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CARVALHO
E de sua janela
Ele podia enxergar
Eu sentada tomando a fresca
A olhar a lua e a janela iluminada
Sabia que de lá, ele também olhava
E em silêncio não confessava
Que por mim suspirava
E quando acordei
Depois de muitos anos
Eu percebi que sempre estive sozinha
O amor havia se perdido
Em meio a tantas diferentes experiências
Sem pureza, sem inocência
Então acendi um cigarro
Muleta do vício da solidão
Então eu abracei um outro corpo
Por medo, carência e desespero
Então eu tentei de novo, de novo e de novo
Simoni
Santos, 24 de abril de 2017