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RESUMO DIREITO CIVIL II

03, 04, 10, 11/08/20

Semestre passado:

Art. 15 ao 21

 Nome; diretamente ligado a personalidade do indivíduo (conjunto de características


próprias)  legislador visa proteger o nome.
 Nome é imutável.
 Prenome: primeiro elemento do nome, pode possuir vários elementos (simples e
composto).
 Sobrenome: patrimônio ou apelido de família.
 Mudança de nome:
- Situação vexatória;
- Erro de grafia;
- Tradução de nome em língua estrangeira;
- Indivíduo inserido na proteção de testemunha;
- Transgenitalização;
- Casamento;
- Divórcio/separação;
- Adoção;
- Apelido público notório;
- 18 anos sem justificativa.
 Pseudônimo em atividade lícita recebe a mesma proteção do nome.

Art. 22 ao 29

 Preferência na procuradoria do curador: cônjuge não separado judicialmente


(apresenta decisão/sentença do juiz), cônjuge não separado de fato a mais de 2 anos,
os pais dos descendentes (o mais próximo do ausente tem preferência aos mais
remotos), união estável (é reconhecida por lei como entidade familiar).
 Não é qualquer um que pode abrir sucessão provisória: cônjuge não separado
judicialmente, os herdeiros, credor de divida vencida e não paga.
 Procurador: tem que querer, ter condições e poderes suficientes  espera de 3 anos
desde o sumiço do ausente (não precisa de arrecadar bens e nomear curador).
 Espera de 180 dias de publicada a abertura da sucessão provisória.
 30 dias para abrir o inventário/testamento  se ninguém aparecer toda herança vai
para o Estado.
 O ausente da primeira e segunda fase ele é plenamente incapaz, na terceira fase terá
que presumir a morte, tornando-se totalmente incapaz.
Fato jurídico em sentido amplo: 17/08

 Fatos naturais ou fatos jurídicos stricto sensu (sentido estrito)  ordinários


(nascimento, morte) ou extraordinários (terremotos, tempestades).
 Fatos humanos ou ato jurídico lato senso (ações humanas)  lícitos (efeito jurídicos)
ou ilícitos (efeito involuntário)

Ato jurídico em sentido estrito Negócio jurídico (vontade Ato-fato jurídico (efeito
ou meramente licito (efeito da qualificada, sem vícios), do ato não é buscado
vontade predeterminado por estabelece tudo que quer pelo agente  não
lei), não escolhe o efeito. do jeito que quiser. busca o resultado) Ex.:
tesouro escondido que é
achado.

Atos materiais ou reais: manifestações Participações: manifestação de


de vontade sem destinatários.Ex.: vontade com destinatário 
estabelecimento de domicilio. intimação, notificação.

Negócio jurídico:

1. Aquisição de direitos.
 Ordinária: não há interferência do titular anterior. Ex.: avulsão (ato de extrair
violentamente), aluvião.
 Derivada: há interferência do titular anterior, o direito é adquirido com todas as
qualidades ou defeitos do título anterior, ninguém pode transferir mais direitos do
que tem. Ex.: compra e venda.
 Gratuita: quando só o adquirente aufere vantagem.Ex.: doação, sucessão
hereditária.
 Onerosa: quando se exige do adquirente uma contraprestação, possibilitando
ambos os contratantes a obtenção de benefícios. Ex.: compra e venda, locação.
 Quanto a extensão: a título singular (bem determinado. Ex.: algo especifico para
uma pessoa) ou a título universal (totalidade de direitos. Ex.: herança).
2. Preservação de direitos.
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 Medida preventiva:já protege antes de acontecer o problema, como extrajudicial
(não tem processo, podendo ser garantia real onde apresenta um 3º envolvido
que garante o bem garante o próprio bem, Ex.: fundiária em garantia, hipoteca,
financiamento ou garantia pessoal que garante todo seu patrimônio, Ex.: na fiança
leva tudo, não apenas um item) ou judicial (que são as medidas cautelares do CPC,
como busca e apreensão, protesto).
 Obs.: Se o devedor morrer os herdeiros não ficam com a dívida, só paga o
patrimônio que estava em garantia.
 Defesa privada ou autotutela: quando a própria pessoa se defende, o problema
está no excesso da coisa, Ex.: um bandido vai assaltar alguém com um cabo de
vassoura, mas é morto por 40 tiros.” Permite” ao possuidor o uso dalegítima
defesa, exercício regular de um direito e estado de necessidade.
 Medida repressiva: restauração do direito violado por meio de uma ação deduzida
em direito, deve ser entrado com uma ação no poder judiciário.
 Uma medida preventiva pode virar medida repressiva.

Qualitativa: o que muda é o objeto, se


converte em outra espécie.
3. Modificação de direitos.
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Objetiva (diz respeito ao


objeto Quantitativa: recebe quantidade diferente,
aumenta ou diminui, sem alterar a
qualidade.
Subjetiva: alteração da pessoa, titular do objeto/altera o indivíduo, permanecendo
inalterada a relação jurídica primitiva. Pode dar-se por inter vivos ou causa mortis
(desaparece o titular e passa. Ex.: desapropriação.
 Obs.: direito personalíssimo  são insuscetíveis de modificação subjetiva, são
exercidos apenas por uma pessoa.

4. Extinçãode direitos.
Subjetiva: morte do titular do direito.

Objetiva: perecimento (quebra) do objeto.

Vinculo jurídico: decadência ou prescrição.


 Obs.: perda do direito exercido por outra pessoa ocorre quando se destaca do titular e
passa a substituir em outro indivíduo (o titular não pode mais exercer o direito).

A extinção do direito ocorre quando o direito desaparece, não podendo ser exercido pelo
titular e em por qualquer outro (o direito não pode ser exercido por ninguém.

Classificação dos negócios jurídicos.

 Unilaterais: são aqueles que se aperfeiçoam com uma única vontade.

Ex.: testamento, confissão de dívida, renúncia de herança, instituição de fundação.


- Receptícios: a declaração de vontade tem que se tornar conhecida do destinatário para
produzir efeitos. Ex.: revogação de mandato.

- Não receptícios: é irrelevante que a declaração de vontade seja conhecida por outras
pessoas. Ex.: testamento.

 Bilaterais: são aquelas que aperfeiçoam com duas manifestações de


vontadecoincidentes sobre o objeto (consentimento mútuo ou acordo de vontades).

- Simples: somente uma das partes aufere vantagem, enquanto a outra assume o ônus.
Ex.: doação.

Ônus: obrigação de onerosidade, vai cair sobre a pessoa uma obrigação/um dever.

- Sinalagmático: há reciprocidade de direitos e obrigação. Ex.: compra e venda.

Obs.: pessoa não se confunde com parte. Quando duas ou mais pessoas fazem uma
declaração de vontade em direção única, constituem só uma parte.

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 Plurilaterais: são os contratos que envolvem mais de duas partes. Ex.: sociedades com
mais de dois sócios, consórcios.

Obs.: em regra, as decisões são tomadas em assembleia por decisão da maioria.

2) Quanto as vantagens patrimoniais

Gratuito: só uma das partes aufere vantagem. Ex.: doação pura,


comodato.

Onerosos: ambos os contratantes auferem vantagens e contra prescrições.

Comutativos: são prestações Aleatórios: caracteriza-se pela


certas e determinadas. Não incerteza. Se sujeita a um evento
envolve risco. Ex.: locação futuro imprevisível. Ex.: jogo,
aposta.

Obs.1: seguro  para seguro é comunicativo, mas para seguradora é sempre aleatório.

Obs.2: todo negócio oneroso é bilateral (a prestação de uma das partes envolve uma
contraprestação da outra), mas nem todo ato bilateral é oneroso. Doação e comodato são
bilaterais simples e por isso gratuitos.

 Neutros: se caracteriza pela destinação de bens. Tem por finalidade a vinculação de um


bem. Lhes falta atribuição patrimonial. Ex.: instituição do bem de família, cláusula de
inalienabilidade.

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 Bifrontes: são os contratos que podem ser onerosos ou gratuitos pela vontade das
partes. Só é possível quando o contrato é definido na lei, como negócio gratuito. Ex.:
depósito, mandato.

3) Quanto ao momento da produção dos efeitos.


Intervivos: produzem efeitos desde logo, ou seja, com as
partes ainda vivas. Ex.: casamento, locação, mandato.

Mortis causa: produzem efeitos após a morte do agente. O


evento morte é pressuposto necessário. Ex.: testamento.

Obs.: o seguro de vida é um negócio intervivos (o evento morte funciona como termo), em
viva ele já surge efeito, em vida prevê o recebimento total ou parcial do recebimento do
seguro se a pessoa tiver alguma doença que se agravou, como: câncer, Parkinson.

4) Quanto ao modo de existência.

Principais: são so que possuem existência própria. Ex.: compra e venda,


locação.

Acessórios: são os que tem sua existência ligada a um contrato principal. Ex.:
Claúsula penal (multa), penhor, fiança.

Negócios derivados ou subcontratos: tem por objeto direitos estabelecidos


em outro contrato, o derivado participa da própria natureza do direito
versado no contrato base. Ex.: sublocação, subempreitada.

5) Quanto a formalidade.
Solenes: devem obedecer a forma prescrita em lei para se aperfeiçoarem. Ex.: testamento,
renúncia de herança.

Não solenes: são os negócios de forma livre. Bastao consentimento para a sua
formação. Ex.: locação.
Obs.: outra classificação:

Formais: a lei exige forma escrita.

Não formais: a lei não exige fora escrita.

Solenes: a lei exige que haja uma intervenção de


uma autoridade pública. Ex.: casamento.

6) Quanto ao número de atos


necessários. 01/09

Simples: são os negócios que se constituem por ato único.


Coligado: se compõe de vários outros. Há multiplicidade de negócios,
considerando cada qual a fisionomia própria, mas havendo um nexo que os
reúne substancialmente. Ex.: exploração de um posto de gasolina.
Complexos: são os que resultam da fusão de vários atos sem eficácia
independente. Várias declarações de vontade que se completam. Ex.: alienação
de imóvel em prestações.

Complexidade objetiva: quando as Complexidade subjetiva: há


várias declarações de vontade que pluralidade de declarações de
se completam são emitidas pelo diferentes sujeitos, devendo
mesmo sujeito tendo em vista o convergir para o mesmo objetivo.
mesmo objeto. Ex.: alienação de Ex.: despachar uma mala no
imóvel em prestações. aeroporto

7) Quanto a modificação que podem produzir.

Obrigacionais: através das manifestações de vontade são geradas obrigações. (A


parte pode exigir da outra o cumprimento de determinada obrigação)

Dispositivos: utilizados pelo titular para alienar, modificar ou extinguir direitos.


Ex.: remissão de dívida.

Obs.: com frequência o negócio dispositivo completa o obrigacional.


8) Quanto ao modo de obtenção de resultado
Fiduciário: é aquele que o indivíduo (fiduciante) transmite o direito a outra pessoa
que por sua vez se obriga a devolver esse direito ao patrimônio do fiduciante ou a
destina-lo a outro fim. Esse negócio é formado por dois elementos a confiança e o
risco.

Simulado: é aquele que tem aparência contrária a realidade.

9) Quanto as condições especais dos negociantes:08/09

Negócios jurídicos impessoais: são aqueles que não dependem de qualquer


condição especial dos envolvidos. Pode ser realizado por qualquer pessoa. Ex.:
compra e venda.

Negócios jurídicos pessoais: são aqueles dependentes de uma condição especial


de uma das partes, havendo uma obrigação infungível. Ex.: pintor famoso

10) Quanto a sua causa determinantes:

Negócios jurídicos causais ou materiais: são aqueles que o motivo consta


expressamente no contrato, ou seja, no seu conteúdo. Ex.: divórcio.

Negócios jurídicos abstratos ou formais: são aqueles cuja razão não se encontra
inserida no seu conteúdo, decorrendo dele naturalmente. Ex.: transmissão de
propriedade.

11) Quanto ao momento de aperfeiçoamento:

Negócios jurídicos consensuais: são aqueles que geram efeitos a partir do


momento em que há acordo de vontade entre as partes. Ex.: compra e venda.

Negócios jurídicos reais: são aqueles que geram efeitos a partir da entrega do
objeto ou bem jurídico tutelado. Ex.: comodato (aparelho sky).
12) Quanto a extensão dos efeitos:

Negócios jurídicos constitutivos (constitui a partir de um ponto, não retroagem):


são os negócios que geram efeitos “ex nunc”, a partir da sua conclusão. Ex.:
compra e venda.
Negócios jurídicos declarativos (declara o que já existe também, retroagem): são
os negócios que geram efeitos “ex tunc”, a partir do momento do fato que
constitui o seu objeto. Ex.: partilha de bens no inventário.

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