armado,
matacões ou rochas. É muito usada também como reforços de
fundações existentes, pontes, viadutos, contenções de
encostas. Dentre suas vantagens: ausência de vibração e
descompressão do terreno; possibilidade de execução em
espaço limitado; execução com maiores inclinações (0 a 90º);
não provoca poluição sonora. Desvantagens: custo elevado;
alto consumo de cimento; alto consumo de ferragens para
armaduras; obra alagada devido ao grande consumo de água;
grande impacto ambiental.

Imagem 7

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/estaca-raiz/

• Estacas Barretes
Na ocorrência de cargas elevadas em obras de vulto, o tipo de
estaqueamento que também pode ser utilizado é o tipo
barrete, que são de seção regular derivada de um ou mais o
painéis de parede diafragma e utilizadas como elementos
portantes de fundação em substituição a estacas de grande
diâmetro. São elevadas com uso de lama bentolínica, quando
necessário, executadas com equipamento de grande porte,
como clam-shell. Pode ser escava abaixo do nível da água,
até a profundidade de projeto.

• Estacas Mega
São estacas cravadas à reação, também denominadas de
estacas prensadas, são substituídas por segmentos de
concreto simples ou armado(vazados) ou tubos metálicos. A
principal característica desse tipo de estaca é a sua cravação
estática através de macaco hidráulico, contra cargueira ou
estrutura existente. São comumente utilizadas em reforço à
fundação já existente ou para correção de patologias. Suas
vantagens: sem vibrações durante cravação; execução em
locais pequenos e de difícil acesso a pessoas e
equipamentos. Desvantagens: alto custo; longo tempo de
cravação.

• Estacas Simplex
É cravada no terreno mediante à ação de um peso (martelo),
com o qual são disferidos golpes sobre um tubo de aço
(camisa), o qual tem adaptado em sua extremidade inferior
uma ponteira de concreto armado, e na extremidade superior
é posto uma proteção composta de um coxin de aço e um
batoque de madeira. Para sua execução são requisitados
equipamentos (bate-estacas) pesados e mão de obra
especializada. As estacas simplex não são armadas, podem
ser confeccionadas até o comprimento máximo de 20 metros e
são concretadas de forma semelhante às estacas Strauss,
tendo também a camisa recuperada na medida do avanço da
concretagem.

• Estacas Duplex
É confeccionada fazendo-se cravar uma estaca simplex por
dentro de uma outra estaca simplex anteriormente cravada. A
segunda estaca cravada tem sua cravação iniciada tão logo
após a terminar a concretagem da primeira. Sua capacidade
de carga passa a adotar 100 t em virtude do aumento de
diâmetro do conjunto de 40 para 54 cm.

• Estacas Raymond
Estaca de concreto possuidora de camisa metálica perdida. As
estacas de tubo perdido não são muito executadas no brasil
por conta do alto custo e falta de mão de obra especializada.
Mas é muito usada em arranha céus de Dubai.

2.2.2. Tubulões
Uma fundação de seção circular de grande diâmetro, ficando
com aspecto de um grande tubo, posto normalmente na
posição vertical, ou com pequena inclinação. Os tubulões
podem ser escavados manualmente ou mecanicamente.
Dentre seus tipos, temos:

• Tubulão escavado manualmente a céu aberto


Consiste em um poço, acima do nível da água, aberto
manualmente de modo que não haja desmoronamento
durante a escavação. Quando há tendência de
desmoronamento, reveste-se o furo com alvenaria de tijolo,
tubos de concreto ou tubos de aço. O fuste é escavado até a
cota desejada, atingida a cota de fundação é feito um
alargamento da base, tipo uma sapata, coloca-se então a
armadura e executa-se a concretagem. A concretagem é feita
em camadas. Vantagem: É uma alternativa para altas cargas
solicitadas, superiores a 250 t.

• Tubulão escavado manualmente a ar comprimido


São usados quando existe água, exige-se grandes
profundidades e existe o perigo de desmoronamento das
paredes da estaca. Nesse caso, a injeção de ar comprimido
no tubulão impede a entrada de água, pois a pressão interna
se torna maior que a externa. Desvantagens: exige custos
elevados e grande possibilidade de riscos de acidentes.

Imagem 8

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/tubulao-a-ar-comprimido/

• Tubulão escavado mecanicamente


Para esse tipo é necessária uma perfuratriz equipada com
ferramentas de corte de grande diâmetro, como este
equipamento tem função restrita de executar fundações e por
ser de grande custo, só é empregado em obras de grande
porte e quando o projeto de fundações apresentar grande
números de tubulões.

• Tubulão tipo Gow


O escoramento é feito por meio de tubos de chapas de aço,
na qual crava-se um tubo de 2 metros, escavando seu interior,
após isso, outro tubo de diâmetro menor é cravado por dentro
do primeiro, executando nova escavação para em seguida,
receber novo tubo, e assim sucessivamente. Os tubos são
recuperados na medida que a concretagem progride.

3. Formas e Escoramentos
Para estruturas de concreto armado, as formas e escoramentos são
elementos fundamentais na construção, tem como função principal de
moldar os elementos de concreto e garantir boa qualidade estrutural. As
formas são basicamente as caixas instaladas na obra que darão
geometria das estruturas de lajes, pilares e vigas são responsáveis por
conter o concreto enquanto está fresco até sua completa cura. Elas
também podem ser de madeira, aço ou plástico.
O escoramento é um reforço/apoio que tem como objetivo garantir a
atracação ou sustentação do peso da forma e da carga do concreto
lançado, ainda fresco. As formas e escoramentos irão abrigar as
armaduras e a pasta do concreto armado.
O processo de forma e escoramento para as estruturas em concreto são
constituídas de painel (sistemas de fixação para tudo que for concretar –
laje, viga, pilar); formas (caixas para abrigar a concretagem);
estribos/estribamento (que são armaduras de ferro mais fino que servem
para amarrar as ferragens que entraram na pasta de concreto) e por fim
o escoramento (para dar sustentação a todo o conjunto). Durante o
processo de concretagem se usam equipamentos como vibrador, que
irão agitar a pasta do concreto para o seu conjunto não ficar com falhas
ou vazios causados pelo ar, e a mistura se comportar de forma
homogenia na estrutura evitando possíveis patologias no momento da
desforma, sob risco de deixar mais oneroso posteriormente para
soluciona-las.

4. Vedações Verticais
As vedações nada mais são alvenarias de vedação que tem função de
adequar e estabelecer a separação entre ambientes, podendo ser
apenas de vedações ou estruturais, dentro os vários tipos:
• Taipa de pilão
Blocos de taipa apiloada, socada em formas de madeira, que
são retiradas quando a terra está seca.

Imagem 10

Fonte: https://sustentarqui.com.br/materiais/sistema-construtivo-de-taipa-
de-pilao/

• Pau a pique
Sistema construtivo que utiliza gradeados de varas de madeira
preenchidos com barro. Muito usada em construções no
interior do país. As travessas são armadas com bambus, que
se sobrepõem horizontalmente, são amarrados com cipós aos
esteios verticais, feitos com bambus inteiros, logo após isso,
barreia-se as paredes e não são alisadas.
Imagem 11

Fonte:
https://meioseculodeaprendizagens.blogspot.com/2018/03/construcao-de-
casas-em-pau-pique.html

• Cantaria/ Alvenaria de pedras


Técnica de cortar e preparar rochas para a construção, com
efeitos decorativos e estrutural. É uma das mais antigas
técnicas de construção. Grandes obras, como catedrais,
pontes e castelos, foram construídos usado essa técnica.
Essa obra em cantaria pode ser construída com argamassa ou
no estilo pedra seca.

• Adobe
Tijolo de barro seco ao sol, semelhante ao tijolo, preparado
com argila crua, secada ao sol, e que também é feito
misturado com palha, para se tornar mais resistente.

• Tijolo cerâmico
Existem três tipos: comuns (maciços); laminados (usados para
alvenarias aparentes, massa mais homogênea e compacta,
não é indicada para receber chapisco ou revestimentos, é
mais caro); refratário (resistente a altas temperaturas, muito
usado em fornos, fornalhas, churrasqueiras, etc, é mais
resistente à compressão que tijolos comuns).

• Tijolo/bloco cerâmico
Um dos blocos mais usados pelo mercado, bloco furado
(extrudado, possui ranhaduras para facilitar aderência da
argamassa, tem menor peso, melhor isolante térmico e
acústico). Das suas desvantagens: pequena resistência à
compressão, rasgos muito grandes para instalações
hidráulicas e elétricas devido a fragilidade; não apresentam
porosidades necessárias para aplicação de revestimentos.

• Bloco de concreto
Peças retangulares fabricadas com cimento, areia, pó de
pedra e água. são blocos vazados no sentido da altura, com
maior resistência à compressão. Os blocos podem ser usados
para aplicações de revestimentos ou aparentes. Usado
também em alvenaria estrutural armada. Das suas vantagens:
demandam pouco tempo para assentamento e revestimento;
consome pouca argamassa de assentamento; apresenta fino
acabamento e são uniformes. Das desvantagens: não permite
cortes; desenho dos blocos aparecem nas alvenarias externas
em dias de chuva; dificuldade de encunhamento nas faces
interiores das vigas e lajes.

• Bloco sílico-calcário
Mistura de cal virgem, areia fina quartzosa e água. Prensagem
em moldes sob alta pressão. Destinados a alvenaria de
estrutura não armada (auto portante), alvenaria aparente,
paredes termoacústicas, resistentes ao fogo.

• Bloco de concreto Celular Autodavado


Fabricados a partir de uma mistura de cimento, cal areia e pó
de alumínio, autoclavado, permitindo a formação de um
produto com alta porosidade, leve, resistente e estável.
Permite execução de paredes de vedação e lajes. Vantagens:
mais leve; maior dimensão, aumentando sua produtividade;
alta resistência ao fogo; pode ser cortado.

• Bloco solo-cimento
Fabricados a partir da massa de solos argilosos ou
arenoargilosos mais cimento, com baixo teor de umidade, em
prensa hidráulica, formando blocos maciços ou vazados. Na
mistura solo-cimento, pode-se adicionar aditivos
impermeabilizantes, óxido de ferro. Vantagens: dispensa uso
de chapisco; se usado blocos vazados, pode-se dispensar
buracos pois as instalações hidráulicas e elétricas passam por
dentro dos furos; capacidade térmica e acústica.

• Tijolo de vidro
Peças ocas, estanques, com ar rarefeito. Possui variadas
colorações e é bom térmica e acusticamente.

5. Gesso
É um aglomerante simples, constituído basicamente de sulfato mais ou
menos hidratados e anidros de cálcio. As confecções desse material
apresentam bom isolamento térmico e acústico. O gesso é destinado
principalmente ao segmento construtivo, como em revestimentos,
divisórias e forros, e também ao segmento decorativo, na arquitetura de
interiores. Dentre seus tipos e aplicações, temos:
• Gesso em revestimentos: recobre superfícies, paredes e tetos,
com pasta ou argamassa de gesso. É usado com finalidade de
eliminar ondulações nas emendas de placas de gesso ou dar
acabamento em paredes e tetos de alvenaria. Dentre suas
vantagens: apresenta rugosidade lisa e superfície branca,
podendo dispensar massa corrida ou reduzir seu uso; prazo
de cura menor; alta produtividade. Das desvantagens: maior
fragilidade à choques; não auxilia no isolamento acústico; não
auxilia na fixação de cargas suspensas; não auxilia no
comportamento estrutural da elevação.

• Gesso como divisórias: proporcionam conforto acústico, e


térmico, pode servir de passagem de tubulações hidráulicas,
elétricas e telefônicas. Das vantagens: mais leves que outras
alvenarias.

• Gesso acartonado: são placas de gesso produzidas


industrialmente envoltas de papel cartão, parafusadas sobre
estrutura de aço galvanizado. Vantagens: resistência à
compressão e à maleabilidade, praticidade e rapidez na
elaboração e execução de projetos, proporciona poucos
resíduos. No mercado existem 3 tipos:
- Chapa Standard: de cor cinza, usada em paredes, tetos e
revestimentos de área seca. Indicadas para ambientes
internos.
- Chapa resistente à umidade: de cor verde, usadas em áreas
molhadas, como banheiros, cozinhas, áreas de serviço e
lavanderias. Grande resistência à umidade porem não pode
entrar em contato com a água pois poderá danificar a placa.
-Chapa resistente ao fogo: cor rosa, usada em saídas de
emergência e em áreas enclausuradas, como escadas e
corredores.

6. Instalações Hidráulicas
São instalações prediais que devem dispor de um sistema de
distribuição eficiente cumprindo exigências e recomendações para sua
melhor efetivação. Dentre seus componentes técnicos, temos:
• Ramal Predial: tubulação compreendida entre a rede pública de
abastecimento (distribuidor público) e a instalação predial
caracterizada pelo medidor público (hidrômetro).
• Alimentador Predial: é a tubulação que liga a fonte de
abastecimento a um reservatório de água de uso doméstico.
• Reservatório: é inferior quando intercalado entre o alimentador
predial e a instalação elevatória, destinado a reservar água e a
funcionar como poço de sucção da instalação elevatória; é
superior quando é ligado à tubulação de recalque, destinado a
alimentar rede predial de distribuição.
• Barrilete: conjunto de tubulações que se origina no reservatório
superior e do qual derivam as colunas de distribuição.
• Coluna de Distribuição: tubulação derivada do barrilete e
destinada a alimentar ramais.
• Sub-ramais: tubulação que liga o ramal à peça de utilização.
• Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada
a alimentar os sub-ramais.
Imagem 12

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Sistema-predial-de-agua-
fria_fig1_323991939

7. Instalações Sanitárias
São instalações que se destinam a coletar todos os despejos
domésticos e industriais, dentre seus componentes técnicos, temos:
• Diâmetro Nominal: Simples número que serve como designação
para projeto e para classificar, em dimensões, os elementos das
tubulações, e que corresponde, aproximadamente, ao diâmetro
interno da tubulação em milímetros.
• Ramal de Descarga: canalização que recebe diretamente os
efluentes dos aparelhos sanitários
• Tubo de Queda: tubulação vertical que recebe os efluentes de
subcoletores, ramais de esgoto e ramais de descarga.
• Coluna de Ventilação: Tubo ventilador vertical que se prolonga
através de um ou mais andares e cuja extremidade superior é
aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a
barrilete de ventilação.

Imagem 13

Fonte: https://docplayer.com.br/72750963-Instalacoes-hidrossanitarias-
prediais.html
BIBLIOGRAFIAS

file:///C:/Users/eduar/Downloads/Livro%20-
%20A%20T%C3%A9cnica%20de%20Edificar%20-%20Walid%20Yazigi%20250.pdf

http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17500/material
/MANUAL%20TECNICO.pdf

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