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ESTUDO COMPARATIVO DE DIFERENTES MÉTODOS DE

PREPARAÇÃO DE TOPO DE CORPOS DE PROVA DE


CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA PARA
ENSAIO À COMPRESSÃO AXIAL

PATRÍCIA HOMMERDING PEDROZO


Professora - Engenharia Civil - Centro Universitário Positivo / UnicenP
patriciahp@unicenp.br

JORGE LUIZ DA SILVEIRA FILHO


Ex-aluno - Engenharia Civil - Centro Universitário Positivo / UnicenP
jlsilveira@terra.com.br

CAMILA MARSZALECK
Ex-aluna - Engenharia Civil - Centro Universitário Positivo / UnicenP
cmarszaleck@hotmail.com

da Vinci , Curitiba, v. 1, n. 1, p. 1-140, 2004 73


ESTUDO COMPARATIVO DE DIFERENTES MÉTODOS ...

RESUMO
O Concreto de Alta Resistência (CAR) se caracteriza pelos elevados valores de resis-
tência e pela pasta mais compacta, com menos vazios, resultando da escolha adequada dos
materiais de construção e da utilização de metodologias de dosagem desenvolvidas para
CAR. Além destes fatores é importante observar a preparação dos corpos de prova (cp) para
os ensaios de propriedades mecânicas, tendo em vista que a superfície dos cps influencia
diretamente o resultado dos ensaios. A resistência à compressão axial é uma tensão calcula-
da, portanto, como a força necessária para o rompimento do material divida pela área da
seção resistente. O processo de moldagem dos cps resulta em superfícies não planas, que
afetam a área da seção resistente, rompendo o material com uma superfície inferior à consi-
derada nos cálculos. Para o os concretos tradicionais a utilização do capeamento com enxo-
fre é a metodologia mais adequada para regularizar a superfície. Entretanto, o enxofre apre-
senta tensão de escoamento de aproximadamente 45MPa, considerando que o CAR apre-
senta resistências acima de 50MPa, esta metodologia não apresenta resultados adequados
para este concreto. Este trabalho apresenta os resultados obtidos com a execução de Con-
creto de Alto Desempenho utilizando três métodos de preparação da superfície de corpos
de prova cilíndricos de concreto: capeamento com composto de enxofre, resina epóxi e
rompimento utilizando borracha de neoprene. A borracha de neoprene apresentou os me-
lhores resultados, seguida pela resina epóxi.
Palavras-chave: Concreto de Alta Resistência, Resistência à Compressão Axial,
Capeamento, Retificação de Corpos de Prova, Borracha de Neoprene.

ABSTRACT
High Performance Concrete (HPC) should have high compressive strength with a
highly compact cement paste, and low porosity, results of adequate choice of construction
materials and mixture proportion, specially developed for HPC. Besides that, it is important
to prepare the specimens carefully for the mechanical properties testing, since test results
are directly influenced by the specimen’s ends. The specimens finishing process results in
non-plane surfaces, what influences directly the resistance section area, causing the material
to crush with lower value than calculated. Utilization of sulfur capping is the adequate
methodology for preparation of specimens ends of usual concrete. However, sulfur capping
has compressive strength lower than 45MPa and HPC´s have compressive strength higher
than 50MPa. This paper reports test results of HPC compressive strength whit three different
specimens end: sulfur capping, neoprene pad and epoxy resin. Test results indicate that
neoprene pad conducts to higher compressive values than the other options.
Key-words: High Performance Concrete, Compressive Strength, Capping, faced
specimens, Neoprene Pad

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PATRÍCIA HOMMERDING PEDROZO, JORGE LUIZ DA SILVEIRA FILHO E CAMILA MARSZALECK

ESTUDO COMPARATIVO DE DIFERENTES MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DE TOPO DE


CORPOS DE PROVA DE CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA PARA
ENSAIO À COMPRESSÃO AXIAL

PATRÍCIA HOMMERDING PEDROZO / JORGE LUIZ DA SILVEIRA FILHO / CAMILA MARSZALECK

1. INTRODUÇÃO

O Concreto de Alto Desempenho (CAD), também denominado CAR, vem sendo


cada vez mais difundido no ramo da engenharia através dos estudos desenvolvidos
por vários autores (AITICIN, 2000; ALVES, 2000; DAL MOLIN, 1995; KELHAM, S.
SWATER, 1998; METHA, P.K.; AÏTCIN, P.C, 1990, METHA, P. KUMAR;
MONTEIRO, PAULO J. M,1994). A utilização do CAD tem permitido o desenvolvi-
mento do cálculo de estruturas de concreto, resultando em menores dimensões das
peças estruturais, maiores vãos livres, estruturas mais esbeltas e conseqüente econo-
mia de materiais e mão de obra. À medida em que se eleva a resistência do concreto os
métodos de preparação de topos dos corpos de prova comumente utilizados tornam-
se inválidos. A utilização da metodologia inadequada altera os valores de resistência
do concreto, apresentando valores inferiores à resistência real do material. A deter-
minação da resistência à compressão axial pelo processo de rompimento de corpos de
prova cilíndricos de concreto torna-se, portanto, um grande desafio.
Este artigo tem por objetivo comparar diferentes formas de rompimento de
Corpos de Prova de Concreto de Alta Resistência em ensaios de Resistência à Com-
pressão Axial, de acordo com a norma brasileira NBR 5739 (1994) . O cálculo de
concreto utiliza este parâmetro de resistência pois o concreto apresenta alta resistên-
cia à compressão e baixa resistência à tração. Os concretos armado e protendido são
eficientes em função da combinação da resistência à tração do aço com a resistência à
compressão do concreto.
Os procedimentos de preparação dos corpos de prova utilizados nos ensaios à
compressão axial simples através do capeamento com composto de enxofre, com resi-
na epóxi e borracha de neoprene são descritos a seguir. A comparação de eficiência
das metodologias é realizada através dos valores obtidos de resistência à compressão
axial, tendo em vista que estas metodologias não contribuem para a resistência efetiva
do material, apenas regularizam sua superfície, distribuindo a força aplicada. Valores
inferiores de resistência para um mesmo traço ou resultam do capeamento apresentar-
se como o elo frágil, ou da regularização inadequada da superfície. Portanto, pode-se
afirmar que o maior valor obtido é a resistência mais coerente para este traço, uma
vez que o concreto não apresenta acréscimo de resistência em função do capeamento.

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2. DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS DE ROMPIMENTO

Retificação de Corpos de Prova

A retificação de corpos de prova cilíndricos de


concreto é feita através de um equipamento adequado
para o processo, a retifica com serra de diamante, que
realiza um polimento na superfície, regularizando-a. O
corpo de prova pode a seguir ser rompido, sem nenhum
tipo de capeamento adicional.
Por se tratar de um equipamento caro, encon-
trado em poucas instituições brasileiras, o local onde
não há a retificadora é per mitido utilizar serras
adiamantadas, que retiram uma camada de aproximada-
mente 2mm do topo do corpo de prova. Além disto, a
retificação implica na aplicação de uma pré-tensão no
concreto o que pode diminuir sua resistência final, prin-
cipalmente nas primeiras idades. A figura 1 apresenta a
retífica e a figura 2 exemplifica o processo de retifica-
ção do corpo de prova.

Capeamento com Enxofre

O composto de enxofre é amplamente utilizado


nos rompimentos de corpos de prova de concreto no Bra-
sil, padronizado pela norma brasileira NM 77 (1996). Tra-
ta-se de uma fusão entre o quartzo e o próprio composto
de enxofre, resultando em mistura fluida que tem a capa-
cidade de esfriar rapidamente ao entrar em contato com
superfícies frias.
O problema da utilização do capeamento com
enxofre está na resistência do com-
posto, que gira em torno de 45MPa,
sendo então contra indicado para
CAD’s, a não ser para as primeiras
idades onde o concreto não atinge
a carga de ruptura do composto. A
figura 3 mostra os materiais utili-
zados para a realização da mistura
e a figura 4 um cor po de prova de
concreto capeado com enxofre.
Figura 3: materiais utilizados para a execução do capeamento de Figura 4: detalhe final do
enxofre corpo de prova capeado

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Capeamento com Borracha de Neoprene

A norma americana ASTM C1231/C1231M-00 define e des-


creve o uso do capeamento de borracha de neoprene para a determi-
nação da Resistência à Compressão Axial de Corpos de Prova Cilín-
dricos de Concreto.
A norma afirma que a borracha de neoprene é suficiente-
mente “dura” para resistir aos esforços de compressão em corpos de
prova cilíndricos de concreto. Além disso, por estar confinada em um
anel de aço, imprime uma resistência muito maior às solicitações.
Para cada nível de resistência, que estão determinados na
ASTM, aplica-se uma dureza diferente de borracha. Esta dureza é
expressa em Shore e pode variar de 50 a 70, à medida que se eleva a
resistência do concreto. A figura 5 detalha uma borracha de neoprene
utilizada para capeamento de CAR.
Apesar de a Norma Americana só indicar a borracha de Figura 5: borracha de neoprene utilizada para
neoprene para resistências inferiores a 80 MPa, testes vêm sendo capeamento
realizados em laboratórios brasileiros, obtendo-se resultados satisfatórios para resistências mais
elevadas. O fabricante especifica 40 Shore de dureza para resistências superiores a 40 MPa e
define em 10 rompimentos a vida útil da borracha para os Concretos de Alto Desempenho, ou
seja, a cada 10 rompimentos a borracha é substituída por uma nova.

Resina Epóxi

Foram realizados estudos práticos com a utilização de uma resina epóxi de alta resistên-
cia encontrada comercialmente em supermercados e lojas do ramo da construção. O procedi-
mento consiste na execução de uma camada de 2mm de resina epóxi de resistência acelerada e
secagem rápida a fim de nivelar o topo dos corpos de prova a serem rompidos.
Apesar de se tratar de um método economicamente inviável para ser utilizado em controle
tecnológico de concreto, pode ser útil quando o número de amostras for reduzido e houver
urgência pelos resultados.

3. RESULTADOS OBTIDOS

Para a execução do Concreto de Alto Desempenho ensaiado à compressão axial sim-


ples, foi adotado o método de dosagem proposto por MEHTA/AITCIN (1992). Este método
se adequa à produção de CAD por apresentar um grande número de publicações a respeito,
possibilitando comparações futuras, além disso, também é de fácil execução, com proporções
de materiais tabeladas.
Foram adotados dois tipos de agregados graúdos (britas) distintos em sua composição
mineralógica, escolhidos através de uma pesquisa entre as concreteiras da região de Curitiba.
Nas primeiras idades (1, 3 e 7 dias), o capeamento com o composto de enxofre apre-
sentou resultados satisfatórios devido aos baixos valores de resistências obtidos nestas idades,
conforme as tabelas 1 e 2. Para os ensaios aos 28 dias, além do composto de enxofre, a resina

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epóxi e a borracha de neoprene foram utilizadas nos rompimentos. A retificação foi testa-
da porém, devido a falhas no equipamento, que é uma adaptação de uma serra circular,
não foram obtidos valores satisfatórios, e já nos primeiros rompimentos esta solução foi
descartada.
Foram realizadas três repetições para cada traço a fim de eliminar os fatores de ruído
que poderiam alterar os resultados. Cada repetição foi realizada com dois corpos de prova
de concreto para cada idade conforme recomendado pela norma brasileira. A tabela 1 apre-
senta os valores obtidos para a Brita A e a tabela 2 os valores obtidos para a Brita B. O
método de dosagem parte de resistências estimadas para determinação dos traços e por este
motivo esta é a primeira coluna das tabelas 1 e 2. Além dos valores de resistência à compres-
são axial, as tabelas apresentam as relações água/cimento e o consumo de cimento por
metro cúbico de concreto.
Tabela 1: Resistência à compressão axial do concreto produzido com Brita A aos 1, 3, 7 e 28 dias de idade

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Os gráficos apresentados nas figuras 6 e 7 foram produzidos utilizando as recomen-


dações da norma brasileira, ou seja o valor dado a cada repetição foi o maior valor obtido
entre dois exemplares. Os gráficos apresentam o valor obtido por cada método separado por
figura geométrica e os três pontos de cada figura representam cada uma das repetições,
como é possível verificar nos dados das tabelas 1 e 2.

Figura 6: Gráficos comparativos de resistência à compressão axial aos 28 dias para os traços estimados de 65MPa, 75MPa, 90MPa,
105MPa e 120MPa – Brita A.

Como é possível observar na figura 6, o capeamento com enxofre apresentou


valores de resistência à compressão axial aos 28 dias inferiores aos apresentado pela
resina epóxi e pela borracha de neoprene, como era esperado. A borracha de neoprene
apresentou os melhores resultados para todos os traços analisados aos 28 dias de idade.
Os resultados obtidos com a resina epóxi apresentam valores ligeiramente inferiores aos
obtidos com a borracha de neoprene.

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Tabela 2: Resistência à compressão axial do concreto produzido com Brita B aos 1, 3, 7 e 28 dias de idade

Figura 7: Gráficos comparativos de resistência à compressão axial aos 28 dias para os traços estimados de 65MPa, 75MPa, 90MPa e
105MPa – Brita B.

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A Brita B apresentou comportamento similar à Brita A, como é possível observar na


figura 7. O capeamento com enxofre apresentou valores de resistência à compressão axial
aos 28 dias inferiores aos apresentado pelos demais capeamentos. A borracha de neoprene
apresentou os melhores resultados para todos os traços e os valores obtidos com a resina
epóxi apresentam-se ligeiramente inferiores aos obtidos com a borracha.

4. CONCLUSÃO

Após análise dos dados obtidos através dos diferentes métodos de capeamento, e
apesar da inexistência de uma norma específica para a utilização da borracha de neoprene
em altas resistências, esta solução apresenta-se como a mais adequada.
O capeamento com enxofre mascarou a resistência à compressão axial do concreto,
apresentando um valor muito inferior à resistência potencial do CAD produzido, conforme
esperado por possuir resistência de escoamento inferior aos valores dos concretos produzi-
dos.
A utilização de resina epóxi constitui apenas um método paliativo, pois apesar da
agilidade e facilidade de aplicação, seu elevado custo impossibilita sua aplicação comercial
para controle tecnológico do concreto. Este método foi utilizado apenas para que as idades
não fossem ultrapassadas e por se tratar de uma pesquisa com uma quantidade limitada de
corpos de prova. Apesar da resistência apresentada ser inferior à resistência do material com
borracha de neoprene pode-se considerar satisfatória, pois os valores foram elevados, atin-
gindo até 120MPa.
O neoprene apresentou os melhores resultados quanto ao capeamento. Entretanto,
são necessários estudos mais detalhados para definir qual o número ideal de rompimentos
por peça. No presente estudo, a fim de se minimizar a influência do neoprene nos resulta-
dos, foi utilizada 1 peça de neoprene para cada 10 corpos de prova rompidos, apesar de os
fabricantes recomendarem a utilização de 1 peça por 100 rompimentos. Essa recomenda-
ção, entretanto, é aplicável ao concreto convencional. O capeamento com neoprene é a mais
prática de todas as soluções adotadas, pois não exige nenhum preparo anterior, apenas o
posicionamento da borracha no topo do corpo de prova no momento do rompimento.
A aquisição de uma retífica apesar de apresentar um alto investimento inicial (aproxi-
madamente R$ 7.000,00 em valores atuais) apresenta-se como a alternativa mais viável eco-
nomicamente, a longo prazo, pois necessita de pouca manutenção e as novas máquinas
apresentam tecnologia que permite a perfeita preparação da superfície permitindo o rompi-
mento do corpo de prova com a área da seção resistente estipulada. Recomenda-se, portan-
to, maiores estudos com uma retífica destinada ao capeamento de corpos de prova a fim de
comparar os resultados com os obtidos no presente estudo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: concreto: ensaio
de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 1994

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NM 778: concreto – prepara-


ção das bases do corpos de prova e testemunhos cilíndricos para ensaios de compressão. Rio
de Janeiro, 1996

AITCIN, Pierre-Claude. Concreto de alto desempenho; São Paulo: PINI, 2000.

ALVES, M. F.; Estudo comparativo de métodos de dosagem para concreto de alta


resistência. Porto Alegre, 2000. Dissertação (Mestrado)

DAL MOLIN, D. C. C. Contribuição ao estudo das propriedades mecânicas dos con-


cretos de alta resistência com e sem adições de microssilica. São Paulo, 1995. Tese
(Doutorado)

KELHAM, S. Swater; Absortion test for concrete. Magazine of concret research, v. 40, n.
143, p. 106 – 110, 1998.

METHA, P.K.; AÏTCIN, P.C. Principles underlying production of high performance concrete.
Cement, Concrete and Aggregates, Philadelphia, v.12, n.2, p.70-78, Winter 1990.

METHA, P. Kumar; MONTEIRO, Paulo J. M. Concretos: estrutura, propriedades e ma-


teriais. São Paulo, 1994.

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